6. - Sobre Garotas e Aniversários

Dois dias após a nominação de meu pai como chefe do Departamento de Segurança Emergencial, minha mãe me mandou uma coruja. Eu tinha certeza de que ela não sabia o que aconteceu de verdade com Archibald Jones; porque se ela estivesse sabendo, a carta teria um teor de desespero e histeria nunca vistos; porém, ainda assim, ela parecia alarmada. Meu pai, por outro lado, estava "esfuziante" - palavra dela - com a oportunidade de variar um pouco a rotina, sair do escritório e capturar alguns caras maus.
Eu não sabia o que pensar, pra falar a verdade. Archibald Jones e sua família pareciam mais e mais um mistério pra mim, principalmente porque eles pareciam cada vez mais entrar na minha vida, de um jeito ou de outro. Por que para o meu pai seria diferente? Mas, por que seria igual?
Por uma semana, esse era a única coisa sobre a qual eu sabia falar, e Sirius e Remus já estavam de saco cheio de me ouvir, então Padfoot decidiu colocar um ponto final em tudo isso:

- Você não sabe o que aconteceu de verdade naquela casa aquela noite. E você tem que confiar no talento do seu pai, ele é um dos melhores homens do Ministério. E além disso, você tem uma vida para viver, Prongs, e ela é curta, então eu sugiro que você esqueça isso, por enquanto. O senhor P. sabe cuidar de si mesmo. - ele disse, me dando um tapa encorajador nas costas.

O que ele disse não deixava de ser verdade, e meu pai não estava em menos ou mais perigo do que o resto do Ministério todo, então eu decidi livrar minha mente um pouco desses pensamentos e voltar um pouco a ser um maroto. Porém, isso não estava sendo fácil também: Remus estava dedicando boa parte do tempo livre para suas matérias de N.O.E.M, Peter estava mais ausente do que nunca (eu tenho razões para acreditar que uma certa lufa-lufa baixinha e gorducha tenha a ver com isso) e eu, James Henry Potter, estava cumprindo minhas obrigações de monitor-chefe. Lógico que não por minha livre e espontânea vontade, mas Lily Evans sabe que me convence facilmente das coisas. E por causa disso, Sirius tinha deixado de lado o "vamos provocar o Prongs e dizer que sua vida é uma miséria porque ele é monitor-chefe" e passado a crer que sua vida era uma miséria porque seus amigos não tinham mais tempo para ele.

- Isso não é justo, - ele reclamava na mesa da Grifinória, na hora do jantar - eu estou pra lá de entediado, e isso não faz bem à minha saúde.

- Você só precisa de um passatempo. - Arista concluiu, rindo.

- Prongs e Moony são meu passatempo! - ele respondeu, amargo.

Eu fingi estar limpando lágrimas do meus olhos e murmurei um "isso foi lindo, Siriusinho".

- Eu estou falando sério! Remus tudo bem, eu sempre achei que ele ficaria... - Sirius fez uma careta, provavelmente pensando na expressão apropriada - ...chato, com o passar do tempo, mas você, Prongs! Eu estou profundamente magoado! - ele fez uma imitação de uma lança atravessando seu peito.

- Chata é a vovozinha. - Moony balançou a cabeça, calmo como sempre. Sirius deu de ombros, com uma cara de "sim, ela é chata mesmo." - Eu só estou estudando, e vocês deveriam fazer o mesmo, só pra variar.

- Nós não temos o mesmo empenho que você, Moon. Nós até tentamos, mas nós simplesmente não conseguimos. É mais forte do que nós... - eu ri.

- Bem, eu não posso fazer nada se não sou brilhante como os dois gênios à minha frente, e além disso, eu tenho que pensar no futuro, não?

- Eu e James já sabemos o que queremos fazer, e o Ministério vai ser bem idiota se não aceitar dois Aurores como nós. - Sirius sorriu, orgulhoso.

- Aí que está, não Sirius? Eu não acho que o Ministério estaria tão ansioso em aceitar alguém como eu em qualquer cargo que fosse, não? - Remus levantou um pouco a voz.

- "Alguém como eu"? Pra mim você é igual a qualquer um daqui, Lupin. - eu disse, irritado. Eu não gosto quando ele fala dessa maneira, ele não é diferente e ele tem que acreditar nisso!

