12. Halloween em Hogsmeade

Era de manhãzinha quando eu acordei, esticando minhas pernas e braços na enorme cama e me espreguiçando. O sol que entrava pela janela e iluminava o quarto era fraco e apagado por nuvens carregadas; as árvores lá fora tinham perdido boa parte de suas folhas; o vento suave que batia era frio e não muito amigável; e Fedorento estava deitado no tapete numa posição bizarra, roncando. E ainda assim, eu respirei fundo e disse a mim mesmo:

-Que dia ótimo!

Eu levantei e comecei a me vestir, lentamente e com cuidado, escolhendo bem as roupas. Eu sempre colocava a primeira coisa que pulava de meu guarda-roupa, mas não naquele dia. Escolhi a melhor calça jeans que eu tinha (isso quer dizer, a menos gasta e/ou com menos furos no joelho), o meu mais novo suéter de lã bordô, um casaco preto que ganhei de Sirius algum Natal desses e um cachecol que tia Lucille fez para mim, quando era menor. Hmmm, ele ainda me parece tão comprido. Será que eu sou baixo demais? Será que ela vai notar isso?

Ok, relaxe, James Potter. Essa não é sua primeira vez, certo?

Eu ajeitei meus óculos sobre meu nariz, e passei a mão pelos meus cabelos, bagunçando-os o máximo que eu podia. Todas as garotas adoravam aquilo, por que ela detestava?

Bem, ela não era todas as garotas. Ela não era qualquer garota. Ela era Lily Evans, o motivo pelo qual eu estava me comportando feito um babaca lufa-lufa no primeiro encontro em sua vida. O que dizer e onde colocar minhas mãos nunca tinham sido um problema, já que eu nunca conversava muito e minhas mãos chegavam fácil na cintura das garotas. Mas é de Lily Evans que estamos falando, não? Eu tinha a leve impressão que contar a minha fajuta história de como eu quebrei o recorde da história de Hogwarts pegando o pomo em 2.5 segundos não seria tão impressionável. Então, eu me vi fazendo algo que nunca imaginaria possível.

- Olá, Lily. – eu sorri pro espelho, como se a imagem refletida ali fosse minha bela companheira de monitoria, e acenei. – Não, não, muito panaca... ei, como vai você, hã? – eu pisquei, passando o dedo indicador pela minha franja quase inexistente. – Nossa, péssimo. Bom dia, senhorita Evans! – eu fiz uma reverência. – Bah, eu pareço um elfo-doméstico. Aff. Que coisa.

- Acho que você se daria melhor sendo você mesmo, amigão. – meu reflexo comentou, rindo.

-Mas ela odiava o meu "eu mesmo"! – eu respirei fundo. – Bom, isso mudou não? E se eu cheguei até aqui...e se ela mesma propôs esse encontro, não vai dar errado, não? Quando é que James Potter se deu mal num encontro?

-Assim que se fala, cara! – o James refletido respondeu, dando um tapinha em seu próprio ombro e sorrindo. Satisfeito, eu fui até a porta, pigarreei, girei à maçaneta e caminhei para fora do quarto, solenemente. E...nada de Lily. Ok, ok, eu era o garoto, certo? Eu esperava, ela demorava.

Sentei-me por cerca de trinta e quatro segundos numa poltrona perto da lareira, e levantei-me novamente dela num pulo. E se Lily tivesse desistido? E se ela tivesse se arrependido de tudo que disse? E se ela já tivesse ido embora, pra encontrar outro cara, pra fugir de mim? O pensamento me sobressaltou de tal maneira que minhas mãos suavam frio.

Bata na porta dela, James. – minha consciência se manifestou. Boa. Mas se ela estiver dormindo? Ficará furiosa!

O Mapa...o mapa! Corri de volta para meu quarto, observei que tinha esquecido o meu espelho de comunicação com Padfoot e enfiei-o de novo no bolso e peguei o mapa. Examinei-o, e um pequeno ponto denominado "Lily Evans" andava de um lado para outro no dormitório da Monitora-Chefe. Uma Lily nervosa e indecisa negociando com o espelho o que dizer e onde colocar as mãos surgiu na minha cabeça e eu sorri, orgulhoso. O que quer que seja que você está fazendo comigo, garota, eu estou fazendo com você.

Voltei à nossa sala comum, escrevi um bilhete num pedaço de pergaminho solto no chão, deixei em cima do piano dela e desapareci pela porta.

Lá embaixo, na entrada do Castelo, muitos alunos se acumulavam para passar por Filch, que estava na porta conferindo o nome dos alunos que saíam de Hogwarts. Distingui a silhueta gigantesca de Hagrid do lado de fora, organizando as filas dentro das carruagens; e localizei um grupo de pessoas muito familiares pra mim perto da escada: Anne, Padfoot, Moony, Wormtail, Arista, um grupo de Lufa-Lufas, Takahashi, Cooper e Lisa Hamilton estavam reunidos, uns conversando com os outros. Padfoot foi o primeiro a me ver, e quando acenou pra mim, todos o acompanharam. Incluindo Lisa.

