Capitulo 3

Um espião muito suspeito

Harry acabara de acompanhar os "visitantes" de volta até uma das lareiras do Ministério, agora, corria em direção ao Departamento dos Aurores, indo em busca de Ron e Hermione.

Os corredores estavam muito mal iluminados. Harry ia em direção ao elevador, corria. Ao chegar em frente a um deles percebeu que o mesmo não funcionava, revoltou-se com o aparente estrago dos elevadores, conferiu todos eles, um por um. Mas todos estavam no mesmo estado. Correu para as escadas sem pensar em mais nada, foi o mais rápido que suas pernas lhe permitiam, pulando de dois em dois degraus. Eram muitos andares, mas ele era rápido o suficiente para chegar em tempo ao departamento.

Chegou ao andar desejado em menos de um minuto, correu entre milhares de corredores. Chegou ao corredor do departamento muito rápido, até ele mesmo estranhou.

O corredor estava estranho. Estava escuro e silencioso, Harry andava lentamente olhando cada canto à procura alguém, um suspeito, um desconhecido. Sentia uma sensação estranha, fora do comum, uma que ele conhecia de algum lugar, não sabia qual, mas era uma sensação muito familiar.

De repente, uma voz feriu o silêncio reinante no corredor:

"Levarei o mundo à confusão, despedaçarei suas almas com meus punhos de gelo, cortarei-lhes aos pedaços com um simples olhar, farei-lhes tremer ao ouvir meu nome, a ponto de não poderem pronunciá-lo".

A voz antes tão clara, agora soava como um uivo no escuro do corredor. Harry vê um vulto se mexer entre os pilares do corredor, ele se volta para enfrentar o vulto, porém as luzes do corredor acendem repentinamente, fazendo com que Harry perdesse o vulto no susto.

Embriagado pelo ocorrido quase se esquecera do objetivo real de sua corrida até ali, Lílian Wolf, o que acontecera para Ron e Mione ficarem tão preocupados com a demora da garota, para onde ela havia sido mandada.

Suas dúvidas foram logo respondidas ao ouvir a gritaria que provinha da sala de Rony:

-O que? – Rony gritava como louco – Como assim fugiram, eles eram prisioneiros de segurança máxima – Harry estava abismado fugiram? Segurança máxima? Quem teria fugido? Ele rezava por tudo, para que fossem apenas algumas mortalhas-vivas que haviam fugido do centro de concentração de criaturas perigosas.

Harry entra na sala e se depara com uma cena muito incomum, Mione sentada no chão parecendo pálida, Rony em pé, mais vermelho que os próprios cabelos, e uma moça encharcada, cheirando fortemente a maresia e maldiçoes gastas, com pedaços de algas entre os cabelos, parecendo extremamente pálida e nervosa por alguma coisa.

-Harry? – Ron surpreendera-se por ver Harry ali tão cedo – Mas... O que está fazendo aqui? Você não deveria estar com os nossos "visitantes"? – ele deu certa ênfase a última palavra como se não gostasse de tê-los ali.

-Eles já foram, mas agora eu é que pergunto, i o–que–é–que–está–acontecendo–aqui /i ? – perguntou a Rony, que parecia seriamente transtornado.

-Harry pode deixar que eu conto. O Senhor Ronald Weasley não está em condições de falar nada – Hermione havia tomado a palavra agora, parecia alheia ao que estava acontecendo, mas Harry a conhecia muito bem para saber que era exatamente o contrário – A Lílian aqui... – disse apontando para a moça ensopada de água do mar – ...estava em Azkaban... – então realmente era o que ele temia: uma fuga em Azkaban - ...para certificar como estava o trabalho dos Dementadores e dos bruxos de lá, você sabe a revisão semanal...

-Eu sei disso tudo Mione, vá logo ao ponto, OK? – perguntou Harry já ficando nervoso.

-Eu continuo daqui Mione – quem dizia agora era a moça, que embora ainda um pouco pálida, falava como se estivesse extremamente calma, e não tivesse acontecido nada.

Era a primeira vez que Harry ouvia a voz da moça, ela saía doce e melodiosa quase como uma carícia aos ouvidos dos presentes.

