Bolhas Ardentes – Capítulo 5
Disclaimer 1: Os personagens não são meus. São da JKR.
Disclaimer 2: Nem a história é minha. É da simpática SilverAngel99. Só estou traduzindo. Uma autora fantástica que eu tive a oportunidade de conhecer :).
A.N.: Este capítulo explica para vocês porque McGonagall esta deixando Hermione sob os cuidados de Snape, e não de outra pessoa (não que a gente esteja reclamando muito ne?).
Confiança
Hermione suspirou, enquanto voava gentilmente pelos céus. Ela se sentia tão livre, tão livre...
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Após dar para Granger sua primeira dose da poção, Snape voltou a andar de um lado para outro na sala, furioso. Ele queria destruir alguma coisa, queria descontar sua raiva. Era impossível acreditar que ele havia sido envolvido nisto! O que fez Minerva pensar que ele tinha tempo para tomar conta de estudantes? Ele era um Mestre de Poções, não algum Medi-Bruxo. Era seu trabalho preparar poções, não administrá-las!
Suas vestes negras ondulavam atrás dele conforme andava, e conforme foi andando mais depressa, conseguiu se enroscar nas próprias vestes, e se embaraçou totalmente nelas. Foi xingando muito e mostrando os dentes que ele conseguiu se desenroscar, sua pele pálida em um ofuscante tom de vermelho, e seu cabelo suficientemente bagunçado.
Certamente não ajudou o fato de McGonagall estar parada em sua porta novamente quando ele olhou. Ela estava segurando um embrulho de roupas em uma mão, e uma poção e alguns papéis em outra.
"Creio que a Srta. Granger irá precisar de algumas roupas de dormir. Acho que nós deveríamos trocá-la agora e deixá-la descansando na cama." Ela disse de forma casual, olhando para a aluna que parecia tão serena, dormindo no sofá.
Os lábios de Snape estavam ameaçando permanecer curvados para sempre. Ele sabia perfeitamente bem de que cama a diretora estava falando. Ele já estava fazendo planos em como fazer para destruí-la assim que a garota estivesse curada.
Ainda assim, ele ajudou a mover Granger para seu quarto. Seu quarto. Seu próprio quarto. Seu quarto privado.
Ele saiu do quarto para permitir que Minerva trocasse as roupas da garota, embora a garota ainda estivesse adormecida. Ele então permaneceu em silêncio conforme a diretora lhe entregava as instruções para preparar e administrar a poção. Ambos sabiam que por mais zangado que ele estivesse sobre isso tudo, ele ainda tomaria todos os cuidados apropriados com a jovem bruxa até que ela se restabelecesse completamente. Minerva previu que iria levar um pouco mais de uma semana para ela voltar à velha forma novamente.
Minerva aplicou a primeira porção da poção nas bolhas que estavam aparecendo nos braços de Hermione, pernas e rosto. A Grifinória se contraiu quando isto aconteceu, mas Minerva continuou a aplicação. Snape estava torcendo para que não aparecessem bolhas em mais nenhum lugar.
"Eu sei que você vai cuidar bem dela, Severus." Minerva sussurrou quando ia saindo. "Eu infelizmente fui convocada ao Ministério pelos próximos dias, por isso se você precisar de alguma ajuda, coisa que eu duvido, você deverá chamar Filius." Ela apontou um dedo com seriedade para ele. "Sob nenhuma circunstância você deve mover a Srta. Granger, ou chamar Poppy Pomfrey para tomar conta dela!" Ela comandou antes de sair.
Severus ficou parado, enraizado onde estava, como se Minerva o tivesse atingido com um Stupefy. Atrás dele, ele ouviu a estudante em sua cama roncar em seu sono. Ele furiosamente tentou imaginar como iria conseguir dar aulas, com ela a alguns metros de distância, constantemente dormindo e precisando de cuidados. Como Minerva se atreveu a fazer isto com ele! Como a Srta. Granger se atreveu!
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Do lado de fora das masmorras, Minerva seguiu seu caminho subindo as escadas até o Salão Principal, esperando que o Sr. Potter e o Sr. Weasley ainda estivessem jantando. Quando ela entrou no salão, cujo céu refletia um dia nublado lá fora, ela imediatamente avistou os dois jovens. Ela os viu olharem para ela conforme se aproximava deles.
