Longe do Paraíso

Disclaimer: personagens e lugares pertencem a JK Rowling e à Warner Brothers, excepto aqueles que foram criados por mim. Esta fic foi escrita sem fins lucrativos e quaisquer semelhanças com outras histórias é mera coincidência.

Avisos: fanfiction não apropriada a menores de 13 anos.

Spoilers: PF, CdS, PdA, CdF, OdF

Sumário: No cenário duro do pós-guerra foi cometido um horrível crime e um Devorador da Morte é preso e condenado, acusado de homicídio. Porém, existem pontas soltas que não se encaixam no puzzle e uma Auror tem agora a difícil tarefa de descobrir a verdade antes que seja tarde demais.

Capítulo XI

Hermione cruzou as pernas e endireitou o seu manto cor de ameixa uma vez mais. Sabia que devia ter o cabelo pior que uma vassoura, olheiras até ao umbigo e uma cara horrorosa, mas a sua preocupação com aquilo que estava prestes a começar conseguia, como sempre, ser mais importante que o seu aspecto.

- De regresso ao local onde tudo começou! Bom, pelo menos para mim...

Ela exibiu um pequeno sorriso e indicou a Neville o lugar junto a si. Os minutos passavam e ela sabia que dentro de pouco as portas do Wizengamot ir-se-iam abrir para aquilo que menos esperava naquele momento: o novo julgamento de Draco Malfoy. Como seria possível que Maverick tivesse seguido aquelas cantigas parvas e egoístas de Fudge?

- Preparada para o segundo round?

- Não! – respondeu Hermione secamente, cruzando os braços frente ao peito. – Isto não é justo! Eles não podem condená-lo à morte, não podem, é uma injustiça!

Neville pigarreou e baixou o tom de voz, com receio de quem alguém os estivesse a ouvir:

- Recebi a tua "encomenda" de ontem. Vou analisar o copo e a máscara através de perito do Ministério em que confio imenso, procurando por impressões digitais e pela identificação do traço negro.

A jovem morena acenou com a cabeça, mas o seu pensamento estava longe daquele local. Inesperadamente, ao ouvir os minutos passar em contagem decrescente para o início do julgamento, voltou a experimentar aquelas sensações: o toque da mão dele no seu queixo, o doce sabor de um beijo como último pedido desesperado, a serenidade do seu olhar enquanto lhe relatava a sua própria visão do assunto...

- Hermione! – o chamamento do colega cortou o encadeamento lógico das suas lembranças e trouxe-a de novo à realidade, longe de Malfoy. – Foi ele mesmo quem te pediu e te deu a morada para investigares a sua casa?

- Foi. Por acaso, era algo que ainda nunca me passara pela cabeça, mas mesmo que sim... nunca a encontraria sem a ajuda dele. Está muito escondida!

- E achas saudável manteres uma relação assim tão próxima de alguém como Draco Malfoy?

E Neville nem sequer sabia do beijo...

- Eu e Malfoy nunca nos demos bem durante sete anos em Hogwarts. Depois ele fugiu à justiça enquanto eu o procurava; agora, coloquei-o atrás na cadeia, acusando-o da morte de uma amiga minha – disse Hermione, tentando soar o mais convincente possível. – Tudo bem que agora estou a tentar ilibá-lo de todas estas acusações, mas apenas porque estou convencida que ele é inocente e eu luto pela justiça! Esta batalha não significa que me estou a tornar próxima, ou qualquer outra coisa, de Malfoy! Não sei a que te referes!

- Pois claro...

Hermione desviou a cara, não fosse ele olhá-la nos olhos e descobrir a verdade. Porém, nesse exacto momento, a porta da sala de audiências abriu-se e a cabeça de Oliver Gordon surgiu, olhando os dois jovens.

- Miss Granger, estamos à sua espera! – chamou ele, com uma voz agradável. – O julgamento vai iniciar-se dentro de três minutos, está bem?

