Poemas

Capítulo 2 – Pensando em você

Pensando em você...

By: Artista Desconhecido

Eu aqui pensando em você e lá fora à chuva caindo...suave,

como a tua voz que ressoa em meus ouvidos .

À distância nos separa agora, nessa noite fria,

mas nossos corações estão aquecidos

pelos sentimentos que agora floresce a cada palavra,

a cada gesto de carinho.

Nossos olhares distantes se perdem em tantos sonhos...

Queria estar juntinho de você ouvindo o barulho da chuva ..

Estar junto de você e sentir o calor do seu corpo me aquecer,

sua mão sobre a minha para me sentir protegido...

Mas você está longe agora, não ouço mais sua voz...

e lentamente adormeço pensando em você.

OooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooO

O sol reinava essa manhã... Reinava... Em poucos segundos o tempo fechou-se... Os mesmos milésimos de segundos que demorou para meu coração apertar perante aquela estrondosa e estúpida despedida... As nuvens encobriram o céu ao nosso redor e o meu céu particular... Suspirei ainda estirado sobre a àrvore mais próxima da cabana da Kaede velhota. Que diferença faz ficar me molhando na chuva? Estou todo molhado por dentro mesmo... Meu interior sombrio e gelado é ainda mais nebuloso do que aqui fora. Que diferença faz? Se choro por dentro com ainda mais força do que os pingos que caem em minha face? Que diferença isso faz? Continuarei molhado do mesmo jeito!

Culpa daquela fedelha... Tinha que ir! Oh! Besta que carrega esse amor platônico no peito! Culpa tua este teu sofrimento! A garota não tem nada a ver! Ou digo... tudo a ver... A fedelha foi embora como você mandou, não? NÃO! Você a mandou ir para o lobo-fedido, lembra? E o que ela fez? Deixou uma lembrancinha pra você... Sim... aquela garota maluca te deixou a pesada mochila amarela... Mochila que todo dia sem que ninguém perceba você fuça tentando sentir o pouco perfume contagiante daquela menina... E ela foi-se embora...

Foi-se deixando a dor no peito... deixando a doida vontade de sair correndo feito um demente em busca dela... Em busca daquele corpo perfeito... Daquelas curvas atraentes, sedutoras... Atrás daqueles lábios carnudos e aconchegantes, que ferozmente procuram os meus... procuravam os meus... Éh... Inu-Yasha seu tolo... Não é por que o lobo-fedido a cortejou que ela saiu atrás dele... Maldito seja esse ciúme que nos afasta...

Maldito amor que me maltrata! Maldita dor que me despedaça! Maldita culpa que me encurrala! Maldito ódio que por ela senti em menos de um minuto, o que foi suficiente para nos afastar por meses! Quantos meses não sei ao certo... Mas eu odeio esse ódio... Irônico, não? Odiar o ódio... pode isso? Não sei... mas eu me mato a cada segundo... a cada instante que me distancio mais daquela menina de cabelos tão sedosos e olhos tão profundos...

Não importa se estou feliz com a Kikyou ou se ela está vindo me chamar nesse exato momento! Isso não me basta! Eu preciso de mais... muito mais do que alguém sem vida, sem calor... Mas é tão difícil dizer "Adeus"! Quero dizer... um "adeus" decente é muito mais complicado do que um desentendimento estúpido...

Ela chegou mais perto e nesse momento eu a odiei... Detestei vê-la, detestei sentir seu cheiro de barro úmido, detestei ouvir sua voz pedindo para que eu entrasse, detestei ver seus olhos pidões, detestei seu corpo esguio... Nesse momento eu a odiei... Não por interromper meu momento de silêncio nem nada disso... Foi simplesmente por... lembrar-me da fedelha...

Lembrar-me da maldita fedelha que me causa tanta dor! Causa-me tanto vazio! Tanto desespero! Fez-me lembrar da maldita fedelha que eu amo tanto quanto penso odiá-la... Fez-me lembrar do jeito como aqueles orbes luzidos tão cálidos me fitavam a todo instante... Fez-me lembrar do jeito que suas quentes e brandas mãos alisavam meu cabelo enquanto os lábios bailavam com os meus em uma dança calma e suave... Fez-me lembrar do modo esbelto como acarinhava minhas orelhas que disse serem tão fofas... Fez-me lembrar de como aqueles tão singelos sorrisos podiam fazer meu coração palpitar mais forte me deixando mais tranqüilo e relaxado... Fez-me lembrar de como sua suave e macia voz clamava por meu nome no momento em que a abracei com força... com possessão... com apego... com amor...