Remus pareceu meio magoado por eu ter usado o "Lupin".

- Não vamos ser ingênuos, James, você sabe que eles vão considerar isso.

- Pois não deveriam, e eu vou fazer eles não considerarem, nem que eu tenha que explodir a porta do Wizengamot e dizer isso na cara de todos aqueles malditos velhos senis que só sabem babar.

- Dumbledore ia com certeza adorar isso. - Sirius me lançou um sorriso divertido. Arista e Lily riram, mas era um riso nervoso. Até que Moony suavizou a expressão.

- Você é uma figura, James. - ele balançou a cabeça, com um sorriso triste. Qualquer um que conhecesse Remus Lupin perceberia que esse preconceito contra os lobisomens são totalmente infundados. Primeiro porque ele é bem mais civilizado do que eu e Sirius juntos, e segundo porque ele é uma pessoa incrível e ser um lobisomem é apenas um problema que ele carrega e do qual ele não tem culpa nenhuma. E eu realmente faria tudo ao meu alcance para ajudá-lo contra esse bando de hipócritas que se contorcem toda vez que alguém diz "sangue-ruim", mas não se importam nenhum um pouco quando lobisomens são discriminados.

Evans falou, quebrando o silêncio.

- Bem, acho que vocês deveriam considerar aposentar os Marotos. - ela observou, rindo.

- Aposentar? Nunca! Nós só precisamos se organizar, o fim de semana está chegando e quem sabe...

- Organizar? - Sirius olhou pra mim como se algo melequento e asqueroso tivesse saindo de minha boca. Ele jogou os braços pra cima. - Oh, Merlin...tá vendo o que você fez com o meu garoto?

- Eu não fiz nada! - Lily cruzou os braços, se defendendo. - O que posso fazer se a maturidade está finalmente começando a dar sinais, ainda que esporádicos, na cabecinha de seu amigo?

Todos riram desse comentário, e eu mais pelo sorriso tímido que Lily tentou esconder do que pela frase em si. Segundos depois, nós ouvimos um enorme POP vindo de uma das mesas atrás de nós. Nós todos nos viramos de uma vez, assim como muitos outros alunos, e eu, ajeitando meus óculos, percebi Marianne Krakowsky segurando um urso de pelúcia, de uns cinqüenta centímetros, marrom com uma gravata borboleta azul-celeste. Ela olhou em volta, seu rosto adquirindo uma coloração bem avermelhada, e escondeu o urso debaixo da mesa, afundando na cadeira como se quisesse se juntar a ele. Os corvinais voltaram a comer como se nada tivesse acontecido - imagina, deixar os pensamentos intelectuais deles para prestar atenção em algo tão banal! -, mas o resto do Salão estava tomado de risadinhas abafadas. Lily Evans e Arista Skyler tinham tomado as dores da amiga e observavam Sirius com um olhar inquisidor. Eu também não pude evitar de olhar pra ele, era óbvio quem tinha feito aquilo! Ele mastigou o resto do suflê doce de abóbora com calma e levantou os olhos pra elas.

- Veja só. - ele sorriu. - Esconder um urso de pelúcia em um pequeno envelope...devemos concordar que é um feitiço interessante, não? Quem teria feito uma coisa dessas?

- Alguém com muita criatividade e dinheiro herdado pra gastar. - Remus riu.

- E eu presumo que você saber que o urso de pelúcia estava dentro do envelope é apenas um palpite de sorte? - Lily cruzou os braços de uma maneira encantadoramente sisuda.

- Pois é, você é mesmo um fenômeno, não, Pads? Eu acredito que ele nasceu Vidente e nunca quis contar para nós. - eu brinquei. Lily virou-se pra mim e fez uma cara feia. O que, agora?

- Bem, eu não queria contar dessa maneira, mas já que fui encurralado...sim, eu tive a audácia de mandar um presente pra Krakowsky. Crucifiquem-me, garotas.

Lily revirou os olhos, e Arista soltou uma risada discreta. Então, ela esticou os braços de maneira artística e exclamou:

- Bem, Lily, você vai para a biblioteca estudar com o Remus?

- Sim. - Evans respondeu, escondendo um sorriso.

- Está bem. Então eu vou para o quarto, boa noite. - ela se levantou e saiu com uma certa pressa.