Lisa Hamilton. A corvinal Lisa Hamilton havia sido meu primeiro caso, quando eu era um garoto "ingênuo e pateta", como Sirius gosta de descrever. Ela era a garota mais interessante de Hogwarts pra mim, e ela namorava meu melhor amigo. Bem, não exatamente namorava, ela era mais uma das garotas de Sirius. E eu passava horas pensando nos cabelos compridos e negros dela, os olhos pretos e profundos, o sotaque engraçado de quem havia passado boa parte da infância no país natal, Estados Unidos. Seu pai era um famoso político trouxa, que havia conseguido alavancar a carreira após fazer amizade com o nosso Ministro. A mãe, diziam, havia ensinado a senhora Tybault a jogar bridge. E eu só queria saber de Lisa. Por dois meses ela namorou Padfoot, e por dois meses ela foi minha paixão, até o dia em que ele a deixou para levar Mary Mundchen a Hogsmeade. No dia seguinte, eu e Lisa começamos um namoro que durou seis meses. Meu único namoro duradouro até hoje. Ele terminou no dia em que as aulas do terceiro ano acabaram. No dia em que vi Lily Evans rindo com as colegas à beira do lago. No dia em que me recusei a ir para a casa de Lisa e conhecer os pais dela. E ela só voltou a me cumprimentar quando passávamos pelo corredor ano passado. Um "oi" murcho, sempre. Esse aceno tinha sido nossa maior e única fonte de comunicação em quatro anos. Por tudo isso, era meio estranho que ela estivesse ali, junto com todos meus amigos, sabe?

-Olá, todo mundo. – eu disse, sorrindo. Aproximei-me de Sirius, murmurando em seu ouvido. – Hamilton?

-Ela está com o Takahashi agora, não sabia? – Sirius apontou, displicente. – Bom, eu não estou surpreso. Acho que era o último cara que faltava pra ela em Hogwarts.

-Padfoot! – eu chamei a atenção dele, sabe-se lá porque.

-É verdade, Prongs. Você sabe que a garota se "revelou" depois que vocês terminaram!

Eu balancei a cabeça. Lisa tinha tentado igualar-se ao meu número de encontros, desde que terminamos. Que ela fosse feliz com o Takahashi, que pelo visto, adora uma Corvinal mesmo. Pra mim, agora, só existia Lily Evans no mundo.

-E você, tá melhor?

-Sim, sim. Desculpe por ontem à noite. Coisa da minha cabeça. – Sirius deu seu velho tapinha amigável em meus ombros. Ele olhou para Anne e puxou-a para mais perto, abraçando-a. Eles trocaram olhares significativos que não pude decifrar.

-Ei, Potter, onde está a Li? – Anne perguntou.

-Ela está descendo. - eu sorri enormemente. – Bela decoração, não? Realmente impressionante!

- A mesma de sempre, Prongs. Hagrid tenta, mas... – Padfoot riu. – Você, meu amigo, por outro lado, parece bem diferente hoje, uh?

-Ele está tão animado... – Arista piscou.

-E com um bom-humor... – Remus balançou a cabeça.

-E tão bem vestido! – Anne comentou, e Sirius deu uma cotovelada nela.

-Obrigado, obrigado. – eu me curvei. – É, eu to muito bem hoje mesmo. Ei, Cooper. E a Wickens? Todo aquele trabalho pra enfiar o irmão dela no time pra nada?

-Nessarose está com umas amigas, a gente deu um tempo e é tudo o que eu tenho pra dizer. Vamos indo, Kenji. – ele saiu, pisando duro.

-Eita. Bom, tchau, pessoal. – Takahashi acenou, rindo.

-Tchau! Até mais ver, James. – Hamilton virou-se pra mim e sorriu.

-Até, Lisa. – eu devolvi o sorriso. Mas que dia ótimo mesmo! Tudo estava dando muito certo!

-Ah, olha a Lily ali! – Anne exclamou. Eu me virei e observei Lily Evans no alto da escada. Ela estava maravilhosa, com aquela boina presa de lado em seus cabelos, parecendo prestes a cair. Eu estava fascinado por cada detalhe dela, incluindo o olhar de constrangimento e ansiedade que ela nos dava, parada ali.

- Oi. – ela disse séria, olhando fixo pra mim.

-Oi, Lily! – todo mundo respondeu. Ela fechou os olhos por um segundo. Aquele oi não havia sido para "todo mundo".

-Você está aqui. – ela murmurou.

-É, eu estou.

-E por quê? – ela perguntou com os dentes cerrados. Anne fez "hã?" atrás de mim, e Arista cochichou algo com Remus.

-Porque eu sou monitor-chefe e o Dumbledore disse que...

-Você sabe o que eu quero dizer! – ela lutava para não aumentar a voz. – Eu achei que... nós...você sabe... – ela ergueu uma sobrancelha. Eu estava me divertindo tanto!

