Tudo por um presente.
Fic de Natal em homenagem a todos os meus amigos da net, dos Fóruns e os que lêem meus fics.
Inspirado no filme "Um Herói de Brinquedo."
FELIZ NATAL!
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Capitulo 2
"Houve trapaça!"-Aiolos vermelho de vergonha.
"Não. O Jô-Ken-Po foi um jogo honesto."-diz Shura empurrando o amigo em frente a loja Sonho Dourado.-"E você usou pedra!"
"Pedra amassa o papel!"-defendeu-se.
"Papel embrulha pedra! Mal perdedor."-Shura ainda empurrando ele.
"Eu não posso entrar e comprar uma camisola sexy para a Marin! É minha cunhada!"
"Para a esposa do Kanon pode?"-provocou Aldebaran rindo.
"Nem para ela!"-vociferou.-"Por que não escolheram perfumes como qualquer pessoa normal? Afrodite! Me salva!"
"Eu?"-ainda olhando a lista.-"Não seja um menino chorão."-depois murmura.-"Isso não está certo."
"Eu não tenho cara para isso!"-Aiolos protesta, mas Shura o empurra com tudo na loja.
"Shura! Shura!"-chamou Afrodite.-"Esta não é a lista certa!"
"Como é?"
"Estava estranhando o Aiolia e o Kanon pedirem para comprarmos roupas íntimas para as esposas. Em nenhum lugar do mundo isso acontece."
"É. Também estranhei."
"Quem fez a lista?"
"Acho que era o Milo. Mas esta letra não é dele! A letra do Milo é um verdadeiro garrancho!"-analisou o pisciano.-"Ora, meus deuses! Esta é a lista da despedida de solteira da Marin. As roupas íntimas faziam parte de uma brincadeira que eu ajudei a Dione e a Shina a bolarem para a festa."
"Festa de despedida de solteira?"-Shura olhou a lista. E depois atrás do papel avista a letra do Milo.-"Perfume, um relógio de ouro,...ops."
Os três olharam para a loja de lingerie e seguraram o riso.
"Quero só ver o que vai acontecer."-diz Aldebaran rindo e sentando num banco em frente a loja.
"Quanto tempo ele dura ali?"-perguntou Afrodite.
"Dou...três minutos."-fala Aldebaran.
"O cara enfrentou deuses. O gigante Tifão!"-diz Shura.-"Cinco minutos!"
"Apostado."-Aldebaran e eles dão as mãos, firmando a aposta.-"O de sempre?"
"O de sempre."-firma Capricórnio e Afrodite revira os olhos entediado.
Dentro da loja...
"Bem...eu quero...eu quero..."-Aiolos ainda tentava dizer o que queria para a atendente que esperava pacientemente que ele formulasse a frase.-"Eu...quero..."
"O senhor quer?"-tentando incentiva-lo.
"Uma camisola..."-tosse.-"Duas na verdade..."
"Para a sua esposa ou namorada?"
"Para a ...mulher do meu irmão e..."-a atendente o olhou como se ele fosse de outro mundo.-"Eu não sou tarado! Não me olha assim!"
"Tarado?"-outra mulher perguntou assustada.
"Tem um tarado aqui?"-outra atendente.
"Não...vocês entenderam mal e..."-Aiolos sai correndo, desviando-se dos objetos jogados contra ele.
"Ah, Aiolos."-geme Shura.-"Custava ficar mais dois minutos?"
"Hehehe!"-Aldebaran estende a mão e pega o dinheiro da sua aposta.-"O dólar mais fácil que ganhei."
"Vocês arriscaram meu pescoço, por um mísero dólar?"-Aiolos inconformado.
"O tarado é aquele, segurança."-uma das atendentes havia chamado a segurança do Shopping.-"O de faixa brega na cabeça."
"Minha faixa não é brega."-Aiolos defende-se.
"Meio démodé."-diz Afrodite.-"Mas em você fica bem."
"Estão com ele?"-perguntou o segurança olhando para os outros três cavaleiros.
Shura, Aldebaran e Afrodite se entreolharam e responderam.
"Não."-disse Shura.
"Nem faço idéia de quem seja."-completou Aldebaran.
"Completamente desconhecido para mim."-fala Afrodite.
"O que?"-o cavaleiro de sagitário quase gritou inconformado.-"Amigos da onça!"
"O senhor queira me acompanhar."-avisou o segurança a Aioros.
"Foi tudo um mal entendido."-tentava falar Aioros, acompanhando pacificamente o segurança e mandando uma mensagem via cosmos para os três cavaleiros que ficaram para trás-"Eu pego vocês depois."
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Enquanto isso...
As pessoas rodeavam Shaka, admiradas por ele permanecer imóvel tanto tempo...e dormindo. Neste momento, Aiolia passava com Milo.
"É perda de tempo ir ao centro procurar este boneco."-falou Milo.
