Disclaimer 1: Os personagens não são meus. São da JKR.
Disclaimer 2: Nem a história é minha. É da FairlightMuse. Só estou traduzindo.
Todo Mundo Sabe
Por: FairlightMuse
Tradução: Angela Danton
Capítulo 10 – Snape Tenta – Parte 1
O professor Snape criou a mais absoluta e perfeita poção do amor. Perfeita para suas necessidades, pelo menos. Ela fazia que quem houvesse bebido não apenas se apaixonasse loucamente um pelo outro, mas graças a uma impregnação de Veritasserum... também fazia com que eles declarassem seu amor a todo volume, e freqüentemente para qualquer um e todo mundo. Com a aprovação de Dumbledore, Snape testou a nova poção em dois alunos do sexto ano, que agora andavam muito juntos...
Claro, ele não podia garantir a durabilidade do soro da verdade... ele poderia apenas desaparecer com o tempo. Assim acontecia com amor não cultivado, às vezes. Isto não importava para Snape; ele apenas precisava que isso durasse o tempo suficiente para ajudá-lo a ganhar o pote de ouro. Ele simplesmente tinha que vencer; fazia tanto tempo que ele não se juntava a nenhuma frivolidade, que isto parecia ser divertido demais.
Ele adorou principalmente o desafio dessa idéia toda. Nada de planos cupideiros triviais, isto era uma simples, exata poção. Perfeitamente medida para ambas as suas vítimas. Na realidade, ela foi especialmente formulada para funcionar apenas para as vítimas desejadas, o que foi difícil de realizar, mas pelo menos ele não precisava se preocupar com um deles se atraindo pelo parceiro errado. Arrepios. Não quando ele tinha que trabalhar tão próximo dos dois! E se alguém acidentalmente bebesse a poção? Eles provavelmente iriam aproveitar a vida alegremente como se tivessem acabado de beber dez rodadas de firewhiskey... e a ressaca seria muito pior.
Por causa disso, havia o pequeno inconveniente de como administrar a droga em suas vitimas exatas. Com Lupin, isso seria perfeitamente fácil... ele apenas tinha que disfarçá-la, combinando-a com a poção wolfsbane; certificando-se que ela não faria efeito imediato. Entretanto... a poção para a Srta. Granger seria mais difícil.
Com ela seria muito mais difícil... principalmente depois daquele horrível acidente com o Creme de Canário, ela tem sido muito cuidadosa com o que come e bebe. Ele levou quase uma semana para descobrir uma solução para seu dilema.
Em uma segunda-feira. Durante o almoço, e quando ele tinha certeza que a Srta. Granger estava no Ministério, Snape aparatou em seu apartamento, e com um sorriso sádico e astuto, injetou uma seringa cheia do filtro do amor diretamente em uma vasilha de creme que ele encontrou dentro da geladeira dela. Para se certificar que ela havia recebido o bastante, ele também colocou um pouco em todas as torneiras dela.
Satisfeito que a Srta. Granger iria com certeza, estar apaixonada e proclamando isto em três dias, ele retornou para Hogwarts, pegou o frasco da falsa 'poção wolfsbane' para Lupin e aparatou em Grimmauld Place. Ele escarneceu mentalmente pensando em como, depois do pequeno episódio mensal, Lupin estaria exausto... e por alguma 'razão misteriosa' repentinamente propenso a explosões poéticas de amor. Que doce, pensou Snape com um sorriso zombeteiro.
Que definitivamente, e inegavelmente... doce. Vingança sempre é.
Entretanto, ele encontrou a casa vazia, e depois de alguns momentos batendo o pé no chão, impaciente, ele perdeu as esperanças de ver Lupin em pessoa. Ele colocou o frasco na mesa da cozinha, com um bilhete especificando o que tinha dentro, em um tom acusatório, e rapidamente aparatou de volta às redondezas de Hogwarts, faltando poucos minutos para começar a lecionar.
