Retratação: como sempre, Saint Seiya e seus personagens não me pertencem. Porém, a idéia original desse fic sim e seus personagens originais. Portanto, se você resolver usar alguma coisa daqui, eu não me importo, contanto que os créditos sejam devidamente feitos.
Créditos: Saint Seiya pertence ao tio Kuramada, só uso os personagens pra me divertir.
Resumo: depois de sete anos longe do Santuário, Shaka volta à Grécia, onde pretende retomar a vida, mesmo que tudo tenha mudado à sua volta. Yaoi com flashback, lemon, um pouquinho de violência. Casais: Shaka/Mu; Miro/Kamus; Máscara da Morte/Afrodite
Aviso: esse fic vai ter cenas de flashback e sempre que uma ocorrer, o texto estará em itálico e negrito, só pra situar todo mundo. E um agradecimento em especial à minha beta #1, Lili Psique, que betou com gosto esse capítulo! Obrigada, amiga!
Capítulo 9: Uma segunda chance? Será que eles a merecem?
– Só isso? Só tem isso a me dizer? – Ikki perguntou, sentando-se finalmente. Havia ouvido a fria descrição da noite de Shaka, como se não acreditasse em uma palavra do que o loiro tentava falar.
– É. – Shaka respondeu, contido.
– Você está querendo dizer que depois de anos querendo ficar junto do Mu, beija-lo, abraçá-lo, passar a noite inteira ao lado dele, ter aquele ariano insosso ao seu lado correspondendo aos seus toques, a única coisa que você tem pra me dizer é que foi educativo?
Shaka, depois da descrição de Ikki, estava visivelmente corado. Era como se o amigo conseguisse resumir naquelas poucas palavras tudo mesmo o que ele sempre quisera ter ao lado de Mu. Por fim, ele sorriu, não conseguindo conter a felicidade que estava sentindo.
– Ah, me poupe! Foi a melhor noite da minha vida! Ele é muito melhor do que eu sempre pensei. Foi inigualável, incomparável, inesquecível. – Ele disse, sonhador, parecendo um adolescente, o rapaz que Ikki conhecera antes que o loiro partisse para a Índia.
– Bem melhor. Esse seu sorrisinho infame não era apenas uma miragem. Você realmente aproveitou a noite.
– Sim...e bem mais.
– E agora, Shaka? Como vocês ficam?
Os olhos azuis de Shaka escureceram. Ele cruzou os braços, numa postura protetora, que Ikki conhecia bem. Fechou-os por alguns segundos, pensando na profundidade que aquela pergunta significava. Admitir um sentimento seria mostrar fraqueza, a mesma que ele jurou não mais deixar transparecer, especialmente para o ariano. Negar a existência daquilo tudo era mentir para si mesmo, ignorar que não aproveitara cada segundo de Mu, que não delirara com tudo o que acontecera entre eles. Seria negar que não queria que aquilo voltasse a acontecer. Por fim, olhou para Ikki e ia responder, quando este segurou sua mão, compreendendo o conflito de emoções.
– Eu entendo. Não deveria ter perguntado.
– Ah, Ikki... – Shaka aproximou-se, sentando no mesmo sofá que o amigo, colocando a cabeça em seu colo. O cavaleiro de bronze admirou–se por um momento com aquela postura do amigo, mas entendeu que aquela era uma maneira de pedir ajuda e conforto, sem o uso das palavras.
– Vai com calma, loirinho. Tudo vai se resolver...
– Não é isso... é só que...
– O que?
– Eu meio que o deixei no meio da noite, dormindo. Não conseguia ficar por muito tempo ao lado dele, era tudo maravilhoso demais.
– Você fez o quê?
– Isso mesmo. – A voz de Shaka era de um tom baixo, como se a cada segundo ele fosse diminuindo. Quando Ikki não se pronunciou, ele levantou–se, a expressão preocupada. – Será que ele me odeia muito?
Ikki não respondeu, mas pela sua feição, Shaka teve a certeza de que a resposta era positiva.
– Como assim não está no Santuário?
– Não est�, eu procurei em todos os lugares, Aioria me ajudou.
– Miro, alguém tem que achar o Mu. Aliás, esse lugar está uma bagunça! Como os cavaleiros simplesmente somem sem avisar nada?
– Permita–me, senhorita. – Kamus disse, adentrando a sala de reuniões do templo do mestre, onde Saori conversava com o cavaleiro de Escorpião. Eles trocaram breves olhares, mas o francês continuou ignorando–o na maior parte do tempo.
– Sim, Kamus... – Saori abriu um grande sorriso ao ver o cavaleiro.
– O Santuário está uma bagunça desde que a senhorita aboliu as regras de conduta daqui.
– Kamus... – Miro murmurou baixinho, ao lado dele, mas ele nem dispensou–lhe um olhar.
Surpreendendo o grego, Saori aproximou-se deles, com um sorriso leve nos lábios. Ela colocou uma das mãos no ombro do francês, que manteve a mesma postura. Diferente de Miro, que estava bufando, o rosto tomando uma coloração avermelhada.
– Obrigada por sua resposta, Kamus. Preciso mesmo conversar com alguns cavaleiros. Agora, vamos tratar de negócios? – Ela disse, sem ao menos olhar para Miro. Foi preciso que o grego fingisse um espirro, onde podia-se ouvir um 'oferecida', para que eles o olhassem. – Miro, meu querido. Se encontrar Mu, diga-lhe que preciso falar com ele. Caso não o encontre, junte-se com Afrodite e Aioria e preparem a festa de Eric para daqui a alguns dias.