-Iríamos descer juntos? – eu sorri.

O rosto dela ficou mais vermelho que o possível.

-Por que você escreveu "me encontre lá embaixo"?

-Porque eu queria que você me encontrasse aqui embaixo, ué! Aliás, você ainda está aí em cima. A gente ainda não se encontrou, Lily. Não tecnicamente. – eu sorri ainda mais.

-Er...você acabou de chamar ela de "Lily"? – Peter me cutucou. Eu o ignorei.

-Você está querendo causar uma comoção, não James? – ela piscou várias vezes.

-Comoção seria se eu estivesse te arrastando pela escada, Lily. Agora venha, minha linda, que as pessoas estão começando a comentar.

-Anne, me belisque, garota. Eu estou tendo uma alucinação! – a voz de Sirius soou, às minhas costas. – Ele disse "minha linda"?

Lily fechou os olhos mais uma vez, como se estivesse considerando algo, tomou ar e desceu as escadas. Meu sorriso, que crescia a cada degrau que ela pisava, parecia estar prestes a estourar um músculo meu. Quando ela pisou ao meu lado, segurei sua mão e, erguendo-a no nível do meu rosto, beijei-a.

-Um favor. Não me chame de "minha linda". – ela piscou, sorrindo e dizendo as palavras de maneira pausada. – Bom dia, James.

-Como você quiser! Bom dia, Lily. – eu pronunciei seu nome com orgulho.

-E você conseguiu exatamente o que queria, hã? Tá todo mundo olhando! – ela deu uma risadinha sem-graça.

-Três anos, Lily! – eu ri. – Além do mais, você causou isso, parando ali na escada. – eu peguei a mão dela e a levei para a porta. – James Potter e Lily Evans, Filch. Até mais, meu velho!

Filch resmungou algo que não compreendi, mas devia ser algo do tipo "velho é seu pai". Virei-me pra Lily e ela olhava para o chão. A mão dela parecia estar suando.

-Tá tudo bem aí? – eu perguntei, mantendo meu sorriso.

-É. Acho que tá. – ela sacudiu os ombros, respondendo com outro sorriso. Ouvimos a voz de Sirius atrás da gente novamente.

-Vamos lá, cambada, nada pra se ver aqui, circulando!


- Um quarto cheio de lírios!

-E desenhos dela! Ah, Jamie, eu não desconfiava desse seu romantismo secreto... – Arista ria.

-Verdade! Bem diferente de alguém que eu conheço...

Anne apontou Sirius ao lado dela e ele a puxou para um beijo praticamente desentupidor de artérias. É, eles estavam num dia bom também.

-Ah, não. Eu vou ter que agüentar dois casais, agora? – Moony reclamou.

-Nós não somos um casal! – Lily exclamou, se sentindo desconfortável. Eu me virei rapidamente pra ela. – Bem, não ainda. Quer dizer...a gente não tem um trabalho a fazer, Pot-digo, James?

Eu observei o bando de primeiranistas à nossa frente, pulando e cantando e fazendo todas essas coisas irritantes que crianças fazem. Eu nunca ia conseguir ficar sozinho com Lily!

- Peter é que foi esperto de sumir da gente. – Arista murmurou, fazendo uma careta em direção às crianças.

-Ele tinha que ser esperto um dia desses, não? – Sirius brincou, cutucando Arista. Mas ela estava olhando fixo para um ponto no final da rua principal de Hogsmeade.

-Oh. Er, será que a gente poderia deixar isso pra depois e...

-Não mesmo! Nada de fugir pro seu namoradinho, você prometeu ajudar! – eu exclamei, apontando o dedo pra ela.

-Potter, não seja chato! Ela não tem o dever de estar aqui! – Lily respondeu. Eu ergui a sobrancelha pra ela. – Digo, James.

-Tá bom, vai. – eu disse, balançando os ombros.

-Er...acho que vai demorar um pouco pra eu acostumar com seu nome. – ela sussurrou no meu ouvido, sorrindo envergonhada.

-Tudo bem, Lily. – eu pisquei pra ela.

-Olha ali...olha ali, Moony. Quem pensou que viveríamos pra ver isso, uh? – Sirius e Remus nos observavam, os braços cruzados, risadas formando-se em seus lábios. – Eles já discutiam como um casal antes, mas agora, eles fazem as pazes com beijinhos!

E Sirius começou a gesticular com as mãos, imitando duas bocas se beijando. Remus sacudiu a cabeça e revirou os olhos, rindo. Lily bufou e deu as costas pra ele.

-Se continuar com isso, num vai viver pra ver mais nada, moleque. – eu mostrei a língua pra ele.

Moony observou Arista correndo pela rua abaixo.

-É. Agora que eu tô travado com os casais mesmo.

Nós guiamos os pirralhos infernais a lojas "inofensivas" , como McGonagall nos recomendou, paramos em um show de marionetes (eu disse!) que contava a história do julgamento de Salem, e acabamos na DedosdeMel, que estava distribuindo doces de graça para todos. Foi lá que encontramos Peter.