Ela acenou com a cabeça e levantou-se da cadeira. O mesmo fez Neville, que lhe deu um aperto de mão e lhe desejou boa sorte antes de sair, dizendo que precisava ir esperar os colegas que estavam prestes a chegar de Azkaban. Na companhia de Gordon, que ainda a aguardava à porta do Wizengamot, Hermione regressou à sala de audiências onde Malfoy fora condenado há uns dias atrás. A audiência presente para o julgamento era ainda menor do que da primeira vez e a jovem reconheceu os rostos de Emmeline Vance e Ron Weasley entre ela, próximos um do outro. Porém, desta vez Hermione não tinha a certeza se gostava de ver a sua colega da Ordem de Fénix sentada na primeira fila.

- Contente por estar de volta? – questionou Gideon Maverick, que presidia o julgamento por aquela vez.

- Você nem faz ideia da injustiça que está prestes a cometer.

O riso do Ministro da Magia era frio e chegava a roçar o cruel. Como é que um homem que aparentava ser tão justo e forte se pudera transformar num monstro tão feio e repugnante? Como é que um homem como Maverick pudera deixar uma criatura como Fudge assumir o controlo de um assunto tão delicado como aquele?

Harry puxou a amiga por um braço e sentou-a na cadeira a seu lado, incapaz, porém, de a olhar nos olhos. Contudo, também ela tinha problemas em encarar os olhos espantosamente verdes do amigo naquela altura, quando se reuniam para o mesmo propósito com ideias totalmente contrárias.

- Tragam o prisioneiro! – pediu Maverick, levantando-se do lugar e falando com uma voz forte, clara e superior. – Vamos dar início a esta sessão!

Três guardas de Azkaban, entre eles Neville, penetraram na sala de audiências ladeando Draco Malfoy. Foi ao vê-lo ali, longe da sua cela, em comparação com o dia do julgamento, que Hermione percebeu o quanto ele estava a sofrer na prisão: estava ainda mais magro que antes, se é que isso era possível, e o seu rosto chupado era branco como a cera. A sua palidez não parecia tão evidente na escuridão da sua cela!

- Draco Marcus Malfoy! – chamou o Ministro da Magia, ainda de pé, após o jovem se sentar na cadeira das correntes que apertaram os seus braços finos. – Estás hoje aqui presente para te ser atribuída uma nova e mais dura pena pela morte de Isobel Kristin Vance, assassinada com uma Maldição Imperdoável na noite de 10 de Novembro. Presentes nesta audiência: Gideon Maverick, Ministro da Magia e presidente da sessão; Charlston Peter Edgestone, professor de Magias Aplicadas; Oliver Gordon III, chefe do quartel-general de Aurors; Hermione Jane Granger, Auror; Harry James Potter, Auror. Dia 22 de Novembro de 2004, três horas da tarde e dá-se início à sessão.

Malfoy olhou, cansado, para o público que o rodeava daquela vez, mas com uma expressão diferente da que tivera aquando do julgamento de há cinco dias atrás. Estava receoso; o medo apoderava-se rapidamente dele à medida que os minutos passavam.

- «Nem é necessário prendê-lo às correntes!» - pensou Hermione, sentindo a tristeza por ele invadi-la pela primeira vez. - «Ele mal tem forças para se aguentar em pé!»

O olhar tão azul do prisioneiro cruzou-se com o seu. Um grito de ajuda ecoou por todo o calabouço. Mas como é que mais ninguém naquela sala o ouviu?

- Quando estiveste aqui presente para o anterior julgamento, foste condenado por unanimidade a prisão perpétua em Azkaban. O Ministério rege-se baseado em regras que cumpre sigilosamente – Hermione tossiu provocadoramente, mas ninguém a ouviu. – Mas após uma guerra dura e um pós-guerra onde estamos a entender que não podemos confiar em Devoradores da Morte, é altura mais que suficiente para se fazer uma leve mudança nelas. E é por isso que este homem está de regresso ao Wizengamot... para dar a entender aos seus colegas que nós estamos de olhos bem abertos e que não brincamos em serviço com os aliados do Mal que capturamos!

Os olhos de Edgestone adquiriram um brilho superior ao mirarem o prisioneiro preso à cadeira mesmo à sua frente. Tal como ele, muitos outros realizaram a mesma acção, o que deixou Malfoy ainda mais frágil. Hermione apercebeu-se de tal e fuzilou o professor com o olhar.

