Desculpem a demora... mas aqui está mais um dos capítulos... começa a ação... e cenas calientes e engraçadas logo no início... mudei os títulos para ficar mais fácil, tinha gente que dizia que com as letras não conseguia achar as partes que mais gostava... então coloquei meio que "subtítulos" já que não são exatamente capítulos... a primeira parte ainda é longa gente! Deuses... me perdoem!
Ás vezes a noite caía e sem necessidades ambos ficavam na cama... apesar de tudo que falara... Draco não permitira a Harry o domínio sobre a cama... mas Harry não se importava... estava bom assim...
As mãos menores estavam agarradas ao colchão... e gemia...
-Adoro quando você fica assim.- Draco ronronou em seu ouvido com uma das mãos firmemente agarradas nos cabelos negros.
-Men... tir..rosoo.- gemeu.- Você prefer..re es...escândalo... eu.. sei...ahh.
-Hum... também... também...- Draco segurou com mais força a perna que mantinha afastada.- Você também... gosta... escandaloso.
-AAHH!- gemeu alto.
-Mais alto.- Draco disse sério.
-Não...
-Não seja teimoso!- Draco rosnou.
-Nãoo...
-Desgraçado teimoso.- Draco é que gemeu.
-Não...- gemeu contra o travesseiro.- Não... não... não...
-Inferno! Teimoso!- Draco o mordeu.
Harry riu... riu ao relaxar sobre a cama.
-Não se atreva a dizer...- Draco agarrou seu quadril.
-Dracoo...
-Hum!
-Foi bom pra você?- disse cinicamente.
-Maldito! Eu devia lhe dar uma surra!
-Sádico...
-Eu vejo chicotes e correntes em seu futuro.- Draco disse e soltou um longo ronco de prazer...- Hum... é uma boa idéia...
-Sádico.
-Você está repititivo hoje...- Draco disse lânguido deitado em cima de Harry.
-Estou... entediado.
-Então... vou providenciar aquelas correntes e aquele chicote.
-Uhu!- disse falsamente empolgado, rosto ainda metido no travesseiro.
-Você está definitivamente entediado...- Draco fungou saindo de cima de Harry e olhando o teto do quarto do rapaz...
E Harry suspirou e rolou para cima do outro que arqueou as sobrancelhas... Harry sorriu e enfiando os cotovelos no peito do outro disse segurando o próprio cabelo para que não caísse no rosto.
-Não que eu esteja entediado de você...- sorriu marotamente.- Mas... eu queria... sair e ver o mar.
-Não.- Draco disse maldosamente.
-Por favor.- fez bico.
-Ene a ô til. Não!- Draco disse e fechou os olhos.
-Por favor... por favor... ou saio sozinho.
-Não ouse... será que vou ter que começar do princípio? Você anda merecendo um Cruciatus...- Draco abriu apenas um dos olhos.-Ah merda... odeio quando você olha assim!
-Não...- disse rouco.- Você me ama quando olho assim... por isso vamos sair?
-Enfer...- suspirou Draco.- Não há nada hoje na praia... nem uma festa que eu saiba.
-Melhor...- disse saindo de cima do outro...- Praia quase deserta é sempre tentadora.
-Enfer...- Draco murmurou.- Ah! Vamos! Não suporto você assim! Eu devia ter arranjado um cachorro e não mordido você...-Disse observando Harry sair da cama.
-Você não ia gostar de dormir com um cachorro...- disse sério.- Tenho certeza que sou mais... gostoso que um cachorro.
-Eu posso transformar você em um cachorro... e experimentar...
-Aew... Draco...- disse encarando o outro.
-Você me deu a idéia...- Draco disse na porta do seu quarto.- Agora não reclame. Vem Harry, Harry... vem garoto!- Disse batendo a mão na coxa.
-As vezes você é odioso.- Disse entrando no banheiro.
Alissom olhou o outro rindo escandalosamente encolhido na cadeira... indeciso em estar... enojado ou excitado com aquelas confidências... Potter ainda ria...
-Eu tinha esquecido disso...- Harry riu mais.- Eu tinha esquecido disso.- murmurou.
-Vocês... hum... faziam esse tipo de coisa?
E recebeu um olhar tão hilário que acabou rindo também... só agora se percebendo bêbado.
A praia deserta, na verdade cheia de casais escondidos entre pedras e árvores era boa para andar... Draco evitava os longos momentos de meditação... Harry percebera... Draco preferia caçar... comer... trabalhar ou foder... em qualquer ordem que não deixasse tempo para pensar demais...
-Estamos fazendo exatamente o quê?- Draco murmurou esquadrinhando a areia com os frios olhos azuis.
-Andando... sabe? Pondo um pé na frente do outro.- disse apenas olhando o outro bufar.
-Eu posso saber que bem há nisso?