-Hey, Wormtail! – eu acenei. Ele olhou pra nós e seus olhos pequenos começaram a brilhar.

-Caras! Eu posso...ficar com as crianças?

-Quê? – Lily exclamou, confusa.

-Eu estou negociando aqui, sabe? Eu dou a eles um lugar lá no começo da fila e eles me descolam "delícias gasosas". – ele piscou pra ela, marotamente. – É só um pote por pessoa, sabe, então eu estou fazendo um ótimo negócio aqui!

-Peter, isso é...é... eu poderia colocar você em detenção por isso! – Lily apontava o indicador pra ele, ameaçadoramente.

-E qual seria minha acusação? – ele resmungou, não se importando muito. – Eu acho que não tem regras em Hogwarts sobre comprar lugares na fila de Hogsmeade.

-Ok. Então eu te enfeitiço. – ela estreitou os olhos. – Devolve esses potes pras crianças, Pete.

Peter hesitou, olhando pra mim e procurando ajuda. Quando eu balancei meus ombros, ele respirou fundo e começou a entregar de volta potes e potes de pequenas bolinhas translúcidas que ficavam zigue-zagueando dentro do vidro.

-Assim está bem melhor. – Lily mexeu no cabelo dele.

-Olá, meus jovens!

-Ah, oi, Professor Flitwick! – Lily virou-se, adquirindo aquele olhar de respeito e submissão que ela sempre reservava aos professores que gostava.

-Os monitores-chefe! Cuidando dos pequeninos, não?

Puxa, como ele é bom pra tirar conclusões!

-Sim, senhor... – Lily afagou os cabelos de uma menina ao lado dela.

-Ah, você me parece cansado, meu jovem. – Flitwick me examinou, na ponta dos pés. – Por que vocês não descansam um pouco, vão comer alguma coisa, e eu fico cuidando das crianças?

-Tem certeza que não atrapalharíamos o senhor, Professor?

-Lily! – eu a cutuquei, falando baixinho. – Valeu, senhor! Eu estava mesmo querendo tomar uma cerveja amanteigada! Você vem, Lily?

Eu a puxei. Nos viramos e...todo mundo havia sumido. Onde eles tinham ido parar em segundos?

-Ali. – Lily apontou. Anne, Sirius e Remus nos acenavam, às gargalhadas. Momentos depois, eles saíram caminhando pela rua.

-Puxa, veja só, Lily! Acho que somos apenas você e eu agora. – eu pus meu braço em volta do pescoço dela. Ela suspirou.

-Se o Professor Flitwick não fosse tão ingênuo, eu diria que vocês tinham combinado isso.

-Você não deveria falar assim do seu professor, senhorita Evans. – eu sacudi a cabeça, fingindo reprovação. – Coincidências felizes acontecem, Lily! – eu sorri. E era basicamente o que eu poderia fazer naquele momento. Eu estava tendo o melhor dia da minha vida.

Nós caminhamos até o Três Vassouras, que estava apinhado de gente naquele dia. Assim que entramos, um ar quente e abafado invadiu meus pulmões. Parecia que havia um Sol ardido dentro do bar, tamanho era o calor - contrastante com a temperatura externa - que o lugar carregava. Com muita dificuldade, nós conseguimos alcançar o canto esquerdo do bar, e bem a tempo de encontrar um grupo de corvinais deixando sua mesa. Nós nos sentamos, e Lily abanou-se com a mão.

-Que calor aqui!

-Deixa que eu fico com sua jaqueta. – eu ofereci. Ela sorriu pra mim, mais vermelha do que o calor do lugar a deixaria, e me entregou a jaqueta jeans.

-Obrigada...James. – ela hesitou.

-Se você quiser continuar me chamando de Potter eu não ligo não, Lily. – eu observei, tentando soar compreensivo.

-Não, James, é que... é meio estranho isso, né? – ela se entreteu em examinar as mãos.

-É, um pouco. – eu balancei a cabeça. – Mas a gente se acostuma, né?

-É. – ela ainda olhava pra mão. Ficamos em silêncio por segundos que pareceram eternidade. – Ah, vamos beber algo coisa, está tão quente aqui!

-Ah, boa idéia. Ei, ei, Rosamund! Rosamund! Aqui!

Rosamund Rosmerta, a moça que trabalhava como garçonete no bar, passou zunindo pela gente.

-Um instante, Potter! – a voz dela soou distante. Momentos depois, ela reapareceu. – Ai. Muito movimento! Se essa bandeja não estivesse enfeitiçada, um monte de gente estaria banhada de...senhorita Evans! – ela sorriu. O olhar dela passou de Lily para mim e para Lily novamente. Ela tapou a boca, sufocando um risinho. – Olha só, quem diria!

Lily pareceu se encolher na cadeira.

-É, pois é, Rose. Como eu dizia... algo bem gelado pra gente, que tal?

