Ryui-chan: Nya! Invasão! XD Pardon me, mas Misao-chan pediu-me ajuda com esse cap... E num pude negar (até parece que ia alguma vez XP)! Que felicidade, poder ajudar em uma de minhas fics preferidas... o/ Misao, acho que agora chega de papo furado e vamos andando com a fic! (bem metida XD)

Reviews:

Kimi Higurashi: E... Você vai ter a explicação disso tudo nesse capítulo XD

Otaku Koorime: Acho que demorei pra postar esse capítulo, também... Sorry... Hehehehe... Leia esse capítulo que você descobre tudinho...

Kakau Kitsune: Eu sei que foi maldade o que eu fia á ela... Calma! Tadinho do Kurama Oo espera a explicação...

ItachiSaru: Tadinha mesmo! Nha... Mas leia esse capítulo e você vai se sentir um pouco melhor XD

Natália: Mas eu num tenho idéia do que escrever nos extras T-T tá bom.. eu dou um jeito...

Andressa: Calminha! Leia esse capítulo primeiro antes dos xingamentos... Agora é tarde XD Ohhh... Obrigada pelo belo elogio n.n

Kura-chan: Obrigada pelos eslogios! Ok... Eu farei os capítulos extras... Contanto que vocês me dêem pelo menos uma idéia do que digitar neles...

Celtic Botan: Eu sei que você me mandou review do capítulo 6, mas minhas mãos ficaram coçando pra responder! huehuehueehue sorte mesmo que você não pegou meu 'humor hentai' XD Faz mal á saúde XDD to zuando! Continuando, você sabe bem da onde eu tirei aquele andar sexy e aquele brilho prateado, né? XD E cadê o outro capítulo de Coisas Estranhas"? ò.ó

Petit Pelle: Que lindo! Preferiu ler minha fic do que fazer tarefa? Que meigo XD Muito obrigada pelos elogios n.n Continue lendo!

Capítulo 8

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Botan acordou com o barulho do telefone. Lentamente e com o rosto meio inchado pelo o choro e pela a noite mal dormida, atendeu-o.

-Alô? –Sua voz saiu fraca.

-É a Keiko e agora explica direitinho o que houve ontem. –Suspirou. Aquele era o último assunto que queria conversar.

-Não quero falar sobre isso, Keiko...

-Fala Botan... Você tá deprimida, da pra perceber isso. Eu quero ajudar.

-Keiko... É que eu e o Suuichi estávamos namorando fazia uma semana... E eu vi ele me traindo com a Shizuka ontem. –Bufou, tentando engolir o choro e a raiva.

-Ai... Eu vi o cartão. Você o jogou no chão naquela hora e saiu. Eu o peguei e li. Tem certeza de que foi ele que começou aquele beijo?

-Eu não sei, tá bom! –Gritou, chorando alto. –Só sei que não gostei do que vi ontem!

-Acalme-se, Botan! Toda história tem dois lados!

-É tem razão... –Suspirou, se acalmando e limpando suas lágrimas com força. –Keiko... Mas eu não quero vê-lo... Nem ouvir a voz dele ou ver um fio de cabelo dele! Eu... Eu ainda o amo... Keiko, eu ainda o amo! Droga, eu ainda o amo pra caramba! Isso dói... –Murmurou a última frase num fio de voz, sentando-se na cama, sentindo-se derrotada e as lágrimas descendo lentamente por seu rosto. Fungou levemente. –Eu não sei o que eu faço...

-Botan... Por favor, fale com ele! Não deixe isso assim!

-E o que eu faço com a Shizuka?

-Deixa essa parte comigo. Eu dou um jeito nisso sem problemas.

-Eu tenho que desligar... Muito obrigada, Keiko...

-Sem problemas! Apenas fale com ele.

-Eu irei. Até mais. –Ouviu a outra se despedir e desligou. Seu olhar estava perdido e sua mente não raciocinava. Sabia que estava chorando: podia sentir as lágrimas descendo por seu rosto, mas isso não a acordava do transe. Sentia-se estranha, vazia, como se sua alma abandonasse seu corpo. Sentia até mesmo frio. Abraçou seu corpo, inclinou-se para frente, deixando seu cabelo cair um pouco em seu rosto. E foi aí que começou a chorar alto, sentindo uma dor horrível no coração. –Ahhhh! –Dá um pulo para o lado quando o telefone toca. Logo o atende. –Alô? –Não conseguiu disfarçar muito a sua voz ainda mais rouca que antes.

