Capítulo 2
Pansy e Aldebaran foram em silencio até o templo de touro, ele a convidou para entrar, ela olhou tudo com curiosidade, desde muito tempo tinha vontade de ver a casa dele, mas nunca teve coragem de pedir para entrar, e eles se limitavam a ficar pela Vila mesmo quando passeavam antigamente. A casa de touro tinha todo o tipo de coisas, sofás enormes, videogame com vários cartuchos ao lado da enorme televisão de plasma, um som que seria grande até para festa em clubes, e uma enorme bandeira do Brasil na parede, e fotos de todos os tipos de parentes em porta fotos na estante.
E então? O que quer comigo?
Estou com problemas.
Que tipos?
Do tipo bem grande, eu sei que não tenho direito de te pedir ajuda.
E?
Você é o único que pode me ajudar, por favor, eu faço qualquer coisa. – deixando algumas lágrimas caírem.
Conte tudo, vou ver o que posso fazer, e não chore, sabe que eu não suporto ver ninguém chorando. – falou ainda sério apontando para que ela se acomodasse no sofá, ela sentou e ele também, mas com uma distancia considerável um do outro.
Certo, bem... Como você sabe, eu sai da Vila do Santuário para ir morar junto com meu avô paterno e meus pais em outra Vila um pouco distante daqui, naquela época eu descobri que os meus pais tinham juntado uma pequena fortuna nessa Vila e foi por isso que eles insistiram tanto para eu ir morar lá com eles, eu e vovô vivemos com eles durante um tempo, mas ocorreu um incêndio nessa Vila, e os meus pais infelizmente pereceram nele. – ela estava com o olhar perdido em um canto da sala, como se estivesse relembrando cada momento. – Eles me deixaram com todo o dinheiro deles, pouco tempo depois um tio meu, o irmão da minha mãe chegou lá na Vila, soube de toda a história, incluindo que eu era a única beneficiada pelo testamento dos meus pais e que o único jeito dele também ter direito, era se ele viesse a se casar comigo, durante um longo tempo, ele tentou me conquistar, fazia de tudo para me galantear e todas essas coisas que você sabe que os homens fazem. – Aldebaran não se sentiu muito à vontade quando ela mencionou isso, mas se controlou. - as coisas ficaram piores depois quando ele percebeu que eu nunca me interessaria por ele, e que nem pensava em me casar com ninguém, então ele junto com vários homens a quem prometeu um bom dinheiro quando as coisas tivessem terminado seqüestraram o meu avô, ele disse que se eu não me casasse com ele em uma semana, iriam matar meu avô, e eu me casaria com ele e daria todo o dinheiro se soubesse que meu avô ficaria bem, mas meu tio é um homem muito ruim e violento, tenho certeza que depois de tudo estar concluído ele vai me matar e ao meu avô também. – ela agora chorava grossas lágrimas desesperadamente. – Eu não quero perder mais ninguém importante para mim, por favor, me ajude Aldebaran, por tudo de bom que nós passamos antes.
Calma, calma, eu irei ajudar Pansy, não precisa ficar desse jeito, você sabe que eu não agüento ficar parado quando vejo injustiça. Agora mesmo vou falar com Athena para me liberar durante uma semana, então eu vou para essa Vila e ajudo o seu avô, esta bem? – ele havia dito isso com uma doçura na voz que era conhecida antiga de Pansy.
Muito obrigado, eu juro que faço qualquer coisa para te agradecer. – se recompondo um pouco.
Sabe que não precisa fazer nada, e eu também gostava do seu avô, ele sempre foi um bom homem com todos.
É verdade, ele também gostava muito de você. – dando um pequeno risinho – Mas eu tenho que ir com você.
É melhor não, pode ser perigoso.
Mas você não acertará o caminho sozinho, são três dias daqui para lá e o meu prazo acaba daqui a quatro dias. E não vai ter perigo, não com você ao meu lado. – dando um doce sorriso, que pareceu hipnotizar Aldebaran por alguns segundos.
Tudo bem então, fique aqui, vou falar com Athena, pegar algumas coisas e nós vamos.
Certo.