-Ah, eu tenho o drink perfeito para vocês! – ela piscou e saiu como um jato.

-Olha só, bebida surpresa! – eu ri. Lily deu um sorrisinho.

-Potter! Ei, Potter!

Eu me virei e Bessie Kendricks acenava em minha direção. Ela estava acompanhada com dois garotos, que eu reconhecia terem saído de Hogwarts no meu quinto ano. Um deles, Basil McKiernan, havia jogado no time antes, e tinha sido substituído por Noah. O outro era Alvin Forrester, e estava sempre junto dos dois na escola. Eles caminharam até nossa mesa.

-Oi, Potter, como vai? Lembra-se do Basil e do Alvin?

-Sim, claro. E aí, tudo bom? – eu os cumprimentei, apertando suas mãos. – Tudo bom com você também, Kendricks?

-Ótimo! Eu estou trabalhando com meu pai em Gringotes, mas estou prestes a assinar com o Arrows para entrar no time reserva! E o Basil já está treinando para jogar nessa temporada! E o time, como está?

-Ah, Arista está cuidando muito bem dele por você, Kendricks. – eu pisquei.

-Ei, você...você é Lily Evans, não? – Bessie apontou para Lily. Ela balançou a cabeça, com um sorriso amarelo.

-Finalmente você conseguiu, hein, Potter! – ela deu uma gargalhada. – Lembra, amor, do quanto esses dois brigavam na escola?

-Verdade! Você era aquela garota que estava sempre em pé de guerra com os Marotos! – ele apontou pra ela, rindo também. Lily encolheu mais um pouco na cadeira. Esse povo não tinha mais o que fazer em Hogwarts, além de reparar na vida dos outros, é?

-Bom, as coisas mudam, sabe como é. – eu respondi, meio seco.

-Mas vocês dois realmente não se suportavam! Você, acredita, Basil, que nos exames finais, quando eu estava no sexto ano, eu saio do castelo e quem eu vejo brigando no meio do jardim? O Potter, eu lembro bem, estava perturbando aquele sonserino esquisitinho lá e...

-Rá rá rá, muito engraçado mesmo, Kendricks. Vocês não estavam indo embora, não?

-James! – Lily exclamou, surpresa.

-Tá, entendi, a gente tá atrapalhando. – McKiernan observou, rindo. Putz. Sério?

-Manda um beijo pra Skyler, Potter! E boa sorte vocês dois! – ela piscou e eles saíram.

-Dá pra acreditar nessas pessoas? – eu apontei. – Nem se mancam, hein?

-E você foi o Sr. Delicadeza, não Potter? – ela bufou. Eu ergui uma sobrancelha. – Desculpe, é mais forte que eu.

Nos olhamos e caímos na gargalhada.

-Algo está conspirando contra nós, Lily! Ou...a favor. – eu pisquei. Nesse momento, Rosamund Rosmerta apareceu quase que aparatando, ao lado de nossa mesa, trazendo um cálice largo como uma tigela, com dois canudos vermelhos de listras brancas e um guarda-chuvinha violeta decorando sua borda, circundada por uma fina camada de açúcar. O líquido viscoso que se espalhava dentro dele tinha uma cor esquisita, que ora parecia ser um laranja fluorescente, e segundos depois, parecia se transformar num vermelho vivo.

-O que é isso? – Lily perguntou, apreensiva, como se algo fosse pular do cálice e ataca-la a qualquer momento.

-Isso – Rosmerta apontou para a bebida, um sorrisinho significativo se formando no canto dos lábios – é a "Ambrósia Passional". Um dos drinks mais pedidos por aqui, sabe? - ela agora inclinara a cabeça pra trás, e o sorriso se transformou numa risada cheia de malícia. – Nós estamos batendo a Madame Puddifoot com esse aí!

E saiu, toda serelepe e saltitante. Lily parecia ter visto um fantasma.

-Ambrósia Passional. Hmmm, nome forte, não?

-E o que tem aí dentro? – ela apontou, com um olhar desconfiado.

-Bem, a gente não vai saber se não experimentar. – eu mexi os ombros, e saboreei um pouco do líquido.

-E aí? – ela me perguntou, curiosa.

-Há algo de morango... e um pouco de abóbora. Halloween. E eu sinto um gosto de canela também, e tem uma certa essência floral...

-Floral? – Lily cruzou os braços. – Por que alguém colocaria essência floral numa bebida?

-Aaaaaah, deve ser algum tipo de encantamento. – eu balancei a cabeça, como se tivesse acabado de compreender algo. – Porque essa essência é de lírio.

O rosto de Evans tomou-se de uma coloração avermelhada. Eu gargalhei, por dentro, claro.

-E você não vai experimentar?

-Nós vamos dividir o drink?

-Francamente, Lily, eu pensava que você era mais esperta. Olha o tamanho disso. Não foi feito pra se beber sozinho! E tem dois canudos. E se chama "Blábláblá Passional". Obviamente...

