Poemas
Capítulo 3 – Instantes de Solidão
Instantes de Solidão
By: Thaiza Dias
Como posso estar assim?
O que estou fazendo comigo?
O que estou fazendo da minha vida?
Cadê aquela fortaleza que havia em mim?
Se desfez, quebrou, desmoronou rapidamente...
É sempre assim, quando menos espero isso vem de novo...
Essa onda acaricia meus pés e em seguida domina meu corpo
Me invade a alma
Envolve meu corpo
E me deixa completamente perdida
Sem saber para onde ir
Sem saber o que pensar
Sem saber com quem falar
Sem poder ao menos sonhar...
O amanhã é sempre uma surpresa
Eu preciso do tempo como necessito do meu espírito neste corpo
Mas até quando me vejo vagando por instantes?
Penso que tudo vai ficar bem...
Que tudo passa...
Que tenho que VIVER cada segundo como se fosse o último
Que tenho que aceitar essa situação
Que te ter por instantes satisfaz a enorme ausência de ti em mim...
Acalma ...
Relaxa...
Uma explosão de luz, felicidade e paz vem de repente, e se vai ao mesmo tempo
As vezes fica por um breve e precioso tempo
As vezes se instala de uma tal forma que dói
E fica horas, dias ou até meses, quem sabe?
O dia amanhece, e é mais uma surpresa que surge com ele
Não sei o que há de me concederem
Só sei que com vida, novamente sou presenteada
E vejo que o desafio continua
Tento desafiar meu próprio coração
Meu corpo também...
As vezes vejo que chego ao limite...
E que minha fraqueza domina
Sem forças não consigo me encontrar
E apenas deixo a vida me levar
A onda acariciar meu pés novamente
Olho para o infinito
E de repente tudo me acalma e tranqüiliza
Escuto o barulho do mar
E minhas mágoas, tristezas, e lamentações se vão de repente
Fico dominada pela vida
E nesse momento te queria ali, ao meu lado
Queria te falar da paz que me dominara naquele instante
Ou até mesmo coisas que o tempo me ensinou nesta tua ausência
Mas vejo que estou só
Que não há ninguém comigo, além de espíritos protetores
E assim continuo seguindo
Um dia após o outro
Um pôr-do-sol maravilhoso me acalenta novamente
Olho para o nada e vejo tudo
Consigo enxergar esse enorme vazio que há no meu ser
Até quando? Não sei!
OooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooO
Aqui estou eu novamente... Ao lado da janela apreciando a escuridão de minha alma morta... Apreciando a escuridão lá fora onde a lua ainda se esconde... Aqui estou eu definhando, chorando, gemendo e por pouco quase gritando... Pirando, enlouquecendo, morrendo... Me matando... te querendo...
Estou novamente pensando na razão do amor existir... discutindo comigo mesma se te amo, se te odeio, se te venero, se te mato... Não resisto a tentação de pensar ver seu cadáver aos meus pés, eu chorando, quase gritando, pegando uma adaga e a acertando em meu peito... Não resisto a tentação de me ver morta em seu colo, aninhada em seus braços gélidos e sem vida... Não resisto a tentação de querer me matar para que se um dia você vier pra cá, você sofra tanto quanto eu...
Mas eu te amo... Não resisto a tentação de te querer vivo, deitando em minha cama enquanto eu analiso sua expressão gentil, adormecida... Não resisto a tentação de me enxergar sentada no chão alisando suas madeixas prateadas, sorrindo para sua face tranqüila e despreocupada...
Estou morrendo... me enterrando em uma escuridão profunda... Velando minha alma... orando por sua felicidade... Maldito feiticeiro! Me domina cada vez mais... como se nossa distância aumentasse o amor que sinto... Maldito feiticeiro! Ainda morro em teus braços! Já sinto o gosto do sangue em minha boca...O gosto amargo, o gosto metálico... O gosto da minha vida se esvaindo... O gosto da morte...
Meus olhos pesam... mas eu não quero dormir... Não quero ter que sonhar pela vigésima vez seguida com você... Não quero encontrar seu olhar vívido em meus sonhos me passando uma falsa e mortal esperança de que um dia possamos estar juntos...
