Os Kinomoto

CAPÍTULO 08

O nascimento de Marjarie

- O que disse, sogrinho? – Shiryu perguntou.

- SOGRINHO!

- De novo, não... – Patty falou com as mãos no rosto.

- Vá com calma colega! Ainda não engoli este casamento, ou melhor, este seqüestro da minha filhinha! – Touya falou em tom severo.

- Sogrinho... que tal a gente... – Shiryu ainda tentou apaziguar, mas definitivamente, Touya odiava ser chamado de sogrinho.

- Sogrinho o caramba!

Pronto, já estava Touya discutindo com os dois rapazes, Seiya havia entrado no meio novamente. Era incrível como o Pégaso adorava um bate boca com o Kinomoto.

Patty e Rô sentaram-se cada uma ao lado da mãe que acariciava a barriga de leve enquanto assistiam a discussão dos três. De repente Kath começou a sentir um incômodo. Fez uma cara feia que foi logo percebida por Rô.

- Está tudo bem, mamãe? – a filha mais velha perguntou.

- Acho que a Marjarie não está agüentando mais e resolveu sair de uma vez para dar um cascudo no seu pai. - Kath falou apertando a barriga.

- Como, mamãe? – Patty perguntou virando-se para a mãe.

- Pode ser alarme falso, mas acho que a irmãzinha de vocês quer nascer de uma vez... – Kath disse sorrindo.

Rô e Patty levantaram-se desesperadas gritando para o Pai que continuava a brigar com os dois "genros".

- PAPAI... – Rô gritou.

- Não adianta defender Rô. Este seu namorado não tem futuro...

- ... A Mamãe... – Patty completou, mas o pai não a deixou continuar.

- A sua mãe é uma mulher doce e vocês conseguem enrolá-la com este negócio de amor para l�, amor para c�, mas sou eu, o pai de vocês, que vejo as coisas de forma crua e dura e por isso sei que estes dois... - apontou para os dois cavaleiros. - ...não podem dar um futuro bom para as MINHAS princesinhas.

- Não é nada disso, papai. - Patty falou segurando o braço direito de Touya.

- Presta atenção... – Rô segurando o braço esquerdo do pai tentava ajudar a fazê-lo prestar atenção.

- Um dia, um dia minhas meninas, vocês darão valor as palavras de seu velho pai e... – Touya ia começar um de seus extensos sermões.

- Querido... hospital... já... – Kath resolveu interferir, parando a frente de Touya.

- Como? – ele perguntou espantado.

A mamãe vai ter o bebê! – Rô quase gritou.

ALGUM TEMPO DEPOIS...

Seiya e Shiryu estavam esperando na sala de visitas, as suas respectivas namorada e esposa, enquanto elas davam atenção à mãe e ao pai.

Rô estava ao lado da mãe na sala de parto, enquanto Patty tentava controlar o pai de ter um ataque nervoso e invadir a sala de cirurgia, ou era bem capaz da mãe não dar a luz e sim um soco no marido pelo escândalo que ele faria com certeza. Os minutos passaram depressa até que um grito eufórico foi ouvido.

- NASCEU! A minha pequenininha nasceu! - Touya começou a correr pelo corredor.

Os dois rapazes sorriram um para o outro satisfeitos, e também aliviados. Com certeza, pela alegria do homem, tudo tinha dado certo.

- Minha pequenininha nasceu! - Touya exclamou entrando na sala onde a dupla estava, por um segundo esquecido de quem eles eram.

- Meus parabéns, sogri... quer dizer Senhor Kinomoto. – Shiryu falou depois de ter sido empurrado por Seiya para frente.

- Ah que isso, Cabeludo! Me dá um abraço! – Touya falou sorrindo.

O rapaz ficou estático enquanto o homem o abraçava dando tapinhas nas costas. Seiya sentindo-se mais confiante aproximou-se dos dois.

- Parabéns aí, sogrinho. – falou animado.

- Hei! Você ainda não casou com a minha Rô! - Touya afastou-se de Shiryu e lançou um olhar em chamas para o rapaz.