-Tá, tá. – ela suspirou e pegou um canudo. Seu rosto aproximou-se do meu conforme ela se abaixava para beber a ambrósia, e em um certo instante, a ponta de nossos narizes se tocaram. Os belos olhos verde-esmeralda de Lily cruzaram-se com os meus e o rosto dela corou-se de novo. Eu tinha deixado meu canudo já, e meus lábios se aproximavam dela, e meus olhos já se fechavam para o beijo iminente quando... ela se afastou.

-Lily? – eu perguntei, surpreso. Honestamente! Nós estávamos num encontro! Eu achava que tínhamos pulado essa parte do "eu vou fingir que não quero beijar você, Potter."

-Tá calor aqui, não?

-Lily. – meu olhar de desapontamento falava por si mesmo.

-Eu acho que vou sair lá fora pra tomar um ar. – ela se levantou, acotovelando e empurrando as pessoas em seu caminho da maneira mais gentil possível para sair do bar. Mas o que é que eu tinha feito dessa vez, hein?

Vai atrás dela!

E foi isso que eu fiz: seguir minha consciência, pra variar. Eu consegui com dificuldade passar pela multidão no bar e encontrei Lily lá fora, esfregando uma mão na outra, olhando para o nada.

-Lily, sua jaqueta.

-Ah, obrigada, James. E-eu esqueci. – ela pegou-a de minha mão e virou-se de novo pra rua.

-Lily. – eu a virei de frente pra mim. Ela torceu o nariz. – Por Merlin, o que foi? Eu falei algo errado, eu fiz...

-Não. E esse é o problema. – ela levou a mão à testa. – James, nós estamos indo rápido demais.

Ah, faça-me o favor! Muito rápido, do que diabos ela estava falando? Se fôssemos mais devagar, iríamos andar pra trás!

-Três anos, Lily, três! Onde que isso é rápido?

-Pra você, James! Eu acabei de descobrir que você é um cara legal e...

Eu franzi a testa.

-Quer dizer... bem...é um passo muito grande e...

-Lily, Lily. Deixa acontecer. – eu coloquei meu braço em volta do pescoço dela, dando um dos velhos sorrisos Potter. Ela deu um tapa na minha mão e tirou meu braço.

-Não me venha com esse jeito Potter de ser, eu falo sério. Eu pensei sobre isso, e eu sei que fui eu quem te convidou, mas...

-James Potter! Lily Evans! Já brigando de novo?

Lily fechou os olhos e bufou. Eu mesmo não teria acreditado ser quem era, se eu não tivesse me lembrado que tinha sido eu que tinha combinado que a encontraria em Hogsmeade. Miranda Jones. Por que, deuses, por que vocês são tão cruéis comigo?

-Mia.- eu cocei minha nuca.

-Legal ver vocês por aqui. – ela me deu uma piscadinha. Eita. – E aí, trabalhando muito?

-Rmrmrmrm. – foi o que eu ouvi Lily resmungar.

-Na verdade, Mia, a gente estava...

-Fazendo um intervalinho, posso ver, onde foram os primeiranistas? Bem, que bom que eu encontrei vocês, James, eu queria mesmo perguntar pra Evans se ela permitiria que eu roubasse você um pouquinho, mas que bom, vocês estão descansando!

-Evans? – Lily disse, praticamente espumando. O autocontrole dela deve ser muito forte mesmo.

-Mia, eu preciso te dizer...

-Ah, mas é só um instantinho! Eles têm um drink novo no Três Vassouras, chama-se "Alguma-Coisa Passional", dizem que é uma delícia! – ela soltou uma risadinha marota. – Eu queria saber se você não gostaria de experimentar comigo...Evans não se importa, não?

Eu, hein! Qual é a desse drink? Bom, Lily devia ter entendido qual era a dele, porque ela respondeu, bem irritada:

-Ah, que isso, Mia! Vá em frente! Se quer saber, eu também recomendo esse drink, sabe, nós acabamos de tomar um agora.

-Aaaah. Vocês...tomaram o...

-Sim, sim. – Lily deu um sorriso muito falso e, arriscaria dizer, maquiavélico. – A srta. Rosmerta disse que é o drink perfeito pra quem está num encontro, sabe?

Os lábios de Mia tremeram. E eu estava prevendo um desastre.

-Ma-as...vocês não estão num encontro. – ela virou-se pra mim. – Você nunca estaria num encontro com a Evans! Isso é algum tipo de brincadeira, é?

-LILY EVANS! LILY! – Lily gritou, respirando fundo depois. Um bando de garotinhas que saíam do bar começou a cochichar. – E não é brincadeira nenhuma, eu e James estamos num encontro, então você poderia, por favor, nos dar licença, Jones? – ela agarrou o meu braço e puxou-me para um lado.

-Com licença você! – Mia me segurou pelo outro braço. – Como assim, um encontro? Você detesta ele!

-Ei, ei, mocinhas... – eu murmurei, começando a sentir as faíscas passando de uma a outra. E eu no meio! Socorro...