A idéia de ganhar o ouro não era tão satisfatória comparada à idéia de humilhar não apenas seu velho inimigo de infância, mas também a Senhorita-Insuportável-Sabe-Tudo-Granger, o cérebro do trio de ouro de Harry Potter. O que possivelmente, neste mundo enorme, poderia ser mais divertido que isso?
"O que é isso?" Perguntou Fred, pegando o delicado frasco de vidro verde.
"Parece sinistro. Talvez alguém tenha sido considerado o suficiente para nos deixar um pouco de veneno?" George riu. "Espere, tem um bilhete aqui..."
"Oh... a Poção Wolfsbane de Snape... para Lupin."
"Falei que parecia sinistro..."
"Diga, George..."
"Sim, Fred?"
"Está acontecendo a coisa mais fantástica."
"O que seria Fred?"
"Uma idéia... uma pequena e nova semente... está germinando em minha mente."
"Parece poético, e intrigante. É alguma coisa que eu poderia gostar de saber, Fred?"
"Sim, George, acredito que sim. Veja bem, eu tenho aqui..."
"Em sua mão..."
"Um vidro de Poção Wolfsbane..."
"Para O Remus Lupin..."
"Que não pode se recusar a bebê-la..."
"Senão ele se transforma em um lobisomem..."
"Portanto... se nós fossemos, digamos... brincar com isto..."
"Só um pouquinho?"
"Oh, mas é claro..."
"Então podemos?"
"Uma grande possibilidade, com nossas duas mentes combinadas, criar uma potente..."
"E abridora de mentes..."
"POÇÃO DO AMOR" eles disseram simultaneamente.
"Ei George, não é que você é tão esperto quanto eu?"
"E você Fred, tão brilhante quanto eu..."
"Então isso significa,..."
"Que nós..."
"Nós somos invencíveis."
"Vamos levar isto lá para cima. Acredito que sei exatamente o que fazer."
"Vá na frente..."
"Oh, mamãe! Estou feliz que você tenha vindo..." disse Hermione, abrindo porta da frente para permitir que sua magra mãe entrasse em seu apartamento impecável. Ela atirou seus braços em volta da mulher mais velha, e a abraçou numa rara demonstração de afeição infantil.
"É para isso que servem as mães. E agora, qual é o problema?" A Sra. Granger parecia subitamente preocupada.
"Calma... mãe, não é nada tão urgente assim! Eu apenas... queria conversar com você. Se... você tiver tempo?"
"Todo o tempo do mundo, meu amor!"
"Ótimo... gostaria de um pouco de chá? Eu posso fazer um pouco... e eu tenho umas fatias de bolo..."
A Sra. Granger olhou para a filha com suspeita, mas silenciosamente aceitou a nova e estranha onda de hospitalidade doméstica que Hermione estava demonstrando. Ela se sentou, ouvindo Hermione tagarelar sobre seus amigos, e alguns poucos eventos que ela se sentia segura em compartilhar, sobre seu trabalho no Ministério. Mesmo com Hermione usando um tom de voz alegre, a Sra. Granger notou um nervosismo lá no fundo que não via em sua filha desde que ela era pequena.
Ela observou Hermione enchendo a chaleira com água... colocando-a no fogão um tanto desajeitada antes de voltar, colocando um prato com bolo pão-de-ló em cima da mesa. (Em sua preocupação mental, ela nem ao menos considerou a desaprovação de sua mãe por alimentos açucarados.)
"Foi você quem fez?"
"Sim... não tenho dormido bem ultimamente, então resolvi aprender a fazer bolo. Do zero, sem mágica!" Hermione sorriu como se isto fosse uma grande piada. Isto não enganou sua mãe.
"Por que não tem dormido?"
"Uma grande variedade de motivos para pôr a culpa, creio eu..." Hermione abriu a geladeira, e quando sua mãe não estava olhando, ele cheirou delicadamente o creme para ter certeza que ele não havia azedado. Ela podia estar aprendendo a fazer bolo, mas ela ainda detestava fazer compras... e algumas vezes a comida tinha a tendência a se voltar para o lado negro da força pela suas costas.
