Nome Original: El Trabajo de Pociones
Autor: Tam Alor
Tradução: Ladini C
Betagem: Anna-Malfoy
Capítulo 6
Harry entrou correndo na aula de Feitiços. Não estava assim tão atrasado, o professor ainda estava a fazer a chamada.
- Peço desculpa por chegar atrasado professor Flitwick, estava tratando de coisas para um trabalho com…
- Sim, sim, os seus amigos já me avisaram. Sente-se, por favor – cortou o professor amavelmente.
Harry dirigiu-se até ao seu lugar junto de Ron, tentando esconder o grande sorriso, já que se tinha apercebido que Ron e Hermione o olhavam com alguma incredulidade. Porque estaria tão contente se tinha acabado de falar com Malfoy?
Harry retirou da mochila o que precisava para a aula e fingiu não ouvir as perguntas que o Ron começara a fazer já que o professor tinha começado a falar e olhava para eles com um ar algo incomodado.
A aula prosseguiu tranquilamente, sem oportunidades para conversas, até porque Harry fingia estar muito atento ao que dizia o professor, ignorando Ron.
Quando a aula acabou dirigiram-se ao Salão Principal para comer. Mal saíram da sala e Ron fez a pergunta que tentara fazer toda a aula:
- Como foi com o Malfoy? Tentou fazer alguma coisa com você? Chegou muito feliz.
- Ah, não aconteceu nada, só falamos sobre o trabalho.
- E eu estava pensando que ele tinha lançado em você uma maldição ou alguma coisa do gênero tendo em conta o quão feliz você aparentava estar… - Ron parecia meio decepcionado.
- Ron – disse Hermione severamente. – Por acaso fica contente quando o Harry briga?
- Não, fico contente quando o Malfoy apanha.
- Você não tem jeito.
- Quando se trata do Malfoy não. Que será o jantar de hoje? – disse Ron mudando de assunto bruscamente.
Harry mordeu o lábio inferior. Sabia que dizer ao Ron seria difícil, mas ultimamente parecia cada vez mais. Suspirou e mergulhou o garfo na comida. Enfim, esperava que Hermione o compreendesse e o ajudasse… porque senão ia ficar bastante sozinho.
Repreendeu-se por esses pensamentos. Draco já estava sozinho nesse sentido, tinha estado sempre, e ele preocupava-se com a possibilidade de Harry se zangar com os seus amigos, que seguramente voltariam a reconciliar com o tempo, como sempre.
Mas, e se não voltassem a serem amigos? Nesse momento percebeu onde Draco queria chegar com aquelas perguntas. E ele tinha estado tão seguro… naquele momento a sua mente visionou uma imagem do sonserino loiro olhando-o com os olhos brilhantes das lágrimas… e todas as suas dúvidas desapareceram. Estava mentindo aos seus amigos, viveria numa mentira até que se decidisse e mesmo assim não mudaria por nada. Nunca até então tinha sido tão feliz. Bastava-lhe pensar em Draco e a perspectiva de como reagiriam os seus amigos era quase insignificante ao lado da ideia de continuar a sua relação com Draco.
Não entendia como podia ter tido dúvidas. Lembrou-se do que lhe tinha dito ao despedir-se e sentiu-o de novo. Sim, estava seguro. Por mais estranho que lhes parece aos demais, e inclusive a si mesmo, nunca tinha sentido o mesmo por outra pessoa. Não dessa maneira. Pensar que era um rapaz, e ainda mais, o Draco Malfoy, o causador desse sentimento, fazia-o rir.
Nesse momento deu-se conta de que os amigos o olhavam fixamente.
- Eh… o que aconteceu? – disse, corando ligeiramente.
- Nada, você só estava viajando – disse Ron sarcasticamente. – Tínhamos perguntado se sempre queria ir à biblioteca, eu ainda tenho que acabar o trabalho e a Hermione… bem, a Hermione tem sempre alguma coisa para fazer na biblioteca.
Ron sorriu inocentemente quando Hermione o fulminou com o olhar.
- Vem? Estaremos mais tranqüilos lá.