-Quieto, Potter! Olha aqui, Jones, meus sentimentos pelo James, sejam lá quais tenham sido e quais sejam agora, não diz respeito a ninguém, muito menos a você. – E embora Lily se mantivesse com uma voz calma, eu podia sentir que o autocontrole dela estava se desmanchando.

-James, você não vai deixar ela fazer isso com você, vai? – Mia suplicou.

-Mia, por favor...

-Você não merece ele! – Mia me ignorou, gritando para Lily. – Eu fui legal e simpática com ele, e você sempre foi uma chata, arrogante e desagradável perto dele, e ele sempre fez tudo para agradar você!

-Perdão? – Lily agora tinha os olhos estreitados e as maçãs-do-rosto afogueadas. Pois é, eu, se fosse a Mia, realmente não arriscaria ir por esse caminho. – Eu conheço o James há muito mais tempo que você e a nossa história...

-Nossa história? – Mia gargalhou alto. Pessoas se aglomeravam em volta de nós. – Que história? Até pouco tempo, tudo que eu escutava dizer é que você não queria nem saber do James! James, você tem que escolher quem gosta de você de verdade e...

-Mia, eu não vou escolher ninguém. – eu franzi a testa, tirando a mão dela de meu braço. –Escuta, você precisa descansar e...

-Mas James...!

-Ok, ok, você já teve seus quinze minutos de fama. – Lily olhava pras pessoas em volta de nós, profundamente envergonhada. – Agora, por favor, nos deixe em paz. Vá embora, por favor.

-Ah é? – Mia jogou os braços em volta de mim. – Então me faz sair daqui, porque eu não vou a lugar nenhum.

-Miranda! – eu me desvencilhei dela. – Pára com isso, você está ficando doida?

-Não! Eu só acho que essazinha não merece ficar com você!

-Jones, eu não quero azarar você, vai embora! – Lily pegou a varinha de dentro do bolso.

-Ah é? Tá com medo, é? – Mia pegou a varinha dela. – Então vamos resolver isso! Bolg-

-Expelliarmus!

Mia foi jogada ao chão e sua varinha ergueu-se um meio metro do chão até cair, uma boa distância longe de nós. Pessoas gritavam "briga, briga, briga!" e Lily agarrou meu braço.

-Ai, meu Deus, o que eu fiz?

Nós corremos pra Mia.

-Desculpe, desculpe. – Lily pedia, tentando erguer a garota. – Eu não queria machuca-la, mas...

-Tire as mãos de mim! – Mia sentou-se no chão, emburrando.

-Mia... – eu ajoelhei ao lado dela. – Você tem que entender...eu gosto muito de você. E eu sempre quis ser seu amigo, desde o momento que eu te vi. Você é uma garota muito bonita, e simpática, e engraçada, e eu adoraria ter você na minha vida. – eu senti Lily me cutucando. – Mas...como amigo. E é isso. Eu não quero namorar com você.

-Mas...ela sempre...

-Mas é da Lily que eu gosto, Mia. É com ela que eu quero ficar.

Lily tateou meus braços e encontrando minha mão, apertou-a forte.

-Eu fui uma idiota, não? – Mia escondeu o rosto nas mãos. – Evans, eu não quis dizer aquelas coisas, eu estava nervosa!

-Eu sei, Mia. Eu também fiquei zangada, mas tudo bem. – Ela sorriu aquele sorriso meigo e perfeito que ela tinha. – E você pode me chamar de Lily. Como todo mundo faz. – Ela olhou pra mim rapidamente, por uma fração de segundo.

-E bem, se por alguma ironia do destino você também gosta do James, eu não me importo se você...

Um grito de pavor cortou o céu e interrompeu Miranda. Mais outros gritos foram seguidos de uma correria imensa que vinha do fim da rua e logo atingiu onde estávamos.

-Ah, Merlin, não, não! – Mia levantou-se de um pulo, apontando para algo no céu atrás de nós.

-O que é? – eu me virei para ver uma gigantesca marca entre as nuvens, de um verde vivo. Era uma caveira com uma serpente passeando pelos orifícios que seriam sua boca e seus olhos. – Mas, o que é isso?

Mia me abraçou, com lágrimas nos olhos. Ela parecia mortalmente assustada.

-Eles desenharam essa marca com sangue no chão de minha casa. E também a espalharam por todos os cômodos com uma tinta mágica que ninguém conseguiu limpar. É a marca deles. É a marca dos Comensais da Morte.


N/A: Tan tan tan!

