Longe do Paraíso
Disclaimer: personagens e lugares pertencem a JK Rowling e à Warner Brothers, excepto aqueles que foram criados por mim. Esta fic foi escrita sem fins lucrativos e quaisquer semelhanças com outras histórias é mera coincidência.
Avisos: fanfiction não apropriada a menores de 13 anos.
Spoilers: PF, CdS, PdA, CdF, OdF
Sumário: No cenário duro do pós-guerra foi cometido um horrível crime e um Devorador da Morte é preso e condenado, acusado de homicídio. Porém, existem pontas soltas que não se encaixam no puzzle e uma Auror tem agora a difícil tarefa de descobrir a verdade antes que seja tarde demais.
Capítulo XII
- PAL! Mas que raio significa PAL? – perguntou Neville enquanto abria as portas que levavam à cela de Draco Malfoy.
- Sei lá, Partido de qualquer coisa... Neste momento apenas sei que Isobel tinha um namorado de quem nada sabemos! – Hermione esfregou as mãos uma na outra para as aquecer. – Devíamos investigar esse rapaz. Se eles se conheciam, talvez possa saber algo que nos passou ao lado! Experimenta falar com Emmeline Vance, talvez ela nos possa ajudar...
- Estão zangadas depois do que aconteceu ontem no julgamento?
A jovem não lhe respondeu, mas o seu silêncio foi suficiente para Neville entender o que se passava. Sem mais atrasos, ele deu passagem à amiga para o corredor. Estava na hora de mais uma conversa com o prisioneiro, que desde que fora condenado à morte se encontrava agora na ala reservada a tais criminosos. Esta possuía ainda maiores níveis de segurança do que a anterior, como a morena pôde reparar assim que se deparou com celas que continham uma parede de vidro inquebrável no lugar das grades de ferro.
- Uh... está-se a aproximar um show! – murmurou Nott, um dos condenados, vestindo uma grossa camisola e aproximando-se do seu vidro. As visitas de Hermione a Draco já se haviam tornado galhofa geral entre os "residentes" de Azkaban. – Nunca imaginei ver uma novela destas num sítio tão asqueroso!
- Queres regressar à "câmara de castigo" por mais três dias? – questionou Neville, com maus modos. – Todos gostámos muito de te ver por lá, sentimos saudades dos teus gritos!
Ethan Nott resmungou, mas as palavras do segurança produziram o efeito desejado e o prisioneiro recuou para o canto mais escuro da sua cela. A seu lado, no número 201, Draco Malfoy estava sentado na cama com as mesmas roupas que utilizara no dia do julgamento, exactamente na mesma posição em que o grupo de seguranças, no qual se incluía Neville, o deixara no dia anterior.
- Malfoy... – chamou Hermione suavemente. – Malfoy, olha para mim!
No entanto, Draco não a olhou. As mãos cor de cera estavam caídas no seu colo e os olhos azuis fitavam somente um qualquer ponto na parede à sua frente. Ouvia a voz dela, quente e melodiosa, como a de uma Deusa que chama a sua alma desconsolada para se unir à dela e conhecer assim a sua luz da salvação, mas não a encarou de frente – foi incapaz de o fazer. Era como se tivesse medo que ao olhá-la a fizesse cair naquele buraco sem fundo onde não existia saída possível.
- Por favor, Malfoy! – tornou ela, com voz tremida pela emoção. – Lamento imenso a decisão do júri, mas tu sabes que eu tentei ao máximo limpar a poeira nos olhos de todos eles! Admito que até posso ter exagerado, mas eu tentei, tu estavas lá, viste! A última coisa que eu preciso agora é que te zangues comigo!
Zangado? Não, Draco não estava zangado com Hermione. Tentava simplesmente protegê-la ao máximo agora que se tinha exposto por ele e que a sua vida terminaria em breve.
- A nossa luta ainda não acabou! Ainda temos tempo para procurar o verdadeiro assassino e salvar-te desse destino. Mas para isso necessito da tua ajuda! – Malfoy desviou, por fim, o olhar da parede e cruzou-o com o dela. – Tu disseste-me uma vez que sabias de algo que era desconhecido do Ministério, lembras-te? Foi pouco antes de nós... nós...
