Disclaimer 1: Os personagens que você reconhece não são meus. São da JKR. Os personagens que você não reconhece são da Star of the North.

Disclaimer 2: Nem a história é minha. É da Star of the North. Só estou traduzindo. Uma pessoa muito maravilhosa, que eu fiquei feliz de conhecer.

A.N.: Gente, peço milhões de desculpas pelos eventuais erros que poderão conter este capítulo. Não deu tempo de revisar...


Capítulo 4 – O Longo Inverno

"Muitas das proteções ao redor do Castelo de Hogwarts são creditadas à Rowena Ravenclaw. Uma de suas maiores contribuições, é o que vem a ser conhecido como o Campo de Anti-Aparatação ao redor do castelo.

"O que torna este Campo tão raro e único? Em primeiro lugar, é um dos Campos maiores e mais fortes já erigidos.

"Em segundo lugar, é o mais antigo Campo que já existiu no Mundo Mágico e está de pé por mais de mil anos.

"O Campo foi feito pela própria Rowena, embora ela fora auxiliada pelos outros três Fundadores. Ela era a única dentre os quatro que sabia exatamente como operar o Campo.

"Como Rowena descobriu a magia do Campo de Anti-Aparatação? A resposta está ainda mais no passado. A própria mãe de Rowena, Rosalind Ravenclaw, foi a primeira a dominar a arte da Aparatação e ensinou devidamente à sua filha. Naquela época, Aparatação era uma das magias de mais difícil realização e apenas poucas pessoas podiam fazer. Junto com Rowena, Rosalind desenvolveu um método mais simples de Aparatação, o qual é usado até hoje por muitas pessoas no Mundo Mágico.

"Armada com seu conhecimento em primeira mão sobre o processo de Aparatação, Rowena Ravenclaw estudou cada aspecto do processo e após um longo e tedioso tempo de pesquisa, ela conseguiu aperfeiçoar o feitiço para erigir um Campo permanente para impedir que as pessoas aparatem para dentro das bordas.

"Esta foi uma das primeiras conquistas que mostraram ao Conselho dos Feiticeiros exatamente quem eles estavam enfrentando..."

- Hogwarts, Uma História; Autor Desconhecido

Rosalind Ravenclaw acordou na manhã seguinte à chegada dos dois homens sentindo-se velha e amargurada.

Você mal chegou na metade se sua quinta década Ela repreendeu a si mesma, afastando os cobertores de si. Apenas pense no que Ryan diria se você lhe dissesse isto.

Isto a fez se sentir instantaneamente melhor. Ela nunca havia dito isto à Rowena, mas ela não mais se sentia vazia ao pensar em seu marido morto. Ela finalmente conseguiu encontrar calma no meio de sua dor.

Ela amou muito Ryan. Eles estiveram casados por dezenove anos e conheceram um ao outro muito mais tempo que isto antes de ele morrer, e sua morte despedaçou o mundo dela. Outra coisa que ela jamais iria contar à sua filha era o quanto ela a havia ajudado durante os primeiros meses após elas conseguirem resgatar os restos queimados e dar a ele um enterro apropriado.

Ela ainda se lembrava de seu rosto claramente. Como ela havia dito para Godric e Salazar na noite anterior, ele era alto e magro, e quando usava vestuários elegantes parecia tão desajeitado. Seus longos cabelos eram de cor acaju – assim como os de Rowena – mas o recente stress dos últimos anos de seu menos que auto-imposto exílio começou a se mostras e haviam linhas prateadas nele.

Ah, como ela amava passar as mãos naquelas mechas!

E seus olhos... aqueles encantadores olhos azul-claros, que mostravam o que ele sentia imediatamente. Ele podia sempre controlar seu rosto – mas seus olhos o traíam todas as vezes.

Ela enxugou uma lágrima do canto do olho. Ela desejou ter trazido o retrato que ficava na parede do quarto quando eles fugiram da ira do Conselho. O retrato que o artista havia desenhado Ryan em seus trajes de batalha. Apenas quando estava em sua armadura e segurando suas armas, Ryan parecia à vontade.

