1. - Visitando Andromeda Tonks
Primeiro de julho.
Que dia estranho. Foi meu primeiro pensamento quando abri os olhos.
O sol invadindo a janela finalmente bateu nos meus olhos e eu me virei para o lado do criado-mudo, puxando o relógio para perto dos meus olhos. Meu cérebro começou a funcionar naquele momento, porque eu me toquei de que, sem meus óculos, eu nunca ia conseguir ver que horas eram. Tateei o criado-mudo em busca deles, eles sempre estavam ali do meu lado, mas não encontrei nada. Pisquei meus olhos e os esfreguei com as costas dos dedos, mas nada. Eu não ia conseguir enxergar aqueles ponteiros verde-limão de jeito nenhum. Bah, eu estava de férias, quem se importava que horas eram?
- Cadê meus óculos? - eu murmurei pra mim mesmo quando levantei da cama. - Padfoot.
E daí, você não precisa deles para ir até o banheiro.
Eu caminhei até o corredor, não sem chutar o batente da porta - deixando meu dedinho do pé pra trás - e xingar alto. Um vulto veio da porta vizinha e parou na minha frente.
- Já acordou, bela adormecida?
- Me devolve os óculos, Padfoot. - eu bocejei.
- Você parece uma criança chata e mimada quando acorda. - ele riu, me entregando o que eu pedi. - Ah, espere. Você é uma criança chata e mimada. Talvez, não mais uma criança, não é? - ele me deu um tapa nas costas.
- Hã? Ah, é. - Eu disse que meu cérebro tinha começado a funcionar, não que ele estava na sua velocidade ideal.
- Tá, você ainda tá dormindo. - Sirius balançou a cabeça. - Primeiro de julho de 1977, James "Prongs" Potter. Você é um homem, agora. Quer dizer, de acordo com o Ministério, mas eu tenho lá minhas dúvidas.
Então era por isso que o dia era estranho! Era meu aniversário! Eu sempre esqueço datas importantes! Sirius então me abraçou, e eu olhei para minhas mãos. Enrolado nos óculos estava uma fita vermelho-sangue. Meu presente. Olha a folga desse garoto!
- Puxa, obrigado, Padfoot. Foi o melhor presente que eu já ganhei até hoje. - eu ri.
- Que isso, não precisa puxar o saco, amigão.
- Você está usando sua jaqueta da sorte. Nós vamos a algum lugar?
- Visitar a Andromeda. Lembra, minha prima? - ele sorriu.
- Claro! O que nós vamos fazer lá? - eu perguntei, curioso.
- Meu tio Alphard deixou ela encarregada de me entregar a herança. Ele não gostava muito de Gringotes, sabe? Tinha um problema com os duendes. - ele respondeu, distraído.
- Legal! Sua prima é muito gente fina.
- É, eu sei. - ele agora tinha um sorriso malicioso. - Eu conheço muito bem sua...cof cof...simpatia pela Andie.
- Padfoot. - eu revirei meus olhos. Ok. Eu tinha tido uma queda minúscula pela Andromeda quando eu tinha uns doze, treze anos, mas essas coisas passam! Afinal, quando eu a conheci ela já era casada com uma filha. Mas ela era a mulher mais linda que eu já vi na minha vida. Será que ela se lembraria de mim?
Claro que não, James, você era só um pirralho.
É, eu só a vi umas três vezes na vida. A última tinha sido na véspera de Natal, quatro anos atrás, quando ela convidou Sirius - e por extensão, eu também - para passar o feriado com eles. Eu ainda me lembro de como ela estava elegante naquele vestido vermelho...
- Ei. Terra para Potter. - Sirius me cutucou.
- Ah, cala a boca, Pads. Eu não vou demorar.
- Tá, eu estou lá embaixo. - ele piscou pra mim.
Dez minutos depois, eu desci as escadas e encontrei Sirius e Remus conversando na sala de estar. A casa parecia estranhamente vazia.
- Ei, Moony! - eu sorri. - Quando você chegou?
- Agora há pouco. - ele me abraçou. - Parabéns, cara!
- É, é, 'brigado. - eu sorri ainda mais.
