Poemas
Capítulo 5 – Devaneios
Devaneios
By: Jorleide Arruda
Vi você chegando num rastro de luz,
Sua sombra refletindo nas paredes do meu quarto em penumbra,
Se esgueirando pela janela entreaberta!
Vi a luz sumindo e se decompondo,
Ficando somente o seu perfil, sua compostura passiva.
Vi você penetrar na intimidade do meu silêncio,
Chegando perto do meu leito, estudando meus traços!
Vi você afagar os meus cabelos, pegar na minha mão
E me roubar um beijo!
Vi seus olhos penetrando nos meus a me queimar a alma,
Senti seu coração gritando por mim num lânguido desejo!
Vi você recuar, com medo de me tocar,
De trair minha inocência...
De me acordar!
Vi você se levantar devagar,
Se transformar novamente num rastro de luz,
E sumir pela escuridão da noite como se nunca tivesse existido.
Abra os olhos... acordo!
Devaneios apenas!
OooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooO
Levantei- me da mesa sorrindo para mamãe que pega a louça de minhas mãos para lavar. "Deixe que eu lavo, mamãe..." pedi soltando um sorriso (falso) ainda maior. Ela me agradeceu secando as mãos e seguindo para a sala. Olhei para a janela a minha frente... o sol brilhando lá fora, os pássaros rodeando a casa, o vento quente aquecendo meu corpo e brincando com meus cabelos... Chegara a primavera...
Mal podia esperar para sair correndo e sorrindo em busca de flores para enfeitar meu quarto... Flores belas que causem uma falsa impressão de felicidade... Flores vivas que afastem a morte perante a visão dos outros... Flores cheirosas, delicadas... felizes, harmônicas... Flores contrárias a minha decadente alma...
Terminei o pequeno serviço de minha mãe rumando para a sala. Sentei-me no sofá respirando fundo e ligando a televisão... Passa canal, passa outro, outro e mais outro... Nada... nada de interessante... Nada que prenda minha atenção desviando-a de você, meu amado feiticeiro... O telefone toca... elevo-me atendendo-o em seguida.
-Alô?
-Oi Kagome! É a Yuka!
-Oi Yuka! Como está?
-To bem! E você? Está melhor?
-Estou sim!
-Eu e as meninas tínhamos ido te visitar agora e nos disseram que você já havia voltado pra casa!
-É sim... – sorri – Eu pedi pra mamãe me trazer... Eu já estava cansada de todo aquele branco! – nós duas rimos.
-E então... podemos te fazer uma visita?
-Claro! Seria ótimo!
-Que bom! Estamos indo! Tchau!
-Tchau! – sorri desligando o aparelho e colocando-o na base – Mamãe, as meninas vão vir aqui, posso convida-las pra almoçar? – pedi ao ver mamãe aparecer na sala.
-Claro que pode minha querida! Vai ser muito bom que conversem! Faz bastante tempo que vocês não se vêem!
-Obrigada mamãe... – sorri subindo para meu quarto encontrando Souta lá dentro - O você ta fazendo aqui moleque? – pedi vendo-o se levantar de minha cama.
-Eu sei que você não dormiu essa noite... Vai ser como antes de você ir pro hospital? Quer voltar pra lá, é?
-Calma Souta! – sorri indo até ele e o abraçando – Eu estava com saudade daqui... Queria fitar a lua da janela, sorrir para as estrelas, acariciar o porta-retratos, abraçar meu travesseiro... Foi só essa noite, prometo! – sorri afastando-me um pouco dele.
-Se você ficar acordada hoje eu juro que conto pra mamãe!
-Tudo bem, Souta... Não se preocupe com isso, ta?
-Ta... Mas eu avisei!
-Eu sei maninho... – sorri abraçando-lhe outra vez. Eu sentia saudades desse moleque... – Agora você desce lá na sala e espera minhas amigas, ta? Diz pra elas subirem?
-Ta... – ele sorriu se afastando de mim e indo para a porta.
-Diga pra mamãe que quero ir a floricultura hoje...
-Mais rosas?
-Não... – sorri vendo-o abrir a porta – Quero várias flores!
-Certo. – ele sorriu saindo do quarto e fechando a porta.