– Como é? – Miro estava atordoado.
Primeiro Kamus mal lhe dirigia a palavra. Depois Saori mostrava-se mais autoritária que de costume. Agora ele tinha que procurar Mu e juntar-se com Afrodite e Aioria pra fazer uma festa? Festa de criança, ainda por cima? Aquilo não estava certo mesmo. E qual era a dela com Kamus? Já não bastava Shiryu, Seiya e Saga? Agora ela ainda arrastava as asas de galinácea sagrada pra cima do francês?
Saiu bufando do templo, passou por Peixes e Capricórnio como um furacão. Quando estava na porta do templo de Kamus, descontou a raiva na porta da casa, machucando o pé em seguida, o que aumentou ainda mais sua raiva. A cabeça também voltou a latejar, a gripe ainda não havia sarado por completo. "O dia está realmente perfeito...".
– Vamos, hombre! Força! – Shura gritava com Máscara da Morte, que tentava levantar um peso do tamanho do braço de Aldebaran. No meio do caminho ele desistiu, pegando a toalha que estava em um dos degraus da arena.
– Dá um tempo, Espanhol. – O italiano respondeu, com aquela cara típica de poucos amigos.
– Você tá amolecendo, Italiano. Depois fica um bagaço e ninguém mais te quer.
– Até parece que as pessoas não vão me querer. Eu sou irresistível... – Ele disse, ajeitando os cabelos e tirando a regata branca que usava. Os músculos logo ficaram à mostra, atraindo a atenção de algumas amazonas que também treinavam. – Não disse? – Ele finalizou.
Shura virou os olhos em desaprovação e tomou o lugar do amigo. Máscara da Morte sorriu para as amazonas e agradeceu os olhares. Mas rapidamente fechou a expressão quando viu um certo cavaleiro se aproximando, gingando os quadris, com aquela pose natural de quem não precisava fazer nada para ser admirado e amado.
– Bom dia Shura. Como você agüenta esse cavaleiro metido a besta, hein? – Afrodite perguntou, sem olhar para Máscara da Morte, mas passou perto dele, discretamente passando a mão em sua bunda. O italiano prendeu um suspiro mais profundo, sabendo que aquele era o tipo de jogo que o pisciano fazia.
– Não agüento... esse pobre homem não tem amigos, então eu tenho que fazer caridade.
– Ih, por ele eu não fazia nem favor...que dirá caridade...
– Ei, eu estou aqui, sabiam? – Máscara da Morte estava indignado.
Shura e Afrodite se olharam e começaram a rir. Era uma das brincadeiras preferidas deles e o italiano sempre ficava uma fera. Às vezes ele parecia Aioria, extremamente raivoso quando seu ego era afetado. Geralmente quando aquelas brincadeiras aconteciam, elas terminavam no templo de Peixes, Afrodite sempre pedindo perdão e dizendo que o canceriano era um deus.
Naqueles dias, porém, nada daquilo aconteceria.
– Ah, você sabe que nós te amamos, Câncer. – Shura disse, olhando para Afrodite.
– Não responda por mim. – Afrodite respondeu, seco. Não daria aquele gostinho para Máscara da Morte.
Máscara da Morte virou os olhos, em desaprovação.
– O que você veio fazer aqui todo vestidinho pra matar, Afrodite? – O italiano perguntou, observando o pisciano de cima a baixo, que estava vestido com uma blusa polo branca e calça jeans clara e bem soltinha. Era um visual simples, porém adorável e irresistível.
– Vestido pra matar? Ah, você me conhece tão pouco, cavaleiro de Câncer... – Ele disse, irônico, logo olhando para Shura. – Espanhol, qual o endereço daquele bar que nós fomos há umas duas semanas?
– Vai passear no bosque essa noite, Chapeuzinho Vermelho? – Máscara da Morte perguntou.
– Desagradável. Não sei se você percebeu, mas a conversa é entre mim e o Shura.
– Bar? Ah tá... eu não sei o endereço de cabeça, mas se quiser, eu te levo lá. Tô querendo tomar aqueles drinques estranhos de novo. Topas?
– Com certeza, apesar de você não ser meu tipo de companhia... – Afrodite disse, abraçando Shura. – ...mas nós não precisamos voltar juntos, não é mesmo?
– Definitivamente.
– Ninguém me convida não? – O italiano perguntou.
– Não! – Eles responderam ao mesmo tempo.
– Italiano... ninguém quer te carregar bêbado de volta pro Santuário... desculpa... tchau, Shura... nos vemos à noite. Oito horas é um bom horário?
– Ótimo. Vou falar com o Miro, ele gostou do lugar também.
– Combinado. E eu com o Saga.
Afrodite subiu os degraus novamente, sabendo que estava sendo observado por Máscara da Morte. Seu plano de posar de "inocente" estava dando certo. Se o italiano não caísse nas suas graças daquela vez, ele desistia dele.
– Afrodite é adorável, não acha?
– Sim... adoravelmente diabólico. – Máscara da Morte disse, amargo, ainda observando o sueco cumprimentar alguns aprendizes.
Deveriam agradecer aos céus por Jamiel ser um lugar tão afastado. Na altitude que se encontrava, Mu podia fazer o que bem quisesse que somente aqueles dotados de poderes especiais o interromperiam. E, como ninguém tinha a mínima noção de onde ele estava, sabia que tudo estava seguro.
Até porque, quem entrasse ali não estaria seguro.