A semana de Lua Cheia tinha acabado de terminar e Moony ainda parecia muito cansado, mais cansado do que o normal. Talvez fosse porque dessa vez nós não estávamos lá com ele, os pais dele nunca iam permitir (e não é como se nós pudéssemos chegar neles e dizer "ei, nós somos animagos, não tem problema"). Ele também tinha mais arranhões pelo rosto do que normalmente teria.
- Vamos, então? - Sirius se levantou da poltrona.
- Onde está minha mãe, meu pai, todo mundo? - eu indaguei, olhando em volta do cômodo.
- Seu pai foi trabalhar, sua mãe foi...hmmm, acho que no supermercado, e...acho que isso é todo mundo. - ele deu de ombros.
- Ah, tá. Eu achei que minha mãe ia estar pulando em mim agora, chorando desesperadamente porque o filhinho dela é maior de idade agora. - eu disse, rindo mas meio desapontado.
- Ela vai fazer isso quando chegarmos. - Sirius sorriu.
Mesmo assim, aquilo era suspeito. Minha mãe no supermercado? E senhora Meredith Potter ia perder a oportunidade de dar me abraçar até tirar todo o ar dos meus pulmões? Alguma coisa tinha de errado.
Nós caminhamos até a lareira, do outro lado da sala de estar. As chamas estavam fortes, e com uma fraca coloração verde. Remus tinha mesmo acabado de chegar.
- Acho que podemos ir? - Sirius indagou.
- Espera! - eu segurei o braço dele. - Eu sou maior de idade agora! - eu sorri e ele sacudiu a cabeça, sem entender. Eu, então, peguei minha varinha no meu bolso de trás. - Eu quero fazer alguma coisa! Hmmm...mas o quê? - eu cocei minha cabeça.
- Flipendo. - ele atirou num vaso chinês que estava em cima de um pedestal, alguns metros de distância. Ele caiu e se partiu em milhares de pedacinhos. - Pronto. Agora você conserta, garotão.
- Padfoot, seu louco! - eu dei um soco no ombro dele. - É o preferido da minha mãe! E se não ficar bom? Ela me arranca a pele e serve no jantar!
- Eu tenho fé em você, Prongs. - ele riu. Eu fui até lá, apontei para os caquinhos no chão e exclamei "Reparo!".
- Perfeito, James! - Remus ria junto com Sirius. Eu franzi a testa.
- É. A primeira coisa que veio na minha cabeça quando pensei em fazer um feitiço foi "Ei, vou consertar o vaso da mamãe!"
- Foi emocionante, Jamie. Um momento para se recordar. - Sirius pegou um pouco de pó-de-flu nas mãos, ainda rindo muito.
- Ei, e o Peter?
- França. A mãe dele queria ver uma exposição de alguma coisa entediante no museu do Lutre. - Sirius balançou a cabeça.
- Louvre. - Remus corrigiu. - E não é entediante, é sobre a influência da bruxaria nas pinturas...
- Isso é que é emocionante. - eu dei risada, e Sirius sacudiu a cabeça, mexendo os lábios pra dizer "Tédio!"
- Chalé do Porco-Espinho. - Sirius disse, alto e nítido, e em segundos ele tinha desaparecido.
TUM.
- Epa...desculpa, Prongs.
- Não foi nada, Moony. - eu massageei meu joelho. O Remus não tem lá muito jeito com lareiras, por isso ele me arremessou ao chão quando chegou.
- Shhhh! - Sirius murmurou, olhando em volta do cômodo. Era uma sala escura, com muitos móveis de cores tão berrantes que, mesmo na escuridão, meus olhos estavam doendo um pouco de olhar pra eles. As cortinas estavam todas fechadas, daí a falta de luz no cômodo, porque com certeza lá fora o sol devia estar bem alto.
- Sirius...você avisou que nós estávamos vindo, né? - Remus perguntou.
- Claro que não! Quero fazer uma surpresa pra minha...
- SIRIUS!
E quem acabou sendo surpreendido foi o Sirius, por uma coisinha azul que veio correndo e pulou em cima dele. Quando eu consegui distinguir alguma coisa, vi que era uma garota, de uns dez anos, com os cabelos até a cintura, bem lisos e azul-marinho, que contrastava com o seu rosto bem branquelo e fino, e seus olhos pretos. Fazia tempo que eu não a via, mas tinha certeza. Era a priminha de Sirius, Nymphadora Tonks.
- Nymphadora, é você? - ele afastou a garota. - Minha nossa! Como você mudou!