-Nenhum... achei que bem não era uma ambição sua...
-Você me irrita muitas vezes Harry Potter.
Harry sorriu.
-Isso é familiar... você me torra as paciências também.
Draco havia desviado os olhos... Harry seguiu o olhar para um grupo animado de jovens em torno de uma pequena fogueira. Sibilou irritadamente.
-Não viemos caçar...
-Humpf... seu maior defeito é não ter sangue nenhum de predador...- Draco farejou o ar com um leve sorriso.-São um grupo de certinhos... imagine o gosto.
-Estão fora do seu limite... olhe bem.
Draco olhou a paisagem, já haviam caminhado muito e ele olhou irritado para uma cabine de guarda-vidas agora vazia... suspirou e então sorriu maliciosamente.
-Achei que grifinórios fossem... corajosos.- e saiu andando.
Harry balançou a cabeça.
-E eu achei que sonserinos fossem espertos.
Draco se aproximou do grupo perguntando se alguém tinha um celular... e em seguida, com um pouco de charme, conseguiu ser convidado a se sentar... Harry havia sido convidado com o mesmo entusiasmo, principalmente quando se declararam ingleses, a maioria era de lá... alguns poucos eram franceses.
Draco concentrou-se em seduzir presas em potencial... duas inglesas... Harry apenas se mantera cordial... apesar de receber bastante atenção também. Sentia que Draco o avaliava.
Então sentiu a distância... sentiu-o se aproximar... Percebeu que Draco tencionou-se.
-Está na nossa hora.- disse se levantando.
-Sente-se.- Draco bufou.
Olhou-o srupreso. Não iam... agora tinha certeza que iam.
-Não é apropriado.- disse entre os dentes.
A pressão para que ficassem era grande... quando a moto roncou na areia, Draco não se moveu...
O pior, sabia que não deveria se mover... mas agora era Draco que se perturbava.
Embora não parecesse a primeira vista, mas o som da moto cada vez mais próximo o deixou inquieto...
Antonius era dono da praia e da danceteria; no bairro mais quente ele era dono de duas quadras, isso queria dizer que não se devia caçar lá sem autorização... Draco como era sozinho... e até então vinha tendo concessões de Antonius, não tinha receio em invadir o território.
Havia outros vampiros que também se arriscavam.
Vampiros que Harry não conhecia.
-Carniceiros... assim como bruxos renegados que usam todas as formas disponíveis para obter poder... os carniceiros também o fazem... entre seus atos estão massacres.
-Massacres?
-Sim... matança indiscriminada... e acima de tudo...
Alissom o encarou.
-A diablerie.
Alissom engoliu seco.
Draco havia se erguido e agarrado seu braço, murmurando furioso.
-Carniceiros... achei que fosse Antonius.
-Quê?
O primeiro tiro atingiu uma turista ao lado de Harry que gritou e caiu.
-Não pare!- rosnou Draco.- Se te pegam...
O segundo atravessou o osso, pulmão, e saiu transfixando a caixa torácica... Harry parou olhando o ferimento em Draco que tropeçou e se amparou nele.
-Merda...- ele murmurou.
Harry puxou-o para o chão.
-Draco... o que houve?
Afinal um tiro não deveria produzir muito estrago num vampiro mais forte como Draco.
-Algum veneno porcaria... isso arde!- gemeu o loiro fechando os olhos.
Algo havia passado zunindo por sua cabeça, sentiu nos cabelos.
-Temos que ir...- Draco rosnou.
-Não se mova...-Harry se ergueu.
-Não seja burro!-Draco agarrou sua perna.
Harry caiu de cara na areia, bufou para retirar o que lhe entrara na boca e abriu os olhos assustado quando o som da moto veio e rufou ao lado da sua cabeça. Apenas olhou os aros da roda ao seu lado e a bota que pousou na areia a sua frente.
Ergueu-se e encarou o homem, sentiu Draco tentar levantar-se agarrando em suas calças e costas.
Era praticamente inumano...
-Os carniceiros renegaram sua humanidade... acreditam que a humanidade é fraca, e se referem aos humanos como "gado", acham que os outros vampiros devem ser eliminados por apresentarem traços de sua humanidade, uma fraqueza inconcebível, e por isso se parecem muito com as coisas mais feias que se pode ver... não, não que sejam monstros... você poderia passar por eles na rua e não perceber... claro se não reparar nos olhos vermelho sangue e que todos os dentes deles são presas... mas a aura deles... o olhar fixo que têm... prefiro os dementadores... são mais simpáticos.
Alissom engoliu em seco só de pensar.
-Você tem vontade de gritar se eles expandem seu dom... o principal é a aura de pânico... achei que tinha levado um soco, minha pernas tremeram tanto que quase caí em cima de Draco... Fiquei com saudade do controle de Antonius.