- Sim, claro – falou Harry a Hermione. Com tudo o que se tinha passado quase tinha se esquecido do trabalho.
Acabaram de comer e saíram do salão, dirigindo-se à biblioteca. De repente Ron parou e deu um tapa na testa.
- Oh, um momento! Deixei o trabalho no quarto, pensava que o tinha na mochila. Vocês vão para lá, eu volto já – disse o rapaz, saindo a correr em direcção ao quarto.
Harry e Hermione seguiram caminho. Passados alguns instantes, Hermione começou a falar:
- Harry… porque não me conta a verdade?
- A verdade? Como assim a verdade? Está falando de quê?
Hermione suspirou:
- Olha Harry… pode enganar o Ron facilmente, principalmente sobre seu relacionamento com o Malfoy, porque ele acha impossível não o odiar. Mas a mim, terá que arranjar uma desculpa melhor. Sai à noite com a capa invisível e dá uma desculpa bastante esfarrapada, para falar com o Malfoy, se fecha num quarto vazio e logo voltas à aula feliz… Arranje uma desculpa mais credível do que isso!
Harry olhava-a boquiaberto. Devia ter previsto que Hermione não se deixaria enganar tão facilmente de tão observadora que era.
- Como é que sabe que entrei com o Draco no quarto? Vocês já tinham ido.
- Dei-me conta que me tinha caído um pergaminho e voltei para procura-lo; então vi vocês entrando. Vai dizer-me a verdade ou não?
- Hermione… não sei se posso. Não sei o que Ron vai dizer quando o souber. Não sei o que farei eu. E não quero se que afastem de mim por isto.
- Não estou dizendo que vou contar para Ron. Quero que diga a mim, se é que confia em mim de verdade. Senão terei que averiguá-lo eu mesma, e seguramente precisarei da ajuda do Ron, por isso direi-lhe tudo o que sei…
- Hermione, é sério que não sei como te dizer. – Harry estava francamente transtornado. Não tinha imaginado que teria que falar com os seus amigos tão rapidamente sobre isso.
- Desembucha, Harry. O Ron chegará em breve e estamos quase na biblioteca. Parece que tenho que te dar um empurrão. – Hermione hesitou um pouco, mas prosseguiu, falando com segurança. – Primeiro dou por feito que ultimamente esteja se dando bem com o Draco, ainda que não o demonstre. Estou enganada?
Harry não conseguiu dizer nada, estava realmente surpreendido e muito nervoso. Não sabia no que aquilo ia dar. Hermione tomou o seu silêncio como um sim e, ignorando a cara de pânico do rapaz, continuou:
- Pela sua cara, assumo que seja verdade. Isso foi o que pensei de início. Mas então, porque não nos tinha dito nada? Refleti muito sobre isso. Na realidade, imaginei que essa fosse a razão desde o início, mas pus essa idéia prematuramente de lado. – Hermione olhou Harry nos olhos. Este estava pálido, muito nervoso. – Está… digamos… namorando Draco Malfoy?
Harry ficou calado. Não podia responder. "Muito cedo, demasiado cedo…" era tudo o que conseguia pensar. Olhou para baixo, levemente envergonhado.
Harry engoliu em seco, e murmurou algo que podia passar por um sim. Então levantou a cabeça e olhou para a amiga, esperando ver um ar de nojo, ódio, recusa, mas disposto a encara-lo.
Mas Hermione simplesmente o olhava… com curiosidade. Sim, curiosidade. E, compreensão? Tinha interpretado bem a sua cara ou isso era apenas o que queria ver?
- Harry, porque não me disse antes? Ron vai demorar para entender, tenho certeza, mas, a mim? Como podia se sentir mal por isso? Você realmente pensa tão pouco de mim? Ou não confia em mim? A mim não me importa com quem namore, ou se é um garoto ou uma garota. Entre os trouxas essas relações não são tão fora do comum. Além disso, se está feliz, eu não me tornar um empecilho. É a sua vida, você decide o que fazer e o que não fazer.
