Nome Original: El Trabajo de Pociones
Autor: Tam Alor
Tradução: Natalia
Betagem: Anna-Malfoy
Capítulo 05
Harry despertou um pouco antes da hora que normalmente levantava. Os primeiros raios de sol já entravam pela janela, iluminando a habitação. As partículas de pó dançavam no ar, visíveis quando eram tocadas pela luz.
Um sorriso iluminou a face do garoto quando acudiram a sua mente as lembranças da noite anterior. Havia tido a Draco tão perto, abraçando-o, provando o sabor de seus lábios... Harry recordou o suave tato de sua pele pálida e seu cabelo sedoso.
Tão distraído estava com esses pensamentos, que não se deu conta de que Ron havia despertado por causa do sol batendo diretamente nos olhos e o olhava, também pensativo. Só se deu conta quando se dirigiu a ele:
-Harry, não dormiu bem?
-O que? Por que? Por que você ta falando isso?
-Oh nada, só... você tava com uma cara diferente.
-Não, Ron. - Contestou Harry segurando a risada. - Não é nada.
Seguramente Ron o havia pego com uma cara de total felicidade, como se não tivera neste mundo, mas perguntar-lhe se havia dormido bem! Ron sempre seria o mesmo, tão inocente...
- Harry.
- Mmmh?
- Você nunca esconderia de mim nada importante, não é?
- Eeh... - Harry se alarmou um pouco. Melhor, Ron não era tão ingênuo como pensava. - Por que diz isso?
- Você está de caso com alguma garota? - Soltou Ron sem mais nem menos.
- Que? - Harry ficou vermelho – De onde você tirou isso?
Mas naquele precioso momento Simas acordou e Ron não quis responder, prometendo que diria logo, no café da manhã.
Harry estava bastante nervoso. Será que Ron havia notado algo? Mas, se havia notado algo relacionado a Draco, por que perguntou por uma garota? Deu de ombros, resignado a esperar o café para saber.
Ao chegar ao salão principal, deram bom-dia à Hermione, que chegava, como eles de seu dormitório e sentaram-se para comer.
Ao principio Ron estava tão concentrado na comida que Harry pensou que havia se esquecido de perguntar, mas quando acabou de comer ficou mirando-o fixamente.
- Sabe, Harry, todas essas perguntas eram porque ontem acordei com um ruído, e vi como a porta do dormitório se abriu sozinha. Depois apareceu você debaixo da capa de invisibilidade. E não sei, me ocorreu que o motivo dessa sua saída à noite, às escondidas e sem chamar-me, seria para se encontrar com uma garota...
-Anda Harry! Não diga que você tem uma namorada ou algo assim e não nos disse nada! - Se intrometeu Hermione curiosa.
-Não! Isso é... eu somente fui a sala comunal porque... não conseguia dormir. – Se atropelou Harry, inseguro. 'Por Merlin! Que eles engulam essa, por favor', ele pensou.
- Tudo bem... Mas por que a capa de invisibilidade? - Disse Ron ainda não acreditando.
- Porque... porque... para que se tivesse alguém lá embaixo, essa pessoa não me visse, eu não queria falar com ninguém.
- E havia? Porque Ron disse que ao subir você ainda estava a usando...
'Pensa em algo, rápido', pensou urgente, um pouco histérico:
- Não, não havia ninguém, mas não a tirei porque senão teria que colocá-la depressa caso alguém descesse.
- Ah. Era só isso então.
- Sim, era. O que vocês estão pensando? Que eu estava rondando pelo dormitório das garotas? -Perguntou Harry com toda a segurança que foi capaz.
- A isso que se dedicas todas as noites, Potter? A que você se rebaixaste. A que recorre para tranqüilizar seus hormônios! Creio que a partir de agora fecharei bem minha porta todas as noites.
Harry, Ron e Hermione se viraram para encarar o dono dessa voz, ali estava Draco com os braços cruzados, em sua típica pose de sou-melhor-que-você-por-que-sou-sonserino-e-Malfoy.
Harry teve que reprimir o sorriso. Ao que ele tinha que recorrer? Pois não sabia que verdade irritava tanto a Draco.
- Cala a boca Malfoy. - Retrucou, tentando colocar uma cara de ódio. Draco não tinha nenhum problema de aparentar que tudo era como sempre, quer dizer, que o odiava com toda sua alma. Mas só aparentava, porque Harry via em seus olhos que estava fingindo. - Acredite, tenho coisas melhores pra fazer do que rondar por seu dormitório.