Mas ele disse que o retrato os iria atrasar – e de qualquer maneira, o que ela iria fazer com aquilo? Era apenas mais um retrato.

E agora, passados todos estes anos, ela se odiava por ter dado ouvidos a ele. Ela não tinha mais nada para se lembrar dele além da espada e do escudo. Ele escondeu a armadura em algum lugar, e se recusou a dizer a ela onde.

Ele queria esconder tudo isto de Rowena. Ele queria que ela crescesse feliz e ignorasse a vida passada dele.

Mas Ryan não podia impedir Rosalind de dizer para Rowena da vida passada dela. É verdade que ela amava Ryan, mas nem mesmo por amor ela desistiria de seu maior interesse na vida. Feitiços. Rosalind Ravenclaw era uma das melhores Feiticeiras vivas. Ela podia fazer praticamente tudo com uma varinha. Desde tricotar meias até cozinhar banquetes – não havia nada que ela não pudesse fazer.

Ela era uma bruxa muito poderosa, mas o Conselho dos Feiticeiros se recusou a reconhecer isto e ajudá-la em suas pesquisas. Era de conhecimento geral que bruxas não podiam ser mais poderosas que bruxos, no fim das contas.

Nada do que eles dissessem, entretanto, poderia contradizer o fato de que ela era uma das muito poucas pessoas que conseguiam se transportar de um lugar para outro em poucos segundos. Era um tipo de feitiço perigoso. Poderia dar errado de tantas maneiras.

Era a missão da vida de Rosalind tornar este método de viagem em alguma coisa mais – se não totalmente – possível para a comunidade mágica fazer. E isto estava provando ser mais difícil do que ela jamais imaginou.

Ela afetuosamente se lembrou de um dia, na época em que Rowena era pequena, quando Ryan estava no jardim, tentando convencer sua horta de que na verdade produzir vegetais é uma boa idéia, e Rowena estava sentada com um livro quase tão grande quanto ela recostada em um vaso, lendo, e ela decidiu que era hora de voltar ao trabalho. Ela sabia que antes de Rowena nasces ela estava muito próxima de desvendar o caminho, mas havia abandonado seus trabalhos para cuidar de sua filha.

Ela lutou com isto dia após dia. Ryan nunca soube nada disto, já que ele estava sempre fora, tentando tornar as vidas deles um pouco melhor, cultivando seu jardim, consertando a casa ou alimentando Roland, seu velho cavalo de guerra.

Após um ano de luta, ele estava a ponto de desistir, achando que havia perdido o jeito depois do longo período de inatividade.

Foi então que Rowena entrou na sala, olhou para os desenhos e perguntou "Mãe, será que não é possível que se você mudar a pronúncia desta palavra, a magia irá fluir melhor e haverá menos resistência da substância física?"

Rowena tinha sete anos naquela época. Naquele mesmo dia ela começou em sua educação mágica.

E então, pelos últimos treze anos, Rowena tem ajudado ela em sua pesquisa. Elas quase conseguiram. No ano anterior, elas haviam feito Helga viajar quase 250 metros com um piscar de olhos. Até então, Helga nunca tinha conseguido fazer o feitiço. Isto havia sido muito encorajador, mas ainda precisava ser aperfeiçoado.

Sacudindo as lembranças de si, Rosalind vestiu suas roupas. Estava muito frio. O inverno iria ser mais longo que o normal. Ela podia sentir em seus ossos. Tremendo, ela pegou sua capa de inverno e a colocou em volta de seu corpo esguio de uma maneira confortável. Ela prendeu seu cabelo em um coque apertado, cobriu-o com uma rede simples feita de cobre e ajeitou algumas mechas teimosas.

Sentindo-se como uma matrona digna que ela deveria ser, Rosalind Ravenclaw saiu de seu quarto e marchou propositadamente na sala principal da casa.

Ao entrar na sala, ele reparou em algumas coisas.

Alguém havia avivado o fogo, usando o suprimento limitado de madeira que elas mantinham dentro de casa (As garotas terão que juntar mais lenha quando acordarem ela pensou). O fogo estava crepitando alegremente na lareira, jogando de vez em quando uma faísca na já chamuscada e gasta tapeçaria da lareira.

