Nome Original: El Trabajo de Pociones

Autor: Tam Alor

Tradução: Ju Oliveira

Betagem: Srta Mariana & Gê Malfoy


Capítulo 8

Harry saiu de seu sonho profundo ao notar que alguém o sacudia.

- Harry, levante ... Vamos, tem que voltar para o seu quarto ... Anda, acorde.

O grifinório levantou a cabeça com o cabelo alvoroçado, mais que de costume, e viu que Draco estava sacudindo-o, ainda que, todavia, tivesse os olhos fechados e a face afundada no travesseiro.

- Ande, todos irão levantar em uma hora.

Harry suspirou e se esticou com um grande bocejo. Saiu da cama lentamente e esticou-se outra vez. Draco aproveitou e ocupou toda a cama, deitando-se de costas, sorrindo com olhos fechados. Harry devolveu-lhe o sorriso e pôs a vestes.

- E então, dormiu bem? - perguntou a Draco.

- Bom … digamos que eu não me incomodaria de dormir contigo mais vezes - respondeu este, piscando.

- Fique tranqüilo, acontecerá novamente. Tenho que ir ou chegarei muito tarde. Vamos! Pode continuar dormindo.

- Certo, logo nos veremos. Ainda vou passar por você nos corredores, lembra-se?

- Claro. Até logo.

Harry bagunçou o cabelo do loiro, e este virou-se dando as costas para o porta para continuar dormindo. O moreno colocou a capa de invisibilidade e saiu do quarto, fechando a porta atrás de si silenciosamente.

Percorreu os corredores de pedra um pouco desorientado. Acabou guiando-se pelos números das portas; se não estivesse enganado, os primeiros estavam ao lado da saída, mais próximos do salão comunal.

Sentiu-se aliviado quando chegou por fim ao salão comunal. Havia perdido bastante tempo vagando pelos corredores. Rapidamente dirigiu-se a porta que saia do salão comunal. Por sorte, este era visível por dentro.

O caminho das masmorras até seu salão comunal foi curto. Todos deviam estar dormindo. Deu a senha à Mulher Gorda, que o olhou sonolenta e uma certa expressão de espanto ao vê-lo aquela hora; por sorte ela não disse nada.

Harry fez o menor ruído possível para entrar em seu quarto, livrar-se das vestes e enfiar-se na cama. Não queria voltar a dar uma desculpa boba a Rony.

Dormiu apenas dez minutos, até que o despertador soou. Dirigiu-se com seus amigos, ao Salão Principal, com bastante sono. Teve que reprimir um sorriso ao ver uma cabeça loira na mesa sonserina.

O dia transcorreu normal, sem incidente. Entregaram o famoso Trabalho de Poções. Snape olhou-no com sua típica cara de ódio, certamente surpreso e decepcionado por não poder baixar-lhe a nota, já que havia apresentado tudo corretamente. Aquela noite dormiu em seu quarto e não viu Draco, além de eventualmente pelos corredores.

Nos dias seguintes nada mudou. Ainda estava reunindo coragem para contar a Rony. Tinha que encontrar um momento adequado. Somente via Draco de noite. O loiro cumpria sua promessa e já não implicava com eles, simplesmente os ignorava.

A relação entre Rony e Hermione também mudou ligeiramente. Harry não deixava de insistir com Rony para que ele lhe confessasse seus sentimentos, porque Hermione não estava disposta a dar o primeiro passo.

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Passaram-se duas semanas. E Harry havia dado um ultimato a Ron:" ou você pede já, ou eu peço por você". Foi assim que, naquela tarde, depois de comer, um Rony muito vermelho e um Harry sorridente dirigiram-se a Hermione:

- Hermione, Rony e eu vamos dar uma volta nas proximidades do lago. Vem conosco?

-Claro. Acabei ontem os deveres que tinha de fazer hoje.

Os três amigos saíram do castelo. Harry respirou profundamente o ar fresco. Tiveram uma semana bastante dura com exames e trabalhos, e era sempre um descanso sair para passear um pouco.

Caminharam lentamente, tagarelando e rindo sem preocupações sobre aulas, professores, quadribol ...

Ao chegar perto do lago, sentaram-se na grama, e ficaram em silêncio durante algum tempo. Rony estava muito nervoso. Hermione também estava inquieta, já que intuía aonde chegaria aquela conversa. Harry estava esforçando-se para pensar em uma desculpa para afastar-se ... até gostaria de ficar, mas seguramente Rony preferia estar a sós com Hermione.

- Agora vou embora - disse levantando-se. - Pretendo ir até o campo de quadribol dar uma olhada. Treinamos pouco ultimamente.

