A primeira vez de Shunny!
Capitulo Um – Subindo ao Paraíso
Era um dia lindo e ensolarado, era outono e os campos tinhas suas folhas magnetizantes por um fim de cores.
O clima era bom, o fio intenso ainda não chegava, mas as noites já eram cálidas e cheiravam a terra molhada devido às chuvas anteriores, mas desta vez a meteorologia estava favorável. Ao menos para a atividade em que o jovem cavaleiro de Andrômeda se preparava.
Shun tinha uma mochila de excursão em suas costas e uma carinha angelical muito emocionada. Para variar, não estava carregando sua caixa de armadura, nem nenhuma arma e também era a primeira vez que ia a uma viagem de excursão ao campo.
Quando era um bebê, seus pais haviam morrido, sendo assim nunca foi com eles, nem com Ikki, este somente o levou a campos para treinar duramente golpeando árvores.
Durante seu treinamento na ilha de Andrómeda, pois…. não podia dizer que tinha saido de excursão, mais bem saio para partir sua alma com os treinamentos...
Desde que havia voltado, em vez de desfrutar a vida, tinha passado brigando por Athena, por sua vida, pelos demais, pela paz, por... o que fosse - Shun suspirou profundamente enquanto caminhava acompanhando o seu já traçado destino.
Esta vez iria ao campo para distrairse e passar um tempo com seu melhor amigo. Não, não irá com Ikki, seu irmão apenas tinha tempo livre para ele quando estavam em guerra e ele se machucava, em tempos de paz não sabia onde encontra-lo, desaparecia por semanas. Ande ia Ikki? Estaria sé? Que estaría fazendo? Será certo o que dizia Seiya? Teria Ikki uma namorada loura? Ou Seiya estava brincando com ele? Não seria a primeira vez que o faria sempre se aproveitava da ingenuidade que tinha.
Bom, e quanto ao Pégasus, esse tinha optado em ficar no seu apartamento. Tinha a agenda cheia (com Shina, Saori, Minu...). Como se não soubéssemos que é um Don Juan e que tem um apartamento era só para se "ocupar de seus assuntos privados", segundo dizia Shyriu. O Dragão agora estava na China, sendo o guardião perfeito de Shunrey, segundo dizia Hyoga, que sempre brincava com isso.
Ai! – Hyoga, pensou, ele é tão, tão...bom, tão bom amigo – pensou, avermelhando-se, sabendo que em realidade tinha uma estima maior por seu amigo.
Hyoga sempre tinha tempo para mim, será que ele não tem namorada – pensou o garoto de 15 anos – Não sei o que acontece que me faz gostar tanto que ele dedique seu tempo à mim.
Hyoga y Shun já estavam caminhando a algum tempo pelo bosque e logo chegariam a uma montanha de pedra que deveriam escalar para chegar em um pico, que Hyoga conhecia e que dizia ser lindo.
- Shun olha, finalmente chegamos descansaremos um minuto antes de ajustarmos as coisas que trouxemos na mochila, bom e também o que você trouxe fora dela. – Disse com um sorriso, o louro de olhos azuis.
- Mas Hyoga minha bolsa de dormir não cabia dentro da mochila e está amarrada na parte superior, veja? – o menino de olhos verdes sorria contente e Hyoga negou com a cabeça como se dissesse que não se guardavam as mochilas de excursão mas não quis repreender Shun já que era sua primeira excursão.
Hyoga o olhou depois de amarrar o cinto de para escalada na cintura de Shun bem apertados, talvez até demais, mas ele não se queixou, e enquanto Hyoga o ajustava, parou quando tinha seus braços em volta abraçando-o, Shun sentiu que com esse simples toque suas bochechas avermelharam-se, era como se o sangue corresse muito rápido para as bochechas e o olhar pícaro do russo não estava ajudando em nada.
Começaram a subir, com o louro como guia e Shun o seguindo, mas algo começou a sair mal, pelo menos para o mais jovem dos excursionistas, cada vez que olhava para cima para ver onde Hyoga lhe indicava pisar imaginava essas pernas e esse formoso e musculoso corpo de seu amigo com muita pouca roupa e isso estava desconcentrando-o, fazendo-o suar, podia ver esse corpo tão belo em movimentos ágeis, essas pernas fortes e esse traseiro redondo... ummm, que boa visão tinha do traseiro – droga! – pensou se sentindo culpado – não deveria pensar essas coisas - Hyoga é meu amigo!
Então Shun escorregou quando estavam quase chegando e Hyoga jogou a corda e olhou pro garoto.
- Shun, você está bem? – perguntou preocupado.
- Sim, estou bem – gritou.
– Não se preocupe, te subirei em um minuto - Hyoga segurou firme a corda que estava presa na cintura de Shun e puxou tão rápido e com tanta força que fez algo cair pelo trajeto o que o deixou nervoso ainda mais quando ouviu Shun gritar algo que não compreendeu.
Quando finalmente estava em cima, Hyoga pegou-lhe pelos ombros e perguntou:
Está bem, o que houve?
Shun se encontrava muito agitado e sem pensar em nada abraçou Hyoga:
- Perdão hyoga! – O Cisne ficou pensativo, tentando saber o por quê do seu amigo estar se desculpando.
