Bolhas Ardentes – Capítulo 8
Disclaimer 1: Os personagens não são meus. São da JKR.
Disclaimer 2: Nem a história é minha. É da simpática SilverAngel99. Só estou traduzindo. Uma autora fantástica que eu tive a oportunidade de conhecer :).
A Tempestade
Emergindo do quarto deles, Harry e Ron mantinham um esperança silenciosa de que quando entrassem na sala comunal da Grifinória, Hermione estaria esperando por eles perto do fogo em sua poltrona favorita, transbordando de histórias sobre o quanto era horrível ficar com Snape.
A descida deles até a sala comunal terminou com uma decepção. Poucos estudantes estavam espalhados pela sala, ou voltando do café da manhã, indo para o café da manhã, ou ainda sonolentos, mas a amiga deles não estava em lugar algum.
"É melhor que ele não a machuque." Ron disse, entre os dentes conforme eles caminhavam com tristeza para o café da manhã. "Pena que é sábado. Se nós tivéssemos Poções, nós poderíamos dar um jeito de ir vê-la."
Harry fingiu tropeçar. "Ron! Nunca pensei que veria o dia em que você desejasse ter Poções!"
Ron olhou feio para seu amigo. "Sabe, seria muito bom se você ou Ginny estivessem realmente preocupados por Hermione estar presa com aquele morcego super crescido!" Ele murmurou, e entrou rapidamente no Salão Principal. Quando ele chegou, olhou instantaneamente para a Mesa dos Professores. McGonagall não estava presente, ele reparou, assim como Snape. A irritação foi aumentando nele. Onde ele estaria! E o que ele estaria fazendo com Hermione?
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Nas masmorras, Snape estava acalmando uma Srta. Granger muito aflita. Foi muita surpresa para ele quando, após dar a ela uma dose da poção às nove da manhã e tentar se afastar, para ir procurar comida, ela havia começado a chamar por ele.
"Professor? Volte, por favor, eu não quero ficar sozinha." Ele não tinha nem mesmo certeza se ela estava acordada ou ainda perdida na terra de... onde quer que ela estivesse, mas mesmo assim, ele voltou para o quarto, e cuidadosamente se sentou na cama, longe dela. "Não me deixe." Ela sussurrou, seus olhos abertos e sem foco novamente. "Se você for, por favor me leve com você, senão isto vai me pegar." Suas bochechas estavam vermelhas. Gentilmente, ele se curvou e colocou uma mão pálida em sua testa, sentindo sua pele queimar. Alcançando sua varinha, ele lançou um feitiço de resfriamento nela, e ela suspirou no que poderia ser apenas descrito como alívio.
Uma hora mais tarde, a Srta. Granger caiu em algo que parecia um sono muito profundo, em vez de um descanso cheio de pesadelos. Snape tentou sair da cama, e sentiu um enorme alívio quando ela não o chamou novamente. Ele não tinha tempo para ficar pajeando uma pirralha. Para esticar as pernas, ele saiu do quarto, seus lábios curvados. Era enfurecedor, ficar preso em seus próprios aposentos por causa de uma garota sabe-tudo que geralmente estremecia à mera visão dele.
Claro, ele não podia negar que ela tinha talento, não importa o quanto ele tentasse. Ela jamais cometeu um engano ao preparar uma poção, mas ele jamais permitiria que alguém soubesse disto. Ele estava apenas esperando o dia em que ela cometesse um engano, e ele pudesse jogar isto na cara dela. Mas o tempo dele estava se esgotando, havia pouco mais de um mês antes do fim do ano. Enquanto ele estava ansioso para se ver livre dos amiguinhos e da atitude de sabe-tudo em relação a trabalhos, ele não podia evitar de sentir que iria demorar muito tempo antes que ele tivesse outro estudante tão talentoso em sua classe. Ele passou sete anos refinando os talentos dela sem ela reparar, da mesma forma que ele fez com toda a classe. Até mesmo Neville Longbottom não precisava mais de tantas instruções da Srta. Granger, exceto quando Snape estava olhando sobre seus ombros, o que Snape amava fazer, apenas para ver o garoto se sentir pressionado.
Um movimento em sua frente fez Snape ficar alerta, e ele percebeu que estava parado perto da entrada da sala comunal da Sonserina. À sua frente, um garoto sonserino e uma garota corvinal pareciam um tanto ocupados. Com outro suspiro, antes de ganhar novamente sua postura de "professor estrito", Snape seguiu pelo corredor em direção ao par.
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Hermione saiu de seu cochilo quando um vento forte começou a se bater sobre ela. Ele olhou para cima e viu o céu azul acima dela desaparecer, apenas para ser substituído por nuvens cinzentas que cobriam o mundo dela. A tempestade que vinha se aproximando dela a horas havia chegado. E onde estava o professor Snape? Ele estava perto dela há um momento atrás; ele não havia saído de seu lado por horas, ajudando a guiá-la gentilmente para longe da tempestade quando ela precisava.