A menina fez uma careta quando Padfoot pronunciou o nome dela.
- É, infelizmente, Nymphadora sou eu. - ela bufou. - Você também tá diferente! Oi James! - ela virou-se pra mim e acenou, sorrindo bastante.
- Olá! Ei, você já conhece o Remus? - eu apontei para o nosso amigo.
- Oooooh, eu acho que não. - ela saltitou até ele e estendeu a mão direita. - Nymphadora Tonks.
- Remus Lupin. - Moony apertou a mão dela, sorrindo.
- O que é isso no seu rosto? - ela logo percebeu os arranhões no rosto dele.
- Ei, onde está sua mãe, Nymphadora? - Sirius desviou o assunto.
- Lá fora, no jardim. Vamos, eu levo vocês. Eu ainda acho que você devia fazer alguma coisa com esses cortes, são horríveis! - ela disse, num tom casual, pegando a mão de Sirius e o puxando pra fora. Remus encolheu os ombros.
- Ela é mesmo prima do Sirius, não? - ele sorriu, sem graça.
- Liga não, Moony. Ela é só uma criança muito curiosa. - eu dei um tapinha encorajador nas costas dele e nós seguimos os dois.
Os Tonks moravam numa casa de campo ao nordeste de Londres, num lugar muito quieto e afastado. Ao lado da casa havia duas estufas; Ted Tonks era herbólogo. Em frente à casa tinha um jardim enorme onde uma mulher com um vestido florido amarelo-berrante e um chapéu enorme verde-limão estava ajoelhada, colhendo flores.
- Mãe! Mãe, o Sirius chegou!
Andromeda Tonks se virou e, Merlin... ela continuava linda! Os cabelos ondulados, castanho-escuro, os olhos que pareciam sorrir para nós...
Que poético, James! Agora volta pro planeta Terra.
- Olá, prima! - Sirius a abraçou.
- Olá, querido! Meu Senhor, como você está mudado! Olha só, como está lindo!
- Puxei isso de você, Andie! Sempre maravilhosa!
- Sempre conquistador. - ela respondeu, com um belo sorriso. - Jimmy! É você? Minha nossa, como estou ficando velha!
Jimmy? O que é isso? Eu tenho idade pra ser...er...hmmmm... eu não sou tão novo assim!
- Que isso, Andromeda! Você nunca vai ficar velha! Quer dizer, todos nós ficaremos um dia, mas em você, nem vai dar pra notar! Quer dizer...ai!
- Chega, Prongs. - Sirius, que tinha acabado de me dar uma cotovelada, exclamou, rindo. - Andie, esse é nosso amigo, Remus Lupin.
- Ah sim... eu já ouvi falar de você. Seu pai veio nos procurar um dia. Ele queria perguntar sobre os efeitos de certas ervas...acredito que seja por causa de sua "condição".
- Sim, Sra. Tonks, eu acho que tenha sido por causa disso. - Remus abaixou os olhos. Ela levantou o queixo dele com as mãos.
- Andromeda, querido. Me chame de Andrômeda. Você parece ser um rapaz adorável! Espero que essa peste não tenha te corrompido ainda. - ela gargalhou.
- Já era, Andie. Esses dois já estão no mau caminho faz tempo! Quer dizer, talvez não o Remus... ele é monitor, e há grandes chances dele virar monitor-chefe esse ano, coitado...
Remus revirou os olhos e riu.
- Vamos lá dentro, eu vou fazer algo pra vocês comerem!
Nós a seguimos de volta para casa, Nymphadora ainda observava Remus com curiosidade, enquanto ele tentava desviar do olhar fixo da menina.
- Então...com quantos anos você está, Nymphadora? - eu achei melhor distrair a garota.
- Por favor, não me chame pelo meu nome, ele é...horrível. - ela abaixou a voz pra Andromeda não escutar. - Eu ainda não sei porque ela tinha que escolher esse nome, com tantos outros melhores. Me chame de Tonks apenas! - ela piscou os olhos vivos.
- Ok, o que você achar melhor. Então, Tonks?
- Nove. Dez em algumas semanas. E logo vou estar indo pra Hogwarts! Me diga, é tão legal quanto dizem?
- É bem mais legal do que dizem. - eu sorri. Os olhos dela brilharam.