" i Eu estava indo certificar a área de segurança máxima, era seguida por dois dementadores que estavam na minha cola, comecei a perceber que havia algo de estranho quando percebi que a porta que dava acesso à 'Cessão Restrita de Segurança Máxima'estava aberta, saquei a varinha esperando pelo pior, e era exatamente o que havia acontecido, eu cheguei à cessão e encontrei os três bruxos encarregados estendidos no chão da sala, dois mortos e um estuporado, imediatamente os Dementadores me prenderam e fui estuporada pelas costas, um feitiço muito mal executado, pois uns quinze minutos depois eu comecei recuperar a consciência, estava presa em uma cadeira com algumas cordas, minha varinha estava em cima da mesa à minha frente e alguns dos bruxos, uns cinco mais ou menos, estavam presos como eu, os outros estavam conversando com os comensais que fugiram, eu, naquele momento, ouvi apenas as vozes de Malfoy, os Lestrange, Belatriz, Nott... /i ."

-Belatriz? Ela fugiu? – perguntou Harry estupefato – você não sabe o trabalho que foi para captura-la, como é que você pode deixá-la fugir – Harry estava com os nervos à flor da pele, parecia já não responder por seus atos, foi nesse momento que Hermione interveio.

-Harry? Quê isso? Pare de agir assim! Deixe-a terminar de contar, e, depois você fala. Agora Lílian, pode continuar a contar.

-Obrigado Hermione – respondeu Lílian.

"Bem voltando... Resumindo, pelo que vi, todos os antigos comensais fugiram, eles tiveram a ajuda dos Dementadores e da maioria dos bruxos de lá também. Eles não haviam me revistado, e eu tinha uma pequena faca na manga da veste, por prevenção. Me soltei e peguei a minha varinha. Porem, eu esperei, eles estavam conversando sobre alguma coisa, e um nome me chamou a atenção, i Sirius Black /i , No início consegui apenas ouvir algumas palavras como o nome dele, e dos pais do Potter, além do nome do próprio, depois ouvi uma conversa mais ou menos assim..."

" i -Black? – era a voz de Belatriz. Uma sombra de irritação passou pelos olhos de Harry – Aquele besta teve um namorico durante o último ano do colégio, com uma outra Grifinória, uma tal de Natalie, era amiga da tonta da Evans. Eu até me assustei quando soube disso, Sirius Black, o maior 'pegador' da história de Hogwarts namorando? Não. Mas aí eu tomei como exemplo o Potter, ele estava com a Evans e não achei mais tão impossível assim.

-Mas, esse namorico deu frutos Bella? – 'Quem perguntou foi Nott' disse Lílian

-Pergunte para o Lúcio, ele sabe dessa História melhor que eu, não é Lúcio? – 'ela parecia cínica'

-Não, e mesmo que desse, teria sido morto – 'ele disse isso muito confiante, com certeza era verdade'

'Comecei a me embrenhar pela fresta da porta, e Draco Malfoy, me viu, me assustei, mas ele simplesmente se virou e sorriu pelo canto da boca, foi muito estranho, ele não abriu a boca sobre quase nada, só falou quando o assunto foi para a morte de Narcissa Malfoy, ele parecia angustiado e cheio de ódio'

-Mas agora me diz Lúcio, como foi mesmo que você disse que Narcissa morreu? – 'Petigreew passou dos limites quando perguntou aquilo, mas quem respondeu não foi Lúcio, mas sim Draco'

-Não disse, nunca disse exatamente quem a matou, não é mesmo 'Papai'? – 'ele tinha uma expressão sarcástica no rosto, parece que lá ninguém sabia que quem matou Narcissa foi o próprio marido.'

-Não tenho que te responder isso 'Rabicho' até mesmo porquê, eu não sei – 'ele fuzilava o próprio filho com o olhar'

-Mas eu sei quem deve saber, aquela auror lá fora – ' naquele momento eu pensei que morreria, por isso fui me distanciando da porta, me preparando para atacar o primeiro que passasse por ela, esperei, mas não ouvi mais barulho algum, até que um estardalhaço mostrou que eles haviam explodido a parede e fugido, corri para ver se pegava algum, mas todos já estavam longe... /i ".

-E você deixou-os fugir? Porque não entrou? – Harry perguntava transtornado.

-Dois motivos muito simples, 1° estava em desvantagem, eram vinte comensais, quinze bruxos e mais de cento e noventa Dementadores contra mim – ela disse mantendo uma calma irritante.

-Nisso ela tem razão Harry, nem mesmo você teria chance contra todos eles – questionava Hermione ainda perplexa diante das informações que conseguira.

-Mas... – dizia Harry

-2°, minha curiosidade me traiu, e além disso, consegui outras informações além dessas que lhes dei, então pelo menos temos algo – respondia Lílian envergonhada.

-Mas isso não importa, você deixou-os fugir! – gritava Harry

-Harry controle-se, isso é uma conversa civilizada – dizia Hermione para Harry – e além disso vamos ouvir o que a garota descobriu.