É só uma questão de tempo... – Seiya falou sorrindo meio sem graça. - Sabe como é, a vida anda difícil, so... senhor Kinomoto.

Touya ficou em silêncio analisando os dois rapazes que não conseguiam esconder a apreensão.

- Bem hoje é dia de festa, então eu vou fingir que só hoje eu aceitei vocês. – decidiu enfim aliviar, tirou três charutos do bolso, dois deles enfiando um na boca de cada rapaz. - Vamos comemorar a chegada da minha pequena Marjarie. Fogo! Onde posso achar fogo?

Os dois cavaleiros observaram o homem saindo da sala procurando um isqueiro, tiraram os charutos da boca e os analisaram.

Será que é maconha? – Seiya olhou desconfiado para o charuto.

- O sogrinho não ia usar isso... – Shiryu falou também olhando para o charuto.

- E se ele foi chamar a polícia para nos encontrar com o bagulho nas mãos dentro de um hospital? É cana na certa. - Seiya disse olhando suspeito para os lados.

- Você está começando a ficar neurótico também... acho que isso pega... – Shiryu falou olhando para o amigo.

Vai que ele desconfiou do que eu e a Rô... hummm... você sabe...

Na verdade eu não sei. – Shiryu disse, enfim descobriria o que a esposa e cunhada tanto cochichavam.

Ele me matar seria pouco para o nível de insanidade dele. – Seiya falou parecendo não ter ouvido Shiryu. - Ele arquitetaria um plano terrível contra mim. – continuou enquanto cheirava o charuto. - Isso aqui cheira mal à beça. Deve ser uma droga mais forte...

- Ser�? – Shiryu ficou indeciso, ergueu uma sobrancelha em dúvida, analisando o seu charuto.

Nunca devemos confiar em um pai louco... – Seiya disse enfim.

Voltei! - Touya falou aparecendo de repente e dando um susto nos dois rapazes. - E trouxe o homem! - falou puxando Syaoran para dentro da sala.

- É tira! – Seiya mal conseguiu falar assustado.

Eu não fumo, não bebo, não cheiro, não faço nada. - Shiryu começou a recitar, contagiado pelo amigo, escondendo o charuto no bolso da calça.

Eu não fiz... - Seiya virou-se de costas. - puf... nada... – acabou comendo o charuto.

Quem são eles, Kinomoto? – Syaoran perguntou erguendo uma sobrancelha.

São cavaleiros de lata... quer dizer... prata... – Touya falou.

Bronze. – Shiryu corrigiu.

Ah é bronze... não está na hora de fazer um upgrade? Bem, deixa isso para outra hora. Queima um daqueles teu bagulho, moleque. – Touya falou virando-se para o cunhado.

Como é? – Seiya perguntou assustado, virando-se com a boca cheia e os olhos arregalados.

Sei que está feliz sogrinho, mas estamos num hospital, não é bom fumar isso aqui. - Shiryu estava tão assustado quanto o amigo.

É tradição de família. – Touya disse de cenho franzindo. - Vam bora, Li! Queima logo isso! – apressou.

Deus do fogo, vinde a mim. - Syaoran resmungou rodando os olhos.

Os dois rapazes olharam o talismã queimando.

Fiz pela Kath... Não sou isqueiro ambulante. – Syaoran falou um tanto quanto emburrado.

À minha princesinha. - Touya falou acendendo o charuto dele.

O homem olhou para os dois rapazes com desconfiança, porém seus olhos fixaram em Seiya que estava cuspindo o charuto num vaso de planta. Balançou a cabeça desolado.

Este pessoal não sabe viver sob pressão... – Touya falou desconsolado.

By Kath

Notas da Rosana:-

Oi pessoal... o Choco tá muito engraçado nessa parte...eheheheh..finalmente minha irmã nasceu..eba...

Ah pessoal, nem reparem, mas a Marjarie vai crescer bem rápido nuns capítulos aí p frente...eu já devo ter dito em notas passadas q a gente n tem idade...ehehehe...é tudo muito maluco isso...

Como faz tempo que não posto, dessa vez a coisa vai andar bastante rápido...

Beijos da Família...