Longe do Paraíso
Disclaimer: Personagens e lugares pertencem a J.K. Rowling e à Warner Brothers – exceptuando aqueles que foram criados por mim. Esta fanfic foi escrita sem quaisquer fins lucrativos e quaisquer semelhanças com outras histórias não passam de meras coincidências.
Spoilers: PF, CdS, PdA, CdF, OdF
Avisos: Fanfiction não apropriada para menores de 13 anos por conter algumas cenas de violência e vocabulário pouco apropriado.
Sumário: No cenário duro do pós-guerra foi cometido um horrível crime e um Devorador da Morte é preso e condenado, acusado de homicídio. Porém, existem pontas soltas que não se encaixam no puzzle e uma Auror tem agora a difícil tarefa de descobrir a verdade antes que seja tarde demais.
Capítulo V
- Miss Granger, apenas uma palavra para o Profeta Diário...
- Miss Granger, do Profeta Vespertino, poderá dar-nos alguma informação sobre o julgamento que acaba de findar?
- Miss Granger, por favor, para informação dos leitores do Daily Magic News, como correu a audiência?
Hermione suspirou profundamente. Assim que saíra da Sala do Tribunal, mesmo em pleno Ministério da Magia, havia sido recebida por uma enorme onda de flashes a rebentarem na sua cara, jornalistas a gritarem perguntas aos seus ouvidos e a tomarem notas nos seus pergaminhos com as penas especiais para a ocasião. Tal fora uma reacção algo inesperada e havia sido apanhada por completo na teia jornalística que se alastrava à entrada da Sala onde um dos seus maiores inimigos escolares acabara de ser condenado a uma pena de prisão perpétua no local que, um dia, fora o local mais temido pelos feiticeiros.
Preferindo optar pelo silêncio, a jovem avançou por entre o magote de gente que a esperava, tentando alcançar o elevador para fugir à confusão e se refugiar na calmaria do seu gabinete. Porém, os jornalistas não a deixavam cumprir os seus planos de fuga e perseguiam-lhe o rasto como cães. Estava já prestes a virar-se e a mandá-los enfiar as máquinas e as perguntas pelo traseiro acima quando Maverick, o Ministro da Magia, e o chefe Gordon vieram em seu auxílio: captaram a atenção dos "perseguidores" e encaminharam-nos para uma saleta, onde as suas perguntas poderiam ser respondidas sem mais demoras.
- Vá descansar, Granger! – Oliver Gordon piscou um olho à sua pupila quando passou por ela com um grupo de jornalistas. – As feras estão domadas.
Ela agradeceu com um simples gesto, mas nem teve forças para avançar em frente e acabou por se afundar numa das cadeiras almofadadas que se situavam mesmo à porta da Sala do Tribunal. Apoiou os cotovelos nas pernas e descansou a cabeça na palma das mãos. Na sua mente passavam todas as imagens do julgamento que acabava de presidir. Draco Malfoy estava preso! Malfoy... o seu inimigo, o assassino de Isobel... por fim atrás das grades, para sempre. E fora ela quem o conseguira. Por que razão a sua satisfação com o que acontecera se desvanecera tão repentinamente?
- Por aqui, Hermione?
A jovem levantou os olhos subitamente para comprovar quem ali se encontrava com ela: uma voz daquelas era inconfundível. E a de Neville Longbottom era também inesquecível.
- Não te tinha visto ainda, rapaz! – declarou com um sorriso.
Neville retribuiu aquilo que sabia que era um cumprimento da amiga e sentou-se numa cadeira ao lado dela. Com 24 anos, continuava bastante parecido com o rapazinho que fora durante o seu período escolar: baixo e redondo, o cabelo negro como ébano ligeiramente desalinhado e bastante esquecido. Contudo, não fora isso que o fez desistir daquilo que mais desejava fazer. Com uma grande queda para Herbologia, sempre pensara em vir a ser professor ou perito naquela matéria; mas a guerra mudara-lhe as ideias, como acontecera a tantos outros. A avó falecera de causas naturais pouco depois de ele fazer os 18 anos e à hora da morte pedira ao único neto para honrar o trabalho dos seus pais, ainda internados em St. Mungus, totalmente loucos. E Neville decidiu que o último pedido da querida moribunda seria cumprido – decidiu enfrentar os seus medos e combater valentemente contra o mal em conjunto com os seus colegas, sempre tão bravos, tão inteligentes, tão corajosos.