- Já todos vocês conhecem os motivos e os factos que incriminam Mr. Malfoy – Maverick virou-se para os membros do júri, que o ouviam com a máxima atenção. – Já todos sabem que a atitude do réu foi do mais baixo nível possível e que conseguiu chocar toda a população britânica com o seu crime hediondo. E a audiência do dia 17 de Novembro condenou-o a cumprir uma das mais duras penas do tribunal mágico!

«Porém, chega agora a notificação de que a população não está contente! A população quer mais, quer ver Malfoy sofrer ainda mais na pele com o terrível crime que cometeu. E sendo assim, porque não dar-lhes aquilo que eles querem? Confesso que eu próprio concordo com esta visão como sendo a mais justa para um criminoso como este, sempre concordei...»

- Mentiroso! – rosnou Hermione, sentindo que em breve não conseguiria controlar a fúria que nascia dentro de si. Harry apertou-lhe uma mão, como que a preveni-la para não fazer disparates.

- O júri conhece as provas que incriminaram Mr. Malfoy e sabe que o crime que custou a vida a Isobel Vance foi um dos mais horrorosos desde a queda final do Senhor das Trevas! É então altura de saber se concordam com a nova decisão – Maverick levantou o indicador para o tecto da sala de audiências. – A decisão de que um crime tão horrível como este merece fazer com que o seu autor pague a sua maldade com a mais dura das pen…

- FALSIDADE!

Os olhares de todos os presentes, incluindo o de Malfoy, caíram sobre a figura de Hermione. O Ministro da Magia estava simplesmente furioso com aquela falta de respeito, mas a jovem não ligava e chegou mesmo a enxotar Harry quando este tentou fazer com que ela se sentasse no seu lugar.

- O que é que você disse? – perguntou Maverick com uma voz ameaçadoramente suave.

Hermione sentia o sangue ferver-lhe nas veias e estava praticamente a hiperventilar. Sentia os olhares de todos caídos sobre si, ouvia o burburinho que se espalhava entre a audiência. Porém, apenas uma coisa lhe interessava: ver uma réstia de esperança surgir na face subitamente iluminada de Draco Malfoy.

- Eu disse que isto tudo não passa de uma falsidade! Você é um falso! – acusou a rapariga, vermelha de fúria. – A investigação dos Aurors não está concluída… eu reabri o caso! Você sabe bem que há probabilidades de o réu ser inocente, mas tem medo de perder o seu cargo se a população pensar que não foi competente neste caso e por isso faz tudo aquilo que lhe pedem!

Draco Malfoy parecia mal respirar perante as acusações da Auror. Mas não era o único: muitas pessoas fitavam-na, totalmente imóveis, e outras, como Harry, abanaram a cabeça com a surpresa estampada no rosto. Emmeline Vance parecia não ter reacção e Charlston Edgestone rosnou perfeitamente a palavra "Malcriada!".

- SEI QUE HÁ PROBABILIDADES DE… ! – explodiu por fim Gideon Maverick. – SEI O QUÊ? VOCÊ NUNCA ME PROVOU NADA NESSA SUA TEORIA MALUCA!

Uma tosse violenta cortou as palavras do Ministro. Hermione cerrou os dentes e os punhos. Que vontade de dar um murro enorme na cara monstruosa daquele homem!

- E agora, como castigo pela sua falta perante um superior seu – ele apontou um dedo para a enorme porta – Saia, Miss Granger. E sim… estou a expulsá-la desta audiência!

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Neville fechou a porta da pequena arrecadação, cortando totalmente o barulho dos jornalistas que corriam e faziam perguntas sem parar no corredor. Andou cerca de três passos na escuridão e uma fungadela cortou os seus movimentos. Um sorriso franco surgiu na sua face redonda.

- Onde estás, Hermione?

Uma nova fungadela foi a única resposta. O segurança apalpou a escuridão que o envolvia, tentando encontrar a amiga, mas tal não foi mais necessário:

- Lumus! – e uma pequena luz surgiu da varinha da morena.