Merlin, mil desculpas. MIL DESCULPAS mesmo. Meus dias, desde 6 de março, têm sido uma correria! Além disso, meu cérebro desligou automaticamente a parte "criatividade" dele, e eu mal consigo escrever Prongs mais. É um desespero, mas estou tentando! D

De qualquer maneira, aqui está o capítulo novo! Yey! Esse capítulo, na verdade, tem duas partes: a bonitinha e a dark. Acho que deu pra sacar pelo final dele... sim, Comensais farão uma aparição ao vivo e a cores. E que aparição... Camys rói as unhas Vocês vão me chutar na canela pelo que eu irei fazer, mas bem...a história tende a tomar um rumo mais assustador agora. Mas eu garanto que depois do capítulo 13 haverá coisas felizes. D

A campanha de dez reviews continua! E meeeeeu, muito obrigada por todas as reviews! Vocês não têm idéia do quanto elas me deixam felizes. Elas fazem meu dia!

Tally: Hahaha sabe que o melhor da tia JK não falar dos Marotos é isso: a gente imagina como aconteceu. XD Eu também tô querendo saber quem faz o Sirius...ainda. E o coitadinho realmente não merece a família que tem!

Luiza: Que bom que não ficou meloso! Meu maior medo hahahaha. Bom, a trégua dura mais um pouco. Ainda mais depois desse ataque de ciúmes da Lily hehe. Mas ela vai acabar, eventualmente. Como eu sou má! XD

Pikena: O capítulo anterior é o meu preferido, tanto da Prongs II como da anterior! Foi o que eu mais me emocionei escrevendo...e a amizade de Prongs e Padfoot é tão linda mesmo, dá vontade de chorar!

Mamai black: Como você adivinhou que Mia ia vir e (quase) arruinar tudo? Hahahahahahaha. Bem óbvio, não? Ela tentou, mas não conseguiu. Eu também prefiro a Lily, cá entre nós...

Kate kiskin: Você entende a relação dos dois? Por que, você tem um irmão como o Regulus, coitadinha? Obrigada pelo review, volte mais vezes hehe

Paty Evans: Aaaah, verdade. A gente até gosta de ver os dois brigando, mas James e Lily juntinhos e de bem é mais lindo ainda! E o Regulus num vale o irmão que tem mesmo...ele deveria escutar mais o Sirius!

Guest: Olá, senhorita visitante! Hahaha. Gente, eu me surpreendo cada vez que vem alguém e diz que leu a Prongs I de maratona. Como vocês conseguem me aturar por tanto tempo? XD Bem, quanto à data de aniversário da Lily...eu que a escolhi. A JK nunca mencionou o aniversário dela, ou se mencionou eu não sei. Fui eu que decidi isso. Você vê, eu gosto de deixar "dicas" e "coincidências", quase invisíveis, em minhas histórias. E essa é uma delas. Sempre que eu estou num cemitério, eu fico vendo as lápides, e fazendo contas pra saber com quantos anos a pessoa morreu (mania mórbida, não? Hehe) e toda vez que eu encontro alguém que morreu perto do aniversário me dá um gelo... acho que é porque eu adoro meu aniversário, pra mim é um dia tão alegre. E é bem irônico sua vida terminar assim, no mesmo dia que ela começou. Por isso eu escolhi isso. E é por isso que a Lily odeia o aniversário. ;-)

Jhu Radcliffe: Olha, tecnicamente, eu atendi seu pedido! NESSE capítulo não há comensais. Haha. Já o próximo... e eu também quero um James aqui em casa!

Mily McMilt: Aaaah, obrigada pelos elogios, moça! Beijos!

Grace Black: Sério que você chorou? Puxa! Desculpa... eu não queria fazer pessoas chorarem hehe. James também não gostou nada de ser monitor, mas agora ele se acostumou! Bem, pelo menos um pouco hahaha. Brigadão pela sua review! E vê se deixa mais a partir de agora, viu?

Jehssik: Mais uma que foi ler a Prongs I pra entender essa doideira aqui...você merece uma medalha, viu? Muito obrigada! E continue acompanhando que eu continuo atualizando ;-)

Liv: Liveta! Pode vir comentar! Ainda que você tenha colocado a Mya na sua lista negra, eu continuo amando você. Hehe. E essas Myas/Mias da vida do James...beijão, sobrinha!

Leka Evans: Oi, menina! Brigada por vir comentar! Eu gosto do Regulus, sabe. E gosto de pensar que ele é o R.A.B, apesar de ter quase certeza que num é. Hehehe. Nhá, eu demorei pra atualizar, puxa minha orelha! Mas eu vim! Beijão!

Washed Soul: Ele veio, ele veio! Valeu por esperar...pode puxar minha orelha você também D

E eu queria mandar um beijãozãoão pra minha beta Naty (Mrs.LilyGirl), que está fazendo aniversário hoje! Mate...o que você achou do seu presente-atualização-da-fic? Hahaha. Amo você, viu? Parabéns e muitas felicidades, minha Pads!


Cenas do próximo capítulo:

-Comensais? Aqui? Não pode ser! – eu sacudi a cabeça, incrédulo.

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Ela sorriu. Mas não havia nada de esperança ou alegria naquele sorriso. – James...nós estamos perdidos, não?

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-Prongs, atrás de você!
A voz de Sirius soou no corredor.

Não deixem de comentar! Até mais!