"Tem outra loja de brinquedos aqui neste andar. Vamos tentar ali primeiro."
"Ei, olhe aquilo!"-apontou Milo para a multidão.Os dois cavaleiros se aproximaram, abrindo passagem em meio ao povo.-"Eu não acredito!"
"Shaka?"-Aiolia passa a mão diante do rosto dele, estala dos dedos e nada.-"Ele apagou!"
"Apagou?"-Milo o encarou face a face.-"Shaka? Shaka!"
"Hum.."-murmurou no sono.
"Diga-me, quem é você?"
"Que pergunta é essa?"-Aiolia não acreditava e Milo pediu um tempo com a mão.
"Quem é você?"
"Eu...zzzzzzzzzzz...sou Shaka, cavaleiro de ouro de virgem...zzzzzzzzz"
"Ele fala dormindo?"-Aiolia espantou-se.-"Me empresta cem euros?"
"Na...zzzzzzzzzzz...carteira."
"Ei...qual é o seu verdadeiro nome?"-Milo perguntou.Aiolia o olhou espantado.-"Desde que voltamos do Camboja com a Raga-Si eu quero saber."
"Meu nome...meu nome é...zzzzzzzzzzz..."
"Sim?"
"Francis Elliot Purneval...Roooonc!"
Os dois cavaleiros ficaram boquiabertos e seguraram a risada o quanto podiam. Depois deram gargalhadas diante da revelação.
"Francis?"-Milo estava chorando de rir.
"Aiai..Eu nunca imaginaria isso!"-Aiolia sentia dores de tanto rir.-"E agora?"
"Temos que ir as compras."-falou Milo enxugando as lágrimas.-"Mas, primeiro."
Foi até um garotinho com uma mochila escolar, pedindo algo. O menino retirou da bolsa um pincel atômico preto.
"O que pretende?"-Aiolia viu Milo fazendo um bigode em Shaka.-"Ele vai tirar todos os seus sentidos quando acordar!"
"Só se você contar pra ele que fui eu."-Milo ria.-"Vamos. Isso para ele aprender a ser menos resmungão."
Os dois admiraram a brincadeira e saíram.
"Roooooonnncccc!"
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"Isso não é uma coisa legal, Saga."-Mu falou inconformado.
"O que ninguém souber, não machuca."-respondeu Saga.-"E não sabemos se o Milo e o Aiolia acharão o brinquedo em outras lojas."
"Mas...é trapaça!"
"Não, pois ninguém poderá provar isso."-apontou para o homem que estava fazendo o sorteio.-"Nosso bilhete é o 134 dourado. Pegue este numero ali."
"Usar minha telecinésia para trapacear no sorteio de um brinquedo! Isso é indigno de nossa posição!"-exasperou.
"Olha, Mu. Sabe porque eu fiquei com um lado maligno?"-Mu balançou a cabeça em negativa.-"Bem, tudo começa na infância. Eu sempre quis o boneco do Sargento Duro na Queda. Todos os garotos tinham, e meu pai não ligava para Natal. Quando eu tinha oito anos, meu irmão e eu ganhamos presentes no Natal. Ganhei um relógio e Kanon o Sargento Duro na Queda."-Saga se emocionou.-"Por isso passei a odiar meu irmão, a todos e até Atena. Tudo poderia ter sido evitado se meu pai me desse o boneco e não para o Kanon! Maldito!"
Mu ficou emocionado e pensou em Alexandre se tornando o próximo mestre do mal, usou sua telecinésia e depois que entregou com o comando da mente o bilhete na mão do apresentador do sorteio, refletiu e olhou indignado para Saga.
"Oito anos! Seus pais morreram quando você tinha cinco e foi criado pelo Shion! Não teve boneco do Capitão Duro na Queda!"
"Sargento."-respondeu Saga calmamente.
"Você mentiu!"
"Sim. Mas pense nisso. E se eu tivesse ganhado o boneco? Ares teria aparecido? Quem garante que não?"
"Seu...manipulador!"
"E o sorteado é o número 134 dourado!"-falou o entusiasmado apresentador.
"É o nosso!"-vibrou Saga.-"Um aborrecimento a menos."
"É trapaça!"
"Aqui! É nosso!"-Saga agitou o bilhete no ar, diante dos murmúrios desapontados de algumas crianças presentes no sorteio.
"Não é nosso!"-Mu tenta pegar o bilhete da mão de Saga.
"O que você está fazendo?"
"Não vou compactuar com essa trapaça!"
"Mu, não seja ridículo!"
"Sorteiam de novo!"-pediu Mu em voz alta.
"Não!"-Saga fica com os olhos vermelhos.-"Cai fora, projeto de coroinha!"-e o empurra.-"O boneco é meu! Hihihihihihiheheheheheehehahahahahahahahahahaha!"
"Ares?"-Mu o chama.
"O que é, Carneiro?"-perguntou antes de receber um soco de Mu.