Não quando um ariano raivoso estava quebrando tudo a sua volta.
O templo de Mu em Jamiel já havia passado por grandes provações. Uma das primeiras quando Kiki resolvera fingir que era o ariano e irritar Shiryu, mas nada se comparava com os buracos que agora ele tinha, causados pelo furioso tibetano.
Desde que saíra do Santuário, Mu veio se penitenciando pelo caminho. Primeiro culpava-se por ser tão inocente a ponto de achar que Shaka ainda era a mesma pessoa que deixara os amigos há sete anos, e depois por ter caído como um patinho no jogo de sedução do outro. Claramente ficara provado que o virginiano queria apenas puni-lo pelo que acontecera, por não tê-lo aceitado como um amante, namorado, lá o que fosse.
O primeiro vaso que quebrou foi um acidente. Passava pelo lugar, durante um dos rompantes de raiva e simplesmente esbarrou na mesa, derrubando-o com estardalhaço. Ver o objeto espatifado deu-lhe um certo alívio, chegando até mesmo a fazer com que ele abrisse um sorriso. Experimentou então quebrar outra coisa, dessa vez intencionalmente. A sensação era de conforto, e só então ele compreendeu o que as mocinhas dos filmes sentiam quando quebravam vasos e castiçais a torto e a direito.
Arranjara, então, uma maneira perfeita para punir–se por todos aqueles erros cometidos em tão curto espaço de tempo. Todos os objetos que não possuíam valor sentimental e que poderiam ser destruídos, assim o eram, e, a cada vaso e prato estilhaçado, o ariano visualizava a noite que passara com Shaka, cada toque, cada beijo, cada abraço. Tudo era motivo para que mais coisas fossem quebradas. Só assim ele conseguia aliviar–se.
Quando percebeu que não existiam mais objetos dentro de casa, ele foi para o lado de fora. Olhou a estrutura já um pouco danificada do templo e sorriu, malignamente, algo incomum a ele. Teletransportou uma pedra ao primeiro andar, que resultou em um buraco do tamanho de uma bola de futebol.
"As coisas estão ficando interessantes...", ele pensou, ao levitar outra rocha, um pouco maior dessa vez. Em sua mente veio um pedaço da conversa de Shaka e Ikki, no momento em que eles mencionavam alguém chamado Eric.
Eric. Era um nome mundano, comum, sem força. E era o amante dele. Além de tudo, o loiro era um traidor. Não poderia nunca ser o homem que ele queria ao seu lado. Simplesmente não podia.
Mas por que então seu coração lhe dizia que ele estava errado e que deveria ouvir o que Shaka queria?
"Por Zeus!", ele pensou, teletransportando mais uma enorme rocha na direção da casa, dessa vez derrubando o andar mais alto do templo.
– Então, Kamus... como andam as obras da Fundação na França? – Saori perguntou, sentando–se em uma das cadeiras bem estofadas da sala de reuniões. A Deusa fez um gesto para que o cavaleiro se sentasse ao lado dela.
– Falei ontem mesmo com os responsáveis e tudo está indo mais rápido do que o cronograma inicial. Se me permite uma sugestão...
– Com certeza. Não foi à toa que quis você ao meu lado para cuidar desses assuntos. Um cavaleiro competente e sincero.
Kamus sorriu com aquele elogio. Sempre fazia bem para o ego, mesmo vindo de uma Deusa mimada e afetada.
– Seria bom que um cavaleiro fosse até lá para supervisionar tudo de perto, especialmente na fase final.
– É uma ótima idéia e eu já havia pensado nisso. Em quanto tempo eles entregam mesmo a obra pronta?
– Duas semanas.
– Ótimo. O que me diz de ir até à França fazer isso, Kamus?
O francês achou, a princípio uma idéia divina, mas no instante seguinte, sua mente o traiu, levando-lhe a lembranças de uma época de planos inconseqüentes com Miro. O escorpiano sempre conseguira fazer com que ele cedesse a todos seus caprichos, sem ao menos questiona–los.
(FLASHBACK)
– Vamos fugir, Kamus... por uma semana. – Miro murmurou, sonolento, usando o peito desnudo do francês como travesseiro, algo comum naqueles dias quentes de verão.
Kamus sorriu do comentário do namorado. Aliás, o escorpiano era o único capaz de fazê–lo sorrir tão abertamente. Ninguém nunca conseguira aquilo, nem mesmo quando seus discípulos atingiam a quase perfeição nos golpes que ele os treinava.
– Para onde, ma petit? – Ele perguntou, afagando os cabelos ondulados de Miro, sabendo como o outro gostava de ser chamado por apelidos franceses.
– França. É um bom destino.
– Mas você conhece a França, você mesmo me disse.
– A França não é a mesma coisa sem um guia francês... – Ele disse, os olhos azuis mais brilhantes, tomando a forma que Kamus conhecia tão bem. Era a maneira que Miro usava para conseguir alguma coisa dele. E pelo que dizia a regra, ele sempre conseguia.
– Mon ange, passaríamos a maior parte do tempo na cama, você sabe bem disso. Que atrativo poderia ter estar na França comigo?
– Todo o atrativo do mundo. O que poderia ser melhor que conhecer a capital do amor com a pessoa que se ama?
– Miro, isso foi tão antiquado, para não dizer clichê.
– Isso é um sim?
Kamus sorriu. Como era possível negar alguma coisa a Miro? Abraçou-o, aconchegando-o ainda mais em seu peito.