- Sim, eu lembro-me! – Draco quebrou o silêncio, pois também não era do seu desejo admitir que eles se haviam beijado frente a Neville. – Lembro-me também de te dizer que só to contava se me safasses...
- Por favor, será que não entendes? Isso pode salvar-te a vida, tens de mo contar!
- Deixa-me terminar, Granger! – cortou o loiro, metendo uma mão no bolso do manto. – Nós tínhamos um acordo, mas o tempo esgotou-se mais depressa do que pensámos. Agora estou à beira do desespero... eu não quero morrer assim, ainda é tão cedo para mim! Preciso de liberdade para enfrentar a derradeira partida. Só me resta acreditar num milagre que me salve no último momento – somente isso!
- Que sabes tu sobre o homicídio de Isobel Vance?
Neville franziu o sobrolho quando o viu retirar um pedaço de pergaminho do bolso e estendê-lo para Hermione. Não pronunciou quaisquer palavras ou demais gestos para além daquele. A jovem de caracóis mirou o papel que o prisioneiro lhe entregava e pediu ao amigo que lhe abrisse a passagem para entrar na cela 201.
- MAS TU ESTÁS DOIDA! – berrou ele, totalmente descontrolado com o pedido dela. – Malfoy é um prisioneiro de Azkaban, achas que posso simplesmente chegar aqui e abrir-lhe a cela? E se isto é tudo um embuste para fugir daqui?
- Fugir? Fugir, Neville! Ele mal se aguenta em pé! – as faces de Hermione coraram de raiva e o amigo assustou-se com a sua reacção. Era raro ela ficar assim consigo. – Estás à espera de quê? Estás à espera que Malfoy dê um pulo, me parta o pescoço, te enfie um murro, que fuja de uma prisão onde existem guardas em todas as saídas e que nade até à costa? Por favor...
- Huh, a Sangue de Lama 'tá-te a dar bem, hein? – opinou Nott, que tentava seguir a história com todos os pormenores. O segurança deitou-lhe um olhar furioso e balbuciou a palavra "câmara", o que o fez encolher-se.
A mão de Draco permanecia estendida e o rapaz parecia hipnotizado uma vez mais. Neville olhou para a morena, aflito, com medo da sua raiva, e de seguida para o prisioneiro em questão. Uma gota de suor frio escorreu pelo seu rosto.
- Eu devo estar louco! – murmurou ele mesmo antes de abrir uma passagem no vidro.
Hermione deu dois passos em frente e pegou no pergaminho que o jovem lhe entregava. Enquanto o fazia, aproveitou para tocar ao de leve nas mãos dele. Ao toque, um arrepio subiu pela espinha de ambos.
- Vá, já tens o papel, sai daí antes que apareça alguém! – mais uma vez, Neville interrompia um daqueles momentos especiais entre os dois. – Hermy...
O loiro apertou com mais força a mão da Auror e cerrou os olhos. Havia tanto para dizer e tão pouco tempo para o fazer! E ele apenas o conseguira entender quando já era tarde demais.
- A propósito – questionou ela ao sair de junto dele. – sabes o que significa PAL?
O silêncio foi a única resposta que obteve. Se não soubesse aquilo que se passava, poderia dizer que Malfoy ficara parado no tempo. Os seus olhos azuis haviam perdido toda a vida que antes possuíam. Nem o brilho de superioridade neles se mantinha agora.
Neville fechou a porta da cela e arrastou Hermione por um braço para fora daquele local. Nott ria sem parar, como louco a necessitar de internamento, ao vê-los afastarem-se do corredor, ele ansioso e ela cabisbaixa. Como é que a desgraça de Malfoy a conseguia deixar tão deprimida? Porque sentia ela o coração chorar ao relembrar a mágoa surgir naqueles belos olhos cor do céu?
- Estás mesmo disposta a seguir com isto em frente? – perguntou Neville após fechar as portas do corredor, parando a meio do caminho. – Já vais ter uma conversa bem séria com o Gordon por causa disto, ainda te queres prejudicar mais?
- Tenho dívidas a cumprir! Desculpa, Neville, mas tu não podes entender o porquê de, para mim, ser mais importante salvar Draco do que manter a minha reputação no Ministério! – vendo aproximar-se um grupo de seguranças, a jovem achou prudente baixar o tom de voz. – Maverick quer executá-lo somente para manter o seu cargo como Ministro. Mas eu vou fazê-lo cair do seu trono, ou não me chame eu Hermione Jane Granger!
