Ela estava vestindo apenas o manto vermelho dele.

Julian vai até a cadeira, se sentando, procurando não demonstrar que tivera sentido algo enquanto faziam amor.

-Eu sei o que sentiu.

-Não, não sabe.

Prue se senta no colo dele, de frente a ele.

-Não se esqueça, que ainda possuímos uma ligação Julian, sinto tudo que sente, assim como você sente tudo o que eu sinto.

-Isso é verdade, não me esqueci disto.

-Eu sei que você me ama, que se importa com seus filhos, que sentiu calma e paz agora pouco. Que estava feliz estando com nossos filhos no colo...

Julian começa a rir, ele ria de uma forma tão cínica que deixava Prue sem entender.

-Do que está rindo?

-De você!

Ela o olhou, a forma com a qual ela o olhava, o fez entender, Prue o olhava de uma forma interrogativa, não estava entendendo nada.

-Foi só eu dizer que a amo, você foi pra cama comigo.

-Você apenas disse, por dizer?

-Disse o que precisa ouvir, para que fosse pra cama comigo, nada mais.

Prue começa a ficar nervosa, não acreditava que tinha caído assim tão fácil. Ela tenta sair do colo dele, mas Julian a segura pelo braço.

-E vai ser assim todas as noites, até que engravide... Ou sua família, pagará com a vida, você me entendeu?

Ao ouvir Julian ameaçar sua família, ela ergue o braço, tendo uma bola de fogo em sua mão.

-Vamos, lançe-a em mim.

Ela continua a olhá-lo, sua mão levantada, com a bola de fogo prestes a ser lançada quando ela quisesse.

-Não pode, não é? Lhe fiz matar seu protegido, lhe afastei de sua família e de seus filhos, e mesmo assim não consegue me destruir, mesmo assim ainda me ama, por isso não consegue me destruir... e nunca irá conseguir fazer isso.

Ele a via abaixar a mão, ao mesmo tempo que abaixava a cabeça, ainda não conseguia, mas ela sabia que um dia teria que fazer isso, teria que escolher entre deixá-lo ir ou destruí-lo.

-Ainda não, Julian, ainda não... Mas um dia eu conseguirei.

-Será mesmo, Prue?

Ele a solta, e Prue se levanta, tirando o manto que estava usando e vestindo uma roupa. Ela não sabia era que Julian estava seguindo seus movimentos com o olhar e com um certo sorriso até.

-Se Phoebe que era tão louca por teu irmão, o matou... Porque acha que não posso fazer isso também?

-Por que você não é igual a ela. Não conseguiu até agora, e não irá conseguir nunca.

Prue levanta a mão, e fica a olhar para a palma da mão.

-Nunca, é muito tempo Julian... E tempo é o que tenho de sobra.

Uma bola de fogo vai em direção de Julian, o acertando no ombro de raspão.

-Isso foi só um aviso!

Julian leva a mão ao ombro, se curando. Ele se levantou e foi andando calmamente em direção dela.

-Este foi o seu aviso...

O corpo de Julian fica coberto por uma fumaça de fogo, e ele vai se aproximando de Prue.

-... E este, Prue, é o meu recado.

Ao estar próximo dela, a nuvem de fogo desaparece.

-Vou tratar de alguns assuntos. Lembre-se, que está submundo, e as paredes têm ouvidos.

Julian a segura com força pelo pescoço, ficando com seus olhos vermelhos.

-Tente alguma coisa, tente fugir, ou até mesmo encontrar seus filhos... você irá assistir a morte de cada um da família Halliwell. Estamos entedidos?

-Estamos.

Os dias foram passando e novamente os ataques as Encantadas recomeçaram. Tudo sobre ordem de Julian, ou melhor dizendo da Fonte.

Prue tentava ajudar as irmãs, as deixando de sobre aviso sobre os ataques, coisa que ao descobrir, só fez com que Julian trata-se de arranjar logo sua união com Prue, novamente.

Assim que o Sacerdote do Mal chega, o que era necessário para conduzir a cerimônia malígna do casamento entre Prue e Julian/Fonte,uma mulher vai até Prue, que estava com o filho, aquela manhã. Ela apenas sente quando a mulher a quem cuidava de seus filhos, o tira de seu colo.

-Hey...

-A Fonte deseja sua presença na sala do trono.

Prue dá mais um beijo no filho.

