Nome Original: El Trabajo de Pociones

Autor: Tam Alor

Tradução: LaDiNi

Betagem: Anna-Malfoy


Capítulo 2.

– Potter! Malfoy!

Snape aproximou-se rapidamente. Estava furioso, Harry nunca o tinha visto tão chateado. Rony afastou-se rapidamente quando eles começaram a discutir, por isso não se envolveu no acidente e livrou-se da bronca.

De fato, Snape estava tão zangado que nem Malfoy se escapou quando o professor o agarrou pela túnica; normalmente os Sonserinos safam-se das broncas e dos castigos naquela aula.

– Será que não é capaz de fazer uma simples poção, Potter? E você Malfoy, em que estava pensando? Os dois vão ficar aqui depois da aula para limpar esta confusão, e não vão comer até acabarem. Dez pontos a menos para Grifinória; afinal a poção era sua, Potter. E estava mal feita, porque a poção não era para ser uma poção ácida. – terminou, sarcástico.

Dito isto, soltou ambos e dirigiu-se ao quadro; escreveu alguma coisa e pôs uma data.

– Trabalho de Poções. Definição, usos, localização, etc, de cada um dos ingredientes das poções multiusos e cresce-ossos. Em pares, e eu farei as duplas.

Snape começou a ler os parceiros enquanto os seus alunos o olhavam com ódio. Nem sequer os dos Sonserinos eram exceção. Teriam que passar horas na biblioteca!

Snape parecia ter um dom para fazer pares… pares ruins.

– Granger, Parkinson… Potter… Malfoy.

Ao chegar a este ponto, Snape levantou os olhos e observou que os dois últimos referidos o olhavam boquiabertos.

– Considerem-no como parte do castigo de hoje. E quero uma boa nota.

Quando a aula acabou, todos saíram indignados e protestando, pela primeira vez eram ambas as casas que se queixavam. Ainda por cima, tinham que começar logo o trabalho porque tinham pouco tempo. Por isso de mau humor, os pares começavam a trabalhar. Harry teria conseguido fugir se Hermione não o tivesse impedido. As duas casas tinham tempo livre naquele mesmo dia.

– Cabeça de cicatriz. Hoje, na biblioteca. E não pense que tenho vontade de passar com você mais tempo do que o necessário. – Malfoy não disse mais nada, caminhou corredor acima sem sequer se virar.

– Eu vou estar lá – respondeu Harry em voz alta. Logo murmurou – Porque preciso de uma boa nota, porque senão…

– Vamos Harry, – interveio Hermione. – É apenas um trabalho. Certamente ele também quer uma boa nota. Não pode ser pior do que o meu.

Naquele momento ouviu-se Pansy queixar-se em voz alta de ter que fazer par com Granger.

– Não sei porque ela reclama – observou Rony. – Se ela vai tirar a melhor nota da vida dela fazendo esse trabalho com você.

Hermione corou, divertida, mas não disse nada.

A aula seguinte, História, passou lenta e aborrecida; toda a classe estava adormecida, até que chegou a hora de sair e todos correram para o grande Hall, tentando escapar-se daquela aula maçante o mais rápido possível.

No Hall, os pares de Poções, separados cada uma em sua mesa, dirigiam-se olhares de ódio e ressentimento.

Rony não parava de reclamar (tinha ficado com Goyle), mas Harry comia sem vontade e quase sem desviar os olhos, mexendo com o garfo no puré de batata. Não queria levantar os olhos para ver Malfoy rindo mais uma vez dele, olhando-o com ódio.

Como anda tinham um tempo antes de ir para a biblioteca e começar o trabalho, todos subiram às salas comunais. Ali, Harry deixou-se cair no sofá e suspirou. Os amigos olhavam-no, estranhando.

– Está tudo bem, Harry? – perguntou Hermione.

– Eh, sim, estou, estava pensando que tenho que aturar Malfoy de novo, e ainda por cima, trabalhar junto com ele… Em que Snape estava pensando?

– No de sempre, em aborrecer o pessoal – disse Rony agressivamente. – E desta vez não se salvaram nem os da Sonserina.

Podiam ouvir comentários do mesmo tipo por toda a sala.

Ao passar um tempo, os que tinham decidido começar o trabalho naquele dia, dirigiram-se à biblioteca. Todos os Sonserinos estavam lá. Ou será que não?

– Onde foi que o Malfoy se meteu? – disse Harry olhando à sua volta. Ele era o único que faltava.

– Se quiser podemos esperar aqui com você até ele chegar – sugeriu Rony, tentando ganhar tempo, já que ele não queria fazer trabalho algum. Hermione franziu as sobrancelhas.

– Não é preciso, entrem agora. Temos pouco tempo. – contestou Harry. – Eu o esperarei aqui.

Rony entrou decepcionado na biblioteca, seguido por Hermione.

Harry encostou-se à parede enquanto esperava. Onde estaria Malfoy?