-Botan... Sou eu.

Era Kurama. Ela congelou. Sem tirar os olhos da parede, simplesmente desligou o telefone. Chorou ainda mais. E o telefone tocou de novo. Atendeu-o novamente, sabendo quem era: mas não sabia por que estava tendendo.

-Botan! Deixe-me lhe contar o que houve!

-Contar o que? Se a Shizuka beija bem?

-Botan... Pare com isso... Essa não é você. Escute: foi a Shizuka que me beijou. Eu não reagi contra nem a favor porque foi tudo muito rápido! Ela me empurrou pra parede e me beijou! Nem meio segundo depois, você entrou! Foi muito rápido!

-Kurama... Eu não sei o que dizer á você... Precisamos dar um tempo. E, por favor, não venha aqui hoje. Olha, vamos apenas dar um tempo na nossa relação, tá?

-Mas Botan...!

-Tchau Kurama. Até amanhã.

Desligou o telefone sem hesitar. Não queria mais vê-lo por hoje. Estava muito arrasada... Levantou-se da cama e logo se arrependeu; uma dor de cabeça fraca começou. Bufou e deixou pra lá. Andou rapidamente até a porta e depois começou a correr. Desceu a escada e correu para a sala, ligou o aparelho de som. Uma música agitada, mas nem tanto começou a tocar e ela começou a chorar alto, dançando de um jeito que expressasse sua dor e dúvida. Ás vezes, socava e chutava o ar, com as lágrimas voando de acordo com seus movimentos rápidos.

-É ele! –Gritava, mas a música era mais alta. –É ele que me merece e não me merece! É com ele que quero e não quero viver o resto de meus dias! Eu o odeio! Eu o odeio! –Socava o ar com mais força e dançava cada vez mais rápido, com passos inventados por suas emoções. –Eu o odeio! Eu te odeio, Shuuichi Minamino! Eu te odeio! Eu odeio muito você! –A música acabou e ela ajoelhou no chão, ofegante. Passou suas mãos no cabelo, de cabeça abaixada e chorando. –E te amo... E te amo mais que tudo no mundo... –Murmurou. –Te... Amo... Eu te amo tanto... Eu ainda te amo...

Levantou-se e desligou o som. Sua dor de cabeça aumentou e ela não se importava. Ligou o som novamente e uma música calma e lenta começou a tocar. Abaixou o volume e se jogou em um dos sofás. Todas as lembranças dos últimos dias passando em sua cabeça...

-Eu o amo... Eu o odeio... Eu o amo... Eu o odeio... –Ficou murmurando completamente desligada. Respirava com mais calma e se deitou lentamente no sofá, abraçando uma almofada. –Kurama... Por que... Eu te amo? Por que eu te odeio? Por que...? Droga... POR QUÊ!

Lançou a almofada longe. O objeto quase não fez barulho quando atingiu a parede. Botan agora estava sentada no sofá. As lembranças ainda passavam como filme em sua memória.

-Desapareçam... Essas lembranças... Têm que desaparecer... Eu não as quero! –Levou ambas as mãos para sua cabeça e se ajoelhou. –Está tudo tão confuso! Não...!

O sorriso dele passando em sua cabeça... Os olhares preocupados e felizes... As risadas... A mão dele se entrelaçando na sua no pôr-do-sol no parque principal... E até mesmo ela batendo o pé num banco de praça e ele rindo e a ajudando á manter a calma... E um beijo... Outro beijo... Um selinho... Um beijo... Um sorriso... Um sussurro... Ele dizendo um "eu te amo" incrivelmente doce...

-Mentira! –Gritou. –Era mentira... –Murmurou, cansada. Recuperou-se e se levantou, ainda meio tonta. A campainha tocou e ela teve que fechar os olhos com força: o barulho da campainha agora era incrivelmente irritante e alto, fazendo sua cabeça latejar. –Só um segundo!

Deixou o som ligado e foi abrir a porta. E lá estava pessoa que mais queria e não queria ver naquele momento: SHUUICHI MINAMINO. Ele estava ali, ofegante e com o cabelo meio desarrumado.

-O que você quer? –Conseguiu ser fria e normal.

-Falar com você.

-Não temos nada pra falar. –Ela ia fechar a porta, mas ele a segurou. –Eu não quero te ver.

-Pois vire a cara. Vamos conversar.

-Não.

Ele bufou e empurrou a porta. Entrou e empurrou Botan até a parede. Chutou a porta atrás de si.

-O que pensa que está fazendo? –Agora ela estava irritada.