Desci da árvore... Não por Kikyou... Não por estar me molhando... Não por minhas costas doerem... Não, não... nada disso... Foi por você, minha amada fedelha... Foi por saber que me daria um sermão se descobrisse... Foi por não querer pensar em ouvir sua voz gritando meu nome em um tom de irritação profunda com leves pinceladas de preocupação... Foi por querer apagar aquela discussão idiota que só me trouxe desgraças... Foi por querer voltar no tempo e em vez de lhe dizer tais banais palavras, ter calado meus lábios nos teus, ter acariciado suas madeixas, ter ouvido sua voz murmurar que ficaria eternamente ao meu lado... Mas tempo é algo que não se volta... nem por um milésimo de segundo... Nem o tempo suficiente para que eu calasse minha maldita boca naquela hora...

Adentrei a cabana da velhota sentando-me perto da porta que tentei deixar aberta para poder fitar mais um pouco a chuva lá fora. Kikyou não deixou... e em seguida sentou ao meu lado enlaçando meu braço.

Nesse momento eu a odiei... Odiei sentir seu toque frio e sem vida lembrando-me das mãos quentes da fedelha... Odiei sentir que ela se escorava em mim lembrando-me do maldito modo que a fedelha também o fazia... Odiei ouvir sua voz sussurrar meu nome lembrando-me do tom enérgico que a fedelha tinha ao fazer isso... Nesse momento eu a odiei... Sentia vontade de empurra-la pra longe, de sair correndo, me esconder em um refúgio tão escuro quanto meu coração, tão sem cor quanto minha alma, tão infeliz quanto meus olhos.

A velhota me deu um sorriso desanimado... Maldita velhota... sempre se metendo no que não deve... sempre se metendo em minha vida! Maldita velhota! Fez-me lembrar que a culpa fora sua e só sua de Kagome e eu procurarmos os malditos fragmentos da Jóia... Maldita velhota que fez com que eu ficasse enlouquecido por aquela figura magra de corpo tão perfeito que agora longe de mim está... Que me faz padecer... que me faz morrer...

-Maldita velhota! A culpa é toda sua! – exclamei quase que sem perceber.

-Culpa de que Inu-Yasha? – ela indagou sem me olhar enquanto insistia em deixar a fogueira acesa para esquentar o local ao redor.

-Culpa de... tudo... Culpa sua... só sua! – exclamei outra vez sentindo Kikyou se distanciar de mim, o que me deu certo alívio.

-Ainda não respondeu culpa de que...

-Culpa de tudo o que está acontecendo comigo sua velhota maldita! Se ela tivesse partido antes talvez... talvez... – parei um instante... tentei não ser tão óbvio... Sabia que Kaede estava entendendo onde eu queria chegar, mas eu nunca falaria... Chega de briga com mulheres – Nada do que aconteceu teria acontecido...

-E o que aconteceu?

-Você sabe velhota! Não se faça de desentendida! – às vezes ela me dá nos nervos – Você sabe que tudo o que está acontecendo é culpa sua! Se não tivesse... se não tivesse...! MALDIÇÃO! – levantei antes que Kikyou pudesse reclamar, saindo da cabana e retornando para cima da maldita árvore. Agora não importa o que a fedelha diria, eu não vou suportar aquelas duas muito tempo!

-Ora vamos, Inu-Yasha! Desce aqui!

-... – continuei em silêncio... Eu não precisava responder, precisava? Não... certamente que eu não precisava... Não a ela...

-Ou! Senhor Cabeça-dura! Desça pra jantar conosco!

Desviei meu olhar do céu nublado e chuvoso para duas figuras que se aproximavam com um sorriso. Por um momento pensei em corresponder o sorriso, mas antes que o pudesse fazer lembrei-me que esses dois malditos estavam conosco na busca pelos fragmentos da Jóia. Senti vontade de descer lá e soca-los até a morte! Aqueles dois malditos lembraram-me da fedelha também... Do modo como ela me sorria e me abanava lá de baixo... Respirei fundo tentando me acalmar... Isso não pode acabar bem...