"Sempre quis fazer isso."-suspirou o ariano.
"Precisava socar tão forte!"-Saga havia voltado ao normal, agora com um olho roxo.-"O que houve?"
"Ares te dominou. Queria o boneco."
"Que?"-espantado.-"Maldito!"
"Senhores! Acalmem-se! Não há necessidade de brigas!"-o organizador do evento aparece e dá a Saga um papel.-"Tome seu prêmio."
"Que diabos é isso?"-pergunta Ares olhando para o papel.-"Um vale? Eu não quero vale! Eu quero o boneco!"
"Sim, eu sei. Mas como já vendemos todos os bonecos, o sorteio é para o estoque que chegará depois do ano novo. Ora, o lojista não lhe disse isso?"
"Se deu mal."-Ares falou. E Saga respondeu.-"Cala a boca."
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Kamus procurava pelos corredores do Shopping por seu filho e nada. Havia perdido tempo e eles de vista por ter retirado a roupa de Papai Noel. Concentrou-se e sentiu os cosmos de Giovanni e Kanon vindo da praça central do Shopping, onde havia sido montado o cenário para a representação teatral do Capitão Frio.
Tentou cortar caminho passando pelo bastidores, mas foi barrado por um contra regra. Eles se olharam e...
"Você!"-apontaram um par o outro.
"Não acredito! Você é o cara que sumiu com a roupa do Barney no dia das Crianças!"
"Mon Dieu! Fique longe de mim! A última vez que eu me encontrei com você, fiquei com aquela roupa ridícula de dinossauro e minha reputação manchada!"
"Você me deve aquela roupa! Nunca devolveu! Cadê ela?"
"Eu a explodi!"
"Você tem noção do quanto elas são caras"? Mas deixa pra lá, não tenho cabeça pra isso! Meu ator principal caiu da escada e fraturou o cotovelo e não pode vim! Estou perdido! Quem fará o Capitão Frio?"
"Isso é lamentável."-parecia penalizado e depois falou friamente.-"Problema seu."
Kamus ia saindo, quando o contra regra o deteve de novo.
"Espere. Repita isso!"
"Problema seu?"-Kamus arqueou a sobrancelha.
"Este timbre de voz. Este porte imponente! Você é perfeito!"
"Ah, não! Não! Não! Não! E não!"-falou Kamus.-"Da outra vez me enrolou com aquela história de esposa e filhos, desta vez não."
"Se eu perder este emprego. Quem cuidará da minha esposa e de meus dez filhos?"
"Não eram oito?"-perguntou cruzando os braços e o encarando friamente.
"Diantha teve quádruplos."-mostrou a foto da família e Kamus não escondeu o espanto.
"São dez mesmo!"-pegando a foto.
"Por favor! Eu lhe imploro."-o homem se ajoelha e abraça Kamus pela cintura.-"Me salve!"
"Me larga, isto é embaraçoso!"-Kamus tentava se soltar do contra regra e ele escorregou no chão agarrando as pernas de Kamus.-"SAI!"
"Me ajuda!"-chorando e ainda firme nas pernas de Kamus.-"SÃO ONZE BOCAS PARA ALIMENTAR, ALÉM DA MINHA SOGRA E MEU CUNHADO SANGUESSUGA! E TEM UM GATO QUE MINHA MULHER ADORA E ME ODEIA! E MEU CACHORRO ME MORDEU!"
"EU AJUDO, MAS LARGA MINHAS PERNAS!"
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"O show vai demorar, tio Kanon?"-perguntou Alexandre.
"Não. Acho que ouvi fazerem a última chamada."
"E cadê meu pai, tio?"-olhou para os lados, como se procurasse por ele.
Kanon e Máscara se entreolharam, e o italiano respondeu, bagunçando os cabelos dele:
"Seu pai chega logo. Não se preocupe."
"Está começando!"-avisou Kanon.
"EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!"-comemoraram os meninos e Ângela bateu palmas no colo do pai.
"MENINOS E MENINAS!"-a voz do apresentador se fez presente.-"VINDO DO DISTANTE PLANETA POLARIUS PARA DEFENDER A TERRA DO TEMÍVEL DR. EVIL, COM SEUS INCRÍVEIS PODERES GELADOS! ELE, O CAMPEÃO DA JUSTIÇA! O TERROR DOS VILÕES! CAPITÃO FRIO!"
Então, Kamus entra no palco usando as roupas azuis e brancas do Capitão Frio, a capa tremulando e o capacete na cabeça. Lembrando do que o contra regra lhe explicou, gritou:
"JUSTIÇA FRIA PARA OS VILÕES!"
"EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!"-responderam as crianças eufóricas.
"Papai?"-Alexandre não acreditava.
"KAMUS!"-Máscara da Morte e Kanon menos ainda.
Continua...
Nota: Querem saber que é Raga-Si? Leiam meu fic Bhagavad Gitâ.