Depois disso deu um empurrãozinho em Rony com o pé, dando-lhe uma mirada de "já sabes o que deve fazer" e afastou-se caminhando, não muito rápido. Na realidade não tinha porque ir até o campo de quadribol.

Aproximou-se de uma árvore grossa que tinha um arbusto do lado, e quando teve certeza de que nenhum dos dois iam olhar enfiou-se atrás. Sorriu maldosamente enquanto observava a cena de longe...

Rony estava completamente vermelho; seu rosto confundia-se com seu cabelo. Hermione também estava ligeiramente corada,porém controlava melhor a situação.

- Err … Hermione … eu … tenho que te dizer .. uma coisa.

- Sim, Rony? O que é? - disse Hermione enquanto sorria. Rony ficou mais nervoso ao ver Hermione sorrir… pareceu-lhe que ela nunca havia estado tão bonita.

- Bem … eu me perguntava … se você queria ... sabe ... querserminhanamorada?

- O quê? Fale mais claro Rony - Hermione pediu com ar inocente ... ela havia entendido porque sabia que ele diria isso, mas queria ouvi-lo claramente.

- Quero saber se você quer... - Rony armou-se de coragem - sair comigo?

Hermione não respondeu enquanto olhava-o, muito séria. Rony sentiu a o coração caindo a seus pés.

- Sinto muito … parece que me enganei. - já se dispunha a levantar-se para ir embora, quando Hermione falou:

- Rony… Claro que sim, bobo! - disse antes de atirar-se em seus braços.

Rony sentiu-se feliz e correspondeu ao abraço de Hermione. A pegou pelo queixo e levantou sua cabeça. Olharam-se fixamente nos olhos. Com medo, esperando ser rejeitado, Rony aproximou-se pouco a pouco de Hermione... até que roçou seus lábios nos lábios de Hermione. Suavemente.

Logo voltou a olhá-la nos olhos. Hermione sorriu e beijou-lhe outra vez. Foi um beijo mais profundo, enquanto os dois saboreavam algo esperado há muito tempo.

Os dois permaneceram abraçados, olhando-se. Naquele momento ouviram passos atrás deles e viram Harry, que se aproximava sorrindo, fazendo barulho de propósito para que o ouvissem chegar.

- Viu, Rony, eu disse que se sairia bem - disse o garoto sentando-se e dando uma cotovelada amistosa no ruivo.

- Sim… fico feliz em ter te escutado - afirmou Rony, ainda um pouco ruborizado mas feliz.

- E fico contente que finalmente se decidiu - disse Hermione - Já estava pensando que não ia me pedir nunca!

Os três amigos riram. Harry estava feliz pelo casal. E também por ele mesmo; seguramente agora seria mais fácil contar a Rony, já que Hermione o apoiaria e poderia falar seriamente com o ruivo se ele se zangasse ou algo assim.

Permaneceram ali um tempo. Rony rodeava com um braço os ombros de Hermione, e ela apoiava a cabeça no ombro do garoto. Harry, ao olha-los, não podia evitar de sentir um pouco de inveja. Não por Hermione, mas porque ele dificilmente poderia estar assim algum dia com Draco, na frente de todos ...

Repeliu esses pensamentos. Ele sabia o que o esperava quando tudo começou. Draco mesmo o havia advertido. E ele havia asegurado que não se importava, que só queria estar com ele, ainda que fosse às escondidas.

Tentou imaginar o que aconteceria se nao pudesse voltar a aproximar-se de Draco. Se não pudesse voltar a tocá-lo, a abraçá-lo, nem sequer conversar com ele amistosamente, sem fingir. Não queria nem pensar. Era estranho, mas só a proximidade de Draco o alegrava. Não queria separar-se dele nunca. Harry sorriu enquanto pensava nisso. Era tão ... estranho. Nunca antes havia sentido o mesmo por outra pessoa, e que fosse justamente alguém como Draco quem despertou-lhe esses sentimentos, era incrível.

Se para ele já era incomum, como Rony aceitaria? Ainda agora estranhava que Hermione houvesse aceitado e compreendido com tanta facilidade.

Decidiu deixar de sentimentalismos por hora e desfrutar a companhia de seus amigos. Depois de um tempo, voltaram ao salão comunal para pegar seus materiais e ir para a aula seguinte.

A tarde transcorreu lentamente. Harry tinha planejado outra visita a Draco naquela noite, já que fazia dois dias que não se viam. Assim usou a estratégia de sempre: esperou que todos dormissem e saiu com sua capa de invisibilidade. Draco lhe esperava na entrada, havia pessoas no salão comunal, vez que ainda não era muito tarde, motivo pelo qual foram para o quarto do sonserino.