Desci... Novamente por culpa de Kagome... maldita fedelha! Faço tudo por ti! E tu não vês isso! Ah, se estivesses aqui... Respirei fundo como se assim pudesse sentir o cheiro da fedelha... Não foi possível... E nunca mais será... Amaldiçoei tudo e todos enquanto entrava naquela cabana. Até mesmo tu minha doce amada fedelha maldita...

Comemos... Nos alimentamos da sopa que era o prato favorito da velhota... Conversamos... Assuntos tão diversos quanto os modos que jurei te amar, fedelha... Casamento... isso que aqueles dois queriam ali... Iriam se casar... contavam com nossa presença... Concordei, seria daqui alguns meses...

Odeio a palavra "meses"... Sei que foi a vários malditos MESES que brigamos, fedelha... E nesses mesmos malditos MESES pensei em nós dois... Sonho toda noite, em que consigo dormir, contigo... com esses orbes cintilantes e corpo esbelto... com esses lábios sedutores e sedentos de amor... MESES nos separam... MESES todos juntos que formam anos... mas nunca deixam de ser MESES... Amaldiçoei também a palavra "MESES"...

Todos dormiam agora... Me desvencilhei dos braços de Kikyou indo até a janela. Sinto o toque do vento frio em minha face... o frio percorreu meu corpo por completo... Decidi: preciso de seu calor, fedelha... Senti algo quente escorrer bochecha abaixo... prendi a respiração tocando naquela água tão incolor quanto minha vida. Cheguei a pensar que era minha alma escorrendo por meus olhos, mas decidi deixar de pensar besteiras e chamar aquilo por seu nome verdadeiro: lágrima... Uma única e solitária, como eu... Uma única pérola cristalina rolou por minha bochecha se perdendo na escuridão de meu peito... Me decidi: eu a amo enlouquecidamente, fedelha...

Soltei um longo e demorado suspiro... Caminhei para o outro lado da cabana, me sentei... Pude ouvir a chuva aumentar a intensidade... Era como se eu sentisse cada um daqueles pingos na pele... Me decidi: estava enlouquecendo por tua causa, fedelha... Queria tê-la aqui ao meu lado... Queria te abraçar e te tornar minha, outra vez... Queria sentir teu cheiro misturado com o meu, outra vez... Queria sentir tua pele macia e cheirosa contra a minha, outra vez... Queria arrancar-lhe gemidos durante a noite, outra vez... Queria sentir teus lábios roçarem nos meus, outra vez... Mas eu não posso... lembra? MESES nos separam... uma distância de 500 longos e inacabáveis anos... Talvez mais de 6000 malditos MESES... E assim acabo por fechar meus olhos pesados e tristes... dormi... sonhei com você...

-Bom dia Inu-Yasha...

-'Dia... – murmurei bocejando.

-Tudo bem?

-Claro! Por que não estaria, monge sem vergonha?

-Por nada... – ele sorriu. Pude notar que estávamos sozinhos...

-E os outros?

-Saíram... A Kaede foi ajudar algumas mulheres e a Sango e a Kikyou saíram caminhar um pouco...

-Bah... não as deixe caminhando sozinhas... – falei... a voz rouca...

-Por que? Teme que algo possa acontecer a elas?

-Não... me lembra de coisas ruins...- comentei saindo da cabana e vendo as duas caminhando nessa direção.

-Coisas ruins?

-Éh... – comecei a andar na direção contrária da delas.

-Que tipos de coisas?

-Pare com tantas perguntas!

-É por causa da Kagome? É por que as duas juntas daquele jeito te lembra dos momentos em que...?

-Cale essa maldita boca monge Miroku, antes eu resolva arranca-la de você... – continuei avançando mesmo ele tendo parado – E faça um favor a todos... não me lembre daquela maldita fedelha... "que eu amo..." – completei a frase em pensamento.

Jurei tê-lo ouvido sussurrar um "Idiota"... pelo bem dele espero que tenha sido impressão... Soltei um suspiro continuando a caminhar... Os mesmos caminhos que tantas e tantas vezes havia cruzado... olhava para o lado e a via sorrindo, olhava para o outro e a via clamando por meu nome, mirava o céu e via sua silueta em uma nuvem... Abaixava a cabeça e quase podia sentir seus dedos elevarem minha face. Me decidi: Preciso vê-la de qualquer forma!