Tudo isto dito sem deixar de olhar Harry nos olhos. Eram sérios, mas dito de forma doce, e o melhor de tudo, ela compreendia-o e não se importava.Harry culpou-se por ter confiado tão pouco na sua amiga. Agora sabia que não a ia perder. Sentiu-se feliz, comovido. E, sem poder evitá-lo, notou como os olhos dela ficaram ligeiramente úmidos, aproximou-se da sua amiga, abraçou-a.
- Desculpa, Hermione. Desculpa não ter confiado em você. Desculpa ter pensado que você me recusaria como amigo devido à minha relação. Não sei o que dizer, me sinto um idiota depois de tudo o que me disseste.
- Calma, Harry – disse Hermione, respondendo ao abraço. – Só queria que você soubesss que pode contar comigo. Não vou te repreender, eu compreendo-te. Também não é assim tão estranho.
Naquele momento estavam quase à porta da biblioteca. Imediatamente ouviram uns passos que vinham pelo corredor. Afrente deles, Ron apareceu no corredor. Quando viu a cena à sua frente, parou boquiaberto. Harry e Hermione estavam se abraçando a sua frente.
Enquanto isto acontecia, a porta da biblioteca abriu-se em silêncio. E dela saiu um rapaz de cabelo loiro platinado, de traços finos que ficou exatamente como Ron. Harry e Hermione separaram-se bruscamente, balbuciando.
- Ron… não é o que pensa…
- Sim, claro, isso é o que dizem todos. Já vejo para que servem os amigos. Até quando iam esperar para me dizer algo?
- Ora, Potter, você e a sangue ruim? Você não perde tempo! – Draco tentou falar com ódio, mas soava muito magoado.
Harry aproximou-se dele, tentado fazer com que ele o escutasse. Não lhe importava que alguém o visse a falar com o seu "grande inimigo".
- Não se aproxime, Potter – respondeu azedamente o rapaz. Obviamente o machucou o que acabara de ver.
- Draco, deixa-me explicar. Sabe que não é isso – sussurrou Harry. – Você sabe melhor do que ninguém.
- Lhe dou uma oportunidade para se explicar, Harry – respondeu ele falando do mesmo tom. – Esta noite, na Sonserina, às onze – isto dito com o seu tom normal, em voz alta, perdendo-se pelos corredores.
Entretanto, Ron ignorou Hermione e passou ao seu lado como um desconhecido, olhando-a com ódio. Harry sabia que eram ciúmes, mas quando Ron o admitiria? Quando admitiria que sentia algo por Hermione?
Harry sacudiu a cabeça. Ouviu um choramingo e voltou-se para ver Hermione ao seu lado, os seus olhos brilhantes de aborrecimento.
- Esse Ron! Mas o que é que ele pensou? Nem é que eu não possa fazer o que quero…
- Está com ciúmes, Hermione. Mas duvido que o admita.
- Pois se não quer resolver os seus problemas falando, problema dele. Vamos, Harry.
E entrou pela porta da biblioteca, a mesma que tinha cruzado Ron há uns instantes. Ali estava ele sentado numa mesa com Dean, Seamus e outros rapazes. Ao entrarem, deu-lhe uma olhada e continuou a trabalhar. Harry e Hermione sentaram-se numa mesa vazia.
- Harry… - murmurou Hermione. – Aquele era o Draco, não era? Ele… te disse alguma coisa?
- Reagiu quase da mesma maneira que o Ron… mas está disposto a ouvir-me. Esta noite eu lhe explico – respondeu Harry. Era difícil para ele falar da sua relação com Draco assim tão abertamente, mesmo que fosse com Hermione.
- Logo falaremos com o Ron, ok?
- Sim, mas se puder ser… não diga nada… a ele, pelo menos por agora.
- Tranquilo. Isso é algo que você tem que dizer a ele.
Depois desta conversa em sussurros, trabalharam em silêncio, fazendo trabalhos de casa. Harry acabou o trabalho; tudo o que tinha pedido Snape referente à poção multiusos, seus ingredientes e usos noutras poções estava ali.