-Mas você bem sabe do que aquelas criaturas são capazes, vai ser o fim da nossa paz – ele estava desolado.

-Vamos Harry, quê isso. Bem Lílian, você sabe para onde eles vão agora?-perguntou Rony

-Não – disse Lílian firme – Mas temos um aliado lá dentro, por isso não deve demorar muito para descobrir.

-E quem seria ele Lílian – perguntou Hermione desconfiada.

-Draco Malfoy...

-Draco Malfoy? – perguntou Harry perplexo – Há. Há. Há. Há. Deixe de ser cínica. Isso é impossível, você mesma disse, ele estava com os outros comensais...

-Você não me deixou terminar – Lílian disse com naturalidade – Não terminei de contar o que aconteceu lá.

-Então ta, continue, sou todo aos ouvidos – respondeu Harry sarcástico.

-Harry não precisa ser grosseiro – repreendeu Hermione –muito menos, ser sarcástico.

-Deixe Mione, estou acostumada com pessoas assim... Mas onde estava mesmo? Ah, Draco Malfoy. Sim, antes da discussão de Draco com o pai, eles conversavam sobre locais e pessoas envolvidas na ultima guerra, muitas que nem poderíamos imaginar, que trabalhavam como agentes duplos para eles, consegui uma lista de todos os que não estão, ou não estavam na prisão.

-E o mais interessante é que pelo que me disse e no decorrer da história, Malfoy não disse nada – questionou Hermione.

-Não, o mais interessante vem agora. Draco pediu para ver como estávamos, eu e os outros que estavam presos, corri para a cadeira e sentei sem fazer barulho, e entrelacei as cordas no meu corpo e na cadeira e me fingi de desacordada...

"Draco Malfoy abriu a porta da sala de interrogatórios e olhou em volta, passou reto por todos os corpos inertes no chão e parou em um aparentemente inerte sobre uma cadeira gasta, entrelaçada com folga na mesma. Aparentemente inerte, pois Draco sabia que na verdade ela estava acordada, e muito bem acordada, afinal, aquele feitiço não a manteria desacordada por mais de 20 min.

-Ora, ora, o que temos aqui. A senhorita perfeição. Não precisa fingir que está desacordada, te vi, sabe disso – ele tinha um tom impaciente e seco, embora sussurrasse, esperou o suficiente para perceber que ela não levantaria "por bem" – está se fazendo de difícil é? Pois bem, se não acordar dentro de 10 seg, te lanço um Avada Kedavra, eu falo sério. Bom se prefere assim, 1... 2... 3... 4... 5... 6... 7... 8... 8 ½... 9... 9 ¾... eeeeee...10! Não acredito! Ainda se fingindo de morta, sabia que você era idiota, mas não que chegasse a tanto! Bom, então vou matar um dos seus coleguinhas do departamento que vieram aqui com você. Hum, vamos ver, que tal essa mocinha de azu...

-Nem pense em fazer isso – replicou ela com o mesmo tom de voz, sussurrando – vamos diga o que quer, afinal, eu tenho todo o tempo do mundo não é verdade?

-É tem mesmo, mas eu não vim aqui para brigar com você, e indo direto ao assunto, deita no chão – disse Draco casualmente

-Como é que é, me deitar no chão, nem pensar... – disse Lílian assustada, porém Draco a cortou.

-Isso é apenas uma medida de segurança, ou você quer que algum comensal saia daquela porta nos encontre aqui, conversando? – replicou Draco impaciente

Convencida pelos fatos Lílian se rendeu e deitou no chão de pedra da prisão.

-Viu como é gostoso e macio o mesmo chão da minha cama? – perguntou ele sarcástico – bom, vamos ao que interessa, eu posso virar seu espião dentro dessa nova "Ordem das trevas" e você me dá algumas informações em troca... E pode deixar que não é a respeito da Ordem de vocês, ok?

-E que tipo de informações seriam essas? – perguntou Lílian desconfiada – eu te conheço Malfoy, ou pelo menos acho que te conheço, e de você geralmente não vem boa coisa.

-Tudo bem, quer uma prova da essência das minhas perguntas? – ela acenou afirmativamente no chão com ele agachado ao seu lado – vou fazer agora a primeira pergunta, e uma das mais importantes: Quem realmente matou a minha mãe? – perguntou decidido

-Você não sabe? – perguntou ela estranhando, ele acenou negativamente – tudo bem, não tem problema, até mesmo porque eu achava que já sabia disso, por isso que sempre estranhei ter continuado a seguir Voldemort... Bom... Quem matou Narcissa foi o seu pai... Sob as ordens de Voldemort – isso fora um choque para Draco, ele ficou extremamente pálido, mas, tão depressa como veio, a palidez sumiu, dando lugar a uma expressão gelada. Ele virou as costas para Lílian e disse simples e friamente:

-Obrigado pelas informações, te mandarei algumas em breve, me encontre na próxima terça às 5 da manhã, na travessa do tranco –ou seja, hoje era terça, então daqui a sete dias se encontraria novamente com Draco – Ah, e quero que vá sozinha, não quero nenhum dos seus 'amiguinhos" na minha cola, muito menos o Potter – e entrou no cômodo onde estavam os outros comensais."