– Oui, ange... isso é um sim.
(FIM DO FLASHBACK)
– Kamus? Kamus está me ouvindo?
– Perdão, senhorita. O que ia dizendo?
– Perguntei se não gostaria de ir à sua terra natal verificar o fim da obra.
– Me desculpe, mas acho que não seria uma boa idéia.
– Por que não?
– Lembranças do passado.
– Miro? – Ela perguntou, atingindo o ponto certeiro.
– Como sabe? – Kamus estava surpreso pois nunca julgara Saori uma pessoa interessada na vida amorosa de seus cavaleiros. O tom da Deusa era da mais pura e sincera preocupação e entendimento.
– Vocês podem me achar tola e distante, mas me preocupo com vocês, Kamus. Realmente me preocupo.
– Eu...
– Não precisa dizer nada. Apenas me responde. Você está feliz sem o cavaleiro de Escorpião?
– Essa não é uma pergunta justa, senhorita.
– Talvez não seja porque a resposta que você tem não condiz com a real situação que está passando.
Kamus abaixou a cabeça, a pergunta corroendo–lhe de uma maneira como jamais havia acontecido. Talvez pelo simples fato de que ninguém nunca lhe falara daquela maneira sobre o que acontecera com Miro. Talvez porque todos simplesmente queriam que eles reatassem, que o aquariano simplesmente relevasse o que acontecera.
– Eu não posso, senhorita. Não posso.
Saori sorriu–lhe, levantando-se da cadeira majestosamente. Como uma mãe com o filho adorado, ela acariciou os cabelos azuis esmeralda do francês, as mãos parando nos ombros dele.
– Talvez agora não, mas vai poder, acredite em mim.
– Isso é uma visão?
– Não me foi dado a dádiva da clarividência, Kamus. Mas se Zeus realmente é justo, ele não separaria pela eternidade duas pessoas que se amam. Bom, nossa audiência está encerrada por hoje. Nos vemos pelo Santuário. Agora, vá viver um pouco a sua vida.
Saori desapareceu por uma das portas que Kamus sabia que levava diretamente aos aposentos da deusa, enquanto ele ficou parado apenas fitando a porta, as palavras dela lhe descendo de maneira estranha. Algo lhe dizia que deveria fazer alguma coisa, mas seu orgulho o impedia. Talvez devesse deixar realmente tudo para trás, como a deusa aconselhara. Ou não.
As dúvidas eram maiores do que ele estava disposto a admitir e por isso mesmo as ignorou, resolvendo pensar em coisas mais práticas como os assuntos do Santuário. Aquilo sim eram assuntos mais importantes do que sua vida pessoal.
Mas, infelizmente, enquanto o francês saía do templo do mestre, um certo escorpiano ainda circulava em seus pensamentos.
À Noite, mesmo dia.
Com o fim pelo menos temporário das batalhas, os cavaleiros não tinham muito com o que se ocupar. Alguns haviam se dedicado aos interesses da Fundação Kido, que agora expandia seus negócios em outros países ocidentais, muito ajudado por um acordo feito entre Saori e Julian Solo. Era o caso de Kamus, Aioria e Saga, este último mais interessado em estar perto da deusa do que qualquer outra coisa. As más línguas costumavam dizer que, apesar de tudo, o geminiano ainda não se considerava perdoado por todos os erros que cometera no passado. Mas a maioria dos cavaleiros ficava apenas treinando ou se divertindo na maioria dos dias, o que também era permitido a eles, já que Saori considerara que seus protetores mereciam nada menos do que aquilo.
Naquela noite quente do Santuário, Afrodite desceu as escadarias de seu templo, vestido de maneira informal para ele, usando uma bata branca um pouco transparente e uma calça social grafite. Alcançou a casa de Capricórnio rapidamente, já encontrando Shura a sua espera. Trocaram breves cumprimentos, o espanhol informando que não havia conseguido falar com Miro. Aparentemente o escorpiano havia dito que não se sentia muito bem. Ambos estranharam, o grego raramente recusava sair para uma noitada com eles, mas resolveram não dar muita importância àquilo. Continuaram descendo as escadarias, Saga e Aioria esperando os dois na frente do templo de Touro, que estava vazio.
– Aonde está Aldebaran?
– Missão da Deusa. – Saga respondeu, prendendo uma mecha dos cabelos que se soltava do rabo de cavalo que havia feito.
– Algo de errado? – Shura estava visivelmente preocupado.
– Duvido muito. Ele foi a Asgard. Se alguém quer saber a minha opinião... – Ele começou.
– Ninguém quer! – Os três cavaleiros disseram ao mesmo tempo, sabendo que Saga adorava uma fofoca. Ele às vezes era pior que Afrodite.
– ...eu acredito que ele deve ter um romance escondido por lá. Não é estranho para vocês que sempre quando a Deusa precisa de alguma coisa em Asgard, ela mande o Deba? – Saga continuou, ignorando os olhares nada amistosos que os outros lhe lançavam.
– Eu acho que nós devíamos sair logo para beber. O que acham? – Afrodite perguntou, querendo encerrar logo aquilo. Talvez mais tarde, quando todos estivessem um pouco altos, seria uma boa hora para fazerem especulações a respeito da vida alheia.
– Ótima idéia. Você dirige, Aioria? – Shura perguntou.
– Como sempre. Nem posso beber direito. Marin me disse se eu chegar com cheiro de bebida, eu durmo fora do quarto.