Eu olhei para Padfoot, e ele olhou de volta para mim. Havia algo no ar...nós ficamos nos encarando por segundos, tentando ler o que o outro estava pensando, quando...

- Oh, pelo amor de Morgana, é claro que ela não está indo dormir! - Remus gritou, exasperado. - Eu não acredito que vocês, os dois caras mais espertos de Hogwarts, deixaram essa passar!

- Remus! - Evans reclamou.

- Desculpe, Lils, mas essa eu não agüentei! Você viu a cara deles?

Por um segundo eu fiquei em dúvida se deveria sair atrás de Arista ou azarar o Moony por esse comentário, mas Sirius já tinha se decidido pela primeira opção e eu o segui.

- Hey, Riz! - nós gritamos quando a alcançamos na escada. - Rizzy Riz...minha querida...- eu joguei meus braços em volta dela.

- Er...o que vocês estão fazendo?

- Levando você para a torre da Grifinória, claro! Os tempos estão difíceis, querida Arista. Você não sabe se um sonserino nojento pode estar se escondendo atrás daquela inocente estátua! - Sirius gritou, e apontou dramaticamente para a estátua mais próxima, de uma ninfa dançando. Eu estou começando a achar que ele deveria tentar uma carreira no teatro bruxo.

- Vocês estão brincando, né? - ela ergueu uma sobrancelha.

- Óbvio que não! - eu balancei a cabeça. - Nós fazemos questão de que você chegue no seu dormitório sã e salva. Nenhuma garota indefesa deveria estar andando por corredores escuros a essa hora.

Nós passamos por um grupo de três moleques primeiranistas.

- Claro. Os corredores da escola são perigosíssimos. Olhe para aqueles três pequenos demônios! - ela revirou os olhos, sarcástica.

- Pois é, você nos faz de idiota, nós contamos uma história idiota pra você também. - eu falei, sério. Ela parou de andar.

- Está bem. Eu tenho um encontro.

Padfoot e eu nos olhamos mais uma vez e gritamos "A-há!" ao mesmo tempo. Arista tola, pensando que podia enganar nós, Prongs e Padfoot, as mentes criadoras de todos os malefícios dessa escola!

- Então, quem é? - Sirius perguntou, com uma expressão curiosa.

- Não é aquele babaca do Burkefield, é? - eu ajuntei.

- Não, nós terminamos no verão. Incompatibilidade. Eu não gostava dele e ele...bem, ele temia meus amigos. - ela suspirou. Eu e Sirius nos seguramos para não rir.

- Então? - Sirius perguntou.

- Não é da sua conta. - Arista deu um sorriso maroto e continuou andando.

- Arista, acho que nós já conversamos sobre isso antes. - minha testa franziu.

- Já, não James? - ela exclamou, impaciente. - E mesmo assim, você não entende, não é mesmo? Quando você disse que me amava como a uma irmã, eu respeitei sua decisão, mas não posso dizer que fiquei feliz com isso, nem que parei de gostar de você instantaneamente, mas eu estou tentando. E, francamente, você não está ajudando em nada.

Eu engoli seco, como se um balde de água fria acabasse de cair em cima da minha cabeça. Sirius fez uma mímica de um soco na barriga.

- E você, Padfoot, não precisa se preocupar, porque o ser mais insensível dessa escola é você, então eu estou livre desse perigo. - ela cruzou os braços, batendo o pé no chão e sorrindo, maléfica.

- Mulher, você está soltando as garras! - ele deu uma gargalhada.

- Agora, me desejem sorte. - ela suspirou.

- Boa sorte, Riz. - eu desisti. - Mas se você tiver qualquer problema...

- ...qualquer um que seja...

- ...é só nos chamar...

- ... e nós vamos revirar as entranhas do patife. - Sirius fingiu um olhar ameaçador.

- Eu sou amiga dos marotos, vocês sabem o quanto ameaçador isso já é para os homens? - Arista respirou fundo. - Mas se esse teve a coragem de dizer "sim", ele deve gostar mesmo de mim, não? E obrigada. - ela abraçou e deu um beijo no rosto de cada um de nós e saiu, saltitante.

- Ela disse "dizer sim"? - Sirius me perguntou. Eu balancei a cabeça afirmativamente.

- Uau. Arista está convidando caras para sair. O que aconteceu com esse mundo? - eu exclamei, descrente.

