Xia: Olá pessoal! Bem, esta é a última vez que vos vou cumprimentar nesta fic visto que este é o último capítulo! Pois é! Chegou depressa, não acham?

Miharu: Buááááááááááá...eu não quero...T.T

Xia: Ai, lá vou eu consolar o bebé...

Miharu: Buááááááááááááá...

Xia: Pronto, pronto...bom então aproveitem o último capítulo! As personagens de Beyblade não me pertencem.

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Despedida

Já fazia algum tempo que Kai tinha acordado. Estava deitado a olhar para o tecto a pensar na noite passada.

"Eu...eu amo-te."

Aquelas palavras não lhe saíam da cabeça. Estava muito confuso e quando olhava para Miharu ainda mais confuso ficava. A pequena fada estava sentada na beira da janela. Ainda estava a pensar no que tinha visto. A princípio tinha ficado contente, mas também ficou triste. Miharu tinha muito em que pensar e tão pouco tempo. A verdade é que não tinha a certeza sobre os seus sentimentos. Talvez se tivesse realmente apaixonado. Olhou para Kai. Este continuava deitado. Miharu decidiu que era hora de esclarecer tudo e foi até Kai obrigando este a levantar-se.

Miharu: Sabes que horas são?

Kai: Isso interessa?

Miharu: Mais ou menos, contando que já devias estar de pé há muito tempo!

Kai: Hunf!

Miharu: Vá, não estejas assim! É só um dia, não é nada do outro mundo. – Miharu já estava a brincar tentado animar o rapaz.

Kai: Não tem piada Miharu.

Miharu: Pronto, já não está cá quem falou! Agora só espero que quando voltar estejas prontinho para me contar tudo o que aconteceu ontem naquele armazém Sr. Hiwatari.

Kai: Como queiras. – com isto Kai levantou-se e Miharu voou do quarto tornando-se invisível.

Como sabia que ele ainda ia demorar um pouco decidiu ir dar uma volta pelo dojo. Ia sentir falta daquilo. Tudo o que acontecera desde o primeiro dia em que entrara para aquela casa ia ficar na sua memória para sempre. Passou bons momentos ali. Mas estava decidido: tinha que partir. Passado um bocado ouve a porta do quarto de Kai abrir e vai a voar em direcção a ele. Kai sente um vento forte na cara, mas sabe que é Miharu e sabe que aquilo é um aviso para que ele vá para o quarto depois, era importante.

Algum tempo depois a porta abre-se de novo. Kai ao entrar encontra Miharu onde a tinha visto pela primeira vez de manhã, sentada na beira da janela.

Miharu: Kai, podemos ir lá para fora?

Kai: Acho que sim. Afinal de contas estamos sozinhos.

Miharu: Então vamos. – Miharu elevou-se no ar e encaminhou Kai até à parte de trás da casa. Ele sentou-se e Miharu fez o mesmo, mas sentou-se no ombro dele.

Kai: Então? O que tens de tão importante para me dizer?

Miharu: Primeiro, explica-me ao certo o que aconteceu ontem para te deixar preocupado dessa forma. A Ling disse-te alguma coisa que eu deva saber?

Kai: Ela disse-me...que me amava.

Miharu: Ah, não é nada que eu já não soubesse.

Kai: Já sabias?

Miharu: O que pensas que fui fazer naquele quando fui falar com ela? Eu descobri informações preciosas, meu caro!

Kai: E porque nunca me disseste?

Miharu: Porque eu não tenho nada haver com isso. Ela é que tinha de te contar a verdade e parece que já o fez. Agora diz-me: o que lhe respondeste?

Kai: Nada...

Miharu: Nada? Isso é porque a tua cabeça está muito confusa. Mas tens que te decidir.

Kai: Como assim?

Miharu: A verdade é que embora não queiras admitir tu sentes algo por ela, mas ainda tens que pensar o que é, certo?

Kai: Estás de novo a ler o pensamento?

Miharu: Claro que não! Eu apenas sei. Eu vi muita coisa Kai e já passei por algumas e isso ajudou-me a ganhar experiência. Com essa experiência eu tentei ajudar-te, mas percebi que ainda não estava à altura de resolver um problema amoroso. Mas também percebi outra coisa...

Kai: Pode-se saber o quê?

Miharu: Não, não é nada! n.n''

Kai: Mas Miharu não é sobre isso que queres falar comigo, pois não?

Miharu: Não...não é totalmente por isso...

Kai: E então? Diz-me o que se passa.

Miharu: É que...depois da noite de ontem eu percebi que a minha missão estava finalmente cumprida.

Kai: Estás a falar a sério?

Miharu: Sim.

Kai: Mas eu...

Miharu: Tu não te apaixonaste...eu sei. Mas houve alguém que se apaixonou por ti e tu sentes algo forte por essa pessoa, o que é bom e isso deixa-me descansada.

Kai: Que queres dizer com "descansada"?

Miharu: Kai...eu acho que está na hora de me ir embora.

Kai: Ir embora? Mas isso é a sério? – Kai não conseguia esconder o espanto. A última coisa que queria era separar-se de Miharu. Logo agora que mais precisava da sua ajuda. – Mas...não podes...

Miharu: Kai...eu já fiz a minha parte...está na hora de voltar.

Kai: Mas...

Miharu: Por favor, não peças explicações. É assim mesmo...chegou a altura de eu me ir embora e de ficares por tua conta. Só te quero pedir uma última coisa.

Kai: O que é?

