Longe do Paraíso
Disclaimer: Personagens e lugares pertencem a J.K. Rowling e à Warner Brothers – exceptuando aqueles que foram criados por mim. Esta fanfic foi escrita sem quaisquer fins lucrativos e quaisquer semelhanças com outras histórias não passam de meras coincidências.
Spoilers: PF, CdS, PdA, CdF, OdF
Avisos: Fanfiction não apropriada para menores de 13 anos por conter algumas cenas de violência e vocabulário pouco apropriado.
Sumário: No cenário duro do pós-guerra foi cometido um horrível crime e um Devorador da Morte é preso e condenado, acusado de homicídio. Porém, existem pontas soltas que não se encaixam no puzzle e uma Auror tem agora a difícil tarefa de descobrir a verdade antes que seja tarde demais.
Prólogo
À segunda batida, ela não pôde ignorar mais o barulho. Desligou o rádio e colocou de lado as folhas para a candidatura à ETEQ (Escola de Treino Especializado de Quidditch). A coragem nunca fora um problema para ela, mas durante a guerra contra o Mal fora posta à prova e quase se esgotara. Agora, mesmo depois de Voldemort ter sido derrotado, vivia-se todos os dias num clima de terror puro – os Devoradores da Morte continuavam à solta e ansiavam por vingança.
- Quem está aí?
Uma forte brisa apagou as velas do corredor e fez as cortinas bailarem ao ritmo do vento. Retirou a varinha do manto e fez uma fraca luz incidir da sua ponta. O corredor era escuro como as Trevas. Engoliu em seco e decidiu avançar. Ali parada não conseguiria nada, era a verdade! Que mal lhe poderia suceder? Os pais eram cuidadosos e haviam tomado todas as precauções para que ela ficasse segura de intrusos durante a sua ausência. Talvez estivesse apenas paranóica!
Tudo aconteceu muito depressa! A meio do corredor, alguém lhe bateu com um bastão nas costas, levando-a a cair ao chão. A varinha voou-lhe das mãos e não conseguir reparar onde caíra ela. Gemendo de dor, a rapariga tentou virar-se, mas duas mãos finas apanharam-lhe o pescoço e apertaram-no com imensa força. Fazendo de tudo para que o ar chegasse aos seus pulmões, ela agarrou as mãos e tentou afastá-las de si, mas o intruso era mais forte.
- Tu... vais... morrer! – sibilou o homem, numa voz dura e abafada.
Eram eles! Os Devoradores da Morte estavam ali, na sua casa! Viu o brilho louco dos olhos dele por detrás da máscara e ela sentiu os seus encherem-se de lágrimas. Queria gritar, mas faltava-lhe a voz; queria dar luta, mas faltavam-lhe as forças. Sentia as asas da morte roçarem ao de leve no seu rosto.
Foi então que decidiu utilizar as suas últimas forças para tentar salvar a vida. Começou às joelhadas no homem em cima de si e enfiou dois dedos nos buracos da máscara, numa tentativa de alcançar os seus olhos de assassino louco e frio. O homem soltou um berro e levou a mão à cara, deixando cair a máscara que ocultava a sua identidade.
- TU?!
Tremendo de medo, a rapariga utilizou toda a sua agilidade para escapar ao Devorador da Morte e correu. Apenas precisava da varinha... a varinha... mas onde estaria a porcaria da varinha?
Correu de regresso ao quarto e fechou a porta. Atrás de si, os passos selvagens e arrepiantes de quem desejava o seu cadáver. Sentindo as lágrimas caírem pelas suas faces, ela procurou desesperadamente a varinha. Mas era tarde de mais: o homem entrou na divisão, de varinha em riste como quem se prepara para o combate, de olhar louco e sorriso cruel desenhado na sua face sem cores.
- Porquê? – chorou ela, encarando-o nos olhos – Porquê?
- Tu bem sabes o porquê!
Com uma corda saída da sua varinha, o intruso apanhou-lhe os pulsos e prendeu a ponta solta à perna da cama. A rapariga tentou dar-lhe um pontapé, mas recebeu em troca um murro que a fez sangrar do lábio. Ambos sabiam que era o fim. As lágrimas dela secaram, a sua respiração parou... e, de varinha apontada ao jovem corpo feminino, o Devorador da Morte proferiu o feitiço mortal.
Uma luz verde encheu todo o quarto e a cabeça da jovem caiu para trás. Os seus olhos aterrorizados olhavam a face do seu assassino. Como se o corpo sem vida daquela mulher soubesse que ele ainda ali estava.
Num acesso de loucura, o homem rasgou-lhe os mantos e todas as roupas que ela vestia, espalhando-as em seu redor. De seguida, tocou a sua pele... estava gelada, mas isso ele não podia entender! E sorriu cruelmente; soltou uma gargalhada fria e beijou os lábios da jovem estendida a seus pés. Estava feito – ela que o perdoasse!
Levantou-se demoradamente, aproximou-se da secretária e deu uma última olhada ao corpo antes de se materializar. Amarrada à cama, o olhar dela permanecia fixo no local onde se encontrara o Devorador da Morte antes de lhe arrancar o seu último suspiro.
Continua...
Agradecimentos atrasados: a todos aqueles que deixaram as suas mensagens na minha última fanfic ("Por Cada Vez"). Estou-vos extremamente grata por toda a força que me deram! Quanto a uma continuação... eu não sei ainda bem o que fazer. Se vir muita gente a pedir por uma, talvez ainda experimente organizar uma.
N/A: Belinha strikes again!! Eu sei que o prólogo é muito pequenino, mas como sabem, é apenas uma introdução. Espero postar o primeiro capítulo a sério dentro de pouco tempo, da mesma maneira que estou a contar que gostem de mistério e romance – o "baile" aqui é esse!
Beijinhos a todos e se tiverem oportunidade... deixem review!! XD
(Editado) Fanfiction revisada em 2008. Muito obrigado a todos que por aqui passaram. O vosso apoio foi muito importante para mim! x)