- Pois é, tudo está sendo consumido pelo caos! É melhor você correr e ir convidar a Lily para sair também, há uma grande chance dela dizer sim, e isso seria o fim do mundo como nós o conhecemos!

Eu dei um tapa na cabeça dele, gargalhando.

- Então, quer voar um pouco? - Ele me deu um tapa nas costas, mas antes que eu pudesse responder, nós ouvimos uma voz suave, tremendo, chamar Sirius num suspiro. Nós viramos juntos e os olhos azuis de Marianne Krakowsky nos observavam. Eu podia notar que ela estava numa disputa interna entre continuar parada ali no fim do corredor ou sair correndo.

- Posso falar com você?

Os cantos dos lábios de Sirius se contorceram num sorriso cheio de malícia. Ele olhou para mim e eu apenas sorri, o encorajando. Por mais que ele negue, Sirius gosta muito de Anne, e eu meio que sempre torci para que os dois se acertassem de novo. Isso sim seria um ótimo passatempo pra ele.

Ele caminhou devagar até ela, e ela parecia mais indecisa a cada passo que ele dava.

- Diga. - a voz dele ecoou, confiante.

- Em particular. - ela murmurou, meio constrangida, meio ela estava quase afundando no chão de tanta vergonha. Sirius estufou o peito; eu conheço meu amigo suficientemente bem pra saber que ele estava esperando tal reação. Ele virou-se para mim, seu sorriso alargado.

- Até amanhã, Padfoot. Tchau, Krakowsky. - eu acenei e segui para o dormitório dos monitores-chefes. Corri para meu quarto, peguei o espelho de dois sentidos e coloquei em meu bolso: certamente Padfoot ia querer me contar tudo no final, e eu mesmo estava muito curioso para saber o que tinha se passado! (Ok, ok, não são apenas meninas que são fofoqueiras, assumo!)

Eu me joguei na poltrona mais perto, e estiquei minhas pernas no encosto de braço, e antes que eu pudesse relaxar, senti um peso cair sobre minha barriga com um "tump". Abri os olhos com rapidez e vi Fedorento me olhando com preguiça.

- Ei, Fed. - eu fiz carinho em sua cabeça peluda. - Eu não quero ser mal-educado, mas você precisa sair desse quarto mais. Olha a sua cara de morto-vivo!

Ele ronronou, bravo, como se tivesse discordando da minha afirmação. Virou-se de costas pra mim e encostou a cabeça na minha perna, o longo rabo esbarrando no meu rosto.

- Vamos, eu falo sério, Fedorento. Hoje à noite, por exemplo. O clima está um pouco melhor, a noite está iluminada e não está ventando muito, aposto que tem vários ratos para você caçar lá fora, então...

- ...por que você está sentado sozinho nessa sala? - uma voz veio da porta. Eu ergui um pouco a cabeça para constatar quem estava falando comigo: claro que era Evans, ela mora aqui também. - Eu tinha certeza que você e Sirius...

- Dessa vez, ele que está ocupado. - eu dei um sorriso misterioso. - Anne pediu para conversar com ele.

O rosto de Lily se iluminou.

- Verdade? - ela murmurou, sentando-se numa poltrona à frente de mim, cruzando as pernas e ajeitando a barra da saia. Eu senti a sala ficar um pouco mais quente do nada... - Eu nunca pensei que ela fizesse isso. Anne pode ser bem teimosa quando quer, sabe?

- Imagino com quem ela aprendeu isso? - eu ri, e ela revirou os olhos, como sempre. - Mas eu pensei que você não ia gostar muito disso, afinal, você ficou revoltada com Sirius quando eles terminaram.

- E não é pra menos! Você se lembra do que o seu amigo fez com ela? Totalmente sem explicação, fez ela sofrer por algo infundado e...

- ...que não é problema meu. - eu suspirei.- Tudo o que eu sei é que ele gosta dela, por mais que não queira admitir.

- E eu posso dizer o mesmo dela, e é por isso que eu estou apoiando isso. - Ela cruzou os braços.

- Sim, porque quando duas pessoas gostam uma da outra, é assim que tem que ser. Elas vão acabar juntas, por mais que queiram adiar esse momento. - eu pisquei, passando a mão pelos cabelos. Provocar num faz mal, não? E causou efeito, porque Evans se remexeu na cadeira. - Por que você já voltou? Você e Moony não iam estudar?