Estou enlouquecendo...
Estou te deixando...
Estou morrendo...
Estou vendo o sol nascer... Ainda não quero dormir... não quero sonhar... não quero viver aquele sonho outra vez... Não quero sentir teus braços... Não me deixe fazer isso, Feiticeiro! Me mate logo! Assim... não sonharei mais contigo... Não sentirei teus dedos alisarem minha face enquanto recita baixinho minha sentença de morte: Eu te amo...
A janela aberta fazendo o vento percorrer meu corpo, minha mente, minha alma... Congelando meu sangue, congelando minha vida... Deixando-me entregue para a solidão de meu quarto, para o frio de meu peito, para a escuridão me minha alma... Isso se eu ainda tiver uma alma...
Sinto frio... sinto medo... sinto saudade... sinto ódio... sinto ciúme... sinto tristeza... sinto a morte... sinto esperança... sinto amor... Meus olhos pesam e eu me sinto cair levemente sobre o chão de meu quarto... Sentia-me tremer... sentia-me suar... sentia-me quente... Sentia o fofo colchão da minha cama me acolher gentilmente... Eu podia até ouvi-lo sussurrar que acabaria tudo bem... Que o feiticeiro voltaria um dia! Que ele estaria diferente e numa vez de me matar me daria uma nova vida!
Doce ilusão...
Eu tremia... sabia que a morte estava ao meu lado... podia senti-la alisar meus cabelos enquanto cantava uma canção de ninar... Pobre de mim... outro devaneio... Abro os olhos e me encontro na cama de um hospital...
Sinto-me fraca... sinto-me desprotegida... mas estou viva... Eu já não queria viver... eu queria só terminar de escutar a doce canção que a morte me sibilava... queria sentir minha alma sair completamente de meu corpo... queria acabar com esse sofrimento monótono que corrói minha alma aos poucos...
-Que bom que acordou querida! Te deixaram flores!
-Mmm... – murmurei virando a face e encarando o sorriso de minha mãe – Quem? – indaguei com a voz fraca.
-Alguém que você gosta muito!
-Quem? – insisti sentindo uma pontada no peito.
-Aquele seu amigo! O Houjo!
-Ah... sim... – murmurei desviando o olhar para a janela por onde os raios do sol entravam.
-Foi muita gentileza, não querida?
-Foi sim... – sussurrei... a voz mais fraca ainda... Quem disse que eu quero saber de flores? Tão vivas e despreocupadas! Quero vê-las mortas! Quero vê-las murchas! Quero rosas vermelhas em meu cadáver!
-Está com fome querida?
-Não... – murmurei soltando um suspiro – Estou num hospício?
-Não querida... Em um hospital... Você está um pouquinho doente...
-Um pouquinho... – soltei um riso sarcástico – Pouquinho são aquelas doenças que o vovô inventava... Isso é muito mais que um pouquinho... – respirei fundo desviando o olhar para a face séria de minha mãe – Eu sonho com ela... ela me canta uma canção que eu ainda não sei o final... mas que eu quero ouvir inteira...
-Quem canta pra você querida?
-A morte... – murmurei soltando um sorriso... A face da mamãe tomou um ar aterrorizado... Eu podia ver as lágrimas em seus olhos, gritando para escorrer – Não se preocupe mamãe... Vai ficar tudo bem... Não chore... – sorri outra vez enquanto acariciava sua mão – Não me mande para um hospício, mamãe... ainda não tentei me matar... Eu quero ficar junto com vocês...
-Tudo bem querida... – pude ver uma lágrima solitária escorrer por sua face enquanto ela abria um leve sorriso.
-Sorria pra mim todas as manhãs, mamãe... Eu adoro seu sorriso...
-Tudo bem querida...
-Eu quero rosas vermelhas, mamãe... sem os espinhos... quero as rosas...
-Comprarei algumas pra você...
-Obrigada, mamãe... – sorri fechando os olhos – Agora eu quero dormir um pouco... Estou cansada...
-Descanse minha querida...
-Até logo, mamãe...
-Até logo, meu anjinho...