- Não vejo a hora... - ela sorriu, tirando uma mecha de cabelo que caia nos seus olhos e virando-se para Remus. - Ei, você não fala muito, não é?
- Er... eu gostei do seu cabelo. É...diferente. - ele deu de ombros.
- Sério? Mamãe diz que me faz parecer um diabrete sujo de óleo, mas hoje eu acordei gostando de azul escuro. - ela exclamou, saltitante.
- Você "acordou gostando de azul escuro"?
- A Tonks é uma metamorfomaga. - eu expliquei.
- Ah é? Puxa... isso é fascinante! E raro! - ele exclamou, interessado.
- Aham. É muito legal mesmo, olha... - ela fechou os olhos, apertando-os forte, e, de repente, o nariz dela se transformou num focinho de lobo. Remus deu um passo pra trás. - Ooooh, divertido, não? Eu sou uma fera...uma besta devoradora de gente, grrrrrrrrrr...
- Muito divertido. - Remus balançou a cabeça, meio desnorteado e apertou o passo.
- Qual é o problema dele? - Tonks me perguntou, como se tivesse se perdido em Hogsmeade à noite.
- Ele não gosta de lobos. - eu fiz a cara mais inocente que pude.
- É uma pena. Lobos são misteriosos e interessantes.- ela chacoalhou a cabeça.
- E aí, Andie? Como vocês vão indo? E o Ted? - Sirius perguntou, puxando assunto, quando nós chegamos na cozinha. Ele puxou uma cadeira com o pé e se sentou, e eu e Moony nos sentamos à mesa também. Nymphadora ficou balançando nas pontas dos pés, ainda olhando para Moony com muita curiosidade.
- O Ted está ótimo! - Andromeda, que estava de costas para nós, se virou. Ela estava carregando uma bandeja com quatro copos de leite e uma travessa de biscoitos. Ela estava sorrindo daquele jeito encantador - que me lembrava vagamente de alguém... - Ele está trabalhando agora. Um senhor meio maluco sofreu um acidente com umas beterrabas carnívoras durante um experimento.
- Que beleza. - Sirius gargalhou. Remus olhava de esguelha para Tonks de vez em quando, só pra perceber que ela ainda estava o encarando com um brilho no olhar. Eu ria baixinho dos dois. - Alguma notícia da nossa querida família?
A atmosfera da cozinha mudou depois disso. Sirius adora uma boa polêmica. Nymphadora cruzou seus braços e fez bico, Remo franziu um pouco a testa e toda a nossa atenção foi desviada aos dois primos.
- Narcisa vai se casar. Daqui a dois meses, eu acredito. É óbvio que eu não fui notificada disso, eu soube por uma colega de trabalho de Ted cujo irmão é muito amigo de Lúcio. - Andrômeda suspirou. - Ela sabia que minha irmã ia se casar e eu não. Eles são adoráveis, não?
- Se isso te consola, eu também não fui convidado. - Sirius exclamou, fingindo não dar muita importância ao fato. - Provavelmente eles ficaram com medo que eu, com toda minha selvageria, fosse entortar o nariz do noivo de novo.
Os olhos de Andromeda se encheram de lágrimas e eu me mexi na cadeira. Eu podia quebrar o nariz de qualquer Black que me aparecesse na frente agora.
- Eu escutei que vai ser uma bela cerimônia. Cheia de pompas e convidados "ilustres". Minha mãe nunca chegou a nos visitar nem quando a Dora nasceu. A Bella veio... com aquele marido nojento dela... me lembrar do quanto ela sentia desgosto de ser minha irmã e... - ela olhou para a filha com carinho. Tonks correu e a abraçou. - Olhe só, como eu sou boba, você não veio aqui para ouvir minhas lamentações, Sirius querido.
- Nem vem, Andie. - ele se levantou e a abraçou também.- Você é família. Você. Não aquele bando de narizinhos empinados.
Eu e Remus trocamos olhares de solidariedade. Sirius e Andromeda são ótimas pessoas, melhores que todo o clã Black junto. Eles não merecem nada disso. E por mais que eles estejam bem melhor sem aquela família maldita, é claro que ter uma família faz falta a eles. Eu não sei o que eu faria se meus pais me chutassem pra fora de casa...