-E aconteceu o resto da história que eu disse à vocês – completou por fim.

-Então quer dizer que Draco Malfoy está do nosso lado? – questionou Rony estupefato pela noticia.

-Sim, mas lembre-se que ele, em troca, quer outras informações – lembrou-os Lílian.

-Lílian isso deve ficar apenas entre nós, ninguém deve saber o que aconteceu lá, entendido – Perguntou Rony sério.

-Você pode falar isso pra mim, o problema é calar a boca do Profeta, eu fiquei lá até agora para esconder o que tinha acontecido dos repórteres que ficaram no meu pé até antes de vir para cá – disse Lílian

-Mas porque não mandou nenhuma carta para nós dizendo isso? Porque não nos avisou Lílian? – Perguntou Hermione

-Eu mandei. Mas ela não chegou até aqui, foi interceptada pelos repórteres, ainda bem que eu não dizia nada naquela carta. Mas de qualquer maneira eles acabaram descobrindo, não sei como, mas houve uma gritaria do lado de fora e fui ver o que era, quando cheguei na porta eles queriam detalhes da fuga – Respondeu Lílian emburrada

-O quê? O profeta já sabe? – Gritou Rony, Harry tinha uma expressão que dizia para Lílian "foi tudo culpa sua", e Hermione parecia transtornada.

-Não só ele, várias revistas também sabem. Não eram apenas os repórteres do profeta que estavam lá.

-Então ta, pelo menos não saiu na cessão da tarde, de qualquer maneira, obrigado Lílian – Disse Hermione querendo sossegar os ânimos.

-Mas, o que aconteceu com as outras pessoas que estavam lá dentro, i do nosso lado /i ? – perguntou Harry destacando a última frase, mas ainda com a cara de poucos amigos.

-Estão controlando os dementadores, que ameaçavam se rebelar, os presos embora invocados, se acalmaram depois que Natalie ameaçou aumentar a pena de todos eles, ficaram quietos num segundo – explicou Lílian embora risse um pouco

-Lílian, fique avisada que não deve dar entrevista alguma – disse Rony à garota.

-Pode deixar Sr. Weasley – respondeu ela sorrindo. Rony deu um fraco sorriso ao ouvir a menção de seu sobrenome pela garota.

-Então prepare-se, pois nesse final de semana... – Rony foi interrompido por um grande farfalhar de asas que atravessou a porta, uma coruja negra de olhos cinzas pousou no ombro de Lílian e bicou-lhe delicadamente a orelha.

-Uma coruja? E para mim? – pensou Lílian em voz alta, mas ao ver o remetente da mesma, deu um fraco muxoxo, e no decorrer da leitura da carta sua expressão passava de confusa para temerosa – é uma carta do Malfoy – começou quase sem voz – ele quer agora, que me encontre com ele daqui a três dias com o nome do novo dono da Mansão Malfoy, ele vai dizer-me algumas coisas sobre o plano deles para voltarem ao poder...

-Mas Lílian, foi... – começou Hermione porem foi interrompida pela mesma.

-Exatamente Hermione. – respondeu ela temerosa.

-Mas o que você acha que ele pode fazer agora? – continuou Hermione

-Não sei, mas estou com medo. – respondeu ela por fim.

-Espera aí, eu não estou entendendo nada, será que vocês podem me explicar por favor? Ou o organismo inferior aqui não será capaz de captar a mensagem? – perguntou Rony

-O dono da casa... – começou Lílian pálida – da Mansão Malfoy... Sou eu!

-Como? – Gritou Harry.

-Espera aí. Então quer dizer que Malfoy quer atacar a Mansão? – perguntou Rony.

-Não, disso eu duvido muito, ele gosta demais daquela casa – disse Lílian pensativa – Mas isso não é tudo, ele quer que eu vá sozinha, sem nenhuma companhia, sem escutas nem nada, ele diz que vai verificar quando nos encontrarmos.

-Mas assim você vai ficar sem nenhuma proteção – questionou Rony.

-Eu sei, mas é a única opção que temos – finalizou Lílian.