O jovem de cara redonda mirou o pergaminho que ela segurava nas mãos. Dentro de si travava-se uma dura batalha entre a vontade de ajudar a amiga e o receio de sair prejudicado de toda aquela situação.
- Tens somente três dias para encontrar e capturar o verdadeiro assassino de Isobel!
- Com sorte, irei conseguir! E conto com a tua ajuda também!
Um leve arrepio no pescoço cortou-lhe as palavras e conseguiu eriçar-lhe todos os pêlos. Hermione levou a mão à nuca e virou-se, mas a única coisa que ainda viu foi o grupo de seguranças que passara por eles a avançar em direcção ao corredor onde se encontrava Draco Malfoy.
- Que se passa? – inquiriu Neville, reparando nos estranhos gestos da rapariga.
- Nada! Foi apenas uma... impressão. Esquece!
Com a máxima concentração, ela abriu o papel que o prisioneiro lhe entregara há uns minutos atrás e leu a mensagem que o jovem lhe deixara como ajuda para encontrar o homem que devia estar a cumprir pena no seu lugar:
«Um amigo tem-se esforçado para descobrir a verdade escondida e possui pistas importantes sobre o caso, coisas que não pode revelar aos Aurors devido à sua "posição". Por favor, encontra-o e ouve aquilo que ele sabe. A sua morada poderá ser encontrada da mesma maneira que a minha, na Rua Bativolta, Zona Este, número 91 – procura por Patrick Lottus.»
Hermione franziu o sobrolho e, por instantes, foi incapaz de desviar o olhar do bilhete de Draco. Ela pedia-lhe para visitar a casa de um Devorador da Morte!
- O que é que diz? – como ela não lhe respondia, Neville retirou-lhe o pergaminho das mãos e leu a mensagem. – Malfoy devia estar mesmo desesperado quando escreveu esta nota... Quase que posso jurar que ele deixou cair uma lágrima na folha, repara aqui na mancha sobre o 91, o nove parece estar um pouco esborratado, não? Está mesmo mal...
Ela não ouviu o seu comentário e guardou o pergaminho no bolso do manto. Apertando o cachecol ao pescoço, passou por Neville e avançou em direcção à saída de Azkaban. O rapaz correu atrás dela.
- Vais a este sítio! Vais mesmo enfrentar um Devorador da Morte por Malfoy?
A morena perdeu a paciência e barafustou em alto e bom som:
- Vou, vou e vou! Estou farta de te dizer que sim, Neville, eu estou disposta a tudo pela verdade sobre o homicídio de Isobel e não ia mudar de ideias de um segundo para o outro, não achas? Ou tenho cara disso?
- Não! Desculpa-me por tudo, mas eu sinto-me bastante confuso com tudo isto! Porém, há algo que eu tenho a certeza – agarrou-a por um braço e conduziu-a até ao seu gabinete. – Prometi ajudar-te e não te vou deixar sozinha com bandidos. Dá-me apenas o tempo de ir buscar o manto e as luvas. Eu vou contigo!
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- Quando é que começou a chover assim? – questionou Neville, olhando o céu cinzento. – Não gosto nada deste tempo, prefiro quando começa a nevar e os flocos brancos e gelados tapam o cimento triste das ruas...
Hermione rolou os olhos enquanto procurava o número 91 da Zona Este. Começava a duvidar da ajuda que o segurança lhe poderia trazer. Ela preocupada com um misterioso caso e ele punha-se a opinar sobre o tempo?
- No momento em que os primeiros flocos começam a cair sobre nós...
- Neville, ACTUALMENTE ESTOU MAIS PREOCUPADA COM OUTRAS COISAS QUE NÃO O TEMPO! – girou ela, fora de si, fazendo-o encolher-se. – Podes calar a boca em relação a isso?
Pararam ambos frente a uma casa de aspecto sujo e desgastado. Um azulejo sobre a porta indicava o número 90, por fim. A seu lado encontrava-se um beco sem saída, seguido por casa que indicava o número 92.