A biblioteca estava quase vazia e a aula seguinte começaria em breve, por isso recolheram as suas coisas e dirigiram-se à porta. Justamente naquele momento também saía o Ron. Harry agarrou-o pelo braço.
- Ron, espera, quero falar contigo.
- Queremos falar contigo. – corrigiu Hermione.
- Verdade? Vocês têm certeza que não querem ficar sozinhos? – disse Ron aborrecido.
- Ron, chega de besteira. Sabe que eu e a Hermione somos só amigos. Se não, tinha te dito.
- É verdade, Ron. Só estava consolando o Harry, estava um pouco deprimido.
Ron ainda não estava convencido. Harry não podia falar livremente porque com Hermione ao lado o outro rapaz negaria tudo.
- Hermione, vai à frente que já te apanhamos.
Hermione captou a dica e adiantou-se, deixando-os sozinhos.
- Ron, é tudo verdade. Eu não sinto nada pela Hermione, é apenas minha amiga. Compreendo que esteja com ciúmes, mas…
- Quê? Eu com ciúmes? – disse Ron rapidamente.
- Ron, nós já nos conhecemos há muito tempo. Eu te conheço muito bem… bem, acredita em mim quando digo que não tem nada entre mim e Hermione?
Ron estava ligeiramente corado ao ver como os seus sentimentos estavam tão a vista.
- Sim, acredito em você. Mas só porque é você. Acha… - hesitou e ficou ainda mais vermelho. – Acha que ela notou?
- Se não notou, ela é muito cega. Se bem que você quase matou o Krum naquele baile, Ron, e ela não fez nada.
- Ah, sim… um dia eu falo para ela, eu acho.
- Eu me apressaria, pode ser que alguém se adiante. Eu não estou falando de mim, juro – se apressou a dizer ao ver o olhar desconfiado de Ron.
Ao chegar à estufa para a aula de Herbologia, Hermione estava à espera deles e olhou-os curiosidade. Ron aproximou-se dela e pediu desculpa. A garota olhou para Harry surpresa por ele ter posto juízo no amigo tão rapidamente. Ele sorriu triunfante.
A aula de Herbologia correu normalmente enquanto todos escutavam a professora Sprout explicar os cuidados e propriedades de algumas plantas de nomes estranhos.
Depois das aulas e de ir jantar qualquer coisa, Harry permaneceu com os seus amigos no salão comunal. Estava impaciente para poder ir falar com Draco e resolver tudo.
Para não levantar suspeitas, sobretudo com Ron, que já o tinha pego um vez, esperou até ter certeza que todos dormiam profundamente. Então pegou a sua capa de invisibilidade e saiu silenciosamente do quarto…
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N/A: Oooh! Será que Draco o vai perdoar ou não?
Não consigo gostar de como ficou, mas a minha inspiração está bastante devagar, por isso não há nada melhor do que isto. A parte da biblioteca foi muito sem nexo, mas passa…
Bem, vou pensar se subo o rating, eheh. Ainda não sei se faço a cena dos dois muito explicito… terei que procurar um meio termo.
Assim, deixo-os inocentes, crianças, ou faço mais quantes? Respondam a essa pergunta… bem deixarei de desvairar... review!
Nota Do grupo:
Viram? Até que foi bem rápida, vcs não acham? Rsrrs
Só faltam mais três caps para a fic terminar.
Nossos agradecimentos à: Baby Potter, Dark Wolf 03, Mel Deep Dark, Sofiah Black, SafirA-StaR, K-CHAN-Koaru (próximo cap!), Anita Joyce Belice, Athena Sagara ( o erro que vc mencionou já foi consertado nesse cap), Hermione Seixas, Maluka-Chan (são nove caps), Polarres, juh t., msmdhr, DeeplyDisturbed e lumuspotter.
Não deixem de ler nossas outras fics slash: Luz Embaixo D'agua, Cânon In D, Poção Irresistível, Quem é o papai, e também nossas fics não-slash.
E para as pessoas que não sabem o que escrever na reviews a dica: ótima tradução, continuo a ler! XD!
Os Tradutores
