-Vão, comecem por Chris, o mais novo.. Depois voltem, use uma flecha envenenada caso Leo ou Paige interfiram.
-Julian, não! Eu matarei meu protegido.
-Muito bem... Mate-o primeiro, e a ordem será desfeita. E, Prue, não use de magia para que eu pense que ele está morto, pois como percebeu... Cole está entre a linha de transição.. Caso não tenha entendido, ele está entre o mundo dos vivos e dos mortos. Ele sabe quem desce, quem sobe ou quem fica.
-Tenho 24 horas pra fazer isso, foi o tempo que me deu, nesse tempo, não fará nada contra o Chris.
-Neste tempo, estaremos aqui esperando, pacientemente por seu feito. Se o tempo se esgotar, a vida do seu querido Chris... também se esgota!
Prue orbita, indo para NY, a procura de seu protegido. Ela ouvia a voz dos Anciões sempre, mas não respondia e nem nada, apenas estava tentando encontrar forças para matá-lo. Já estando na casa de seu protegido, ela pensava em Chris, seu sobrinho, mas pensava em tudo que acreditava, salvar inocentes.
-Eu não posso!
É quando ela ouve a voz de Julian.
-Protegido ou Chris?
Prue abaixa a cabeça, pois ouvia as vozes dos Anciões lhe dizendo "não", mas ouvia a voz de Julian lhe dizendo "protegido ou Chris?". Lágrimas começaram a rolar por seu rosto, foi quando ela lança uma bola de energia contra seu protegido, e mesmo quando ele já estava ao chão, ela continuava lançado bolas de enrgia nele, até ter a certeza de que ele estava morto.
Ela anda até o corpo de seu protegido, o vendo no chão morto, começa a chorar compulsivamente. Ficando nervosa pelo que tinha acabado de fazer, e por isso acaba por desmaiar.
Julian é avisado por Cole, que Prue tivera feito a escolha, e que tinha escolhido o sobrinho. Ele faz seu corpo ficar coberto por uma fumaça de fogo, aparecendo aonde Prue estava. A vendo no chão, ele a pega no colo e a leva para o submundo novamente. A colocando em uma cama, e ficando parado a frente de um livro de magia negra.
Após alguns minutos ela recobra a consciência.
-Satisfeito, Julian?
Ela se levanta, estava tremendo pelo que tinha feito. O que Prue não tinha entendido, era que ao matar seu protegido, automáticamente, ela mesma tinha se desligado dos Anciões.
-Eu o matei, assim como você mandou... Agora quero ver meus filhos, e deixe Chris em paz!
Julian se vira de frente pra ela, sorrindo de uma forma fria.
-É, você fez o que lhe mandei. Como dei minha palavra, por enquanto seu sobrinho está fora de perigo, mas isso pode não durar muito, isso vai depender da tia dele. Sabe? Ela pode querer fugir, ou até me matar durante a noite.
Prue não estava mais aguentando ouvir a voz de Julian, ele falava, mas ela não reconhecia. Tentava entender, mas mesmo assim não o reconhecia.
-Eu quero ver os meus filhos... por favor.
Julian estende a mão para Prue, que segura e começa a andar junto com Julian, que a leva aonde seus filhos estavam.
Prue ao ver os filhos se aproxima deles, os tocando, fazendo carícias e falando com eles.
-Aí estão eles... se tentar fugir, juro que todos os membros da família Halliwell morreram. E você, viverá eternamente com a culpa, de ter causado a morte de toda a sua família.
-Nao vou fazer nada disso.
-Será mesmo, Prue?
Ela o olhava, não entendia como os próprios filhos não lhe estavam interessando no momento. Eles apenas era uma continuação de algo perverso que ele estava organizando em sua mente.
-O que foi, Julian, com medo de que seus filhos lhe despertem algo em você, como a humanidade?
-Não me provoque...
-Estes eram os momentos mais felizes pra nós dois, ficavamos juntos, abraçados com nossos filhos, se lembra?
Julian se vira de costas, ele não queria se lembrar deste passado. Pois toda vez que se lembrava, se lembrava da dor que sentira durante muitos outros acontecimentos.
-O que foi, meu amor? Sente tanto medo assim dos nossos filhos? De falar em nosso passado, de falar sobre o meu marido, sobre o homem que conheci e me apaixonei, sobre o homem que esteve ao meu lado nos bons e maus momentos da minha vida?
Ele se vira de costas, ficando com os olhos vermelhos. Prue acaba percebendo que esse era o caminho, o passado deles, e o deixava vulnerável até demais. Julian sabia disso, mas precisava dela a seu lado, por isso perdira para que ela se tornasse sua rainha, não queria ter que acabar destruindo-a, por estarem em lados opostos na guerra.
-Cale-se.
-O que foi, sua família não é mais tão importante assim?
-Eu já disse, cale-se!
Julian se vira de frente para Prue, que vê a cor dos olhos dele.
-Tudo bem. Posso ficar com meus filhos?
-NÃO!
Prue fica chocada.
-Não pode fazer isso, Julian, eles são meus filhos também.