Hermione estava sentada a um canto da arrecadação, no meio de caixas de cartão, caixas de embalagens dos produtos de limpeza de Mrs. Skower e pó. Estava com um aspecto simplesmente horrível e os seus olhos castanhos pareciam agora grandes e vermelhos devido ao choro. Neville acocorou-se junto a ela e pegou-lhe na mão.

- Que aconteceu após a minha saída? – perguntou ela, apesar de já saber a resposta.

- O teu discurso final não convenceu ninguém! Maverick tratou disso… - o jovem suspirou. – Malfoy vai ser morto com veneno daqui a quatro dias, a 26 de Novembro. Lamento!

As lágrimas debulharam dos seus olhos uma vez mais e ela escondeu o rosto nas sombras. Neville passou-lhe um braço em torno do pescoço e apertou-a contra si, deixando-a chorar no seu ombro.

- Hermione, sabes que isso não foi culpa tua! Maverick quer simplesmente condenar alguém pela morte de Isobel, sem se interessar pelo resto. Não há nada que possas fazer…

- Não, aí estás enganado! – fungou a jovem, sempre abraçada ao amigo. – Eu não pude impedir que a minha irmã morresse após aquele acidente, mas podia tê-lo evitado. Desta vez, não vou deixar que o mesmo aconteça! Eu não vou deixar Malfoy ser morto por um crime que não cometeu!

Neville estava prestes a perguntar-lhe pela centésima vez se tinha a certeza de que Malfoy era inocente quando a porta se abriu e uma tosse seca, que tanto se assemelhasse ao tique enervante da professora Umbridge, se fez ouvir. Emmeline Vance descobrira-os.

- Importa-se de nos deixar a sós, Mr. Longbottom? – perguntou ela, num tom de voz neutro.

A jovem morena afastou-se dele e levantou-se, sacudindo o pó do manto. Olhando ambas as mulheres com curiosidade, Neville deixou-as sozinhas e, assim que abandonou a arrecadação, Emmeline fechou a porta. A varinha de Hermione continuava a ser a única fonte de luz.

- Emmeline, eu…

- Deixe estar, já falou demasiado por hoje! – interrompeu a mulher mais velha. – Agora, eu terei a palavra!

A escuridão não deixava a Auror ver bem a expressão no rosto da companhia, mas quando fez a luz incidir sobre ela assustou-se. Via a fúria e o gelo brilhar na sua cara pálida como nunca antes vira!

- Como é que você foi capaz, Granger? – criticou Emmeline, num tom de voz frio. – Eu confiei em si e quando me apanha de costas, apunhala-me sem dó nem piedade! Sua… sua… sua miserável traidora!

- Desculpe! - explodiu Hermione, sem acreditar que aquela colega e amiga estava agora contra ela. – Traidora! Eu Prometi colocar o assassino atrás das grades e é isso que estou a fazer!

- Você defendeu Malfoy durante a audiência! Você quer pôr Malfoy na rua de novo! Para que é isso, para ele voltar a fazer o mesmo que fez à minha sobrinha?

- Eu tenho a certeza que Malfoy não é o assassino de Isobel! – murmurou Hermione, sentindo as suas forças esvaírem-se de um segundo para o outro.

- Você apaixonou-se por ele! – gritou a outra, totalmente fora de si.

Emmeline vira-os! Naquele dia em que surgira enquanto se beijavam, sempre os vira e nunca dissera nada! Agora é que a morena entendia o porquê de se terem acabado as confidências, as conversas amigáveis. Mas quando é que iria acabar aquele pesadelo?

- Miss Vance, não foi nada do que pensa que foi…

- Venha com desculpas agora! Vai-me agora a dizer que ele a estava a obrigar!

Hermione baixou a cabeça e viu tudo enevoado. Porquê mais lágrimas agora, porquê?

- A sua sorte é que eu não gosto de meter jornalistas na minha vida pessoal, senão o seu caso daria um belo título! – a mulher fez um sorriso de desdém e avançou em direcção à porta. – Estou muito desiludida consigo, Miss Granger! Pelo menos, já sei que posso dormir descansada pois Malfoy irá terminar a sua vida dentro de poucos dias. Espero que não lhe passe pela cabeça fazer alguma loucura para o defender, ou eu não respondo por mim e conto ao seu superior as suas conversas com o prisioneiro. E pode crer que ele não irá gostar!