Respirei fundo atirando-me sobre a cama. Abracei meu travesseiro aspirando seu perfume... "Droga..." murmurei atirando o travesseiro no chão. Mamãe havia lavado a fronha... agora não havia nem sombra do seu encantador perfume, Inu-Yasha... Agora você me deixou completamente...
Senti meus olhos se encherem de água... Chorei... chorei alto... os soluços já começavam a me incomodar quando senti algo afundar minha cama poucos centímetros. Abri meus olhos vendo mamãe acariciar minha face com um sorriso no rosto. Tentei sorrir, mas não consegui... as lágrimas me venceram... Sentei na cama abraçando mamãe com força.
-Shhh... Fique calma querida... Estou aqui... – a senti afagar meus cabelos.
Ela não entendia... Eu não conseguia me acalmar! Eu não me conformava em perder aquele tão precioso cheiro também! Eu o queria de volta! Queria senti-lo outra vez! Eu precisava! Muito! Eu estava fora de controle!
-Querida, suas amigas estão chegando você não quer preocupa-las, quer?
-Não... – murmurei com a voz fraca.
-Então lave esse rostinho e desça pegar os chás, tudo bem?
-Aham... – murmurei sentindo-a me soltar e se levantar.
-Qualquer coisa que precisar me chame, tudo bem?
-Sim... – sorri levemente levantando-me da cama e a arrumando. Pus o travesseiro sobre a cama saindo do quarto e indo ao banheiro.
Desci as escadas seguindo à cozinha onde mamãe começava a se preparar para fazer o almoço. Sim... ela havia puxado seu enorme livro de receitas para decidir o que nos servir... Ela gasta mais de meia hora por manhã fazendo isso... "São tantas opções!" diz ela. "Ah, se fosse assim no amor também... Minha única opção é sofrer calada..." penso eu. Sorri pegando os chás para retornar para meu quarto. Ao colocar meus pés no corredor vi minhas amigas chegando.
-Olá meninas!
-Oi Kagome! – elas me cumprimentaram em um coro sorridente.
-Tudo bem com vocês?
-Claro! – as três riram.
-A Yuka nos contou que você já está melhor. – Eri sorriu levemente.
-Aham... – sorri começando a subir as escadas – Vamos lá pra cima?
-Claro! – responderam juntas outra vez.
Subimos para meu quarto onde passamos o resto da manhã conversando. Ríamos, brincávamos... eu podia parecer uma garota normal e sem problemas, mas... eu devo ter sido artista em outra encarnação... Eu nunca voltaria a ser aquela Kagome de antes... Nunca mais sorriria de verdade... nunca mais brincaria com o mesmo entusiasmo... Tudo por sua causa, Feiticeiro... Sua culpa de ter roubado meu coração e ter me deixado aqui sozinha... Culpa sua eu ser só metade... a minha outra metade você que deveria completar...
Logo depois do almoço nos dirigimos para a floricultura que eu tanto queria visitar... Comprei diversos tipos de flores de todas as cores... Queria ver meu quarto alegre para que eu consiga esconder o negro de minha alma por mais um tempo.
Aproveitamos e acabamos indo a algumas lojas e também ao supermercado. Apesar de carregadas de sacolas ainda paramos para tomar um sorvete na praça. Mais tarde pouco antes do sol se pôr nós chegamos em minha casa. Todas sorrindo, felizes... eu muito "feliz"...
-Venham aqui amanhã de novo! E convidem o Houjo.
-O Houjo? – Ayumi indagou pensativa.
-É... preciso agradecer as flores que ele me mandou quando eu estava no hospital.
-Ah... – Yuka sorriu – A gente convida ele sim!
-Bom... até logo Kagome! – Eri sorriu começando a descer as escadarias do templo.
-Tchau meninas...
-A gente se vê! – Ayumi sorriu seguindo junto com as outras duas.
Deixei um falso e desanimado sorriso brotar em meus lábios... Caminhei alguns passos até a Árvore Sagrada. Sorri para ela... ou ao menos tentei sorrir pra ela... Encostei minhas mãos em seu caule, sentindo-me mais calma... fechei meus olhos respirando fundo...
-Eu quero te ver... meu Inu-Yasha... – murmurei soltando um sorriso leve, como se aquela árvore pudesse guiar meu pedido a ele.