- Vamos Harry, não temos porque continuar falando com isso. - Disse Hermione um tanto altiva, enquanto se dirigia a saída do salão principal de cabeça erguida.
-Oh Granger, que medo. Não perguntei pra você porque já sei que sobra para você esses seus dois amiguinhos, que não conseguem arranjar mais ninguém.
- Com ciúme Malfoy? - Não pode evitar de dizer Harry, adiantando-se a replica de Ron.
Ate aquilo, Draco já não pode agüentar e soltou uma gargalhada, tentando fazer que soasse ofensivo.
- Eu com ciúmes? Nem eu seus mais doces sonhos Potter. Vamos - disse para seus dois guarda costas que o acompanhavam. - Não quero perder mais meu tempo.
Dito isso, deu meia volta e se foi sem olhar para traz. 'Vá, antes que eu não consiga mais fingir', enquanto Harry pensava assim, Ron se desfazia em insultos para Draco.
- Esqueça-o, Ron. - Disse Hermione - Não vale a pena.
- E ainda por cima esta tarde teremos poções. E depois de amanhã tem que entregar o trabalho - gemeu Ron.- Eu já acabei minha parte. - Replicou Hermione. - E estava pensando em fazer também à parte da Parkinson, pois sei não ela não vai fazer.
- Eu vou fazer o meu e já está muito bom. - Respondeu Ron mau-Humorado. - E você Harry? Quando falta?
- Tenho que acabar minha parte, e Dr... Malfoy a sua. Seguramente a fará pelas anotações de poções. - Harry mordeu a língua. Quase o chamara de Draco na frente de seus amigos. E ainda não estava preparado para contar isso a eles. Não sabia se estaria preparado algum dia.
As classes transcorreram em calma, até que chegou a hora de Poções.
Na entrada das masmorras, se encontraram de novo com os Sonserinos. Ron olhou com intenso ódio para Draco, e este devolveu o olhar com seu típico gesto, entre arrogante e ofensivo.
- Esse Malfoy... Sinceramente Harry, não sei como você tem conseguido suporta-lo para fazer o trabalho. - Ron estava realmente furioso.
- Oh, também não é para tanto. - Disse Harry sem prensar muito. Ao ver que seus dois amigos o olhavam estranhamente, tentou consertar. - Quero dizer... fazemos quase todo o trabalho separados.
- Sim, é melhor maneira. - Respondeu Hermione. - Eu não vou deixar que baixem minha nota só por que essa Pakinson não quer trabalhar.
Os três amigos entraram na classe enquanto ouviam Hermione se queixando de seu par no trabalho. Ron a escutava concordando com ela, mas harry estava totalmente ausente.
A aula de poções transcorreu relativamente tranqüila; por mais que Harry rogou em silencio, Snape não os pôs em pares que aparentemente se odiavam, assim que não pode se aproximar de Draco em nenhum momento. Somente trocaram alguns olhares.
Ao acabar a aula, depois de haver perdido os pontos de costume e de que Sonserina ganhara muitos, como sempre, Harry notou que na saída alguém agarrava seu braço.
- Potter. Tenho que falar com você uma coisa do trabalho. - Malfoy disse isso pondo uma cara de nojo.
- Se não há outro remédio... - Respondeu Harry descaradamente. - Ron, Hermione, podem começar a ir para a aula, já os alcançarei quando isso terminar.
Ficaram esperando até que todos os alunos de suas casas tinham desaparecido pelo corredor, então entraram rapidamente em uma dessas salas vazias que tanto abundam em Hoqwarts.
Esta tinha várias carteiras e cadeiras velhas, um par de estantes com teia de aranha e umas cortinas velhas atiradas num canto.
Harry lançou um feitiço na porta para que não fosse aberta e ficou olhando para Draco. Olharam-se durante um momento, vendo-se refletidos nos olhos do outro.
Os dois garotos se fundiram em um beijo comprido e terno, já que não haviam podido estar juntos todo o dia, e agora parecia como se não pudessem estar separados.
Ao acabar o beijo, Draco abraçou a Harry fortemente, como se não o quisesse soltar. Harry estranhou o gesto, mas correspondeu igualmente. Notava o hálito quente de Draco em seu pescoço; então Draco começou a falar ao ouvido.