E agora, quando ela mais precisava dele, ele havia partido. O terror a atingiu tanto quanto o vento. Ela perdeu o controle, e começou a cair na direção das árvores que pareciam alcançá-la para agarrá-la e comê-la. Ela lutou para subir novamente, gritando o tempo todo. Relâmpagos estavam riscando o céu ao seu redor, e a chuva começou a cair, a deixando encharcada, fazendo com que ficasse mais difícil para ela permanecer no céu. Ela não iria cair, ela não iria cair, ela repetia de novo e de novo em sua cabeça.
Com estes pensamentos, a tempestade ficou mais violenta, o vento cortando sua pele exposta. Ela sentiu como se estivesse sendo chicoteada repetidamente, e a chuva estava caindo em grossos pingos em cima dela, fazendo com que ficasse difícil enxergar. A chuva se misturou com suas lágrimas enquanto ela gritava e chorava pedindo ajuda.
Um raio caiu à sua esquerda. Ela gritou novamente. Ela ia morrer, já sabia disto. Era tão cansativo permanecer no céu, ela não ia agüentar mais. Todo o seu corpo esta doendo. Ainda assim toda vez que ela baixava perto das árvores, ela voltava rapidamente para o céu, não podendo suportar a dor que dava em todo o seu corpo. Estava doendo muito, muito demais.
Ela tentou voar para frente o mais depressa que pôde, passando pelos relâmpagos e tentando encontrar o final da tempestade. Seus músculos gritavam para ela parar, para ficar quieta, e apenas morrer. A tempestade parecia continuar para sempre.
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Furioso com o que havia acabado de ver, Snape voltou para sua sala de aula, apenas para ser recebido pelos gritos que estavam vindo de seu quarto. Srta. Granger! Ele pensou alarmado, correndo para seus aposentos. Ele ficou estagnado quando entrou em seu quarto.
A Srta. Granger parecia desesperada, se debatendo com fraqueza com seu corpo todo suado. Uma erupção de gritos e choro saiam de seu corpo conforme ela se debatia na cama. "Não, não,NÃO!" Ela gritava. "Eu não vou morrer!"
Ouvindo isto, Snape se atirou na cama, segurando os braços dela.
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Hermione sentiu mãos fortes segurando-a. Ela abriu os olhos e viu o Mestre de Poções flutuando sem esforço na frente dela, segurando seus braços. "Você não vai morrer." Ele disses, seus olhos negros olhando direto nos olhos castanhos dela. "Lute Srta. Granger, lute."
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Os olhos da Srta. Granger se arregalaram e ela olhava direto para ele. "Lute." Ele disse novamente. Embaixo dele, ela se debateu novamente, mais gritos saindo de sua garganta. "Lute, Hermione!" Ele gritou com ela, segurando-a, tentando acalmá-la. As mãos delas agarraram seus ombros, e ele se moveu para limpar o suor do rosto dela.
"É muito difícil!" Ela gritou, sua face se contorcendo de dor. "Me ajude, por favor me ajude!"
Snape alcançou as poções novamente, e a forçou a engolir um pouco, fazendo-a engasgar.
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Quando Hermione se sentiu convulsionando, tentando engolir alguma coisa, ela tinha certeza do que estava acontecendo, ela estava morrendo. Ela contraiu tudo em seu corpo, seus músculos gritando para ela parar, mesmo quando a voz de seu professor lhe dizia para fazer isto. Ela sentiu suas mãos se fecharem ao redor das vestes dele e puxá-lo em direção a ela, e ela soltou outro grito de dor.
Repentinamente seus músculos relaxaram, e não havia mais vento, nem chuva, nem tempo horrível ao seu redor. Ainda haviam mãos segurando seus braços com firmeza. Ela abriu os olhos e se viu em um quarto fracamente iluminado. Ela já havia visto este quarto uma ou duas vezes. Ela também havia visto o homem a centímetros de seu rosto, arfando.
"P-professor?" Ela perguntou, suas mãos ainda agarrando as vestes dele. Ela não tinha certeza se isto era real, não queria soltar caso ela voltasse para a tempestade. Oh, como ela estava dolorida, todo o seu corpo doía muito.
Através da cortina de cabelos que cobriam seu rosto, Hermione viu o professor Snape abrir os olhos. Quando ele levantou a cabeça para olhar para ela, ela ficou impressionada com a vulnerabilidade que havia visto no rosto dele. Ela havia visto isto no céu. "Srta. Granger... você está bem." Ele sussurrou.
"Eu não sei, senhor." Ela conseguiu responder.
"Não, shh, durma, você está bem."
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Snape ficou comovido com o pequeno sorriso que cruzou o rosto dela. "A tempestade acabou. Você me salvou." A Srta. Granger fechou os olhos novamente, mas Snape sentiu que ela estava em paz agora. Gentilmente, ele tirou uma mecha de cabelo do rosto suado dela, antes de lançar o feitiço de resfriamento nela novamente.
Então, se afastando da cama, ele fechou a cara para si mesmo por se permitir um momento como este.
Eu sei que eu desapareci
Não sei como me desculpar
Os seus reviews que li
Me deram ânimo para voltar