As roupas dos estranhos estavam estendidas em duas cadeiras em frente ao fogo, secando. Ela evitava secar roupas através de magia sempre que podia – isto sempre as deixava duras e desagradáveis ao toque por um bom tempo.

Os homens já não estavam mais adormecidos. E falando nisto, apenas um deles podia ser visto. Salazar Slytherin estava sentado calmamente à mesa gasta e lendo um livro da pequena biblioteca de Rosalind. Ela havia adquirido muitos daqueles livros com um grande custo. Ela tinha até mesmo surrupiado alguns deles da biblioteca de seu próprio pai.

Salazar parecia não notar a presença dela. Ele estava concentrado em um livro grosso unido com veludo azul. Ela podia reconhecer aquele livro sem nem ao menos olhar o nome. O Legado da Fênix. Era um livro pelo qual muitos dariam o braço direito só para dar uma pequena olhada nele. Apenas três cópias haviam sido feitas – duas delas estavam na possessão de Rosalind – embora ela não soubesse onde uma delas estava.

Era um livro que contava a história da Ordem dos Cavaleiros da Fênix. Todos os quatrocentos e trinta e seis anos ela. Desde o dia em que Merlin iniciou o primeiro Cavaleiro antes de seu desaparecimento nas páginas da história e até o dia em que Ryan Lorde das Rapinas havia dispersado a Ordem.

Ele havia sido escrito pelo próprio Ryan, que meticulosamente havia feito mais duas cópias de seu livro após terminar de escrevê-lo no exílio. Uma cópia ele enviou para Lorde Ambrosius, que, pensando ter a única cópia, a escondeu e disse que qualquer um que tentasse lê-la seria sentenciado à morte.

A segunda cópia ele manteve na biblioteca – a que Salazar estava lendo – mas havia feito Rosalind enfeitiçá-lo, pois assim Rowena jamais poderia ler.

A ultima cópia, a original, ele escondeu junto com sua armadura, e Rosalind tinha o pressentimento de que ele tinha esperanças que um dia Rowena os encontraria e perceberia que tipo de homem seu pai realmente era.

Ela limpou a garganta, fazendo Salazar dar um pulo. Ela sorriu. "Desculpe por assustá-lo, meu senhor. Bom dia. Gostaria de um pouco de café da manhã?"

Ele assentiu, se levantando e devolvendo o livro para seu lugar.

"Frustra Rowena infinitamente o fato de ela não poder ler aquele livro." Ela respondeu sua questão ainda não feita, voltando-se para sua despensa e tirando vários itens que ela precisava para fazer café da manhã.

"Sim, eu estava pensando exatamente sobre isto." Ele disse "Vendo que você nos disse na noite passada que o Lorde das Rapinas não queria que ela soubesse."

"Eu enfeiticei o livro a pedido dele. Rowena – nem Helga – não podem ler este livro."

"Pensei que a única cópia existente estivesse nas garras de Ambrosius. Posso te ajudar com alguma coisa?"

Ela bufou enquanto misturava farinha, água e temperos em uma grande tigela de madeira. "Ryan tinha vários defeitos, mas estupidez não era um deles, Lorde Slytherin. Ele enviou o livro para Ambrosius do nosso exílio apenas para esfregar em seu nariz – assim ele iria saber que Ryan não estava completamente fora do jogo – tome, você pode cortar a carne. Faça fatias finas, senão Helga não comerá –" Ela entregou à ele um pedaço de carne salgada e uma faca afiada. "De qualquer forma, Ryan fez três cópias – eu não sei o que aconteceu com uma delas, mas tenho a posse desta. Você pode ler – mas se você se atrever a dizer qualquer coisa para a Rowena sobre isto – vou amaldiçoar suas orelhas até caírem."

Ela sabia que mesmo com o avental de cozinha e uma tigela de massa ela poderia parecer ameaçadora. Ela vinha aperfeiçoando aquilo há anos para impedir que Rowena roubasse biscoitos antes do jantar ser servido.

Salazar pareceu perceber isto também e não continuou mais aquele assunto, cortando a carne salgada nas fatias mais finas que pôde.