- Íamos, mas...nós tivemos uma pequena discussão. Sobre vocês. Quer dizer, não era para ele revelar sobre o encontro da Arista.

- Ele é um maroto, apesar de tudo. - eu sorri, me sentando na poltrona (e Fedorento desceu do meu colo reclamando).

- Pois é, tenho que concordar. Vocês realmente seguram a barra um dos outros. - ela balançou a cabeça, sorrindo.

- Essa é a regra número um dos marotos. Nós morremos antes de entregar ou ferrar o outro.

- Admirável. - ela olhou nos meus olhos. - E quem diria que as palavras "regra" e "maroto" estariam na mesma frase um dia? - ela riu. Eu a segui. Então, nossa risada foi morrendo enquanto olhávamos um para a cara do outro. Eu tentava achar algo para dizer, e pela primeira vez eu não tinha uma colocação ambígua ou uma cantada bem usada para passar, e ela acabou me ajudando.

- Eu pedi à professora McGonagall autorização para trazer um piano para cá, talvez meu pai me dê um de aniversário. Ela ficou surpresa em saber que você também toca.

- Eu nunca soube quando é seu aniversário. - eu perguntei, verdadeiramente interessado. - Você nunca fez festas nem...

- Eu não gosto de festas de aniversário. - ela sacudiu o ombro. - Não as minhas, pelo menos. Trauma de infância. Petúnia, quando eu estava fazendo seis anos, além de assustar os meus colegas durante a festa inteira, na hora dos parabéns enterrou minha cara no bolo. Eu ainda fico com raiva quando escuto a risada dela. - ela franziu a testa. - Bem... digamos que agora a assustada é ela. - ela sorriu, de uma maneira sapeca. Eu gostei - MUITO - disso. Eu sabia que ela tinha esse lado, por mais que quisesse esconder. E eu também estava adorando saber mais dela. Ela poderia contar a vida toda pra mim, que eu escutaria sem piscar.

Tsc tsc. Esse não tem mais jeito...

Dá pra calar a boca, ô consciência mala?

- Ah, Evans, isso não é um exemplo que uma monitora-chefe deve dar. - eu fiz um sinal de não com o dedo indicador.

- Você conheceu Petúnia, não? - ela respirou fundo. - 29 de outubro. Meu aniversário. Se você quiser saber.

- Então ano passado, no baile de Halloween...

- Sim, eu tinha acabado de completar 16 anos na noite anterior.

- E você foi comemorar com o Seaton? - eu levantei uma sobrancelha. Ela fechou a cara.

- Ele não é tão mal!

- Mas você brigou com ele.

- Você não tem nada a ver com isso!

- Eu estou apenas comentando. - eu sorri.

- Odeio quando você sorri, assim, Potter. - ela bufou.

- Assim como?

- Assim, quando tem razão. - ela desviou o olhar de mim. Eu escutei bem? Vocês escutaram o que eu escutei? Eu não estou viajando, estou?

- Evans, Evans...

- Acho que está na hora de ir dormir. - ela se levantou, mas então uma coruja pequena, amarronzada, entrou zunindo pela janela e deixou um envelope no meu colo, voando pra longe logo depois. Lily franziu a testa.

- Aconteceu alguma coisa? Algum recado da McGonagall? Do Dumbledore? Dos seus pais?

Eu desdobrei o pequeno pedaço de papel. Ali, com letra redonda e bem cuidada, estava escrito:

Olá, James!

Acho que você ainda está acordado...posso ver a luz acesa aí em cima! Bem, amanhã é aniversário da Arandella, e ela ainda está muito chocada com tudo o que aconteceu e, bem, acho que uma pequena festinha vai melhorar os espíritos dela!
Eu falei com uma elfa-doméstica da cozinha e ela aceitou fazer um bolo de chocolate do jeito que a Della gosta. Muito simpática! Aliás, ela ficou bem mais disposta a nos ajudar depois que Della me perguntou na frente dela se você viria pra festa...
Bem, acho que você entendeu, vocês e seus amigos poderiam dar uma passadinha na segunda sala do terceiro andar depois da aula? Em especial aquela ruivinha que anda com vocês, Della a adorou!