– Quem te viu, quem te vê! De Leão a gatinho manso em dois tempos! – Saga continuou provocando, mas foi ignorado mais uma vez, mesmo que os outros rissem do comentário.
Não demorou muito para que a picape dos cavaleiros saísse do Santuário na direção do tal bar que Afrodite queria. Escondido atrás de uma pilastra, fumando um cigarro de menta, Máscara da Morte observava a tudo, esperando pelo momento de agir. E ele havia chegado. Subiu os poucos degraus que levavam ao lugar onde os carros eram guardados e olhou com orgulho para o veículo preferido do cavaleiro de Touro.
"Me desculpe, Deba... mas é por um bom motivo."
Ikki havia deixado Shaka sozinho no templo pouco depois dele revelar que passara a noite com Mu. O virginiano agora estava deitado no jardim que costumava ficar sempre trancado, a sala do jardim das árvores gêmeas, pensando, novamente, em tudo o que havia acontecido entre ele e Mu. E em como suas ações na manhã daquele dia poderiam ter sido interpretadas.
Talvez realmente devesse ter agido de maneira diferente. Talvez devesse ter ficado no hotel até amanhecer, deleitar-se com a expressão adorável que Mu provavelmente tinha quando acordava, para então ir embora. Mas simplesmente não podia. A verdade era que ele não era tão forte como gostava de passar para os amigos. Não era mais a rocha de segurança e verdade de antigamente. Aprendera a sofrer e a superar todos os agouros e problemas que surgiam em sua vida, mas não sem sentir dor. Ele sofria como poucos, e não gostava de deixar que os outros soubessem.
Mas talvez a pior de todas as mudanças tivesse sido seu medo. Especialmente quando sabia que havia feito algo de errado. E, definitivamente, ele tinha esse sentimento. Era um aperto no coração, uma inquietude dentro dele, uma vontade de consertar os erros.
Lembrou-se de Miro ter passado como um furacão pelo seu templo, resmungando que não havia encontrado Mu em nenhuma parte do Santuário, e aquilo aumentava ainda mais sua preocupação e culpa. Era como se ele soubesse que tudo estava um tanto confuso por sua causa. Não tinha como falar com Mu para esclarecer-lhe, aliás, nem sabia o que dizer e aquilo era algo raro naqueles dias.
Mas existia uma possibilidade.
Só se... "É uma boa tentativa... não custa nada..."
Saga, Aioria e Shura já estavam bebendo à vontade quando um Afrodite voltou da pista de dança guardando um pedaço de papel dentro do bolso da calça escura, arrancando olhares curiosos dos amigos.
– Arrumou pra hoje, hein, Peixinho? – Saga perguntou, brincalhão, entre um gole e outro de cerveja.
– Eu sempre arrumo, querido. Os homens caem aos meus pés, você sabe disso. – Ele respondeu, naquele tom superior, fazendo com que todos começassem a rir.
– Sei sei... – Shura começou, mas foi interrompido por Afrodite novamente.
– E quanto a vocês? Vai todo mundo sair acompanhado por uma garrafa de cerveja é?
– Eu sou comprometido. – Aioria desculpou-se.
– Eu não estou procurando ninguém interessante... – Saga comentou, displicente.
– E quanto à você, Espanhol?
– Eu... bem, vamos dizer que ninguém me chamou a atenção ainda.
– E não é sentado aqui que você vai notar alguma coisa.
– Como assim?
– Vem comigo, vamos dançar! – Afrodite disse, não dando tempo para o capricorniano responder, pois já estava sendo arrastado.
– Eu sinceramente espero que eles dancem separados. Porque se as chances de Shura encontrar alguém sentado aqui já eram pequenas, ele dançando com o Dite serão... – Saga começou.
– Inexistentes! – Ele e Aioria disseram ao mesmo tempo, brindando com as garrafas de cerveja.
Na pista de dança um desajeitado Shura fugia dos braços de Afrodite. O pisciano adorava fazer aquele joguinho com todos os amigos, especialmente com o espanhol. Quando percebeu, finalmente, que as pessoas o haviam notado, ele separou-se, dançando de frente para ele, mas mantendo uma distância amigável.
Shura olhava para o desenvolto amigo à sua frente e não entendia como alguém tão interessante como ele não conseguia arrumar um namorado fixo. Afrodite sempre tivera casos passageiros, mas nunca se envolvia com alguém a sério. Já havia perguntado–lhe uma vez se ele gostava secretamente de alguém, mas o sueco esquivou–se perfeitamente, como quando estava treinando.
Desviou a atenção por um segundo para a porta, no instante em que algumas pessoas se afastavam, como se atraídas por alguma coisa naquela direção. No momento seguinte, ele sorriu, entendendo o motivo daquela comoção.
– Oh Zeus... – Ele murmurou e Afrodite percebeu, aproximando-se do amigo para perguntar–lhe o que estava acontecendo. Shura apenas acenou para a entrada com a cabeça.
A respiração de Afrodite ficou presa na garganta, e ele precisou buscar no último resquício de auto-controle para não sair dali correndo na direção do homem que estava quase à sua frente, escaneando o lugar em busca de rostos familiares.
Máscara da Morte estava vestido como nunca aparecera, com uma calça de couro preta, justa nos lugares certos, como se tivesse sido costurada em seu corpo, uma camisa na mesma cor, de tecido maleável, que poderia ser seda, com apenas três botões fechados, podendo–se notar uma camiseta azul da cor de seus cabelos por dentro. Era a visão do paraíso e Afrodite estava prestes a perder a cabeça.