"Onde está seu amigo?" Ela perguntou repentinamente. "Eu não o vi quando cheguei aqui."

"Godric?" Ele disse "Ele geralmente gosta de levantar cedo e dar uma olhada em seu cavalo. Ele é muito ligado ao Griffith. Seu pai deu para ele aquele cavalo quando ele tinha cinco anos – um pouco antes de Gawain ser assassinado. Acho que aquele animal é mais que metade mágico – vivendo por tanto tempo e ainda parecendo tão jovem. Ele tem vinte anos!"

Rosalind sentiu uma onda de pena dentro dela. "Eu conhecia Gawain muito bem." Ela disse baixinho. "E seu pai também – embora que por diferentes razões.

"Gawain era o melhor amigo de Ryan – mesmo Gawain sendo sete anos mais velho que ele. Eles eram quase inseparáveis nos tempos em que Gawain era o Segundo-Em-Comando de Ryan. Ele costumava trazer Ceridwen e Godric para o jantar muitas vezes, quando não estavam em missões para a Ordem.

"E seus pais... eu conheci Searlas principalmente por causa de sua mãe, Seraphine e eu éramos muito amigas – ela sendo filha do Lorde Fenwick e eu sendo a única menina FitzPatrick – estávamos destinadas a nos tornar amigas. Quando ela morreu, entretanto, Searlas precisava de alguém para alegrá-lo, então algumas vezes ele vinha junto com Gawain e trazia você e Dahlia junto com ele – embora você fosse muito jovem para se lembrar. Ele parou de trazer vocês quando Ceridwen começou a ensinar magia para Godric, Dahlia e você." Ela suspirou. "Ryan havia formado uma grande amizade com aqueles dois. Eu achei que ele iria morrer também quando as notícias das mortes dos dois nos alcançaram."

No silêncio que pairou após ela falar, um som de passos apressados vindos do fundo da casa foi ouvido e uma Helga bem acordada entrou repentinamente na sala.

"Bom dia!" Ela disse, radiante, arrumando seu vestido meio aberto em uma posição mais respeitável com um pequeno rubor quando ela viu Salazar. Rosalind assumiu que sua protegida simplesmente havia esquecido que elas tinham convidados.

"Bom dia, Helga." Ela disse com um sorriso. "Rowena ainda não acordou?"

Helga franziu o cenho. "Pensei que ela já estivesse por aqui. Você não a mandou buscar lenha?"

Rosalind estava a ponto de dizer alguma coisa quando a porta se abriu com um estrondo e entrou, pisando duro, uma Rowena furiosa.

"Pelo amor de Merlin, garota!" Disse Rosalind, perplexa com os escassos trajes de sua filha. "Vista-se apropriadamente! Temos homens na casa!"

Rowena nem ao menos se dignou a dar a ela outro olhar antes de desaparecer em direção ao seu quarto.

"Sinto muito pelos modos de minha filha, Lorde Slytherin. Eu não posso imaginar o que deu nela!"

"Sinto que isto de certa maneira é minha culpa, Madame." Uma nova voz disse da porta.

Godric entrou com seus braços cheios de lenha. Ele colocou a carga não muito longe da lareira e voltou para fechar a porta.

Rosalind esperou por uma explicação, seu olhar congelante. Se ele fez alguma coisa com a minha Rowena...

Godric se sentou em uma cadeira próxima à mesa e disse "Eu a encontrei quando fui olhar meu cavalo – ela estava sentada em um monte de feno, rindo. Ela parecia tão engraçada que eu comecei a rir também. Acho que ela se ofendeu."

Rosalind soltou o ar que não havia percebido que estava segurando. E cá estava eu, esperando pelo pior Ela se repreendeu por pensar tão mal de seu convidado.

.:oOo.oOo:.

O café da manhã foi um evento bastante simples – uma bisnaga de pão fresco, carne salgada fatiada com molho de mostarda (O prato favorito de Helga. Ela podia comer isso manhã tarde e noite – contanto que a carne estivesse fatiada bem fina), geléia caseira de framboesa e alguns vegetais de inverno – miseravelmente pequenos, ms comestíveis.