Ele não respondeu e se aproximou. Colocou ambas as mãos no quadril dela e a empurrou até a parede. Segurou-a com força.

-Pára! Tá machucando, Kurama!

Ele a beijou. Ela tentou empurrá-lo, mas ele a prensou ainda mais na parede, fazendo-a abrir a boca, sentindo um pouco de dor.

-Foi isso que a Shizuka fez comigo. –Ele finalmente a soltou e se afastou. Ela continuou parada ali. –Tente entender que não fui eu! Nem tive culpa!

-Kurama... –Ela murmurou, com seus olhos perdidos. –Sinto muito... Agora eu tenho medo...

-Do que?

-De recomeçarmos e outra garota fizer isso com você... E eu vou me acabar chorando toda hora... Como aconteceu... –Fungou o choro e olhou para o chão.

-Por favor, Botan! Não acabe tudo!

-Kurama... Acho que deveríamos dar mesmo um tempo...

-Botan!

-Vai ser melhor... Quem sabe não encontramos a pessoa certa?

-Botan!

-Será que eu encontro outro garoto de olhos verdes? É raridade aqui no Japão, sabia?

-Botan! –Dessa vez, ele deu um tapa não muito forte no rosto dela.

Ela ficou parada, olhando nos olhos verdes, mas ao mesmo tempo não enxergando nada. E as lágrimas finalmente caíram, e ela agarrou-se à camisa que o ruivo vestia, encostando-se em seu peito e chorando como uma criança com medo de perder a mãe.

Ele ficou paralisado por alguns segundos, atônito, mas em seguida enroscou os braços pelo corpo frágil e trêmulo da dançarina – sua dançarina. Puxou-a mais um pouco contra si, descansando o queixo no topo de sua cabeça.

Passaram alguns momentos parados no tempo, o mais completo silêncio instalado na sala, sendo quebrado vez ou outra pelos soluços e fungadas de Botan.

-Melhor? –Ele perguntou baixinho, separando-se dela apenas o suficiente para ver seu rosto. Ela apenas fungou, assentindo levemente. Ele sorriu, abraçando-a e levantando a face angelical da garota, passando os dedos alongados pelo caminho trilhado pelas lágrimas e secando-as.

Em seguida, como que possuído por algo completamente desconhecido, ele abaixou-se e tomou os lábios trêmulos em um beijo carinhoso, mostrando todo o seu amor por ela.

-o-o-o-o-o-o-

Yusuke tomou o café preto puro à sua frente em um gole só. O líquido há muito tinha esfriado, mas ele não notara. Estava por demais incomodado com os fatos que vinham rondando seu pequeno grupo de amigos. Principalmente os fatos que vinham rondando sua alegre e doce amiga Botan.

Certo que ela era suficientemente crescida para saber cuidar de si própria, mas... Sua natureza interior era frágil e... Ela podia ser facilmente magoada ou ferida pelos outros.

E pelo que Keiko havia lhe contado da briga, ele estava certo.

Tinha certeza que a jovem estava chorando copiosamente em seu quarto, abraçada à alguma coisa, murmurando palavras desconexas e depois teria um ataque que praticamente demoliria a casa.

E Kurama...

Bom, Kurama era muito mais maduro do que ele, Kuwabara e Hiei juntos, então não havia por que se preocupar. Só esperava que ele fizesse a coisa certa.

-Desculpe o atraso.

Olhou para frente e lá estava Kuwabara, sentando-se á sua frente.

-Acabei perdendo a hora. –Kuwabara se explicou. Yusuke voltou a olhar para a xícara de café vazia, murmurando um "tá bom". Kuwabara estranhou. –O que foi, Yusuke?

-Só to pensando.

-Pois deixe pra pensar depois e me responda: o que aconteceu ontem exatamente?

-Simples: parece que a Shizuka beijou o Kurama e a Botan viu. E a Botan e o Kurama estavam namorando. –Olhou para o amigo, com o olhar mais sério que já conseguiu fazer na vida. Kuwabara permaneceu em silêncio, olhando seriamente para a mesa.

-Isso é mau. Muito mau. E agora?

-Agora é com os três. Ainda não sabemos o por quê de Shizuka ter feito aquilo. E o pior é que parecia que ela sabia do namoro dos dois.

-Como?

-Os mais quietos sempre sabem. E eu ouvi uma vez a Botan dizendo que a Shizuka estava agindo meio estranha com ela. Se eu fosse você, deixava quieto. Isso é apenas entre sua irmã, o Shuuichi e a Botan. Temos apenas que esperar.