Afastei-me dela encaminhando-me para minha casa. Por alguns segundos pensei ter ouvido meu nome... tão baixinho que não passaria de um sussurro. Olhei em minha volta e não havia nada. Suspirei adentrando em casa e subindo em seguida para meu quarto.
Meu coração doía... eu não sei quanto tempo mais posso durar desse jeito. Não que eu queira me matar, mas... seria muito melhor do que viver com esse sofrimento, essa agonia... Eu não consigo me acostumar com tanta dor... Meu mundo está desmoronando pouco a pouco e a vida está se esvaindo... Em pouco tempo acho que estarei livre desse corpo. Não por minha culpa! E sim por sua... Feiticeiro...
Deitei-me na cama... Me sentia exausta depois daquele dia agitado ao lado de minhas amigas. Mas não o suficiente para querer dormir e tornar a sonhar com você... feiticeiro bobo... Apenas fechei meus olhos sentindo a brisa entrar pela janela e passear por meu quarto.
Ouvi barulhos estranhos... diferentes do que se escutaria normalmente. Abri levemente meus olhos podendo notar uma silueta humana "desenhada" na parede de meu quarto. Fiquei com medo... fechei meus olhos com força.
Pude ouvir sons de passos adentrando meu quarto lentamente. Meu coração disparou... Estava tudo quieto novamente a não ser por uma incômoda respiração agitada perto de mim. Meu medo aumentou. O que estava acontecendo?
Senti o colchão sobre cama afundar alguns centímetros e meu coração bateu mais forte. Não tive coragem suficiente para abrir os olhos, permanecia com eles cerrados. Algo quente e macio tocou minha face com doçura... um toque muito familiar que escorregou para meus cabelos acariciando-os levemente. Senti-me relaxar...
A caricia em meus cabelos continuava e eu sentia-me adormecer aos poucos... Senti minha mão ser envolvida e um leve beijo nela fora depositado. Meu coração disparou outra vez... Senti o toque retornar para minha face com leveza e carinho. Pensei em abrir meus olhos, mas desisti completamente ao sentir algo fixar-se contra meus lábios.
Alguém havia me beijado... um beijo suave, mas cálido... Respirei fundo sentindo o cheiro que eu mais adorava na face da Terra. Meus olhos se abriram rapidamente junto com o coração que tornava a disparar.
Não havia ninguém ali... Nem um rastro... Fora um sonho... Corrijo-me, foi um lindo sonho... Toquei meus lábios levemente com a ponta dos dedos. Mas se fora um sonho, por que meus lábios estavam levemente molhados?
OooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooO
Hello! Tudo blz? Desculpem-me pela demora, mas eu tive um pequeno (grande) problema com a net e com o monitor (podre) do pc do pai (q o idiota do meu irmão insiste em dizer q é dele... u.ú). Bom... agora estou de vorta! Uhuuuuuuuuuuuu! Uhaushiuahisuhuhaiushuahuih!
Reviews!
Obrigadinho pelas reviews a: Paulinha-chan (uahushauhsuhau! Não se preocupe! Ao menos por enquanto o Inu não vai se matar! Ahuhashauhsuha!), Bia Landgraf (uahsuhua! Q bom que gostou desse final de capítulo! Yahsuhauhsu! Q bom q não chorou menina! Iuaisuausiau!), Gheisinha Kinomoto ( uahsuhauhsua! Não se preocupe... provavelmente o Inu vá atrás dela! Mas isso é só no próximo capítulo! Auhsuhauhsuha!) , agomeinuy ( uahuahuauh! Eu tbm axo q tenha que ser final feliz, mas é q pode ser que tenha alguém que não, néh? Uahuahuau! Bigadu pela ajuda!), neiva ( hehheh! Tbm axo q eles merecem um final feliz depois de tanto sofrimento! Hehehehheueahuah! Bigadu pela ajuda!), Nicole Barros Casella (hehehhe! Que bom que está lendo a fic e q está opinando! Bigadu pela ajuda!).
Preciso da opinião de todos que estão curtindo essa fic... Como vocês preferem o final? "Viveram felizes para sempre..." ou "Morte dolorosa e cruel..." ? u.u Podem me ajudar? Quero ainda mais opiniões! . hehehe!
DESCULPEM PELA DEMORA PESSOAL! Bjuxxxx pra vocês e até o próximo capítulooooo!