Desci até o rio que corria entre o vilarejo... Ela já havia se banhado ali... Isso me atormentava... Respirei fundo tirando a parte de cima de meu quimono vermelho e o estirando no chão, enquanto adentrava a beirada do rio tentando ver algum peixe. Era isso... eu precisava de uma distração... Pesquei alguns... a maioria passava por mim e eu apenas ignorava... Estava ocupado demais imaginando-me ali com Kagome... Eu e aquela fedelha brincando ali... exatamente ali na beirada... Onde podíamos ver os peixes nadando pra cima e pra baixo... pra cima e pra baixo... Tão incansáveis quanto aquele monge pervertido que pelo que ouvi, acabara de aprontar das suas... Saí do gelo daquelas águas carregando os peixes comigo... Peixe assado... uma delícia... E a fedelha adorava...

-Oba! Peixe! – Miroku exclamou... uma mancha vermelha ainda borrava sua face.

-Peixe assado... eu pesquei, eu decido como vamos come-lo.

-Inu-Yasha... peixe assado é um dos favori...!

-Sango... – encarei-a seriamente – EU quero peixe assado! Não por ser...! Você sabe! Eu já não sinto o gosto de peixe assado há meses!

-Tudo bem... – ela sorriu levemente – Vamos pegar mais lenha, Kikyou?

-Claro!

-Miroku! Eu não disse para impedi-las de agir assim?

-Assim como Inu-Yasha?

-Não se meta velhota! Estou falando com o pervertido!

-Minha irmã Kikyou te faz lembrar da...!

-CALEM A BOCA TODOS VOCÊS! – gritei saindo da cabana – CHEGA DE FALAR DESSA MALDITA PIRRALHA! – continuei avançando até chegar na àrvore onde me aconcheguei mais uma vez – Pois se falarem dela novamente acho que vou morrer... – concluí em um murmuro quase inaudível...

Você é malvada fedelha... sempre foi...

OooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooO

Oie! Voltei! Quase uma semana depois! O.o Não sei como agüentei tanto! o.O Mas a culpa é toda do meu irmão irritadinho... u.u Ele não me deu chance de postar antes! Até parece que ele tem TPM também! O.O uahuahauhauhauhuah!

R-chan: Que bom que gostou dessa fic também! Hihihihihihiihi! Essa daqui não vai ser muito grande, mas tudo bem... hehehehehe! O Inu e a K-chan são muuuuuuuiiiitttttooooo cabeças-duras nessa minha fic! E como vc pode ler ele já decidiu quem ele realmente ama, mas é um tapado e não consegue dar um "Adeus decente" pra ex-amada... U.U Tão bobinho ele... Mas o que não o deixa ir pra lá é medo mesmo... vc vai ver que ele mesmo diz isso daqui mais uns capítulos... . hihihihiih! Por enquanto vou deixa-los sofrer um pouquinho... hihihihihihi! Sou tão malvada! Uahuahuahuahuahu! U.U Fazer o que? Eles vão sofrer pra aprender como não são nada um sem o outro! Daí vamos ver no que vai dar néh? Hihihihihihihi! AH! A K-chan só aparece no próximo capítulo! E desculpe por ter demorado para postar esse capítulo! Bjuxxxx!

Uchiha Lara: Que bom que gostou da minha ficcc! Ihihihhihhihi! Inspirei essa K-chan sofredora em mim mesma! Uuahuhauauauh! U.U Não estou nos meus melhores momentos pro amor... u.u Fazer o q? É a vida! Uahuhauhauhauhauhu! Bigadinho pelo elogio! . hihihi! Respondendo as perguntinhas: 1 - Bom... se o Inu vai encontrar a K-chan eu não sei... Por enquanto não, quem sabe mais pra frente... ihihihihihihi! 2 - Como vc viu e outras pessoas tbm, cada capítulo é a vez de um contar o que está sentindo no momento... mas a parte da K-chan é beeeeeeeeeeeemmmmm mais sofrida que a do Inu... uahuahuhuahah! Tadinha... T.T 3 – Final feliz? Provavelmente... mas não tenho certeza... Isso vai depender muito de meus sentimentos no momento em que escrever os últimos capítulos. Hihihihihih! E desculpe por ter demorado para postar esse capítulo! Bjuxxxx!

Bom, é isso... hihihihihii! Bjuxxxx!