- É aqui! – anunciou ela, retirando a varinha do manto e apontando-a em direcção ao beco, tentando concentrar-se ao máximo para ser bem sucedida. – Aparecium!
A moradia de Patrick Lottus surgiu no lugar previsto, algo acima do solo. Puxando o colega por um braço, Hermione subiu a meia dúzia de degraus que o conduziam até à entrada principal. Bateu fortemente, mas não demorou muito para entender que tal não era necessário: a porta estava entreaberta.
- Com licença, Mr. Lottus! – anunciou Hermione, entrando de mansinho na casa. – Mr. Lottus, preciso de falar consigo. Venho por causa de Draco Malfoy!
Atrás de si, a porta fechou-se após Neville entrar também. Os seus dentes batiam sem controlo uns contra os outros devido ao frio que o rapaz sentia, formando uma incómoda e assustadora melodia. A jovem morena afastou os caracóis molhados da face e olhou em redor. A estante com fotografias chamou a sua atenção.
- Esta casa parece estar em melhores condições que a de Malfoy! – murmurou para ninguém em especial. – Está mais limpa, mais mobilada. Para um Devorador da Morte...
O seu olhar cruzou-se com a imagem de um jovem nos seus 25 anos. Tinha um rosto oval, cabelo castanho eriçado e barba comprida. Pela sua expressão, parecia não se encontrar muito contente com a pose. A moldura era simples, algo rasca, e na parte inferior encontravam-se gravadas três letras: AMR
- «Mais siglas? Mas porque razão é que tudo de invulgar que encontro para tentar resolver este caso está relacionado com siglas?» - pensou ela, quase à beira de um ataque de nervos. - «Que significa AMR?»
- Ah, Hermione... acho que é melhor veres isto!
Neville procurava algo dentro de um dossier abandonado no chão e retirou uma folha de pergaminho do meio dele. Os dentes já não batiam tanto, mas o seu corpo ainda tremia. Passou o papel para as mãos da amiga e tentou aquecer-se, enrolando-se nos próprios braços.
- Oh! – exclamou ela, dando uma rápida vista de olhos à descoberta. – Tu sabes o que é isto, Neville?
- Um horário?
Hermione deu um estalido com a língua e seguiu com o indicador as anotações feitas, impressas numa máquina de escrever:
- «Localização do indivíduo: Rua Bativolta, número 104. Activo principalmente no período nocturno. Período de descanso: das oito às quinze horas (aprox). Frequentador habitual do Gangue...» e segue-se a planificação dos dias para as diferentes horas! Neville, isto pode ser importante! – os olhos de Hermione brilhavam de emoção. – O dono deste pergaminho tem aqui os hábitos de Malfoy e isto pode querer dizer-nos que alguém o observou de perto para saber que fazer no lugar dele e preparar assim o crime perfeito!
- Achas que sim? – Neville permanecia enrolado em si mesmo e, a pouco e pouco, os lábios iam perdendo o leve tom arroxeado. – Então já podemos ir embora! Lembra-te da tua reunião com o Gordon...
- Isso é só daqui a três quartos de hora, dá perfeitamente para vasculhar esta casa melhor. Ajuda-me a procurar, parece que tens um bom faro para estas coisas!
O segurança torceu o nariz mas, satisfeito com o elogio, continuou à procura de algo que fizesse Hermione feliz. Naquela sala, não houve prateleira que falhasse. Porém, não havia nelas nada que os pudesse ajudar a provar a inocência de Malfoy.
Mais sorte teve Hermione, que decidiu revistar o quarto do Devorador da Morte. Parecia tudo perfeito – perfeito demais para quem andava fugido à lei – excepto num pequeno pormenor: uma folha amarelada arrancada com fúria de um livro de poções. A jovem Auror leu o título e os seus olhos abriram-se de espanto. Ali estava uma provável explicação para tudo o que acontecera!
- Neville! – chamou ela com urgência. – Neville, chega aqui, depressa!
- Que foi, encontraste algo? – o rapaz entrou no quarto com um passo demorado e uma expressão cansada. Há quase meia hora que vasculhava pastas e dossiers sem sucesso.
Hermione mostrou-lhe a folha que acabara de encontrar e viu-o deixar cair o queixo.
- A Poção Polisuco? A... a Poção...