- Está completamente seguro disso? - Harry se surpreendeu tanto que se separou dele para olhá-lo. Mas não viu nada de diferente: Seus olhos eram sinceros e tristes. Por incrível que pareça estava triste. Harry voltou a abraçá-lo.
-Creio que poucas vezes estive tão seguro sobre algo, Draco... - Respondeu tentando tranqüilizá-lo. - O que aconteceu?
- O que acontecerá quando alguém souber? Um Sonserino com um Grifinório, dois garotos, e ainda o grande Harry Potter e o filho de Lucius Malfoy... Meu pai não pode saber de nada, se souber, sei que se acaba tudo.
- Não saberão de nada que não queiramos. Se eu for dizer para alguém, só será para Ron e Hermione, e eles não dirão nada, te asseguro.
Draco suspirou.
- Acredito em você Harry, mas, e você? Poderá suportar? Poderá suportar tudo ao se expor por causa de alguns estúpidos intolerantes? E ter que nos vermos sempre às escondidas, pelo menos por hora? - Sua voz ia subindo de tom à medida que anunciava tudo o que o preocupava ou o indignava no momento. - E ter que esconder de quase todo mundo que mantemos uma relação.E fingir que nos odiamos pelos corredores?
Harry segurou Draco pelos ombros, firme, mas suave, e o mirou fixamente os olhos... ah, esses olhos de nuvens cinza, agora úmidos e brilhantes. Aproximou-se de seu rosto e o beijou nos lábios, com ternura. Voltou a olhar Draco.
-Sim. - Respondeu Harry simplesmente. – Eu o faria, Draco. Faria por vocês. Por nós.
Draco olhou para Harry, aqueles brilhantes olhos esmeralda e se atirou em seus braços outra vez, entre soluços.
Harry o abraçou e acariciou suas costas, sussurrou palavras doces em seu ouvido, acariciou seu cabelo... Draco foi se tranqüilizando gradualmente, mas não o soltou. Já havia vencido seu orgulho, o que importava?
Ao final se separou, ainda que Harry resistisse; Havia gostado de ficar assim muito tempo, com Draco em seus braços, sem pensar em nada, somente sentindo sua proximidade, seu cheiro, a suavidade de sua pele.
- Temos que ir.- Disse Draco.- Já vamos chegar tarde, não podemos demorar mais.
Aproximou-se de Harry e se beijaram, tentando prolongar o momento, que inevitavelmente tinha que acabar. Suas línguas se uniram, como tentando não se separar, tocando-se, roçando-se. Afastaram-se lentamente um do outro, com angustia.
Saíram juntos pela porta, depois que desfazer o feitiço. No tempo que haviam passado juntos, Harry havia se dado conta de que só queria estar Draco. Tinha medo de que tivesse que perdê-lo e sentia raiva por não poder ser feliz como qualquer um por culpa do pai dele e de seu sobrenome.
Aproveitando que não havia ninguém próximo, Harry se aproximou de Draco e sussurrou algo em sua orelha...
- Te amo, Draco.
Depois dessas breves palavras, saiu correndo até sua aula sem dar tempo a replica, sem olhar para traz. Se houvesse virado, havia visto Draco na saída da aula, imóvel, vendo-o afastar-se, sem reagir.
Por fim, o garoto loiro deu um suspiro e partiu também até sua aula.
Nota do Grupo:
Bem, esse cap demorou bem menos que os QUATRO MESES do anterior, não? Esperamos que gostem desse também!
E para as pessoas que não sabem o que escrever na reviews a dica: ótima tradução, continuo a ler! XD!
Agradecemos à: Bela-Chan (nós fomos rápidos, não?), Mel Deep Dark, Amy Lupin (esperamos que também tenha gostado deste!), Nicolle Snape, Lis, K-Chan-Kaoru, Dark Wolf 03 (nesse cap explicou quem era a tal sombra, você viu?), Sofiah Black (fizemos você feliz com a atualização?), Baby Potter (obrigado pelo seu comentário tão animado!) e SafirA-StaR.
Não deixem de ler nossas outras fics slash: Luz Embaixo D'agua, Cânon In D, Poção Irresistível, Quem é o papai, e também nossas fics não-slash.
Os Tradutores