Ali conversarm durante um tempo, os dois deitados na cama. Draco contou-lhe que Parkinson estava mais pegajosa que nunca, todo dia atrás dele. Os dois riram ao imaginar a cara que ela faria se soubesse que Harry havia ocupado seu lugar ...

- Sabe, Rony e Hermione também estão juntos - disse Hary, apoiando sua cabeça no peito de Draco.

- Que coisa ... Rony ainda não sabe nada, não é? - disse Draco, deitando-se de costas, enquanto rodeava com seus braços os ombros de Harry.

- Não, mas creio que não tardarei a contar. Hermione me ajudará a faze-lo entender. Por isso, não aproxime-se muito quando ele souber ... ao menos no começo. - pediu Harry - Não quero que ele te faça nada.

-Que seja - zombou Draco bagunçando-lhe o cabelo - O que Rony poderia fazer comigo? Sou sonserino, Harry ... garanto que sei o dobro de maldições que ele.

Bem, então para que você não faça nada a ele, senhor sonserino - replicou Harry, um pouco ofendido. Sabia que era besteria preocupar-se por Draco, mas não podia evita-lo.

- Fique tranquilo, deixarei o ruivo sobreviver, caso ele tente me matar. Ainda que só por você, de acordo?

Como resposta, Harry olhou-o nos olhos e beijou-o. Draco correspondeu ao beijo enquanto acariciava as costas de Harry.

- Verdade que não tens nada melhor para fazer essa noite do que ficar aquí? - sussurou-lhe Draco, entre o sensual e o sarcástico.

- Seria dificil encontrar algo melhor para fazer, Draco … seria muito - replicou Harry, roçando o pescoço do loiro com seu nariz.

Os dois garotos se entregaram ao prazer de sentir os beijos e as carícias do outro, esquecendo-se de onde estavam e perdendo a noção do tempo ...

Harry abriu os olhos, desorientado. Quando lembrou de onde estava, pôs-se de pé, sobressaltado. Comprovou, assustado, que não havia acordado a tempo e que tinha pouco tempo para voltar ao seu quarto.

- É muito tade! Draco. Draco! Acorde de uma vez!

- Ãh? O quê? - balbuciou Draco, sentando-se na cama ainda sonolento..

- Levante-se de uma vez! Você também tem que ir a aula, se não me engano.

- O que você esta fazendo aqui ainda, Harry ?

- É o que estou tentando dizer há cinco minutos. Que já é tarde. Estou indo. E não voltes a dormir, ande.

- Não, pai … digo Harry. Apresse-se!

- Até logo! - dito isso, Harry saiu pela porta correndo, com as vestes amarrotadas e mal postas debaixo da capa de invisibilidade.

Correu o mais depressa que pode até sua torre. Abriu a porta de seu quarto em silêncio e livrou-se da capa de invisibilidade e das vestes sem olhar ao redor. Enfiou-se na cama com um suspiro quando ...

- Harry … - o sangue gelou nas veias de Harry ao ver Rony olhando-o de sua cama, sentado de braços cruzados e as cortinas abertas.

- Rony! O quê … o quê fazes acordado tão cedo?

- Não venha com perguntas idiotas … Creio que é você quem tem que me contar uma série de coisas.

- Mas eu só … - Harry não sabia o que dizer.

- E não me digas outra vez que estava no salão comunal. Acordei meia-noite e tampouco estavas. Você deixou as cortinas abertas e certamente também não estava na cama. E a sala estava mais vazia que o cérebro de Crabble. Assim, acho que você me deve uma explicação.

Harry suspirou e se rendeu..

- Está bem, Rony. Mas onde está Hermione? Preciso da ajuda dela. Tenho que dizer-lhe uma coisa um pouco difícil.

Rony o olhou, estranhando o amigo, mas acabou por aceitar. Harry decidiu assegurar o terreno antes:

- Rony.

- O quê?

- Somos amigos desde o primeiro ano, desde o trem de Hogwarts. Sabe ... - Harry titubeou - não gostaria de perder sua amizade agora.

- Porque iria perdê-la? Queres deixar de ser meu amigo ou o quê?

- Não, eu não. E você? Vais continuar sendo meu amigo? - Harry pensou que aquilo era um pouco injusto; Rony não tinha nem idéia do que estava acontecendo. Mas seguiu adiante.

- Harry, eu sempre serei seu amigo. Já sabe que pode confiar em mim, cara. Para o que for. - Rony estava estranhando muito. Não sabia exatamente porque Harry lhe perguntava aquilo agora.