- Agora entendo porque é que existiam dois Malfoys! E eu chamei-o mentiroso quando me disse que tinha ficado em casa toda a noite! Tinha o testemunho da Vlaskova... – baixou os olhos castanhos, pensando em tudo aquilo que dissera ao prisioneiro naqueles últimos dias. – Fui tão injusta!
- Não é altura de lamúrias, Hermione! – pediu ele, segurando-lhe o queixo até os seus olhos estarem ao mesmo nível. – Agora temos documentos que nos podem indicar um caminho para a verdade que procuramos. Isto coloca esse tal Patrick Lottus no lugar cimeiro de uma curtíssima lista de suspeitos!
- Malfoy vai ficar destroçado! Pelo que eu entendi, eram amigos – pegou num dos sacos de plástico que transportava sempre consigo naquelas situações e guardou as duas folhas nela. – Uma traição assim deve ser muito amarga!
Neville apertou-lhe o ombro direito num gesto carinhoso e ambos regressaram à sala, prontos para partir. Hermione apertou o saco contra si, como tesouro precioso que ela não poderia nunca perder.
- Já falta pouco para a tua reunião com Gordon! – anunciou o segurança, consultando o relógio. – Boa sorte para ela!
A morena acenou-lhe mas foi incapaz de pronunciar qualquer palavra. E em silêncio materializaram-se para o Ministério da Magia. Avistava-se uma enorme torrente de trabalho para ambos!
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Gordon encheu a chávena da sua pupila com chá bem quente e entregou-lha sobre a secretária. Ainda com o cabelo húmido por causa da chuva, ela agradeceu e pegou-lhe com ambas as mãos. Por elas espalhou-se uma agradável onda de calor.
- Imagino que sabe porque é que aqui está! – começou ele com ar muito sério.
- A audiência de ontem? – arriscou Hermione, apesar de saber perfeitamente que fora isso que a trouxera até àquele gabinete.
O chefe dos Aurors levantou-se da cadeira e avançou para a janela. Parecia que tinha algo de muito importante a dizer, mas que não sabia por onde começar.
- Chefe, eu sei que fui mal-educada para com o Ministro e também para com os presentes no julgamento – a jovem pousou a chávena sobre o tampo da secretária e olhou a figura corpulenta de Gordon. – Mas eu tenho razão: Malfoy está inocente e cada vez me convenço mais disso!
- Miss Granger...
Os seus olhos castanhos cruzaram-se com os de Hermione e ela conseguiu ver o arrependimento bailar neles. As notícias que estavam prestes a eclodir não pareciam ser nada boas.
- Recebi um memorando do próprio Ministro da Magia, pedindo-me para a castigar pela sua falta de controlo ontem perante todas aquelas pessoas. Eu... você está suspensa das suas actividades como Auror durante duas semanas! – acabou ele por dizer, com mágoa na voz.
- Duas semanas! Suspensa... mas assim... assim eu não...
- Não vai poder assistir à morte de Draco Malfoy! – completou Gordon. – A ideia de Maverick é exactamente essa!
Hermione baixou a cabeça. Suspensa? E logo agora que estava tão perto da verdade... os acessos aos ficheiros de Devoradores da Morte, provas e tudo aquilo que a poderiam ajudar totalmente vedados! A esperança de salvar a vida de Malfoy parecia agora desvanecer-se como fumo.
- Peço imensas desculpas! – o chefe pousou uma mão no ombro da rapariga, com todo o pesar. – Mas foram ordens de um superior! Se faz favor, Miss Granger, passe-me a sua varinha. Nos próximos 15 dias, não poderá entrar no Ministério!
Continua...
N/A: bem, isto vai tornar-se um hábito. Mais uma vez, lamento pelo atraso, mas a primeira temporada de testes já começou e o tempo livre não é muito! De qualquer maneira, espero que estejam a gostar do desenvolvimento da história. Já não falta muito para o seu final.
Como sempre, agradecimentos a todos aqueles que me têm acompanhado nesta "aventura": Jane, Wicked-Aleena, Pandora, todos aqueles que passam por aqui para ler mais um pouco do desenvolvimento. Fico contente por saber que não estou a trabalhar para as paredes (lol). Beijos e até breve... espero!