- Desculpe-me. Perdi minha bolsa de dormir e arruinei o passeio, né! – Hyoga o abraçou fortemente e quem sabe por tempo demais, de maneira terna, e quando escutou o por quê de se sentir assim, o abraçou mais forte ainda e começou a rir.
- Não se preocupe com isso Shun, tudo está bem, e quanto ao passeio, não tem problema, creio que tenho a solução e nada está arruinado – pelo contrário, está saindo melhor do que previ – pensava Hyoga, ainda abraçado a Shun e com um sorriso libidinoso que o jovem santo não pode ver.
Capitulo dois: Um beijo de boa noite
Havia somente alguns minutos que um Shun coradíssimo, tinha se separado dos fortes braços de Hyoga. E tinha a impressão de que o abraço durou muito tempo, mas não tinha coragem de verificar se estava apenas imaginando, já que era algo comum eles se abraçarem.
É que Hyoga era fã dos filmes de terror e sempre convidava o jovem Andrômeda para ver com ele, sendo que sempre acabava tapando os olhos e vendo entre os dedos se encolhendo no sofá da sala, a meia noite, e quando se assustava com alguma cena, Hyoga passava o braço sobre seus ombros e lhe trazia para perto dele com cuidado, abraçando-o até que a cena terminasse. Hyoga sempre sussurrava ao seu ouvido: "É um menininho, como pode se assustar com algo assim depois de tantas lutas que tivemos?"
Às vezes ficava muito tarde e Shun não conseguia se manter acordado e despertava em sua cama, sendo que recordava de ter dormido no sofá. Ele recordava, também, que seu amigo murmurava algo em seu ouvido que não conseguia lembrar de tão dormido que estava, exceto por três palavras que sempre dizia – Boa noite meu... – mas não lembrava a quarta palavra.
Hyoga estava agora montando o acampamento e a barraca, Shun estava encarregado de recolher lenha para o fogo.
Hyoga está esfriando muito, verdade? - disse um pouco preocupado, pois não tinha onde dormir e só tinha esse suéter que vestia e essa calça de moletom, o restante eram camiseta e shorts, seu pijama tão pouco era quente, sendo uma blusa sem manga de algodão e uma calça de tecido leve, e se com uma fogueira acesa sentia frio, sem ela então morreria de frio.
- Na verdade parece um dia de verão pra mim Shun, lembra que fui criado na Sibéria e na realidade creio que sinto calor até. – disse em tom de brincadeira sem dar importância, sendo que na verdade olhava e pensava, vendo Shun com seu perfeito e redondo traseiro se agachar para pegar mais galhos para o fogo. "É verdade que tenho calor Shun"
O acampamento estava pronto em pouco tempo, Hyoga se sentou junto a Shun com uma vara em sua mão e disse:
- Olha Shun, vamos assar os marshimarlows - Shun se acercou mais a Hyoga e ele pôs alguns dos doces no palito e os colocaram no fogo e enquanto assavam seus doces conversavam sobre coisas simples e banais, somente coisas sem a menor importância e cada minuto que passava, o clima esfriava mais.
- Hyoga que bonito que é o entardecer daqui de cima! - disse Shun entusiasmado vendo o horizonte.
- Sim é muito lindo - disse Hyoga olhando-o sem que notasse.
- Me fascina, é tão… - ia dizer romântico, mas pareceu algo inapropriado e só de pensar nisso se pôs vermelho – bom é muito lindo!
- Sim me agrada quando muda de cor - agrego Hyoga que o devorava com os olhos.
Shun tinha cada vez mais frio e quanto mais a noite avançava o frio se intensificava, sua pele se arrepiou. - Espere aqui - disse Hyoga e Shun olhou a tempo para ver como se levntava e sumia dentro da cabana para voltar com uma manta, colocando-a sobre seus ombros e se sentando junto a ele com cuidado continuando a assar os marshimalws.
Shun se sentia feliz, essa atitude era uma das coisas que mais gostava em seu amigo, sempre se preocupando em fazê-lo sentir-se bem.
- Obrigado amigo! Como quando vemos televisão na mansão - disse inocentemente - só que aqui não tem nenhum filme assustador.
- Não, não tem – o que é uma pena - pensou Hyoga, de algum modo ele pensava, que passasse o que passasse essa noite sim ele ia queimar vivo.
Ambos rapazes seguiram com uma conversa amena por horas até que finalmente, Shun rendido pelo cansaço do dia e comodamente instalado nos braços de Hyoga, dormiu enrolado na manta. Hyoga o carregou então e o acomodou em seu próprio saco de dormir, saiu para apagar a fogueira e fecho a cabana em sua volta.
Hyoga se despiu até ficar de boxer e se meteu no mesmo saco de dormir com o cavaleiro de Andrômeda, que dormia inocentemente. Fecho o zíper do saco até em cima e se acomodou abraçando Shun com cuidado e ternura.
Hyoga olhou os olhos de seu amor um bom tempo antes de levantar seu queixo até que seus lábios estivessem ao alcance dos seus, e com muito cuidado, muito suavemente o beijou, beijou esses carnosos lábios cor de cereja e sussurro em seu ouvido: "Boa noite meu amor!"