- Para qualquer coisa? - Harry insistiu.

- Sim, para tudo.

Naquele momento seus companheiros despertaram, e Harry e Rony se deram conta de que já era um pouco tarde. Assim vestiram-se com pressa e desceram para o café da manhã no Salão Principal, reunindo-se a Hermione no meio do caminho . Harry estava apressado e terminara o café da manhã antes de qualquer grifinório. Depois, foram para a aula de História da Magia, a primeira do dia.

Estavam sozinhos. O professor ainda não havia aparecido, e todos os alunos estavam tomando café. Era exatamente isso que Harry havia pretendido ao apressar-se.

- Bem, vai me dizer o que está acontecendo? - disse Rony, intrigado com tanto segredo.

- Sim. Eu lhe diria para sentar, mas não há nenhuma cadeira disponível. Na verdade, Hermione já sabe.

- Sim, já me disse isso antes. Ande, fale.

- Rony … - Harry estava bastante nervoso. Hermione colocou uma mão em seu ombro e apertou suavemente para lhe dar ânimo. Depois pegou a mão de Rony. - Você notou que Malfoy já não implica conosco? - prosseguiu Harry.

- Agora que disse, é verdade. Mas o que tem a ver Malfoy com tudo isso? - Rony estava desconcertado.

- Muito. Cale-se e escute. --- Harry estava decidido a dizer-lhe a verdade. - outro dia me perguntou se eu tinha uma aventura com uma garota, lembra?

- Sim. - Rony ia perguntar alguma coisa mais, mas Hermione apertou-lhe a mão e ele calou-se.

- Bem … queria dizer que sim, estou saindo com … uma pessoa.

- Sim? Quem? - o semblante de Rony iluminou-se, ainda que continuasse estranhando.- Isso é maravilhoso, Harry. Mas então ...?

- Deixe-me terminar. A coisa é … que não é uma garota.

Rony ficou um momento calado, processando a informação:

- Está me dizendo … que está saindo com um garoto? Está brincando comigo?

- Não Rony - interviu Hermione - É a verdade. Por isso ele demorou tanto para te contar.

- Mas, mas desde quando … você gosta de garotos? - balbuciou Rony.

Harry suspirou, um pouco ofendido. Parecia que não ia sair tão bem como pensava:

- Não sei, Rony. Não sei se gosto de garotos e de garotas, ou só de garotos, mas uma coisa está claro: nunca ... - disse, ficando vermelho - Nunca havia gostado tanto de alguém.

Rony também estava um pouco vermelho. Como Harry pensava, ele ia custar a aceitar a idéia.

- E … não vai … não vai me dizer quem é? É da nossa casa? - este último perguntou de repente, alarmado.

- Eeh … não. Não é grifinório. Por quê? - perguntou Harry curioso.

- Nada, por um momento pensei … Colin Creevey, sabe … - Rony parecia envergonhado, mas Harry riu.

- Não, não. É alguém bastante diferente.

- Se apresse, Harry - interrompeu Hermione - creio que os demais já estão chegando.

Como feito, pelo corredor aproximavam-se passos e vozes. Harry titubeou. Não queria arriscar-se a dizer agora. Confiava em Rony, mas ele era capaz de gritar ... afortunadamente, foi o mesmo Rony que salvou a situação.

- Não importa, depois temos um tempo livre. Procuramos um lugar tranqüilo, e você me diz. Assim tenho tempo de me acostumar com a idéia, de acordo? - Rony sorriu.

Harry sentiu-se bastante aliviado. Seu amigo parecia compreender-lhe ... no momento. Suspirou. Enfim, agora já não podia voltar atrás.

Naquele momento o professor chegou, seguido do restante da classe, que vinha arrastando os pés, como muito pouca vontade de assistir uma aborrecida aula de História da Magia no primeiro horário.

A aula transcorreu enfadonha, como sempre. Harry estava com sono, mas o nervosismo o mantinha alerta ... caso contrario teria sido capaz de dormir em cima da carteira. Rony estava distraído em seus pensamentos. Harry estava contente porque ele não o havia repelido imediatamente. Só queria ver sua reação quando soubesse quem era o garoto em questão ... Hermione, como sempre, era a única que anotava e assistia essa aula.

Ao acabar, todos sairam lentamente, bocejando. Harry e seus amigos saíram apressadamente, queriam ficar sozinhos para falar com tranqüilidade. Tinham quinze minutos.