– Você o convidou? – Shura perguntou, cutucando o pisciano, que ainda tentava buscar o olhar do italiano, mas sem sucesso.
– Até parece. – Ele respondeu, por fim, ajeitando os cabelos e voltando para a mesa. Depois daquele "encontro", a melhor coisa que poderia fazer era beber. E algo bem gelado.
Máscara da Morte fingiu não ter visto Afrodite buscando seu olhar assim que entrou no bar. Se o sueco podia jogar aquele jogo de procura–lo, beija–lo e depois ir embora, ele também poderia fazer aquilo. Era uma questão pura e simples de exercer seu controle. Algo que ele não tinha, precisava admitir. Gostava das coisas que vinham fáceis na sua mão, mas não podia negar que a dificuldade de conseguir algo também o excitava.
Especialmente quando se tratava de Afrodite.
Não que ele admitiria aquilo para os outros, mas era a verdade.
Afastou aqueles pensamentos e reparou bem quando o sueco voltou para a mesa onde os outros cavaleiros estavam. Passou a mão pelos cabelos e suspirou, como se precisasse ganhar mais confiança. Caminhou em passos largos, sem desviar sua atenção da mesa em questão, ignorando algumas cantadas e até mesmo mãos mais atrevidas que ousavam toca–lo.
– Ninguém me convidou mesmo, hein? – Ele chegou de surpresa, parando ao lado de Afrodite. Tomou a garrafa de cerveja da mão de Saga e tomou um gole.
– E você não poderia ter ficado em casa já que ninguém queria você aqui? – Afrodite murmurou, alto o suficiente para que o italiano ouvisse. Ele sorriu, ignorando aquele comentário.
– Ah, Dite... o que aconteceu? Os meninos hoje resolveram não brincar com você? Acho que está perdendo o tato, meu amigo. – Ele disse, sarcástico, vendo a cor fugir do rosto do sueco.
Afrodite nada respondeu e Máscara da Morte sorriu, deliciado. Puxou uma cadeira da mesa ao lado e sentou ao lado dos amigos. Conversaram amenidades por algum tempo. Isso enquanto o sueco tentava ignorar um dos joelhos do italiano, que estava, comodamente, atrás dele, tocando-lhe no final das costas. Sempre que tentava questiona-lo, os olhos do outro buscavam algo interessante naquele segundo. Acabou por acostumar-se.
– Não acredito que eles vão tocar essa música aqui... – Shura murmurou, abaixando a cabeça, contrariado.
– Eu adoro essa música! – Afrodite exclamou, ouvindo os primeiros acordes e levantando-se da cadeira.
– Exatamente por isso! Você nunca se cansa de ouvi-la! – Shura continuou, mesmo quando o sueco deu-lhe a língua.
– Gente, vou dançar! Já volto! Saguinha, meu fofo, pede um martini de maçã verde pra mim!
Todos meio que ignoraram o que Afrodite dissera, era típico dele simplesmente sumir quando uma música lhe agradava, e daquela vez não seria diferente. Máscara da Morte, por outro lado, observou atentamente quando a pista de dança meio que se abriu para que o sueco a invadisse, como se aquele fosse um território exclusivo seu. Sentiu salivar quando os quadris do rapaz começaram a se movimentar no ritmo daquela canção e quando deu por si, estava fazendo algo improvável à sua personalidade.
– Aonde vai? – Aioria perguntou ao ver o italiano se levantando.
– Dançar. Não demoro.
– Entendeu alguma coisa? – Saga perguntou, já na décima cerveja da noite.
– Coisas do retardado do Máscara da Morte. Aquela coleção de cabeças deve ter afetado alguma coisa naquele pouco de cérebro que ele tem. – Shura completou, não importando-se de olhar para a pista de dança.
You look so fine
I want to break your heart
And give you mine
You're taking me over
Aproximou-se lentamente, colando o peito nas costas do outro, não deixando que ele falasse uma palavra. Sentiu apenas a respiração dele ficar acelerada contra sua vontade. Sabia que ele estava tentando controlar-se. Num momento de descuido, ele soltou-se, virando para fita-lo.
– O que pensa que está fazendo?
– Quer dançar, Dite? – Ele perguntou, colocando as mãos nos bolsos, aproximando-se do outro.
Afrodite sorriu. Se Máscara da Morte queria um joguinho, ele o teria. Só que ele estaria no comando daquela vez.
Estendeu uma das mãos para ele, que foi tomada no mesmo instante. Afrodite puxou-o para mais perto de si, enlaçando seu pescoço com a mão livre. A que estava sendo segurada foi firmemente presa à cintura do italiano. As pernas começaram um bailado lento, como se eles se conhecessem há eras, como se soubessem para que lado deveriam ir. Os olhos não se desgrudavam e para ambos, era como se só existissem eles ali.
It's so insane
You've got me tethered and chained
I hear your name
And I'm falling over
– É curioso... – Máscara da Morte disse, aproximando-se de Afrodite e falando em seus ouvidos.
– O que?
– Essa dança. Parece que já dancávamos juntos desde sempre.
– Mas nós dançamos. – O sueco respondeu, como se aquilo fosse a coisa mais comum do mundo.
Rapidamente Máscara da Morte afastou-se um pouco do sueco, somente para fitar os olhos azuis piscina.
– O que quer dizer?
– Nós dançamos. Só que a nossa dança é na horizontal. – Ele disse com um sorriso que era um misto de redenção e pecado.
"Diabolicamente angelical...", o italiano pensou, sentindo seu corpo corresponder involuntariamente àquela provocação.