O treino para Auror era duro e somente os melhores conseguiam entrar. Ele ficou pelo caminho, apesar dos excelentes resultados que tanto surpreenderam todos aqueles que se relembravam do gordinho medricas que estudara nos Gryffindor com Harry Potter e os seus amigos. No entanto, o ódio enorme que nutria por tudo aquilo que se relacionava com Voldemort e a enorme vontade de prosseguir o trabalho drasticamente interrompido por Frank e Alice Longbottom continuavam a latejar nas suas veias e não quis deixar para trás esse sonho. E foi assim que, quando os Dementors se aliaram ao Senhor do Mal e Azkaban ficou sem qualquer segurança, Neville se ofereceu para o cargo, sabendo bem que riscos corria, mas achando que era chegada a altura de os enfrentar de queixo erguido.
Hoje era um dos guardas da prisão dos feiticeiros, sendo responsável por um dos imensos corredores de Azkaban e conhecendo bem as melhores maneiras de tratar os mais perigosos prisioneiros e resolver as mais complicadas situações. Devido à modéstia e a uma leve timidez, recusava os parabéns dos amigos, dizendo que não entendia o porquê de tantas felicitações; porém, bem lá no fundo, sentia-se orgulhoso do caminho que aprendera a seguir sozinho desde há cerca de quatro anos atrás.
- Vieste buscar a "pesca" de hoje? – perguntou Hermione, encostando-se na cadeira.
- Que remédio! Estão ali num instante a trabalhar com a papelada... – Neville soltou uma gargalhada amigável. – Mas eu não podia perder este momento por nada! Levar Malfoy direitinho para Azkaban... vai ser lindo!
- O melhor de tudo será quando ele te vir! Talvez se quando fosse mais novo soubesse o que lhe ia acontecer por nossa causa, tivesse sido mais simpático!
- Olha que não sei. Ele é tão orgulhoso... Medo devia sim ter, isso não lhe falta! Afinal, Harry prendeu-o, tu condenaste-o a prisão perpétua, eu levá-lo-ei para trás das grades... – o jovem olhou a amiga com o habitual olhar que sempre reservava para ela, cheio de admiração. – Eu vi-te naquele julgamento. Acho que foste simplesmente fantástica, Hermione! A maneira como falaste, dando a entender o quão horrível aquele crime foi, a maneira como apresentaste as provas que o incriminavam, a maneira como o encaraste no final... Soberba para uma primeira vez! Quem me dera ser um dia como tu!
- Neville – interrompeu a morena, com a voz dura de quem deseja dar um bom conselho. – o teu problema é a falta de confiança que tens em ti. Já conseguiste provar que, quando queres, és capaz de mais do que outros que, numa visão geral, parecem pertencer a um nível mais elevado que o teu. Basta pensar que vai tudo correr bem e verás que consegues!
Ele suspirou, com ar de quem foi vencido mas não totalmente convencido. Apertou com força a mão da amiga e preparava-se para dizer algo quando as suas palavras foram abafadas por um enorme grito vindo da Sala do Tribunal. Ambos os jovens saltaram imediatamente das cadeiras onde se encontravam e correram até ao local de onde viera o som. Neville abriu a porta com alguma violência.
- Que se passa aqui? – perguntou ele numa voz firme, sentindo Hermione espreitar por cima do seu ombro.
Os Aurors seguravam Hugo Vance com todas as suas forças. Este tentava libertar-se dos braços fortes que o prendiam, berrando pragas, vermelho de fúria, enquanto esbracejava e chegava mesmo a dar pontapés em redor:
- EU MATO-O! LARGUEM-ME! Tirem as mãos de cima de mim, eu só quero fazer àquele patifório o mesmo que ELE FEZ À MINHA FILHA!
Ron passou a correr pelos dois amigos transportando na mão uma chávena de Poção Calmante. Aproximou-se do homem e, enquanto os homens o seguravam, obrigou Hugo a bebê-la. Em breve, começou a perder as forças e os outros conseguiram arrastá-lo para fora da Sala de Audiências. Ao passar por Neville e Hermione, o ruivo abanou a cabeça, triste e desolado. Nem eram necessárias palavras para explicar o que sentia naquele momento.