Quando todos haviam acabado (Rosalind conseguiu fazer Rowena ser civil com Godric e vice-versa, simplesmente dizendo a eles que o primeiro que dissesse alguma coisa atravessada para o outro iria passar a noite no estábulo), Rosalind decidiu que era hora de dizer aos homens algo que eles não sabiam por não conhecerem o Glen.

"Vocês estão cientes do fato de que irão passar o inverno inteiro aqui?" Ela perguntou.

"O que?" Godric perguntou, surpreso.

"Você esteve lá fora, não?"

"Sim. É apenas neve – nós podemos –"

"Não." Ela o interrompeu. "Vocês não podem. A neve tem quase 3 metros de profundidade. A única razão pela qual a casa não está soterrada são as defesas mágicas que Rowena erigiu aqui há alguns anos atrás para substituir as velhas, que Ryan e eu colocamos. Todo o resto está coberto por metros de neve."

"Então não tem problema -"

"Você não me deixou terminar. Quanto mais vocês se aproximam da entrada do Glen, entretanto, a neve se torna traiçoeira e vocês provavelmente irão afundar dois metros e morrer. Mesmo magia não poderá ajudá-los se afundarem. Vocês estão presos aqui, quer vocês gostem ou não."

Salazar e Godric trocaram olhares preocupados. As mulheres estavam em silêncio e então um barulho sibilante repentinamente foi ouvido.

"O que foi isto!" Helga perguntou com medo.

"Você deve dizer a elas." Godric disse para Salazar.

"Mas-" Salazar protestou.

"Elas vão descobrir mais cedo ou mais tarde. Melhor elas saberem disso por você."

Salazar suspirou. Então, para a surpresa de Rosalind, ele sibilou alguma coisa na direção de seu punho. Quando ele acabou, uma pequena cabeça cheia de escamas apareceu timidamente de dentro da manga da túnica emprestada. Uma pequena língua bifurcada saiu de dentro da boca da criatura, experimentando o ar.

"Cobra!" Helga gritou.

"O nome dela é Moreen." Salazar disse em um tom de voz como se tivesse sido insultado.

"Você é um Parselmouth." Rowena disse gentilmente.

Ele assentiu com a cabeça em gratidão. "Moreen é minha amiga e companheira constante. Ela acabou de dizer que Madame Ravenclaw tem razão e que Godric e eu teremos que permanecer aqui até a neve derreter."

"Muito bem," Rosalind disse alegremente. "Então nós precisaremos redividir as tarefas da casa."

Ela sentiu vontade de sorrir, quando viu os olhares de pânico trocados pelos dois homens.

.:oOo.oOo:.

O inverno foi longo, do jeito que Rosalind esperava. Pareceu passar mais depressa porque todos eles tinham suas tarefas para fazer.

Eles começariam a parte da manhã com Rosalind fazendo o café da manhã. Ela geralmente acordava muito antes dos outros, e na hora que todos levavam para sair de suas camas (ou colchões improvisados no caso de Godric e Salazar) ela já havia posto comida na mesa.

Então Godric e Salazar eram expulsos de dentro da casa – um feito difícil de se conseguir, pois o tempo estava congelando do lado de fora e eles ficavam relutantes em deixar o interior quente da casa – e eram enviados para apanhar uma pilha nova de lenha para o dia. Rowena e Helga iriam para o estábulo. Helga para ordenhar a velha cabra (Salazar e Godric fizeram torceram o nariz na primeira vez que provaram o queijo de leite de cabra, mas se acostumaram após algumas semanas) que dividia o estábulo com os dois cavalos, Griffith e Cian, e Rowena para cuidar dos cavalos e reabastecê-los com comida.

Rosalind se perguntava onde sua filha conseguia a aveia e o feno, já que elas não guardavam muito – só o suficiente para a cabra. Ela suspeitava que Rowena viajava para Culhwch de vez em quando – como ela fazia isso, Rosalind não tinha idéia – e furtava comida suficiente para os cavalos e a cabra para uma semana.

Ela nunca perguntou, desde a vez em que Rowena lhe disse de maneira séria "Não me pergunte e não lhe direi mentiras."