– Quer sair daqui? – Máscara da Morte perguntou, com uma voz que pingava promessa.
– Por que não? – Afrodite devolveu a pergunta.
O italiano olhou para trás e percebeu que os amigos estavam mais entretidos em suas próprias conversas do que com eles que ali dançavam. Fitou Afrodite mais uma vez e puxou-o para fora da pista de dança e, conseqëntemente, do bar. Não trocaram nenhuma palavra no curto caminho até o estacionamento.
Foi somente quando Máscara da Morte chegou perto de seu meio de locomoção é que Afrodite conseguiu falar alguma coisa. E claro, teria que reclamar.
– Aldebaran vai ficar tão revoltado ao saber que você veio nela...
– Desde quando você se importa com o Deba? – O italiano perguntou, sorrindo, subindo na maravilhosa e bem lustrada Harley Davidson preta e prata. A calça de couro, se aquilo era possível, se ajustou ainda mais em seu corpo. Afrodite não pensou em mais nada, somente que aquela moto deveria pertencer ao italiano e não ao amigo brasileiro. Homem e máquina nunca estiveram em sintonia tão perfeita.
– Então, Afrodite? Preparado para a corrida da sua vida?
O sueco apenas riu. E, pensativo, sabia que Máscara da Morte mal imaginaria o que ele tinha em mente. Quem deveria estar preparado era o italiano.
– Sempre preparado, Câncer. Sempre. – Ele murmurou sensual aos ouvidos do italiano, subindo na moto, que tinha um destino certo: o Santuário.
Quando Eric desceu as escadas do templo de Virgem no início da noite, não podia acreditar no que estava vendo. O pai, em posição de lótus, completamente envolto por uma luz tão branca quanto sua pele, murmurando baixinho palavras que ele não conseguia compreender. Não se lembrava dele fazendo aquilo, por isso mesmo teve sua curiosidade aguçada.
Sentou-se na sala, em frente ao pai, apenas observando–o, até que Ikki entrou no templo. Vendo a cena, ele apenas sorriu e tirou o menino de lá. Sabia que Shaka estava tentando resolver sua situação com Mu. Era tão típico dele, simplesmente tentar se comunicar com o ariano e consertar os erros.
Era a segunda vez que Shaka tentava falar com Mu, mas não conseguia. Tinha a ligeira impressão de que não estava concentrado, apesar de concentração nunca ter sido problema entre os dois. Era como se fossem ligados mais do que qualquer cavaleiro. Mal fechavam os olhos e lembravam-se um do outro, conseguiam se comunicar. Era bem verdade que ele, depois que saíra do Santuário, havia se fechado para qualquer comunicação com Mu, que era intensa nas primeiras semanas de sua partida, mas esperava que aquilo não seria mais problema para ele.
Percebeu uma presença perto de si, podia sentir que era Eric e o menino provavelmente deveria estar se perguntando como o pai fazia aquilo. Não contara ao menino sobre alguns aspectos de sua vida, achava que com o tempo a oportunidade apareceria. Algum tempo depois sentiu o inigualável cosmo agressivo e natural de Ikki, e, logo em seguida, uma calma impressionante, justamente a que ele necessitava naquele momento.
Não demorou muito para estar longe, a única maneira de comunicação sendo seu cosmo. Deixou a mente vagar até onde Mu estava. Descobriu rapidamente que ele estava em Jamiel. Aproximou-se rapidamente de um contato com o ariano... era como se pudesse tocá-lo, sentir o perfume de lavanda que combinava tão bem com aquela pele clara, que lhe provocava arrepios somente por pensar nele.
Mu...Mu de Áries, não fuja de mim! - Shaka disse, no impulso, ao perceber que o ariano notara sua tentativa de aproximação e se esquivara.
Suspirou profundamente e tentou se concentrar, logo chegando a Jamiel de novo. Só que dessa vez não pressentiu o cosmo de Mu. Simplesmente não conseguia prosseguir, era como se estivesse atado, era como se...
– Droga, Mu... não se feche pra mim... eu queria te pedir desculpas... – Ele murmurou, abrindo os olhos. Aquele gesto, depois de tanta concentração, balançando as estruturas de seu templo.
Em Jamiel, Mu lutava contra a própria curiosidade, contra o próprio orgulho ferido, mas não podia simplesmente deixar que Shaka mexesse com ele de novo. Quando percebeu que o virginiano desistira, ele simplesmente despencou no chão, um pouco cansado. Shaka sempre fora o único dos cavaleiros que ele tinha alguma dificuldade para não deixar invadir seus pensamentos. Era muito mais fácil bloquear a mente para os outros.
– Não, Shaka... você não tem esse direito. Por enquanto não... – Ele disse, olhando para o templo destruído.
Continua...
Dessa vez eu me demorei um pouquinho mais, eu sei. Projetos, gente...muitos projetos. Propaganda básica pro meu próprio fic fluffy de Kamus e Miro, Todo Azul do Mar, pros fãs do casal que querem me matar por não junta-los logo. Mas tudo em seu tempo. O cap 10 ainda não está escrito, apesar de as idéias estarem borbulhando.
Mas deixa de conversa e vamos à parte legal: responder as reviews. E foram doze nesse último capítulo! Já disse que vocês são demais?
+ saco de papel na cabeça mode on +
Elfa Ju: petit, aqui está o 'próximo capítulo', como você pediu. O Shaka arrogante está me saindo melhor que a encomenda, estou amando descrevê-lo desse jeito. Aliás, ele tem um pouco de mim, mas só quando é bonzinho! LOL. Beijos, fofa...e você é quem me orgulha demais!