Harry estava em seu quarto preparando-se para ir ao trabalho, pensava naquela garota, não gostara dela, deixara todos os comensais da segurança máxima de Azkaban, escaparem e ainda comprara a Mansão Malfoy para si. Doida. Sim, esse era o nome que melhor a definia por ter comprado a Mansão. Mas o estranho era que ela lhe lembrava alguém, não se recordara de quem era... Nãããão, devia ser impressão sua, quem ela poderia lhe lembrar? Mas agora não era hora de se perder em devaneios, ele tinha que ir para a casa de Gina, combinara de pegá-la lá para irem juntos ao trabalho. Porém, hoje, não era apenas essa a sua intenção.

Harry aparatara na porta de Gina, não seria indelicado a ponto de aparatar na sala dela. Estava com o ramalhete de rosas que comprara antes de vir em uma das mãos e com a outra apertou a campainha, ouviu a voz de Gina gritar ao longe:

-Um momento!

Estava linda. Com vestes delicadas e leves, cabelos soltos e o perfume que embriagava Harry até seu último fio de cabelo.

-Harry, oi, chegou cedo hoje – disse ela sorridente

-As flores são para você Gina – disse Harry vermelho.

-Obrigada Harry – disse escarlete – pode entrar, fique a vontade.

-Você já terminou de se arrumar?

-Já Harry porquê? – perguntou confusa.

-Vamos nos sentar no sofá, ok?

-Claro Harry.

-Gina eu quero te falar um coisa...

-E vocês se beijaram? – perguntou entusiasmada

-Muito – respondeu sonhadora

-Ah Gina, você é muito sortuda.

-Você é mais Hermione, você já em até uma filha!

-Olha Gina não é por mal não, mas você sabe que eu não gosto dele – disse Lílian que chegara a pouco e ouvira apenas esse pedaço da conversa.

-Eu sei, mas ele também não gosta de você – disse a outra rindo.

-Bom então você não é a única que compartilha um sentimento recíproco com ele – brincou Lílian.

-Há, há, há, há, há! Não teve graça. – retrucou Gina de cara fechada.

-AAAAAAHHHH, desculpa Gininha, "ela" só uma blincadeilinha, desculpa vai – suplicou Lílian.

-Vou pensar no seu caso – disse Gina se fingindo de séria.

-Tá meninas, vamos parar de conversar porque vocês duas e o Neville têm que receber o nosso convidado especial, que deve vir daqui a meia hora, vamos correndo – disse Hermione acabando com a brincadeira das duas.

-Estamos indo ta legal? Satisfeita agora chefinha? – perguntou Gina fingindo sarcasmo.

-Claro, está ótimo – respondeu Hermione entrando na brincadeira.

-Mas, vocês sabem onde o Neville está? – disse Lílian parecendo desinteressada.

-É mesmo Hermione, ele não tinha viajado? – Perguntou Gina confusa.

-Tinha, mas chegou ontem, mandei-lhe uma carta mo mesmo dia – Respondeu a outra sorrindo.

Elas estavam saindo da lanchonete do ministério, onde haviam acabado de lanchar. Eram dez da manhã, e até agora Neville não aparecera. Dirigiam-se para o Departamento dos Aurores, para pegar algumas pastas que seriam usadas para conseguir-se a autorização de imigração. Elas seguiam animadas pelos corredores, essa fora uma forma que Hermione conseguira para afastar um pouco os pensamentos de Lílian do seu "encontro" com Draco no dia seguinte, entraram no departamento rindo alegremente, quando um garoto de mais ou menos 21 anos, a mesma idade de Gina e Lílian, veio correndo ao encontro das garotas.

-Sra. Weasley, houve um pequeno problema, e o Sr. Weasley mandou-me chamá-la imediatamente – finalizou.

-Claro Brennan, estou indo – disse ao garoto – É melhor virem comigo, vamos meninas.

-Porque Hermione? Você não consegue segurar o próprio marido? – brincou Lílian

-Na verdade, eu sou a única que segura ele – respondeu a outra rindo.

-E apenas eu e Harry seguramos os dois durante as brigas – completou Gina.

-Hei! – Riu Hermione

Então ficaram com água na boca? Bom eu fiquei, afinal eu esperava escrever essas partes nesse capítulo, mas como estava ficando muito grande (12 pags. no Word! Geralmente escrevo 5!) eu resolvi deixar para o próximo. Ah, e a Santa frase: COMENTEM POR FAVOR, preciso saber como estou indo.

OBRIGADO POR TODOS OS QUE COMENTARAM E DESCULPE O ATRASO, ESTAVA SEM INTERNET..