Harry olhava atordoado para o homem alto com cabelos raspados no topo da cabeça e que ostentava tranças rastafari caindo pelos ombros (1)... seus olhos fixos totalmente vermelhos e seu sorriso maldoso de tubarão.
E que pareceu farejar... alargando mais o sorriso. A mão de Draco que se apoiava nele, agarrara tão forte na sua camiseta que a gola o sufocava.
-Não sinto cheiro de vida em vocês dois...- a voz parecia rouca como um aranhar de metal em vidro.-Sinto cheiro... de sangue.
Não pensou muito quando deu dois passos, ignorando o protesto e o peso de Draco, ignorando a óbvia força do outro.
A mão esquerda, com as leves garras claras como unha de gato já estendidas, entrou rápida no olho direito do homem, na mesma velocidade as garras da mão direita enfiaram-se na pele fina do pescoço, como uma patada de leão, cravaram e rasgaram a carne, fazendo o sangue grosso e morto escorrer nojentamente... a perna esquerda acertou o lado do corpo do outro com força...
O carniceiro estava caído encolhido no chão urrando como um animal, quando Harry instintivamente juntou a moto e olhou para trás.
Draco semi-curvado estava chutando o vampiro caído.
-Viado, anormal desgraçado filho de um trasgo bêbado!- chutou com todas as forças o topo raspado da cabeça, de um modo que Harry surpreendeu-se pela mesma não desprender-se do corpo e rolar...
-Draco vamos embora!- disse temeroso escutando o silêncio de motos paradas, e olhares vermelhos fixos nos dois.
Draco deu mais alguns chutes e abaixou-se levantando-se com um revólver na mão, provavelmente retirado do vampiro.
O tiro foi certeiro e Draco ergueu o rosto satisfeito e o olhou.
-Menos um.- disse apertando o ferimento aberto no peito.
-Vamos embora!- Harry berrou quando sentiu o tiro que lhe acertou de raspão na perna.
Draco pulou na garupa da moto.
-Merdaa!-Harry berrou acelerando, sentindo a arma pressionando seu peito.
Acelerou tudo que pôde e tentou não ficar preso na areia, conseguiu chegar até o ponto onde havia uma rampa para a rua.
Então Draco ergueu a arma e olhou-a, aproximou-a do rosto e cheirou.
-Filhos da Puta!- Draco berrou.- Estão usando balas feitas por caçadores!
-Quê!
-Balas abençoadas! Devem estar perdendo o efeito... por isso ardem tanto... que droga!- Draco encolheu-se pois um tiro passara perto.-Estão caçando vampiros...
-Usa essa bosta então!- Rosnou.
Alissom havia erguido a mão, olhos fixos nele, Harry não pode deixar de lembrar sobre suas antigas aulas com Umbridge.
-Quê?
-Balas abençoadas? Caçadores?
-Hum... vai dizer que nunca ouviu falar em caçadores de vampiros? No nobre esporte de caça que a gerações mantém alerta algumas famílias trouxas e bruxas? Balas abençoadas possuem diversas magias brancas ou poções no seu interior... vai por mim... isso dói... quando não é fatal.
-Achei que...
-Mitos? Não... eu disse que estacas de madeira, alho e luz do sol eram mitos, não disse que era impossível de se matar um vampiro. Ah... se fosse.
Alisson fez uma cara de confusão ao qual o outro não ligou.
Estava acelerando o máximo que podia... já haviam entrado fundo nos domínios de Antonius... antes viver o resto da eternidade na cama dele do que parar num círculo de bestas animalescas.
Antonius parecia uma pessoa tão bondosa e gentil agora...
"Porra onde aquele imbecil se meteu?"
-Você está indo na direção... vire!- Draco rosnou em sua orelha.
-Estamos perto...
-Não ouse entrar na rua de Antonius ou eu acerto uma bala em sua cabeça!- Draco rugiu.
-Pois atire!- disse indo reto.
-VIRE!- Draco gritou no seu ouvido.
E então ele agarrou o guidão da moto. A roda virou e travou, caindo de lado.
-Porque tem gente burra que se esquece que mesmo quando se é imortal, cair sem capacete... dói.
-Hum... isso foi burro.
-Com certeza... eu fui extremamente idiota.
-Como assim?- perguntou o rapaz.
-Alissom... se Antonius não havia aparecido ainda ... é por que ele não estava em casa.
-Oh...
-Pois é...- disse Harry acendendo outro cigarro e olhando sem graça para o cinzeiro cheio.-Evanesco.
Mas a culpa também era do Draco... porque ele não me contou dos boatos? Estávamos no meio de uma guerra... Eu odeio guerras.
(1) Eu não sei porquê, mas sempre que imagino esses caras, principalmente nesse trecho eu vejo o predador...