Mas o creme estava perfeito, então ela o colocou na mesa. "Por uma coisa, este apartamento é muito barulhento. Sabe que acredito que os vizinhos ficam pulando corda a noite toda? E em algum lugar tem um bebê que simplesmente não pára de chorar. E eu..."
"Sim?"
"Bem, eu tenho que me concentrar tanto no trabalho, que eu algumas vezes me pego pensando no trabalho, acho. Então não posso dormir porque ainda estou trabalhando... mesmo quando não estou..." Hermione colocou chá na xícara de sua mãe... mas decidiu no ultimo instante tomar uma cerveja amanteigada. Ele sempre mantinha algumas garrafas à mão. "Sinceramente, eu achei que você já havia superado essas tendências..." sua mãe riu. "Mas... eu suponho que você sempre vai se atirar de corpo e alma em qualquer tarefa que você procure se encarregar. Pode me passar o creme, por favor?"
"Bem, ao menos eu estou tentando aprender novos métodos de distração," disse Hermione, que então franziu o cenho, pensativamente. "Mas... infelizmente, eu me envolvo da mesma maneira em minhas técnicas de relaxamento. Não posso simplesmente fazer bolo, como você costumava fazer... tem que ser feito certo, ou eu não posso ficar satisfeita. Então eu começo a me preocupar sobre isso..." ela falou, balançando a mão no ar, como para dizer "veja que garota tonta eu sou!"
"Mas você não queria que eu percorresse toda aquela distância até aqui... só para me falar isso."
"Nãããoo... mais propriamente, eu gostaria de te fazer uma pergunta... e... qual o problema? O chá está muito forte?"
A Sra. Granger tinha um uma expressão estranha no rosto enquanto bebericava de sua xícara.
"Não é nada! Na verdade, está delicioso. Agora o que você gostaria de me mascarar? Digo, perguntar, desculpe."
"Eu queria saber alguma coisa sobre... amor."
"Verdade Hermione? Isso é maravilhoso!"
"O que, mãe?"
"O fato de você querer me perguntar alguma coisa. Você não faz idéia do que isso significa para mim..." ela deu uma risadinha, ele colocou mais chá na sua xícara. "Agora, o que você quer saber sobre amor?"
"Bem... na verdade, eu estava apenas curiosa... como uma pessoa pode ter certeza de que está apaixonada..." Hermione observou sua mãe entornar a segunda xícara, e encheu outra.
"Sinceramente Hermione, este chá está muito bom... você devia experimentar."
"Não, obrigada."
A Sra. Granger deu outra risadinha, mais espontânea. "Você não precisa ser tão educada, você sabe... Eu sou apenas sua mãe. Veja... eu vou ser rude..." ela alcançou o outro lado da mesa e pegou um pedaço de bolo com as mãos, desafiando totalmente as convenções e chocando Hermione.
"Mãe! Você está bem? Se sentindo bem, quero dizer?"
"Shertamente, porque pergunta?"
"Você parece um pouco bêbada."
"Bobagem. Não entornei nada. E eu digo mais para você..." ela deu uma risadinha "A única maneira de saber se você ama um homem, é dormindo com ele."
"Mãe!"
"Eu não quis te deixar sem jeito, mash é a fferdade... não tem como você saber até... então, você sabe. Esta ficando quente aqui? E se você não souber, então... então você não tem dormido com o homem certo, entende? E na sua idade, você devia sair com mais homens. Na sua idade... na sua idade... qual a sua idade mesmo?" A Sra. Granger colocou a mão na testa.
"Vinte e seis... o que quer dizer com qual é a minha idade?"
"Vinte e seis? Tudo isso já? Toda crescida."
"O que isso tem a ver?"
"Bem, na sua idade, eu tive vários namorados sabe..."
"Eu não quero saber..."