-Mas o que você acha que pode ter sido?

-Ter sido o que?

-Ué... Que motivo você acha que a minha irmã teve de beijar o Shuuichi?

Yusuke pensou um pouco antes e responder.

-Ela sempre foi muito sozinha... Lembro de uma época em que a Keiko e a Botan estavam tentando arranjar um namorado pra Shizuka. Arrumaram um tal de Sakyo, que eu não via á uns meses. Os dois estavam firmes mesmo, mas aí do nada, eles romperam tudo. E ontem Sakyo estava na festa. Ele chegou atrasado, lembra?

-Um pouco antes de cortarmos o bolo.

-Isso. Acho que alguma coisa ardeu entre ele e a sua irmã e ontem ela tentou se vingar beijando outro cara. Tá muito óbvio!

-Relaxa, Urameshi. Não temos certeza de nada.

-Mas essa hipótese é a mais verdadeira até agora. Disso eu tenho certeza.

-Não sei... Temos que esperar pra ver. Só espero que isso se resolva logo...

-o-o-o-o-o-o-

-Eu não acredito em você! Tem idéia do que fez! Ela é sua amiga! Ela te admira muito; ela me disse! E você vai e faz uma besteira dessas! O que você quer, afinal!

Shizuka olhou para Keiko, levantando seu olhar devagar. Respondeu, com a mais pura normalidade.

-Paz mundial.

-SHIZUKA! ISSO NÃO É BRINCADEIRA!

-EU TAMBÉM NÃO TO BRINCANDO!

-NO QUE VOCÊ TAVA PENSANDO! ELA É SUA AMIGA!

-SE TA NA MINHA FRENTE, VALE TUDO!

-SUA COBRA! QUE TIPO DE PESSOA VOCÊ É!

-DO TIPO QUE QUER SER FELIZ! É PEDIR MUITO!

-É SE VOCÊ NÃO SE PREOCUPA COM SEUS PRÓPRIOS AMIGOS!

-É PROIBIDO SER UM POUCO EGOÍSTA?

-DO QUE VALE A VITÓRIA SE VOCÊ NÃO TEM AMIGOS! A BOTAN ADORAVA VOCÊ! DISSE QUE QUERIA SER UMA MULHER HONESTA E FIEL COMO VOCÊ E VOCÊ VAI LÁ E BEIJA O NAMORADO DELA NA FESTA DE ANIVERSÁRIO! ANIVERSÁRIO DE QUEM! DA BOTAN!

Shizuka finalmente se calou e abaixou um pouco a cabeça.

-Você por acaso pensou nas conseqüências? –Shizuka permaneceu em silêncio e Keiko bufou. –Por que diabos você fez aquilo? Agora quero que responda.

Silêncio. Shizuka voltou a olhar para Keiko e se levantou do sofá.

-Tenho meus motivos pessoais; não preciso lhe contar. Agora, eu preciso ir pra casa.

-Não, você não vai. Shizuka! Por favor! Tem idéia do que você causou?

-Como você pode ter certeza de que fui eu quem começou aquele beijo?

-Shizuka... Eu li o cartão de aniversário que o Shuuichi deu para a Botan. Haviam poucas palavras. Mas eram as palavras mais sinceras desse mundo; eu sei. E Kurama não é do tipo que sai por aí beijando todas que aparecem na frente dele. Shizuka, por tudo que é mais sagrado nesse mundo, por favor, diga por que você fez aquilo ontem?

-Não é nada. –Shizuka passou por Keiko, indo em direção á porta. Sentiu uma mão lhe segurar. –Solta.

-Não. Só me responda: foi por vingança de alguma coisa?

Shizuka franziu a testa levemente e tentou manter a calma.

-Não. –Respondeu ainda mais ríspida.

-Lembro que Sakyo estava na festa ontem... Foi por causa dele aquele escândalo todo?

-Não. –Puxou seu braço para se livrar das mãos da Keiko e abriu a porta.

-É por ele sim! –Disse com uma voz vitoriosa.

-Mentira. –E saiu, encostando a porta. Do lado de fora, suspirou pesadamente e acendeu um cigarro. –Droga. Não tem nada a ver com ele... –Murmurou, secando uma lágrima que descia por seu rosto.

-o-o-o-o-o-o-

Pararam o beijo por falta de ar. Kurama a abraçou fortemente e com cuidado ao mesmo tempo.

-Por que ela fez aquilo...? Por que logo ela...? –Ouviu ela perguntar com a voz baixa.