Julian tinha começado a deixar com que Prue pudesse ver os filhos com mais freqüencia, e ainda por causa da ameça que ele lhe fizera, fazia amor com ele todas as noites, e quando ele queria. Embora uma parte dela gostasse de estar nos braços do marido, a outra se sentia vazia, já que aqueles momentos com Julian, eram apenas para que ela lhe desse outro filho.

Prófion, o Sacerdote do Mal, estava com tudo preparado para a união da Fonte, com sua nova rainha. Quando Prue chega e encontra Julian ao lado de um sacerdote, e fica a olhá-lo, pois sabia que após essa união, seu lado bom entraria em conflito com seu lado mal. E ela não sabia que lado venceria nesta batalha.

Agora não poderia fazer nada, ou aceitava e deixava a união procedir, ou era descoberta e ainda Julian compriria suas ameaças que lhe fizera, já que ele tinha lhe dado provas que realmente as cumpriria, quando ele a obrigará a escolher alguma pessoa na rua e matará essa pessoa na frente dela, rindo. Desde esse dia, Prue passara a não mais enfrentar Julian de frente, e muito menos ir contra as ordens ou pedidos dele. Não por medo de que acontecesse algo a ela, e sim que acontecesse algo com sua família, suas irmãs eram e continuavem sendo tudo que lhe importava, assim como seus filhos, e ainda Julian.

Prue se aproxima de Julian, que tinha a mão estendida em sua direção. Ela segurou a mão de Julian, e parou ao lado dele. Foi quando Prófion começou a conduzir a união entre Prue e Julian.

RESIDÊNCIA DAS HALLIWELL

Phoebe estava em sua cama com Andrea, a ouvindo chamar pelo pai.

O que ela não conseguia entender, como Andrea chamava por Julian desta forma, tentava entender, mas não conseguia. Sabia que a filha era muito ligada ao pai, mesmo Julian não morando na mansão, sempre que podia ele cuidava da filha. Nunca deixara a filha de lado, nem mesmo com o nascimento de Shawn e Shannen. Ele continuara sendo um pai carinhoso e amoroso com a filha.

Phoebe sai de seus pensamentos, pois a filha tinha feito o porta retratos, onde a foto era de Julian com ela no colo flutuar, e estava segurando na mão, sorrindo enquanto olhava para a foto do pai.

Phoebe leva a mão ao porta retratos, e ao segurá-lo, ela acaba tendo uma premonição. Onde após voltar a olhar para a filha, que estava sorrindo olhando para a foto do pai. Grita por Piper, por Paige e por Leo.

Piper entra correndo no quarto da irmã, com Chris no colo. Leo e Paige, aparecem no quarto de Phoebe, pois estavam na Escola de Magia.

-O que aconteceu?

Leo já nem faz pergunta alguma, apenas fica olhando para Andrea, que estava olhando para a foto do pai.

-Leo... para Prue se tornar realmente a rainha do submundo, ela teria que aceitar uma união maligna, assim como eu fiz?

-Exatamente. Assim quando isso ocorrer, Prue estará aceitando e tomando posse de seu lugar ao lado de Julian, no submundo.

Piper olhando para Chris, que sorria enquanto olhava para a prima.

-É uma foto do Julian? Onde conseguiu essa foto, Phoebe?

-Não fui eu Piper, estava com minha filha quando a peguei do berço.

-Andrea sente falta de Julian..

Leo pega a sobrinha no colo, ultimamente estava fazendo isso direto, cuidava de seus próprios filhos e de Andrea também.

-Ela é muito ligada ao pai. E por isso sente tudo o que está acontecendo com Julian. Não se esqueçam do quanto inquieta ela ficou, quando Prue morreu...

-Mas porque nos chamou?

Leo e Paige olham pra cima ao mesmo tempo, tinham acabado de serem informados que a união entre Prue e Julian havia sido acabada de ser concretizada, Prue era a nova rainha do submundo, e estava até gostando da idéia.

-A Fonte, se casou!

Piper já pensa de primeiro na irmã, e depois nos sobrinhos.

-Prue... Leo, você não pode fazer alguma coisa?

-Não, Piper.

-Temos que ajudá-la a vencer seu lado malígno, assim como fizeram comigo. De primeiro, Prue irá começar a gostar das coisas que irão acontecer, depois vai começar a participar... Só assim, ela se tornará realmente a rainha do submundo.