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Era o seu tom frio como o gelo que ainda a atormentava. Jay deixara-se dormir junto a si, aquecida pelo calor da lareira cujas chamas começavam já a extinguir-se. O relógio marcava duas horas da madrugada, mas o julgamento, a decisão sobre Malfoy, as acusações de Emmeline e o aviso de que Gordon tinha algo muito importante para lhe comunicar logo na manhã seguinte tiravam-lhe o sono.

Hermione passou a mão pelo tampo da caixa de fotografias de Isobel que Emmeline lhe havia oferecido há uns dias atrás, quando se juntaram ambas para arrumar as últimas coisas da jovem. Uma memória dos tempos em que se davam bem. Mas como é que aquela colega, tão justa e inteligente, fora capaz de proferir tão duras palavras quando não conhecia todos os factos da situação?

Durante todo aquele tempo, fora incapaz de examinar o conteúdo daquela caixa e não conseguia explicar o porquê. Talvez por ainda lhe custar relembrar-se das imagens da sua amizade e a do seu corpo sem vida separadas por um tão pequeno espaço de tempo. Porém, agora sentia que era diferente. Agora era hora de abrir a caixa e olhar as fotografias de tão alegres tempos!

O fogo apagava-se lentamente, os ponteiros do relógio pareciam mover-se com o dobro da velocidade normal. Diversas imagens encontravam-se espalhadas pelo chão passado algum tempo e Hermione pôde então conhecer os melhores amigos e companheiros de Isobel Vance. Diversos colegas de Hufflepuff, amigos de outras equipas em Hogwarts, a sua turma na cerimónia de final do sétimo ano, amizades feitas através da Ordem de Fénix – onde se incluíam Hermione, Harry e todos os irmãos Weasley. Um pequeno sorriso surgiu na sua face pálida ao ver uma foto das duas em Hogsmeade, num dia de Verão de há dois anos atrás, aquando de uma saída em conjunto.

Passou mais de meia hora e a caixa estava praticamente vazia. Apenas um pequeno montinho embrulhado num tecido suave e rosado permanecia arrumado a um canto. Sem qualquer sinal de cansaço, a morena retirou o embrulho e afastou o tecido, curiosa com o conteúdo. Eram fotos, simplesmente mais fotos. Mas estas eram um pouco diferentes das outras.

A sua companhia naquela meia dúzia de imagens era um rapaz muito bonito, de cabelos eriçados, castanho-amarelados, e com olhos doces como o mel. O rosto por barbear dava-lhe um certo toque de simpatia e tinha um aspecto sedutor. Foi com grande admiração que Hermione observou tais momentos: quem seria aquele jovem? Era, na certa, uma situação recente, pois Isobel aparentava ter 17 anos. Nenhum vestia o uniforme de Hogwarts e os locais que serviam de cenário eram-lhe perfeitamente desconhecidos.

- Ora, ora... – murmurou ela assim que pegou na última imagem. Trocando olhares tímidos com a câmara que os fotografara no momento, a loira e o rapaz misterioso trocavam longos e apaixonados beijos. – Eu não sabia que ela tinha um namorado! Mas quem será este tipo? Que poderá ele saber da morte dela?

Não havia como responder às suas perguntas. Porém, as surpresas ainda não tinham terminado. Por detrás da imagem do beijo entre ambos, estava colada uma pulseira com fita magicola. Era uma pulseira simples, feita de tecido multicolorido. E nela, distinguiam-se a preto três letras, como se formassem uma sigla que a jovem morena pura e simplesmente desconhecia:

PAL

Continua...

N/A: olá a toda a gente outra vez! Vou ter de me desculpar pelo atraso, mas isto anda mau por aqui! Agora com o início das aulas, não sei se a situação vai piorar ou se vou conseguir dar a volta por cima e actualizar com frequência. Mas para o caso de alguém se questionar sobre isso, não, eu não vou desistir da fic! XD

Mil e um obrigados à Jane, à Formiguinha, à Lina, à Miss Sadmad e à Marta, pelo apoio e mensagens, betagem do capítulo (para a primeira) e ajuda para a passagem do mesmo (falando da última). Isto é por vocês!