Após todos terminarem as tarefas da manhã, Rosalind os acomodava para secar os pratos limpos e colocá-los no lugar. Era um evento raro quando Godric e Rowena não brigavam durante a meia hora que passavam na cozinha todos os dias.

Geralmente tudo começava por causa de Godric.

Por exemplo, teve uma vez quando ele derrubou uma fruteira de cristal de muito valor que Rosalind havia recebido de um de seus irmãos como presente de casamento. Rowena, que precisava apenas da desculpa mais banal para explodir, começou a repreendê-lo por ser um imbecil desastrado e destruir uma coisa tão importante de sua mãe e que isto estava tão impossível de consertar.

Rosalind apenas apontou a varinha para os para os pedaços de cristal e murmurou "Reparo!", colocando todos juntos novamente.

Teve também a vez quando e acidentalmente-de-propósito pisou no pé dela e machucou sua pele clara. Ela soltou tal grito, de coagular o sangue, que Rosalind tinha certeza que os Trouxas a dez milhas de distância podiam ouvi-la.

Godric ficou de mal-humor pela casa o resto do dia depois disto, exibindo um par de orelhas cabeludas.

Depois das tarefas da manhã, Godric ou Salazar pegariam O Legado da Fênix para ler, enquanto o outro praticava magia ou movimentos de espada no canto da sala principal. Quando Godric estava em posse do livro, Rowena mandaria olhares assassinos em sua direção e murmurava xingamentos. Ele pensava que sua mãe não podia ouvi-la, mas Rosalind já estava muito cansada de ameaçar lavar a boca da filha com sabão.

Enquanto os homens liam e praticavam, Rowena e Rosalind continuavam sua pesquisa de Viagem por Magia, pedindo o auxílio de Helga de vez em quando, quando queriam verificar se ela podia fazer um feitiço ou um gesto.

Helga estudava os livros de magia. Ele nunca disse para Rosalind exatamente o que ela estava fazendo, mas Rowena parecia saber, então estava bem o bastante para a mulher mais velha.

Eles faziam outra refeição ao meio-dia; após isto eles descansavam um pouco, liam ou jogavam xadrez. Os homens desapareciam de vez em quando para fazer o que quer que seja que faziam – ela nunca se incomodou em bisbilhotar.

Foi durante o início da noite que a pior das brigas de Godric versus Rowena aconteceu, quando eles realmente foram obrigados a passar um tempo perto do outro que não consistia em cada um fazer suas coisas individualmente.

"-Eu te juro, Gryffindor! Se você não parar – vou amaldiçoar sua cara daqui até Roma! Vou enrolar seus intestinos em uma estaca e deixar você vivo o máximo de tempo que eu conseguir!"

Esta era a última Ameaça de Rowena. Foi feita em retaliação a uma horrível brincadeira que Godric fez com ela. Ele transformou a Rainha dela em uma lesma, e quando ela tentou cutucá-la quando a peça de xadrez se recusou a se mover, a Rainha-lesma grudou na mão dela e não queria soltar.

"Isto foi só uma brincadeira inocente! Por que você leva as coisas tão a sério! Você é a pessoa mais melindrosa que eu já conheci!"

Ignorando a guerra de gritos o melhor que pôde, Salazar disse "Sem ofensa à sua hospitalidade, Madame Ravenclaw, mas espero que a neve derreta logo."

"Bastante compreensível, meu senhor. Mas você ficará feliz em saber que acho que lá pela próxima quinta-feira vocês poderão deixar o Glen."

Godric parou na metade de sua retaliação. "Finalmente! Mal posso esperar para sair das – das redondezas desta coisa!"

Salazar revirou os olhos, sabendo muito bem que esta declaração estava apenas pedindo uma resposta afiada de Rowena. Ele se apressou para interrompê-la. "Então é hora de discutirmos nossa missão novamente, Madame Ravenclaw."

"Missão?" Rosalind perguntou, sentindo alguma coisa pesar no fundo do estômago. Ela vinha evitando esta conversa nos últimos dois meses.

"Ainda precisamos levá-la perante Lorde Ambrosius e o Conselho."


A.N.:
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