Disclaimer 1: Os personagens não são meus. São da JKR.
Disclaimer 2: Nem a história é minha. É da FairlightMuse. Só estou traduzindo.
Todo Mundo Sabe
Por: FairlightMuse
Tradução: Angela Danton
Capítulo 13 – Mas na Verdade Foi Sem Querer...
Ele certamente não queria bisbilhotar... de verdade.
Era um dia sem graça e chuvoso, e Remus Lupin estava encarcerado em Grimmauld Place... de mau-humor. Ele sobreviveu aos efeitos da "Poção Wolfsbane"... (depois de três dias na enfermaria de Hogwarts, sob os cuidados de uma desnorteada Madame Pomfrey, e um azedo Severus Snape.) Mas mesmo o conhecimento de que ele não havia se transformado em um lobisomem não conseguia diminuir a dor de acordar e descobrir que ele estava da cor de uma framboesa anêmica. Bem, apenas seu cabelo...
Todo o seu cabelo.
Não sobrou nada sem tingir.
Ele verificou.
E mesmo agora, uma semana depois... nem todo ele perdeu seu tom magenta. Graças aos deuses ele não havia se transformado,... aquilo provavelmente teria sido a pior humilhação de sua vida. Próximo de ter agradecido ao professor Snape pela nova poção. Ele não acreditava exatamente que ele deveria oferecer seus agradecimentos a alguém que o tornou cor-de-rosa, e o colocou em um sono de três dias... depois de uma crise de dolorosos risos... mas o professor Dumbledore havia insistido que havia mais coisas neste evento, e que Remus descobriria toda a verdade depois que a poção tivesse sido aperfeiçoada. Por enquanto, ele tinha apenas que ser civil ao Snape... e não, digamos, colocar o rabo entre as pernas e fugir, todas as vezes que ele encontrasse alguém que pudesse saber sobre sua pequena aventura.
Foi assim que ele encontrou Hermione. Ele estava vagando sem rumo pela casa, procurando alguma coisa para ocupar suas mãos e o tempo, mas ao mesmo tempo se sentindo com preguiça para realmente fazer algo. Ele decidiu ler um livro, e vagou para a biblioteca.
Lá estava Hermione.
Lá estava ela... cercada por rolos de pergaminho, sua pena caída de sua mão, e a cabeça descansando sobre a mesa. Ela estava dormindo profundamente, e ele se perguntou quanto tempo ela estaria naquela posição. A mesa era muito alta, e ela pequena, então ela sentou em cima de uma das pernas... e ainda assim estava apenas na altura correta para escrever. Ela parecia muito pequena... como se fosse uma boneca sentada em uma mesa de mentira.
Ele tentou decidir se devia ou não sair silenciosamente, ou se devia tentar acordá-la antes que ela ficasse permanentemente daquela maneira. Ele poderia apenas alcançá-la, tão facilmente... e tocar em seu ombro. Ele imaginou sua mão, longa e pálida, em cima do ombro dela. Ela deveria estar quente, ele poderia sentir mesmo através das vestes. Ele podia sentir de onde ele estava parado. Seus sentidos aguçados estavam apitando, quando ele se permitiu sentir seu calor, e a fragrância de rosas, e lavanda... e chocolate.
Inconscientemente, ele deu um passo à frente... próximo a ela, respirando fundo conforme o perfume dela enevoava seus sentidos. Caminhando para trás da cadeira dela, ele se esticou para pegar a pena perto da mão dela. Quando fez isso, ele acidentalmente olhou o que ela estava escrevendo, assumindo que aquilo seria um relatório para o Ministério.
Era seu próprio nome, escrito em letras grandes que o fez olhar duas vezes. Não em um pergaminho, ou em uma carta... estava escrito em um vellum de cor creme, aquilo só podia ser um... diário. Ele não queria bisbilhotar, mas quando alguém lê o próprio nome, e quando o nome está cercado por uma confissão de amor... não há como resistir uma rápida passada de olhos para registrar o máximo possível.
Lá estava, na tinta púrpura de Hermione, em sua página no diário, e em sua distinta letra. Sua confissão. Ela o amava!
Hermione Granger o amava? Sim... ela o amava. Estava escrito, bem ali. E os versinhos poéticos ao redor não demonstravam uma fascinação juvenil. Eles vinham do coração e sem esperanças em sua agonia.
Repentinamente, o conhecimento se atirou sobre ele, afiado e elétrico, queimando-o da cabeça aos pés, e enviando seu coração a um louco rebuliço. Ele queria acordá-la e beijá-la. Beijá-la até que ela desmaiasse.