- Que fizeste tu, Malfoy? – questionou Hermione assim que Mr. Vance saiu e ela pôde ver o prisioneiro acompanhado por seis guardas no outro canto da Sala. – Vês o que fazes? Não tens vergonha de destruir uma família inteira por causa de uma mera estupidez?
Draco Malfoy, assistindo ao preenchimento da papelada necessária para a sua detenção, olhou-a com fúria.
- Que queres tu? – cuspiu ele com voz rouca. – Diz-me lá que desejas tu! Já me meteste na cadeia e AINDA QUERES QUE EU RESPONDA A PERGUNTAS IDIOTAS?
Por esse momento, já Draco se tentava chegar perto de Hermione, com o ódio a brilhar nos seus olhos cor do mar. Um dos seguranças agarrou-o e puxou-o para junto dos seus colegas, que em breve rodearam o prisioneiro numa tentativa de controlar o seu estado de ansiedade. Um deles virou-se para a Auror com uma expressão algo irritada:
- Peço desculpas, Miss Granger, mas tenho de lhe pedir que se retire. Mr. Malfoy não parece encontrar-se no seu melhor estado de lucidez e estas interrupções apenas pioram a situação! Já chega de confusões por hoje! – de seguida, agarrou Neville por um braço. – E que estás tu aqui a fazer, Longbottom? Vamos levá-lo imediatamente para Azkaban e tua vens connosco, ou é para ficares aqui a namorar pelos corredores?
O jovem pareceu um pouco atrapalhado com a insinuação e chegou mesmo a engasgar-se. O colega tentou juntá-lo ao grupo, mas Neville pediu apenas mais dois minutos na companhia da amiga.
- Desculpa o Corey! – pediu, meio envergonhado. – Ele pode parecer um pouco bruto, mas até é um gajo porreiro!
- Vá, vai lá à tua vida! Eu vou para o meu gabinete arrumar as ideias.
- Olha, se quiseres, depois passa lá por Azkaban. Não tenho um turno muito difícil e talvez possamos falar um pouco.
Hermione sorriu e agradeceu ao amigo o convite, prometendo passar pelo seu posto de trabalho dentro de algumas horas. E virando costas, sentindo o olhar de Corey pregado nas suas costas, saiu da Sala do Tribunal. Assim que a porta se fechou, Neville correu para junto dos colegas, grupo esse que imediatamente partiu para Azkaban com Draco Malfoy entre si.
- Olha bem à tua volta, Malfoy! – falou a voz sarcástica que o levara até ali. – Porque esta será a tua nova casa até ao dia em que expirares. Espero que gostes, é mesmo à tua medida.
Deu uma forte gargalhada e fechou a cela com alguma violência. Draco olhou-a com desdém e suspirou. Até o seu esconderijo era melhor que aquilo.
No seu lado direito encontrou a cama de ferro, cujo colchão duro estava coberto por uma colcha velha, de cores esbatidas. Do lado esquerdo, duas correntes prendiam uma longa tábua de madeira à parede de tijolos acinzentados, levando-a a formar aquilo que se assemelhava a um estúpido banco. Mordeu o lábio inferior e cruzou os braços com pesar. Que faria ele agora?
Atrás de si, alguém surgiu de repente do nada.
- Confortável? – Neville manteve-se afastado das grades da cela para evitar zaragatas com o prisioneiro. – Bom, Malfoy, venho dar-te uma boa notícia: acontece que tu vieste para Azkaban e logo calhaste no corredor que me pertence a mim! Estás a perceber onde quero chegar?
- Não, gordo, a tua estupidez deixa-me cego quando estou na tua presença! – rosnou o loiro.
- Que, em primeiro lugar, eu estou num nível muito superior ao teu, por isso exijo respeito da tua parte. Isto já não é Hogwarts, não sei se a tua "cegueira" te deixa ver isso!
Draco ia responder torto, mas Neville cortou-lhe as palavras antes de as poder dizer. Agora, era ele quem estava por cima na situação:
- Em segundo lugar, sou eu quem manda nos prisioneiros das celas deste corredor. Portanto, nada de jogos estúpidos da tua parte! Olha que já castiguei muitos que se quiseram armar em engraçadinhos comigo! E em terceiro: esta prisão tem regras e tu tens de cumpri-las. Existem horários para refeições, limpezas e trabalhos. Uma vez que os Dementors se aliaram ao teu Mestre, tivemos de arranjar maneira que Azkaban não fosse apenas estar trancado entre quatro paredes. – batendo com as mãos uma na outra, o segurança deu a entender que a explicação acabara. – E é tudo! Tens alguma dúvida?