-Isso não me importa, me pediu para vê-los... Pronto você os viu.
Julian olha para as duas mulheres que estavam a cuidar de seus filhos.
-Levem-os daqui!
As mulheres desaparecem com Shawn e Shannen, bem a frente de Prue, que se vira de frente para com Julian, tendo uma bola de energia na mão.
-Vamos, atire-a em mim!
Prue continua a olhá-lo nos olhos, ouvindo ele a instigá-la cada vez mais a lançar a bola de energia nele. Ela abaixa a mão, assim como abaixa a cabeça, estava triste. O amava, mas não conseguia ver nada do homem que ama nele, não neste que estava a frente dela.
-Porque, Julian?
-Caso tenha se esquecido, você pode orbitar agora. Não me esqueci deste detalhe, Prue, quer ficar com seus filhos?
-É claro que quero!
-Até que se torne a esposa da Fonte, os verá, mas separadamente, nunca os dois juntos, porque para fugir daqui, Prue, você terá que escolher qual filho salvar... Se salvará Shawn ou Shannen.
Julian sai, indo novamente para a sala onde estava o trono, se sentando e olhando para o nada. Acaba se lembrando do dia do enterro de Prue, e ela, por ser uma Whitelighter e Julian também, mesmo sendo a nova Fonte, acaba sentindo o mesmo que naquele momento, mesmo estando separados.
Ela sente toda a tristeza dele, mas sorri, pois, com isso ela tem a certeza de que existia algo do Julian com qual se casou, se ele sofria, era porque a amava, mas não entendia porque a tratava mal.
As semanas foram passando, as coisas entre Prue e Julian iam cada vez pior. Por estar ao lado dela, Julian acabava sempre sentindo o que tinha deixado de sentir, amor ao próximo, coisa que ele não sentia isso nem pelos filhos.
Prue estava usando roupas pretas, fora obrigada por Julian, ela vai até aonde ele estava e ouve quando ele manda dois demônios atacar suas irmãs.
-Julian!
Julian apenas faz um sinal com a mão, e os demônios somem.
-Você prometeu.
-Prometi que não faria nada com Chris. E isso foi a muito tempo, sou um demônio, sou a Fonte, mestre de todos os demônios.
-Até quando vai jogar isso na minha cara, Julian? Parece que adora jogar isso na minha cara, que só quer que eu veja o que se tornou, e não o que você sempre foi comigo.
Ela foi se aproximando dele, o tocando no rosto.
-Eu sinto sua falta.
Phoebe atravéz de um feitiço, aparece no submundo, no exato momento em que Julian quase acabaria beijando Prue.
-Phoebe, o que faz aqui?
Ela se aproxima dos dois.
-Andrea sente falta do pai. Chama por você, Julian, sei que não se importa com ela, mas poderia ir vê-la.
Julian quase acaba rindo, não acreditava no que Phoebe estava a pedir-lhe.
-Quer que eu vá até a mansão para ver Andrea?
-Isso.
-Não sou estúpido... apareço naquela mansão e você e suas irmãs tentam me destruir.
-Não é isso, Julian. Estou realmente "adorando" pedir este favor a você, mas não posso mudar o fato de que é o pai da minha filha. E minha filha está sentindo sua falta, por mais que não goste, Andrea, também é sua filha.
-Isso mesmo... Já que até na hora que ela foi concebida, você tinha a total consciência de que não estava...
Phoebe ao notar que Julian ia falar, o interrompe.
-Vai ou não vê-la?
Prue manda Phoebe fica quieta, e olha para Julian.
-Começou, agora termine, Julian.
-Não, Julian, não faça isso, por favor.
Phoebe ficava falando com Julian, pedindo para que ele não contasse, mas tudo que ele fazia era sorrir, por causa do desespero de Phoebe.
-Vamos, Julian, começou, agora termine. Diga o que ia dizer, mas Phoebe não o deixou terminar.
Phoebe olha para a irmã.
-Prue, esqueça isso, Julian não ia dizer nada importante.
-Se não é importante, porque ele não pode continuar, então?
Phoebe olha para Julian, como se dissesse "não, por favor".
-Acho que sua doce e querida irmã, não quer que você saiba que enquanto Andrea era concebida, ela tinha a total conscieñcia de que estava transando com seu marido, e não com o dela. Sabe como é, ela também sabe diferenciar o marido do irmão, mas ela gostou dos toques e tudo mais, então fechou os olhos e se entregou ao corpo e aos toques deste corpo aqui.
-Seu desgraçado! Prue, eu...
Prue olhando para a irmã, não acreditando no que tinha acabado de ouvir.
-Não é verdade, não pode ser verdade... Diz que ele está mentindo, Phoebe.
Phoebe nada diz, e isso apenas faz ela ter certeza de que Julian tinha dito a verdade. Tinha uma pequena esperança de que ele estivesse mentindo, mas não, era verdade.
-Saia daqui, Phoebe, volte pra mansão, e nunca mais volte ao submundo, ou fale comigo... Você sabia que era o corpo do Julian, e mesmo assim continuou... Como pôde fazer isso?