Depois de uns minutos, quando já estava oensando em entrar e começar o trabalho sozinho, viu a cara pálida de Draco no corredor, a uns metros. Assim que estava suficientemente perto para o ouvir, Harry o questionou:

– Onde se meteu? Não sabe o que é a pontualidade? Perdemos muito tempo! – Harry estava furioso.

– Tinha coisa melhore para fazer, Potter. Passar tempo com você não é um dos meus hobbys favoritos. – Replicou com ironia, arrastando as sílabas. – Por que? Estava com tanta vontade de me ver?

Harry nem conseguia responder. Que imbecil! Porque tinha que fazer par com Malfoy?

– Oh, ficou sem fala? Outra poção mal feita? Que pena… Bem, que faz aí parado? Não estava com tanta vontade de começar o trabalho?

Draco abriu a porta e entrou na biblioteca, sem ver se Harry o seguia. Harry cerrou os dentes e os punhos, tentando conter-se para não se lançar sobre o seu inimigo. Depois entrou na biblioteca e sentou-se ao lado de Malfoy. Este já tinha pego o pergaminho que continha o que tinham que fazer.

– Eu encarrego-me da cresce-ossos e você fica com a outra. - Sussurrou Draco, altivo, sem se preocupar se Harry concordava ou não.

Harry sentiu voltar toda a raiva que tinha dentro de si. A poção de Malfoy escolheu era a mais fácil das duas. Mas Harry não se dignou a contestar. Fez um gesto de 'tudo bem' a Hermione e Rony, que o observavam.

– Quer deixar a sangue-ruim e o seu amigo pobretão e começar a trabalhar? – atirou-lhe o loiro.

Harry virou-se surpreendido; parecia notar-lhe um tom estranho na voz de Malfoy. Raiva contida? Ódio? Encolheu os ombros, devia ser a sua imaginação. Suspirando, procurou o pergaminho onde tinha a lista de ingredientes, para depois procurar nos livros.

O tempo foi passando enquanto todos trabalhavam. Depois de copiar uma definição de um livro, Harry deixou-se cair para trás na cadeira para descansar um pouco. E sem se dar conta, começou a olhar para Draco, sem saber porque.

Observou as mãos pálidas, que agarravam a pluma; o cabelo loiro, caído para a frente, cobrindo-lhe a testa. Os olhos estavam baixos, olhando alternadamente o pergaminho e o livro. Com a língua, humedeceu os lábios. Tinham uns lábios delgados, finos, que concordavam com o resto dos seus traços afiados.

Sem poder evitar Harry começou a perguntar-se: porque o odiaria tanto? Não havia jeito de se darem bem? Recordou aquele momento no expresso de Hogwarts: ele tinha-o tentado. Lembrou-se do seu sonho e perguntou-se o que teria passado se tivesse aceitado…

Nesse momento deu-se conta de que Malfoy tinha levantado os olhos e olhava com curiosidade.

– Posso saber para onde esta olhando, Potter?

Harry corou e se atrapalhou ao tentar explicar-se.

– Eeh… o… estava tentando ler o que você estava escrevendo.

– É? E por isso estava com essa cara de idiota? Ou essa é sua cara normal?

– É que… estou com sono…e… e além disso também estava vendo sua letra, gosto dela…

Draco continuava pasmo, e ainda por cima não acreditava naquelas desculpas.

– Eu sei que minha letra é bela – disse o mais sarcástico que pode. – Se treinar caligrafia, quem sabe melhora esses garranchos que escreve…

Harry corou ainda mais. Ao olhar à sua volta notou que só algumas pessoas permaneciam na biblioteca. Começou a recolher suas coisas, pois daqui a pouco teria outra aula. Draco imitou-o.

– Malfoy – disse Harry disse de repente. –Pode vir esta noite à sala de troféus? Às onze e meia. Tenho que falar com você.

– De noite? Quere me sequestrar ou algo assim? – Draco estranhou, para não dizer que estava muito surpreso, e se pôs logo na defensiva.

– Não, não. Só quero falar com você. Mas não quero fazê-lo aqui – respondeu Harry, que depois saiu sem dar a Malfoy chance alguma de responder.

– Maldito Potter! – murmurou o rapaz atirando um livro para a mesa, com o que ganhou um olhar de reprovação da bibliotecária – Espero que seja algo importante, mas ainda não decidi se vou ou não…

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Nota do grupo:

Olá, leitores.

Aqui que fala é a Anna-Malfoy, e sou a pessoa que vocês mais odeiam, pois foi por minha causa que vocês ficaram sem atualizações do grupo. Eu tive um problema no meu pc e não pude postar os novos caps. Mas a partir de hoje, todas as fics do grupo irão ser atualizadas.

Nossos agradecimentos à: SafirA-Star, Srta Kinomoto, Fabi-Chan, Evil Kitsune, Engely Dark.

Anna Malfoy – Os Tradutores