- Tenho! – Draco exibiu um sorriso irónico no seu rosto pálido e assustado. – Se precisar de ir à casa de banho, é suposto fazer pelos cantos?
- Isso seria um problema teu, não achas? – ele apontou um dedo ao canto esquerdo. – Vês o único tijolo esbranquiçado? Bate três vezes nele e tens tudo o que precisas!
O prisioneiro olhou Neville da cabeça aos pés, com um ar de autêntico desprezo e irritação na face. Como é que aquele pirralho idiota pudera chegar àquele ponto? Dava-lhe ordens, impunha-lhe regras, exigia-lhe respeito, falava-lhe num tom de voz superior... Não, aquilo não lhe estava a acontecer!
- Bom, se já está tudo esclarecido entre nós, vou deixar-te a sós com as tuas paredes. Penso que será do teu agrado familiarizares-te com elas.
- Estás com pressa para ires ter com a tua namoradinha Sangue de Lama cabeluda?
Mas desta vez Neville não se atrapalhou com o comentário. Conhecia Malfoy demasiado bem para não reconhecer as suas provocações e tinha agora o bom senso de não lhes responder. Olhou o ex-colega nos olhos (só então se apercebeu como ele era alto) e falou-lhe com frieza:
- Já te avisei para não te armares em engraçadinho. Ao faltares ao respeito a um amigo meu, faltas-me ao respeito a mim e já conversámos sobre isso. Guarda as tuas piadas para ti mesmo, Malfoy, aqui ninguém está interessado nelas!
- Uh, que medo!
- Eu já não sou o mesmo Neville de Hogwarts! Tenho 24 anos... sou um homem, tal como tu! Não tenho mais medo de ti. Amadureci como o tempo e parvoíces como as tuas já não me intimidam. Vê lá se sabes pensar duas vezes antes de as fazeres!
- Tu estás errado, Longbottom! Tu, a Granger, o Potter, os vossos amigos... TODOS ERRADOS! Eu sou inocente! E quando isso se provar, irei sair daqui e então... então terão a vingança que merecem!
- Sim, claro! – Neville consultou o seu relógio de pulso. – Daqui a meia hora servem o almoço. Porta-te bem e pode ser que tenhas a sorte de eu achar que o mereces.
Draco viu-o afastar-se do seu campo de visão e bateu com força nas grades da cela. Estava furioso. Como é que lhe pudera acontecer algo assim naquele exacto momento? Num instante, tinha toda a sua vida organizada, fugindo com sucesso da justiça, planeando a sua vingança dos tempos passados e, de repente, tudo se lhe escapava das mãos! Agora estava numa situação mais que humilhante, num nível tão abaixo do dos seus maiores inimigos dos tempos escolares que o sangue até queimava de ódio e vergonha quando corria nas suas veias. Aqueles que ele pensava serem inferiores tinham-no encontrado, julgado, humilhado e colocado na cadeia. Mas como é que o conseguiram fazer?
Tirou o manto que vestia, atirou-o para cima do banco de madeira e deitou-se na cama de ferro. Observou as manchas de humidade no tecto e franziu o sobrolho. Não se podia ir abaixo naquela altura! Tinha de ir à luta! Porque não podia manter-se ali fechado enquanto...
- Psst! Hey, Draco!
O loiro levantou a cabeça, esquecendo por completo a corrente de pensamentos que estava a tomar conta de si, e procurou a causa da interrupção. Do outro lado da cela estava um homem, vestido com os mantos da cor púrpura própria dos seguranças de Azkaban. Um capuz da mesma cor ocultava-lhe a face.
- Que foi agora? – perguntou ele com modos bruscos. – O Longbottom já falou tudo comigo! Agora sou uma atracção turística ou quê? "Draco Malfoy numa cela de Azkaban – dois galeões a visita", é isso que querem?
- Não sejas estúpido, Malfoy, estou aqui para te ajudar!