- Bem, bem. - Andromeda enxugou as lágrimas. - Tio Alphard. É por causa dele que você veio aqui. Espere um segundo.
Ela voltou a sorrir e - CRACK - ela desaparatou . Hmmm, o sorriso me pareceu familiar de novo. Ela voltou à cozinha com outro CRACK.
- Aqui. quinhentos galeões. - ela entregou um grande saco de pano bordô com uma corda dourada o prendendo.
- Uau! - eu e Remo exclamamos juntos. - Eu não sabia que era tanto dinheiro, Pads!
- Isso é quase 75 por cento do que tio Alphard juntou a vida toda. Devo dizer que a tia Bernice não ficaria nada contente com você... se ela soubesse da existência desse dinheiro, claro. - Andie deu uma risadinha marota. Não é à toa que os dois são primos.
- Obrigado, Andie, obrigado mesmo. - Sirius estava sorrindo de orelha a orelha. - Você devia ficar com um pouco...
- Não, não, Sirius. Eu e Ted temos tudo o que precisamos. - ela sorriu significamente para a filha. - E você vai precisar disso. Já decidiu o que vai fazer com essas economias? É muito dinheiro, e muita responsabilidade. - ela disse, parecendo muito a minha mãe falando quando minha camisa está pra fora da calça.
- Eu vou comprar um apartamento , Andie. E também os livros desse ano, ainda que sejam desnecessários. - ele fez uma careta. - Eu não preciso deles, Andie. Você também não.
Não custou muito à todo mundo entender que ele não estava falando de livros.
- Como eu disse, nós temos tudo o que precisamos aqui. - ela meneou a cabeça.
- Vixe, nós temos que ir, Prongs. Foi ótimo ver você prima! Você também, Nymphadora. - Sirius se abaixou para abraçar a garota.
- TONKS! É TONKS!
- Dorinha, não grite com seu primo! - Andromeda pôs as mãos na cintura. Aaaaaah. Já sei quem ela me lembra. Lily.
- Tchau, Andromeda. Foi...muito legal te ver. - eu a abracei. Sirius riu bem alto e me deu um tapa nas costas, me sacudindo. Tá, eu estava envergonhado! Que coisa.
- Digo o mesmo, Jimmy. Você está lindo, sabia? - ela passou a mão pelo meu cabelo. - Você ainda não conseguiu dar um jeito nisso?
- Er...não.
- Eu gostei dele assim! - Tonks ficou nas pontas dos pés para bagunçar meus cabelos. Ela se virou para Remo e deu um abraço nele que quase derrubou o coitado. - Eu gostei de você também!
- O-obrigado. - Moony ficou vermelho feito um tomate. - Você também é bem interessante.
Remus pegou um punhado de pó-de-flu e jogou na lareira. Tonks acenava para ele com um sorriso tão grande que parecia que ela ia distender um músculo. E depois que ele desapareceu pela lareira foi minha vez.
Já em casa eu notei que estava tudo escuro. Muito estranho, porque já deviam ser quase meio-dia, e minha mãe sempre deixava todas as cortinas abertas. Estava tudo silencioso demais também. Tinha algo de errado mesmo ali.
- Moony?
- Espera, Prongs. - ele me segurou. Sirius apareceu também.
- Pronto, cheguei.
- O que tá acontecendo? - eu exclamei, alto, não entendendo bulhufas!
- Calma! Ô moleque desconfiado. - Sirius tossiu. - Esse pó todo ataca minha rinite.
- Você não tem rinite!
- Tenho sim. Você nunca percebeu o quanto eu...cof...viu?
- Sirius, você não tem tosse.
Sirius tossiu outra vez. E outra.
- Mas que... WORMTAIL! Eu estou tossindo, droga!
- Dá licença, Peter. - eu ouvi uma voz feminina conhecida de trás do sofá. As cortinas se afastaram. - AGORA!
- SURPRESA! FELIZ ANIVERSÁRIO, JAMES POTTER!
Primeiro capítulo! o/
Eu tinha que colocar uma pequena interação Remus/Tonks porque "Wotcher Wolvie" é fofo demais...
No momento, estou escrevendo o sexto capítulo. Assim que eu terminar, eu posto o segundo, e quando eu terminar de escrever o sétimo, posto o terceiro, e assim vai...
Bom, espero que tenham gostado!
Comentem, e até a próxima atualização! ;)