-Eu não sei... Por favor, não fale nada sobre isso... Vamos apenas aproveitar esse momento juntos...

-Não posso. –Ela desfez o abraço e se afastou um pouco. –Estou confusa... Kurama, depois dessa, eu preciso pensar... Eu só queria que nada disso tivesse acontecido justo no meu aniversário. Shuuichi, por favor, saia.

-Tá, eu saio. Mas antes, me responda: esse beijo que demos agora significou alguma coisa pra você?

Ela permaneceu em silêncio por um tempo, apenas olhando para o chão. Se aquele beijo significou alguma coisa pra ela? É claro. Mas não sabia o que responder para ele sem que mudasse o rumo de tudo.

-Shuuichi... Você sabe que eu não consigo mentir. Esse beijo realmente significou algo pra mim. –Voltou a olhar para ele.

-E o que significou pra você?

-Significou... –Pensou por um momento. Não tinha jeito... –... Todo o amor que ainda sinto por você... Mas não acho que isso irá salvar tudo o que tá acontecendo, Minamino...

-É claro que salva! Uma coisa pelo menos vai salvar: o nosso relacionamento. Botan... Por favor, não vamos nos afastar agora... Eu... Eu te amo. E você me ama. Isso é o que importa agora, para nós...

-Kurama... Mas eu não quero me machucar de novo... –As lágrimas voltaram á surgir em seus olhos. –Eu nunca pensei que ver uma cena daquelas... Numa situação daquelas... Pudesse machucar tanto... Eu só queria que isso não tivesse acontecido.

-Você não é a única pessoa que deseja isso. Eu já estou indo. Por favor, pense bastante antes de tomar qualquer decisão quanto á isso.

Ela apenas fez um sim com a cabeça e ele se afastou dela.

-Até logo. –Ele se despediu e ela ouviu a porta da sala se abrir e depois se fechar. Ele foi embora.

-Ele foi embora... –Pensou, limpando os olhos. Sem se importar com nada, começou a subir as escadas. Tinha que se trocar; ainda usava a mesma roupa que havia ido á festa de seu aniversário. Parou no meio do caminho. Não podia deixar assim...

Virou-se e começou a correr escada a baixo, atravessando a sala velozmente. Abriu a porta e saiu. Correu até a calçada. Respirou fundo. Não tinha idéia do por que estava fazendo isso... Mas nada mais lhe importava. Praticamente, não tinha mais nada a perder. Recomeçou sua corrida em direção á casa de Shuuichi o mais rápido que podia.

Não podia... Aliás, nem queria deixar as coisas terminarem assim. Virou a esquina e viu um ruivo virando a esquina mais á cima da rua. Não pensou duas vezes e correu. Desviou-se de algumas pedras e dois cachorros de rua e finalmente alcançou a tal pessoa.

-Shuuichi!

Era ele. O ruivo parou e olhou para trás. Não teve tempo de fazer nada e Botan o abraçou. Ela recuperou o fôlego e olhou para ele.

-Eu acho que já pensei... –Ela ainda respirava pesadamente. –Não... Não vamos terminar assim... Eu acredito em você... E sei que você não iria... Beijar a Shizuka logo no meu aniversário... –Recuperou-se mais um pouco. -O que você acha?

Ele não a esperou dizer mais nada. Aproximou-se e a beijou carinhosamente. Realmente, ele não queria que tudo acabasse. E ela também não. O único jeito, seria ficarem juntos.

-Mas a gente ainda tem um problema... –Botan murmurou após se separarem. –Temos que falar com ela. Se ela tiver algum problema que a tenha feito fazer aquilo, quem sabe não podemos ajudar?

-Não vai ser fácil.

-Eu sei. Mas temos que tentar. Ela quase nos separou e quero saber por que. Vamos pra casa dela agora.

-Agora?

-Agora! –Ela o segurou pela mão direita e o puxou, começando á descer a rua.

-Tem certeza? To com um mau pressentimento...

-Guarde ele pra você. Que nós vamos tirar satisfação com ela, nós vamos! E não reclama!

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Misao: Por hoje, acaba por aqui! nn Ryui-chan! Valeu por ter digitado umas partes! (Ficaram ótimas) Quero que o pessoal deixem reviews, ok? Aproveitando, Ryui-chaaaaan... Faz o capítulo 9 comigooooo? Eeee... como eu infelizmente num consigo me encontrar direito com ela no msn... ela vai ter que me responder no review! XD

kissus