Senti-me pesada... cansada demais pra continuar... Eu quero as rosas para o meu enterro... Quero ouvir a morte cantar em meus ouvidos enquanto suas mãos sem vida me acariciam a face... Não sonho mais com ela... isso deve ter alguns dias... Mas eu quero tanto ouvir a balada final! Quero acabar de vez com esse sofrimento! Quero que me traga rosas vermelhas, Feiticeiro...
Estou ficando obcecada por minha nova amiga... Aquela morte tão querida que me aninha em seus braços, mas nunca consegue terminar a música que há muito começou... Quero caminhar com ela pelos campos destruídos... quero ver as rosas vermelhas murchas no cemitério... quero acompanha-la entre os túmulos! Quero eternamente ouvir aquela canção que um dia ela terá que terminar...
Ela se foi... precisou partir... minha amiga... Ah... sentirei saudades... Mas sei que nos veremos outra vez! No dia em que a vida deixar-me o corpo e a música se completar... Nos veremos... Sim! Nos veremos!
Agora tenho forças outra vez... já posso caminhar um pouco, mas ainda estou sobre cuidados médicos... Posso ouvir os gemidos do quarto ao lado... posso ouvir o desespero quando a minha amiga morte passa pela redondeza... Posso ouvir choros, gritos de crianças... Isso é um inferno! Um inferno ao qual eu tenho que deixar!
Pude ouvir sussurrarem meu nome... Era você outra vez, amiga morte... Você me cantou a canção outra vez incompleta... Você sorriu e acariciou minha face... Disse que partiria por muito tempo... Disse para que eu vivesse mais um pouco... Disse que eu precisava esperar o retorno do meu feiticeiro... Eu lhe disse que o odiava... Ela sibilou que eu o amava... Eu implorei para morrer... Ela sorriu e me disse "Adeus..."...
Pude vê-la se afastar... mas sua doce voz ecoava em minha mente... Pensei em suas palavras... Eu não queria viver! Queria seguir ao seu lado, morte! Cantando a canção! Mas você já estava longe e eu me sentia quente...
Lentamente abri meus olhos e pude ver mamãe sorrir... Ela estava ali... Sempre esteve... Ela me estendeu as rosas e eu sorri... Acariciei algumas pétalas colocando a flor sobre meu peito... Eu não mais a queria murcha... Eu a queria vermelha eternamente... Queria vê-la radiante! Viva! Eu...!
-Eu quero ir pra casa, mamãe...
-Você não pode sair ainda, querida! Os...!
-Eu disse que ficaria tudo bem... – sorri retirando o soro e me levantando lentamente – A morte teve que ir... ela quer que eu viva mais um pouco... – sorri abraçando minha mãe... Ah... como era bom sentir o calor dos braços dela! – Eu... tive medo... – murmurei apertando-me mais contra o corpo quentinho de minha mãe – Tive medo de te deixar, mamãe... Eu estava muito assustada...
-Não se preocupe querida... estou aqui com você...
-E o Souta e o vovô?
-Estão em casa... Ficaram fazendo a janta...
-Quero só ver o que vais sair! – ri baixinho.
-Vamos pra casa?
-É tudo o que eu quero...
Nos afastamos e eu pude vê-la sorrir enquanto algumas lágrimas escorriam. Sorri tirando aquela roupa e colocando uma das que a mamãe trazia consigo. Os médicos tentaram evitar nossa partida, mas depois de algumas discussões saímos daquele lugar eternamente morto...
Senti-me feliz por chegar em casa e ver meu irmão e meu avô tentando fazer algo para comer. Sorri logo sentindo meu irmão caçula correr até mim e me abraçar forte. Retribuí-lhe o sorriso e o abraço... Logo em seguida vovô fez o mesmo... Não pensei que fosse sentir tanta falta deles... Ao chegar em meu quarto descobri que já havia se passado um mês e meio que eu não entrava ali... Um mês e meio que eu não chorava... um mês e meio entre a vida e a morte...
Fui até a janela aberta e escorei-me nela... sorri para a àrvore a minha frente... Sorri para a lua, minha amiga... ela sorriu pra mim... Aumentei o sorriso ao sentir a brisa quente brincar com meus cabelos... Deixei a janela de lado para fitar a fotografia sobre a escrivaninha... sorri para o rosto masculino que sorria... Sorri para meu feiticeiro...