E olhando em redor, o estranho retirou o capuz da cabeça. Tinha uma cara oval, barba de três dias e um pequeno bigode de cor escura. A sua pele era algo enrugada e os olhos cinzentos brilhavam no seu rosto esquálido. Passou a mão pelo cabelo castanho molhado pela chuva que caía lá fora e olhou o prisioneiro com um sorriso nos lábios finos e secos.
- Porra, essa coisa é mesmo apertada! – comentou o homem com um ar irónico.
- Desculpe lá, mas nós conhecemo-nos?
O estranho fungou e sorriu vitoriosamente.
- Se nem tu me reconheces, então o disfarce é mesmo bom! – subiu a manga do manto e mostrou a Marca Negra gravada no seu braço. – Sou eu, Patrick Lottus.
- Patrick! Mas... como conseguiste?
Draco sentiu-se invadido por uma onda de puro alívio. E mostrou-o rindo-se. Patrick riu com ele e escondeu o braço, antes que surgisse uma visita inesperada e percebesse que, na verdade, ele era um Devorador da Morte colega do prisioneiro da cela 139.
- Já sabes como eu sou! Mudar de aspecto é comigo! – o recém-chegado aproximou-se das grades e falou tão baixo que Draco teve de se aproximar dele para o ouvir. – Ouve, tu não estás autorizado a receber visitas, tal como a maioria dos presos daqui. Porém, virei ver-te sempre que puder!
- Patrick, mandaram-me para aqui dizendo que eu matei a Vance, lembras-te dela? Parece que ela foi encontrada assassinada aqui há uns dias e agora dizem que fui eu o culpado, mas é mentira!
- Eu sei! – interrompeu ele num sopro. – Sei bem que és inocente e vou tirar-te daqui em breve. Metido aqui dentro não podes fazer muito, mas eu vou trabalhar para encontrar o verdadeiro culpado. Não te afeiçoes a este cubículo, homem: em breve estarás cá fora!
- Prometes?
- Sim! Mas lembra-te que o meu nome aqui não é Patrick! Sou Álvaro Montês, o estrangeiro que veio para Azkaban trabalhar como segurança e não sabe muito Inglês. Convém que nunca nos vejam juntos a conversar ou as suspeitas serão muitas! Também tenciono aproveitar este disfarce para descobrir pistas que nos iluminem. Vais ver, o Ministério ainda te irá pedir desculpas de joelhos!
O prisioneiro soltou uma gargalhada abafada ao ouvir a mentira criada pelo seu colega. Já este retirou do bolso do manto púrpura uma chapa com a sua falsa identificação e prendeu-a ao peito.
- Os nossos processos de falsificação são muito mais desenvolvidos do que aquilo que se pensa! Com sorte, ninguém desconfiará de nada. Bom... não te esqueças do combinado, eu vou "trabalhar".
O loiro levantou-lhe o polegar e Patrick respondeu da mesma maneira. Cobrindo de novo a cabeça até a sua face ficar totalmente oculta, foi-se afastando da cela que acabava de visitar.
Draco sorriu uma vez mais e deixou-se cair de novo na cama. Agora que tinha alguém que acreditava na sua palavra e se ia esforçar para o tirar daquele sítio tenebroso, era como se lhe tivessem retirado um peso da alma, fazendo-o sentir-se leve como uma pena a voar ao sabor do vento.
Continua...
N/A: mais uma vez, gostaria que me perdoassem este mês sem actualizações. Queria apenas dizer a todos os leitores que eu não vou desistir desta fic e deixá-la inacabada; posso é levar muito tempo a actualizar. Desculpem! Espero que tenham gostado deste capítulo, mesmo tendo servido como introdução a (mais) uma nova personagem. x)
Obrigado à minha beta-reader Sandra (mais vale tarde que nunca, não é assim?), pelo trabalho que teve a corrigir os capítulos já publicados, JanePotter (eu conheço bem o teu nível de perversidade, mas fica descansada – ou tristonha, depende do teu ponto de vista – não é nada do que estás a pensar), Wicked-Aleena (muito obrigada e, já agora, eu também acho que tens muito jeito para escrever!), Yasmin Bueno (obrigada outra vez, para mim D/Hr também é o melhor casal e assim será até ao fim) e Pandora (espero então que os testes te tenham corrido muito bem e que, já agora, continues a acompanhar).
Beijos a todos! XD