Miharu: Acompanhas-me até casa? – Miharu sentiu as suas pequenas faces corarem.

Kai: (sorrindo) Claro que sim.

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Kai caminhava mais devagar que o habitual. Não queria separar-se de Miharu. Foi uma decisão tão repentina que nem lhe deu tempo para lhe dizer tudo o que queria. Queria agradecer-lhe, mas talvez já fosse tarde. Miharu por outro lado estava sentada no seu ombro. Por mais que não quisesse separar-se de Kai tinha que ser. Não tinha mais nada a fazer. Se continuasse talvez atrapalhasse na felicidade de quem amava. Sim, amava-o. Era a verdade que o seu coração tinha tentado esconder-lhe durante todo o tempo que permaneceu com ele. Miharu observava a cidade. Cada prédio, cada pessoa, cada loja, cada carro, cada beco, cada passeio, tudo ia ficar na sua memória. Tinha passado por todos aquele lugares com o Kai. A arrastá-lo, a gritar com ele, a obrigá-lo fazer coisas idiotas, a conhecer raparigas, fizerem de tudo um pouco. Mas agora estava tudo no fim. Miharu ia voltar para casa e não podia fazer mais nada, tinha acabado.

Quando finalmente chegaram à floresta de onde Kai tinha encontrado Miharu pela primeira vez esta voou do seu ombro e tornou-se visível. Olhou para a floresta e suspirou, era agora o momento da despedida.

Miharu: Bom, chegou a hora.

Kai: Não achas que é cedo? Miharu, pensa um pouco.

Miharu: Já pensei tempo suficiente Kai, chegou a hora de eu voltar. Não tenho mais nada a fazer. O meu trabalho acabou.

Kai: Miharu...antes que vás eu...eu queria agradecer-te. – ao ouvir isto Miharu virou-se e encarou o rapaz. – Quero agradecer-te por teres ficado comigo durante este tempo todo. Por me teres aturado e por te teres preocupado comigo dessa forma. – as lágrimas formaram-se nos olhos de Miharu. Estava feliz por ter ouvido aquilo vindo de quem amava.

Miharu: Kai...não tens que agradecer. Eu é que devia agradecer-te. Se não te tivesse conhecido continuava a ser egoísta e estúpida como era. Eu tinha uma certa imagem de mim, mas graças a ti perdi esse feitio, Se há aqui alguém que deva agradecer sou eu. – Kai sorriu.

Miharu olhou para ele. Não queria chorar, mas não estava a conseguir evitar as lágrimas. Finalmente tinha percebido, amava-o mas era tarde demais. Tinha que voltar. O lugar de uma fada era na floresta, não na cidade. Mas mesmo assim sentia que devia contar a verdade. Dizer que o amava ou então mostrar. Miharu estalou os dedos e transformou-se em humana.

Kai: Miharu, o que se passa?

Miharu: Quero...quero agradecer-te. – Miharu aproximou-se de Kai que olhava para ela confuso.

Ela sorriu e aproximou-se dele. Estava nervosa quanto aquilo que ia fazer mas já não tinha volta atrás. Colocou as suas mãos em volta do rosto do rapaz e aproximou o seu rosto do dele colando os seus lábios nos dele, resumindo ela beijou-o.

Kai estava sem reacção. Não sabia o que fazer e simplesmente ficou parado, imóvel até que Miharu o deixou e foi desaparecendo no fumo voltando à sua forma de fada.

Kai: Miharu...

Miharu: Bem, acho que está na hora... – disse um pouco sem jeito.

Kai: Miharu espera! Diz-me porquê...porque o fizeste.

Miharu: É aquilo que pensas... – Kai não respondeu. Estava a tentar recompor os pensamentos, mas tinha percebido a mensagem. - Kai posso pedir-te uma coisa?

Kai: O que quiseres.

Miharu: Por favor...não te esqueças de mim. – e desapareceu sem mais nem menos.

Kai: Miharu! – mas não valia a pena. A pequena fada desapareceu no meio do ar. – Não te preocupes, é uma promessa. – e virou-se indo-se embora da floresta.

No final de contas até tinha valido a pena ter aceitado aquela pequena fada na sua vida. Tinha vivido muitas situações difíceis, mas tinha valido a pena. Estava feliz por a ter conhecido e por tudo o que aconteceu. Só tinha pena de uma coisa: que ela nunca lhe tivesse contado a verdade. Mesmo no fim ela não lhe disse, apenas o demonstrou e isso era um momento o qual não iria esquecer. Nunca iria esquecer a sua pequena e doce fada.

Fim

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Miharu: Buáááááááááá...

Xia: Não liguem, ela ainda não se conformou. E é assim pessoal, mais uma fic acabada! Antes de mais quero agradecer a todas as pessoas que leram esta fic e que realmente gostaram. Fico muito contente por isso. Achei este último capítulo pequeno, mas era só isto que tinha para acontecer. Como já deu para ver muitas coisas da fic não ficaram completamente esclarecidas, tal como a Ling. Bem, eu ia fazer um final diferente, mas acho que este se aplica mais ao desenrolar de toda a fic.

Espero que tenham gostado, beijinhos, obrigado a todos pelo apoio que me deram nesta fic e mandem as últimas reviews!

Só mais uma coisa! Eu não sei quando vou voltar a escrever uma nova fic. Tenho tido umas ideias, mas ainda estão muito baralhadas por isso não esperem por uma fic minha muito cedo, mas em contrapartida vou continuar a ler as vossas fics!

Mais uma vez beijinhos e muito obrigado a todos.