Pipe: ol�, quanto tempo hein? Bom, o lance das batatinhas...não teve como escrever um almoço e não colocar as benditas batatas, até porque eu também as amo! Obra magistral da Belier, claro. Bom, tem mais um tanto de Dite e Máscara da Morte, não pude deixar de suspirar quando escrevi as ceninhas com os dois. Beijos e quando é que volta esse pc, hein?
Caliope: e lá vou eu com mais um saco de papel na cabeça...vocês estão me acostumando mal com todos esses elogios. Bom, já disse que faço minhas as suas palavras. A suas fics só não são melhores que a nossa amizade e isso é muito importante pra mim. Te adoro de montão e quero que saiba que quando escrevo sobre o casal 20 fico pensando se você vai gostar. Eu sei que você adoraria se eles estivessem logo juntos, mas eu também acredito que você gosta quando eles estão separados. E essa coisa de eu querer ser você quando crescer e vice-versa vai acabar virando fic, com a gente trocando de corpo. Oba que hoje é sexta feira! Daqui a pouco conversamos, querida! Te adoro de montão!
Dark Faye: afe Maria a recém especialista em fluffys passando por aqui. E que bom que você gostou do capítulo, tem mais dos casais, como havia prometido na nossa conversinha no MSN. E quanto à Sukhi, deixa comigo, ela vai virar personagem das minhas fics agora, com todo o crédito a você, claro! Beijos, amiguinha!
Ia-chan: oi! Espero que a curiosidade fique pelo menos um pouquinho saciada. E o lance de não conseguir escrever o Shaka uke, é somente com o Mu. Nas fics com o Ikki, eu sei que ele era o uke na relação, mas era o Fênix, simplesmente não conseguiria fazer o oposto, mas com Shaka e Mu a história é diferente. Vai entender a minha cabecinha. Aliás, é melhor nem tentar...vai por mim! Beijos!
Marin du Lion: bom, todo sofrimento acaba recompensando e eu posso apenas dizer que o Mu vai dar a volta por cima. Quanto ao Miro e ao Kamus, ainda não sei ao certo quando eles voltam ou se eles voltam (bruxinha mode on). Mas o francês sabe o que aconteceu com a relação dele com o Miro, ele viu, só interpretou errado. Coisas de namorados...lol. Obrigada pela review, beijos!
Mo de Aries: êpa, nada de agressões contra o Mestre Virgem! Vamos deixar isso pro Mu...peraí, isso não é programa de baixaria. Nada de pancadaria no recinto. Mas sim, o Shaka malvado está saindo melhor que a encomenda. Espero que tenha gostado desse capítulo, um pouquinho das reações de Mu diante do que aconteceu. Ele não é tão calmo como todos pensam. Beijos e obrigada pela review!
Lili Psique: é uma comédia ler a sua review, sempre, sempre, sempre. Especialmente porque você se gaba de ser a beta dessa fic e ler antes de todo mundo o que vai acontecer. Mas sim, eu preciso dos seus conselhos de discípula de áries pra me manter em foco com o ariano e o Shaka realmente está me deixando deliciada, apesar das ameaças de morte direcionadas a ele. Mas bem...fic preferida, é? Ah, não fale assim, mas mesmo assim...obrigada, né? Receber um elogio assim é sempre bom. Nos falamos mais tarde, hoje é dia de virar a noite batendo papo! Te adoro, amiga!
Mikage-sama: é, o Shaka é mau, mas nada de abrir fã-clube contra ele, hein? Eu não deixo. Engraçado que o Mu rejeitou o amor dele e ninguém falou nada...essas defensoras dos arianos Celly indignada. Mas obrigada pela review e pelo elogio!
Chibiusa-chan Minamino: bom, primeiramente, eu quero saber o que você pensou que teria escrito no bilhete do Shaka pro Mu, fiquei super curiosa. E bem, quanto à descrição do Dite, ele é um dos meus dourados preferidos e como você, não o imagino uma bicha louca e despudorada, até porque isso não condizeria com a posição dele de Cavaleiro de Ouro. Tinha que deixa-lo bem bonito e se ele está parecido com os piscianos e alguém desse signo elogia, eu sei que o trabalho está sendo bem feito. Muito obrigada pelas reviews que você vem deixando, são ótimas mesmo. Beijos!
Anne: eu já disse, tem pessoas muito apressadas. Esse capítulo explica muita coisa e o Shaka não é tão mau quanto parece. Como você mesma disse, depois de uma noite daquelas, não tinha como simplesmente dizer que havia sido bom, não é mesmo? Mas bem, esse capítulo teve Miro e Kamus, espero que tenha gostado! Beijos!
Ilia-chan: olha a maldade com o meu Mestre! Só quem pode chama-lo de cobra sou eu...mas ele não é assim, eu juro! Mas bem, mistério é sempre bom, não é? Eu não sei o que dizer, não é de propósito, é apenas...ah, tá...eu gosto de deixar as pessoas curiosas, mas eu sou boazinha...que nem o Mestre Shaka...lol...Beijos!
Bom, meninas. Acho que é isso. Não prometo o próximo capítulo pra semana que vem, mas ele está a caminho. Um beijo especial àquela que inspira todas as Mushakistas de plantão, aquelas que escrevem ou não. Belier, essa fic nasceu pela sua influência, querida!