"Onde está Hermione?" O Sr. Weasley perguntou no momento em que ela estava ao alcance deles. Minerva balançou a cabeça, indicando que eles deveriam esperar, e os indicou com a cabeça para sair do Salão. Ela sentiu os olhares dos estudantes ao redor conforme guiava os dois, especialmente vindos dos estudantes que estiveram na classe quando a Srta. Granger desmaiou.
Já do lado de fora, Minerva parou e se virou para encarar os garotos. "A Srta. Granger vai ficar bem." Ela disse, com sinceridade.
"O que você quer dizer com. 'vai ficar', professora?" O Sr. Potter perguntou, curioso. Minerva tinha certeza que ele ia perceber.
"A Srta. Granger contraiu a Febre das Nuvens Azuis. Não é contagiosa, assim como não é realmente conhecida a sua causa." Ela continuou de uma maneira profissional. "Ela está tomando as poções corretas, ela se recuperará rápido."
Os dois garotos deixaram escapar um pequeno suspiro de alívio com as notícias. "Quando poderemos ir vê-la, professora?" O Sr. Weasley perguntou, parecendo ansioso.
Minerva deu um pequeno sorriso para os garotos, não estando certa de quais seriam suas reações com o restante das notícias. "Infelizmente, vocês não poderão," Ela disse, esperando que eles não fossem pressioná-la, embora ela soubesse melhor.
"Mas professora, você disse que não é contagioso!" O Sr. Potter protestou.
"Sim, eu disse, Sr. Potter, mas Madame Pomfrey está muito adoentada, por isso a Srta. Granger não está sendo tratada na Ala Hospitalar." Ela respirou fundo. "Foi pedido para o professor Snape tomar conta dela, em seus aposentos privados, portanto vocês estão proibidos de vê-la, sem destruir as chances da Grifinória ganhar a Taça das Casas." Ela disse isso com um sorriso estranho, observando os rostos em sua frente não saberem o que fazer, ficar zangados, preocupados, ou exigir a amiga deles de volta. Antes que eles pudessem falar alguma coisa, ela interviu. "Vocês não vão descer até lá para vê-la, ou ambos vão servir detenção com Filch por uma semana!" Ela apontou o dedo para os dois, olhando para eles severamente. "Bom dia, garotos." Virando-se, ela não foi rápida o suficiente para não ver as expressões de horror nos rostos dos dois.
Caminhando rapidamente para seu escritório, Minerva ficou se perguntando se ela estaria fazendo a coisa certa ao deixar a Srta. Granger aos cuidados de Severus. Ela sabia, sem dúvida nenhuma, que ele tomaria os devidos cuidados com ela, mas ela estava quase preocupada que isto iria causar muita tensão no relacionamento professor/aluna, se a Srta. Granger tentasse evitar os cuidados dele.
Era verdade que Snape tinha o tempo tão apertado quanto o resto dos funcionários, mas ela estava deixando a jovem aluna aos cuidados de Snape na esperança de que aquilo fosse fazer um bem muito grande para ele. Ela sabia pelo que ele estava passando, sabia de suas rondas noturnas, sua falta de capacidade para dormir, suas preocupações. Ela esperava que ele aceitasse aquilo de coração como um sinal de confiança.
Depois de sua descoberta de tudo o que ele havia feito sob a Maldição Imperdoável, Severus uma vez sugeriu para Minerva que sua presença não deveria ser tolerada na escola, que os outros membros não o considerariam digno de confiança. Ela tinha apenas uma coisa para dizer para ele.
"Dumbledore confiava em você."
Ao ouvir estas palavras, Severus se tornou violento, quebrando uma cadeira. "E veja o que eu fiz! Veja o que aconteceu! Ele confiou em mim apenas para eu matá-lo! Quem se importa que eu estava sob o efeito de uma maldição, que eu não sabia o que estava fazendo!" Ele falou rispidamente quando reparou na expressão no rosto dela. "Eu ainda fiz isto, e Dumbledore nunca soube que eu não era digno de confiança."
Ele havia deixado Minerva com seus próprios pensamentos revoltados. Ela então escreveu para ele uma carta. O assuntou nunca mais foi trazido à tona por nenhum dos dois novamente, e Severus permaneceu na escola.
Tendo uma jovem aluna sob seus cuidados poderia ser uma ajuda tão grande para ele quanto para ela. Isto poderia ajudá-lo a tirar a mente do que havia acontecido, ajudá-lo a se focar no presente.
Ela poderia ao menos esperar.
A.N.:
Se sete vidas eu tivesse
Sete vidas eu daria
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Setes vezes eu morreria