Depois de pensar um momento, dirigiram-se as arquibancadas do campo de quadribol, vazio a essa hora. Rony e Hermione sentaram-se e Harry pôs-se a andar, nervosamente, diante deles. Por fim, parou enfrente seus amigos e tentou falar ... mas no saiu a voz. Limpou a garganta, enrubescendo.

- Vamos, Harry, nem que seja para nos dizer que você vai se casar ou algo assim ... - disse-lhe Rony gozador.

- Harry sorriu e tranquilizou-se.

- De acordo … veja Rony, só posso pedir que tente compreender …. ainda que seja muito difícil, certo? E que continues sendo meu amigo - Harry pensou que estava se excedendo, mas precisava "preparar" Rony para a notícia o melhor que pudesse.

- Harry você está me assustando. Ande, sabe que continuarei sendo seu amigo.

- Meu, hmm, namorado - Harry voltou a enrubrescer, não se acostumara a isso. Rony também estava um pouco incomodado - não é de nossa casa ... é um sonserino.

- Um sonserino? Ma … mas … - Rony estava boquiaberto.

- Eu te disse que era bastante incomum …

- Bem … posso aceitar isso. Mas estou suspeitando de algo que não é nada engraçado - Rony engoliu saliva.

- Isso … você não pode dizer a ninguém, porque o pai do garoto em questão ... digamos que não acharia muita graça em saber que seu filho sai com um cara, e menos ainda que é Harry Potter. Seria capaz de vir e matar-me primeiro e logo depois seu filho. - disse Harry, irônico, ainda que na realidade não caçoasse de todo.

- Oh, não. Oh, não, não. Diga-me que não é verdade - Rony tinha os olhos arregalado, ligeiramente pálido. - Esta saindo ... COM DRACO MALFOY? - Ele acertou, Rony disse a última frase em um tom tão alto que provavelmente meio colégio teria ouvido, se ele tivesse lhe contado antes.

- Eeh … sim? Parece tão ruim assim?

- Sim! - mas ao ver o olhar fulminante de Hermione, Rony se tranquilizou um pouco - Isso, não, mas ... é o Malfoy! O que houve com seus insultos? E suas grosserias?

- Tudo mudou Rony - interveio Hermione - Você mesmo reconheceu que ele já não implica conosco.

- Sim … desde que você me perguntou iso eu suspeitei … Mas me parecia impossivel! E continua me parecendo …

- Bem … agora já sabes onde eu estava a noite - disse Harry, com vergonha.

- Sim … mas prefiro não imaginar ... - gemeu Rony - Isso … sinto Harry, mas é que ...

- Não se preocupe, eu entendo. Ao menos vai continuar falando comigo, não?

- Claro … ainda não digo que aprovo tudo … continuo sem confiar nele. Continua sendo um Malfoy!

- Bem, isso eu já esperava. Alegra-me que você me compreenda, ainda que seja um pouco... bem..você sabe - concluiu Harry irônico, já que Rony tinha uma cara incrédula, tentando dissimular o asco que produzia Malfoy, debaixo de sua cara de compreensão.

- Eu … eu sinto muito , Harry, - repetiu Rony, envergonhado - é mais forte que eu.

- Você irá se acostumar, Rony - interveio Hermione - agora temos que ia para a aula ou chegaremos tarde.

Os dois garotos riram; os comensais poderiam atacar Hogwarts e Hermione seguiria chegando pontualmente a aula. Depois disso seguiram a garota e foram para a aula seguinte.


N/A: Bem! Creio que Esse capítulo é o mais longo que escrevi, e também o que mais me custou. Por fim, Rony e Hermione já sabem e além disso são um casal ... creio que o próximo será curto, ou talvez o melhor seja termina-lo aqui, não estou segura. Poderia fazer um lime de Rony e Hermione ou uma reunião dos casais (só para conhecer o "novo" Malfoy)

Enfim, obrigada pela reviews! Continuem deixando-as! U

Nota Do grupo:

Só mais um e a fic termina.

Nossos agradecimentos à: Polares, K-CHAN – Kaoru, Dark Wolf 03, Clara dos Anjos, Baby Potter, Jessia Lovegood Potter, Athena Sagara, Ivinne.

Não deixem de ler nossas outras fics slash: Luz Embaixo D'agua, Cânon In D, Poção Irresistível, Quem é o papai (confiram o novo capítulo postado), e também nossas fics não-slash Além da redenção (será atualizada hoje também), Relacionamentos pouco convencionais, Em profundo desespero, Um beijo e uma flor.

E para as pessoas que não sabem o que escrever na reviews a dica: ótima tradução, continuo a ler! XD!

Os Tradutores