A Sra. Granger drenou sua quarta xícara e comeu outro pedaço de bolo. Ela apontou um dedo para Hermione, e balançou um pouco.
"Você deve saber. Nunca tivemos uma conversa de mulher para mulher... não? Mas eu tenho que dizer, tinha um homem... antes de seu pai... não, eu tinha vinte e quatro... dois anos mais nova que você. Mas eu não o amava..." ela sacudiu a cabeça com tristeza. "Esta foi a ultima xícara de chá... acha que nós devemosh fazzer maish?"
"Não..."
"Eu não o amava, porque eu vou te dizer um shegredo... ele tinha ash coishas muito pequenash e não fazia idéia de como usar" e soou uma explosão de risadinhas... rindo histericamente.
"Mãe! Francamente, estou tentando te fazer uma pergunta séria, e você... você... Você está bem?"
De repente a Sra. Granger ficou em um tom esquisito de rosa, e sem outra palavra, escorregou da cadeira, atingindo o chão com um baque alto.
Um pouco apavorada, Hermione correu até o banheiro e ensopou uma toalha com água gelada. Quando isso falhou para reanimar sua mãe completamente, ela pegou sua varinha e a levitou até o chuveiro, onde ela abriu a água em cima da mãe.
A temperatura fria da água realmente a reanimou de uma certa maneira, mas não havia dúvidas na mente de Hermione que sua mãe fora intoxicada. Ela havia visto com freqüência os mesmos comportamentos em Ron e Harry após suas excursões de final de semana... mas ela não conseguia se lembrar de sua mãe alguma vez ter bebido algo mais forte que uma taça de vinho de vez em quando.
Ela imaginou subitamente, se talvez Ron e Harry não tivessem decidido tentar melhorar os ânimos dela colocando álcool em alguma coisa em sua cozinha. Alguma coisa que sua mãe deve ter usado. As palavras deles vieram à sua mente... "Um dia, nós apenas podemos decidir ajudá-la, Hermione querida... É verdade, 'Mione, e nós realmente poderíamos ajudá-la, você sabe. E um dia... nós poderíamos..."
"Aqueles... idiotas!" Ela exclamou em voz alta. "O que eles fizeram desta vez?"
"Quem fexuque Mione?"
"Nada... melhor eu te levar para casa, eu acho. Você precisa descansar."
"N'posh 'shto toda molhada, e minha xícara 'shta vajjia de novv."
"Que alivio. Agora venha, tente ficar de pé, vamos para casa."
"N'possh ficar aqui com voshe? Goshto de vosh, she shab..."
"Sim... eu sei. Mas acho que talvez o papai seja a melhor pessoa para lidar com isto..." Ela disse o mais gentilmente que conseguiu. Ela estava tentando ficar zangada, e não rir pela maneira como sua mãe estava repentinamente engraçada: molhada, bêbada,... e cantando.
"E quando eu encontrar Harry e Ron... eu juro que vou enfeitiçá-los até ficarem azuis..." ela suspirou.
A Sra. Granger abriu a boca e bebeu um pouco da água do chuveiro. "Mmmm, eu estava com sede! Você podia pelo menos me pegar um pouco de chá..."
"Talvez quando chegarmos em casa." Hermione desligou o chuveiro, e ajudou sua mãe a sair do box e ficar de pé. Era só um corredor e uma escada até o carro. Ela não confiava em si mesma para tentar alguma magia neste momento em particular... para não arriscar outro acidente. Misturar mágica com a brincadeira de seus amigos podia ser perigoso.
Torcendo para que seus vizinhos não estivessem olhando, ela forçou o corpo mole de sua mãe no banco de passageiros, e subiu atrás do volante.
"Bem, que grande idéia..." ela disse, e ligou o motor.
A.N.: Gente, peço milhões de desculpas pelas falas da mãe da Hermione. Faz muito tempo que eu não fico bêbada e ninguém bêbado fala comigo... não lembro como bêbado fala... sorry... Bom, deixe um review pra mim e faça meu dia mais feliz