Minha irmã ficaria muito feliz!

Atenciosamente,

Mia.

- Ah, nada disso! - eu respondi, aliviado. - Mia quer nos convidar pro aniversário da irmãzinha dela.

- Mia... - Evans coçou a cabeça. - Você está falando da Miranda Jones?

- Essa mesma.

- Mia?

- Foi como ela assinou o bilhete. Ela mandou convidar todos nós. Você em especial, afinal, foi você que consolou a menina aquela hora.

Evans me olhou de uma maneira estranha.

- Eu em especial? Hmmmm. Bem, por mim, tudo bem. Boa noite, Potter.

- Até, Evans. - eu acenei e entrei no meu quarto. Deitei na cama e verifiquei mais uma vez o espelho, nada de Sirius. Será que ele ainda estava ocupado com a Anne?

Krakowsky, Arista, Evans... algo definitivamente está acontecendo com essas garotas.


N/A: Ok, um mês e meio não é coisa que se faz. Eu mesma achei que não voltaria! Imperdoável, eu sei. Culpa da faculdade, eu tive milhares de trabalhos pra fazer, tudo junto! E por causa disso, eu não tinha inspiração nenhuma...eu preciso me organizar melhor.

Mas bem, estamos aqui novamente, eu, minhas notas de autora gigantescas, e Prongs! E há muitas coisas que comentar! Mas antes disso, um minirecado: Quem vai no Pottercon? Quem, quem? Eu vou! Sim, eu vou estar feliz e saltitante no Pottercon no sábado do dia 5, usando minha plaquinha identificadora (meu segundo EP EVER!), e se alguém aqui mais vai, me avisem, eu quero conhecer vocês!

Sim, agora, comentários.

MrsLilyGirl: Eu pergunto agora, onde está VOCÊ, criatura? Tem capítulo nove pra você betar, querida. Amo esse capítulo de Friends, mas a Lufa-lufa não é como a Mônica, ela é mais baixinha. XD O senhor P. está bem sim, por enquanto. (olhar assassino) Mim amar você também, dear mate!

Thata Radcliffe: Tá, o atualizar logo não aconteceu, mas digamos que James está fazendo progressos quanto a conquistar a ruivinha! Beijos pra você também!

Helena Black: hmmm...belas sugestões... vou anotar isso pra mais tarde! Obrigada, e continue lendo!

Pikena: Aaaah, você acha a Miranda legal! Alguém! Será que isso vai continuar? Beijos!

Olivia: Hmmmm sim sim... espero que você termine de ler a Prongs I também! XD Com essa demora toda minha pra atualizar, dava pra ter lido umas dez vezes... (Camys se batendo) Obrigada, e continue acompanhando!

Dani Potter: É, camas queen-size são muito sugestivas, huhuhu. Eeee, você também gostou da Miranda! Eu acho ela fofíssima... acho que ela vai ficar aqui durante um bom tempo. Nhaaaa, fico tão feliz que você gosta tanto da fic! Muito obrigada mesmo. E eu nunca canso de suas abobrinhas, viu? Beijos!

Titinha Potter: Nhaaaaaa, magina, quantos elogios...a gente num merece tudo isso não. XD Mas que bom que você gosta da Prongs, ela é meu bebezinho... Miranda, suspeita? Que isso... hehehe. Beijos!

Rayane Evans: É...infelizmente vai ter cada vez mais coisas sobre os comensais...obrigada!

A Kellynha Potter: Menina, muito obrigada! Fã de carteirinha, que isso...só minha mãe, e olhe lá! Nhaaaa, eu fico sem graça com essas coisas, mas muito obrigada MESMO pelos elogios! E sabe, eu estou muito contente que você disse que as cenas não ficam melosas, eu morro de medo disso. Porque eu tenho a tendência a ser melosa, por mais que eu deteste isso. XD Super beijo pra você!

Liv: Liiiiiiiiv, hey! (acena) Sim, James é tudo, viva o Jameeees! o/ Que legal que você tá lendo! E volta mais vezes!

Então, pessoinhas, agradeço a todos que lêem e comentam ou não comentam ou dizem alguma coisa no MSN, ou nos fóruns que faço parte... nhaaa, I love you all. E despeço-me com a esperança de voltar mais cedo dessa vez!

Até a próxima atualização!