Beijá-la? Por que?
Porque quando ele leu as palavras, a realidade delas iluminou sua mente e, em sua mente, ele confessou que também a amava. Ou pelo menos ele estava certo de que ele poderia vir a amá-la... com muita facilidade.
Sua mão já estava a caminho do ombro dela antes de sua lógica reviver, e ele se deu um tapa mentalmente. Se a acordasse, então ele teria que confessar que havia lido o trecho do diário. Não... ele não podia fazer isto. Foi um acidente, mas ela poderia nunca mais perdoá-lo.
Ele caminhou lentamente para fora da biblioteca, de costas, observando-a. Ele tinha que sair antes que ela acordasse, ou ficasse tentado por sua excessiva curiosidade, e lesse o resto do diário.
Ele se dirigiu para a cozinha, e então para fora, no jardim, esperando que o ar fresco dissipasse o cheiro de lavanda. Ele nunca reparou se isto funcionou, porque estava completamente preocupado com o pensamento de que era amado. Mas ele não podia aceitar isto cegamente, por melhor que ele se sentisse, porque ele queria ouvir isto dos lábios dela. Seus lábios rosados e cheios. Ele queria ouvir isto, e queria olhar em seus olhos quando ela dissesse.
Então ele iria beijá-la.
Não... então ele iria lembrá-la de todas as razões pelas quais ela não deveria amá-lo.
Então ele iria beijá-la. A cena se formou em sua mente.
"Remus?" A voz dela atrás dele o assustou, e ele girou para vê-la. "Você está bem?"
"Sim... claro..." Ele tentou dizer, sem gaguejar. Repentinamente toda a sua coragem e determinação para beijar a verdade para fora dela desapareceram. "Por que pergunta?"
"Você esteve parado olhando para aquela árvore por quase meia hora. Achei que você estivesse preso em um dos brejinhos do George."
"Não... eu estava apenas... pensando."
"Algo interessante?" Pelo menos a voz dela não soava mais zangada.
"Nós," ele sorriu. "E muito fascinante para mim."
"Alguma coisa que possa ser interrompida? A Sra. Weasley nos convidou para jantar n'A Toca."
"Está me parecendo que isso anda acontecendo muitas vezes ultimamente."
"Oh, acho que ela e Arthur estão se sentindo solitários agora que todas as crianças se mudaram de lá. Eles devem sentir falta de ter uma casa lotada."
"Tem razão. Mais alguém vai?"
"Bem, Snape não irá, se é isto que está te preocupando." Ela piscou um olho e ele enrubesceu. Maldição. Ela sabia sobre o cor-de-rosa. "Apenas Ginny, e talvez os gêmeos."
"E Ron e Harry?"
"Melhor eles não aparecerem!" Ela disse brava.
"Por que?"
"Eles se infiltraram em meu apartamento e mexeram com a minha comida. Eles estavam tentando me deixar bêbada... e acidentalmente pegaram minha mãe no lugar."
Ele deu uma risada, mas se recompôs ao ver a cara dela.
"Não é engraçado. Ela ficou muito ruim, e não conseguiu sair da cama por três dias. Ela está furiosa comigo, ela acha que eu fiz uma brincadeira com ela, meu pai está furioso, e Harry e Ron estão se fazendo de inocentes desta história toda."
"Como você pode ter certeza de que foram eles?"
"Oh, eles me avisaram que tentariam algo do gênero."
Um momento de silêncio se passou, com Hermione fumegando por causa de seus amigos, e Remus tentando não rir com a imagem da mãe dela com a língua de fora em um estupor bêbado.
Ele se perguntou se este seria o momento certo para tentar abordar o assunto dos sentimentos de um pelo outro.
"Hermione..." Ele começou...
"Sim?"
"Eu... oh, não é nada. E que tal aquele jantar n'A Toca?" Ele sorriu.
"Oh, quando você estiver pronto..." Ela devolveu o sorriso.
"Vamos aparatar na cozinha da Molly e dar a ela um susto."
"Isto é perverso. Vamos."
Covarde, sua mente lhe insultou.
Sim, mas estamos em plena luz do dia. Na realidade você nunca confessa seu amor antes das sete da noite. Ainda tem muito tempo. Sim, e se não der certo esta noite, sempre tem amanhã. Ou o dia seguinte.
Mas você ainda é um covarde...
A.N.:
Todos gostam dos versinhos,
Isto nunca imaginei.
Deixem seu review,
E mais versinhos deixarei.