-Querida, o jantar está pronto!
-Já vou! – exclamei tocando o porta-retrato... Sim... a morte tinha razão... eu o amava... e era isso que me fazia odiá-lo... meu amor...
Desci para junto de minha família... Saciei e fome ao lado deles... Conversamos por horas! Havia tantas coisas pra se falar!Ou melhor... eles haviam muitas coisas pra me falar... Eu... só sei falar da morte, do sofrimento... do intenso e mortífero amor que eu sinto... Subi para meu quarto sorrindo...
Deitei-me na cama e fechei os olhos... Silêncio...
O relógio marcava três horas da manhã e eu estava novamente a fitar a lua... A melancolia entrou em minha vida novamente... Meu peito estava vazio... minha alma em plena escuridão... Meus olhos tornaram a chorar e eu sorri...
O sofrimento fazia parte de mim agora... É como as estrelas que fazem parte do céu... Um sempre junto do outro... O coração batendo sem vida... o sangue correndo sem esperança... A vida é algo passageiro... mais passageira ainda pra mim... O fim do corpo está longe, mas a alma está completamente destruída... corrompida pela escuridão... Por esse escuro que me envolve e me leva para águas profundas, para caminhos que eu nunca cruzei antes... Eu estou perdida dentro de mim...
Sinto os raios solares adentrarem pela janela e eu solto um sorriso... Vou até a cama e me deito... Finjo ter dormido a noite inteira... Abro os olhos de repente e elevo-me da cama... Mamãe estava acordada e o relógio marcava nove horas... Sorri e desejei-lhe um "Bom dia!"...
Pesadelos já não me atordoavam mais...
Eu já não os tinha...
Não sonhava com você...
Nem com seu sorriso...
Não sonhava com nada...
Tudo em branco...
Uma página vazia em minha mente...
Sorri levemente olhando o céu lá fora... Azul claro, quase sem nuvens... O sol brilhando intensamente encobrindo as trevas de minha alma... Sentia-me quente e acolhida... Mas continuo a sofrer em meu canto, mas não na frente de todos... Sofro sozinha... Tudo por sua culpa... Feiticeiro...
OooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooO
Konnichi wa minna-san! Auhauhauauhauh! Volteiiiiiiiii outra vezzzzzzz! Uhuuuuuuuu! Nada a declarar... u.u
VAMOS AS REVIEWS!
Uchiha Lara: Oie! É verdade... ao menos nas minhas fics ele é decidido! u.u uhuhuhshahha! E é claro que eu jamais escreveria que o Inu escolheu a Barro! Ia ser uma desonra! Uahuahuah! Bjuxxxx!
paty-love inuyasha 4ever: Oie! Que bom que gostou desse cap! Uaauhauhauhhau! Como todo mundo deve saber eu amo quando vc dizem q gostam! XD aiauahuahuaua! Menina! Seus pensamentos estão incontroláveis, é? o.O Caramba! Uahauhauhauhauauh! Bjuxxxx!
Reky Oie! Que bom q ta gostando da fic! Uaauauuaua! Me emocionei! T.T Eu sempre fico toda feliz depois de um review! XD auauahuaha! Bjuxxxx!
Bia Landgraf Oie! Não tenha tanta piedade deles... a briga foi mto estúpida e eles tem que sofrer um poko pra ver se param com essas brigas todas! Auhuahuahauh! Viu! Num chora! C num eu choro junto! T.T uahuahuahuha! Que bom que vc ta gostando da fic! XD aauhauhauhh! Bjuxxxx!
Neiva: Oie! Que bom que eu consegui passar os sentimentos para os personagens! É muito bom ouvir isso! UFA! É um alívio saber que atingi meu primeiro objetivo com essa fic! Uaauauhauhu! Bjuxxxx!
Quero agradecer a todos que estão deixando reviews e aos que não deixaram tbm! Obrigada por lerem minhas fics estou muitíssimo grata! Sem falar que imensamente feliz!XD uahuahauauh! Bjuxxx!
OBS: Desculpe quem gosta da Kikyou, mas eu NÃO gosto... ù.ú Portanto não esperem muita coisa vindo dela...
