Capítulo 4: Romance

'Sonhei com a pessoa amada. Desde então ... tudo havia fugido do meu controle, o afeto, esse desejo doce, triste e sedante. Eu quero que isso seja eterno, quero te-lo como algo definitivo. Eu vou conseguir, aquele juramento continua vivo dentro de mim' – Shigure, Furuba 3

No dia seguinte Tohru e Yuki sem cedo para a base secreta dele, enquanto Akito ainda dorme no quarto da Tohru. Shigure adentra o quarto, senta na beira da cama e observa ela dormir, sorri ao ver que seu semblante está tranqüilo e que ela tem uma aparência bem melhor.

Akito acorda e se depara com Shigure a observado, se assusta.

- Ohayo- diz ele acariciando o rosto dela- dormiu bem?

Ela sorri- Hai, mas o que está fazendo aqui? Onde está Tohru?

- Oras, eu vim aqui lhe fazer companhia, que bela recepção – diz bravo- E também tenho uma surpresa para você.

- Gomen ne- diz Akito e se senta na cama

- Como eu vi que você está recuperada, vou te levar para um lugar. Venha, vista-se que vamos sair. Na verdade eu trouxe algo que gostaria que você usasse para mim- sorri e lhe entrega uma caixa quadrada florida não muito grande, amarrada com um bonito laço

Ela pega a caixa e olha para o embrulho com curiosidade- O que tem aqui dentro?

-Abra- diz sorrindo

Akito desenrola o bonito laço que envolve a caixa e retira a tampa, dentro tem um vestido, ela olha para o vestido sem entender.

- Quero que você use para mim hoje- diz sorrindo

- Akito retira o vestido da caixa- é bonito, mas o que deu na sua cabeça em pensar que eu usaria um vestido? E meu segredo?

- Para onde vamos seu segredo não importa, é só para mim, imaginei que você ficaria meiga nesse vestido. Você não está na sede, ao menos uma vez lhe permita ser mulher por completo.

Ela cora- Hai, então saia para que eu possa me vestir- diz expulsando ele do quarto.

Demora bastante até que finalmente abre a porta do quarto trajando o vestido branco. O vestido é de manga curta, decotado deixando os ombros de fora realçando seus seios. É justo até a cintura e ligeiramente rodado até o joelho.Ela abre a porta do quarto meia encabulada.

Quando Shigure a vê sente vontade de agarra-la, mas se contém.

- Eu estava certo, você ficou meiga, vamos?- sorri e pega na mão dela

Pegam um táxi e ele a leva para almoçar em um aconchegante restaurante chinês do outro lado da cidade.Após o almoço pegam outro táxi e saem da cidade.

- Gure-san, para onde estamos indo? –pergunta olhando da janela

- S-U-R-P-R-E-S-A- diz se aproximando dela e lhe dando um beijo de leve nos lábios.

Cerca de 1 hora depois começam a subir a serra chegando em uma das propriedades da família souma, a casa de campo onde tem as fontes termais.

- Shigure- começa ela com um olhar de reprovação- não posso entrar ai usando um vestido, as pessoas me conhecem.

- Eu sei, já pensei nisso também, tome- he entrega um quimono preto- vista por cima.

Akito veste o quimono antes de descer do táxi. Na porta, o casal de empregados da casa se surpreendem ao ver o patriarca ali sem ter avisado com antecedência. Shigure pede para que eles preparem dois aposentos e o jantar enquanto eles vão sair para passear um pouco.

Shigure leva Akito em direção ao riacho, ela olha com curiosidade para tudo ao seu redor; já estivera uma vez ali mas nunca havia saído de casa.

Chegam nas margens no riacho, a garota retira o quimono preto e os chinelos e caminha por entre as flores de vestido e pisando descalça na grama fofa e macia. Ele se senta debaixo de uma árvore e apenas a observa e silencio, a garota branca, trajando um vestido também branco que se opõe ao negro de seus olhos e cabelos. O sol ilumina seu rosto e o vento esvoaça seus cabelos enquanto ela colhe flores, sorri, parece haver vida.

- Ainda se parece com uma garota, a garota pela qual eu me apaixonei antes mesmo de nascer- pensa

Então, ela se senta na beira do riacho e coloca os pés dentro da água que está fresca.

- ... mas que se transformou em uma bela mulher- se aproxima dela lentamente e a surpreende em um abraço.

Akito coloca a mão na água e começa a jogar nele, então ele desfaz o abraço, se ajoelha ao lado dela e faz o mesmo, mas antes que ele consiga molha-la ela se levanta e foge dele. Shigure é mais rápido, alcança ela com facilidade, pega ela no colo e pula dentro do riacho;

- A água está gelada- reclama ela- vou ficar doente desse jeito, e eu também não trouxe nenhuma outra roupa

- Não vai ficar doente não- preocupado- vamos sair daqui e você vai tomar um banho nas termas, vamos

Sai com ela de dentro do riacho e a coloca no chão, o vestido que era branco agora está encharcado e transparente marcando as formas de seu corpo, Akito cora embarassada. Shigure olha e tem vontade de agarra-la, mas se contém. Ajuda ela a vestir o quimono e voltar para a casa.

- Gure-san, eu não posso tomar banho nas fontes, vão descobrir o meu segredo.

- Não se preocupe, você toma banho comigo, na parte masculina mesmo, ninguém vai vir nos incomodar.

Akito olha para ele desconfiada

- Não se preocupe, eu não vou te agarrar nem ficar olhando você nua

Ela cora. Continuam andando de mãos dadas em direção à casa . quando chegam mais perto soltam as mãos.

Akito vai até o vestiário masculino mesmo para que ninguém desconfie. Deixa seu vestido e o quimono e enrola uma toalha acima dos seios e entra rapidamente na fonte para que ninguém a veja. Shigure adentra a casa e pede para que o jantar seja servido as 7 horas e para que ninguém os incomode nas fontes.

Então Shigure entra no vestiário pra se trocar também e então se dirige ate as fontes. Akito já está lá perdida em pensamentos de olhos fechados, ele sorri e a observa, observa sua pele branca e delicada, seus cabelos negros, as formas suaves de seu corpo semi-reveladas, permanece um tempo apenas observado extasiado pelo amor que sente por aquela garota, mas mantém uma certa distancia dela para não despertas a desconfiança dos empregados.

Tempos depois Akito abre os olhos- Shigure, não vi você entrando

Sorri- é porque você estava relaxando e eu não quis te atrapalhar

- Não inventou de ficar me olhando enquanto eu estava distraída não é?- pergunta com um olhar desconfiada

- Não, imagina- sorriso cínico- mas, a água está boa?- pergunta mudando de assunto.

- Sim, está, mas estou com fome.

- O jantar será servido as 7 horas, acho que ainda temos algum tempo até lá.

Akito volta a fechar os olhos e relaxa. Ficam em silêncio.

Cerca de meia hora depois, Shigure chama Akito e os dois saem das fontes, ele com uma toalha amarrada na cintura e ela com uma acima dos seios. Vão até o vestiário. Shigure não mais resiste ao vê-la tão sedutora e a puxa delicadamente pela mão e a beija. Abraça Akito bem apertado mas então, descuidadamente deixa a toalha dela se soltar, ela abaixa e pega a toalha e se enrola novamente toda embarassada, olha indignada para ele

- Gomen, foi sem querer

Mas já era tarde demais, Akito já tinha levantado a mão para lhe dar um tapa no rosto, mas Shigure segura o braço dela e a beija novamente.

Então, um de costas para o outro se trocam e vestem quimonos secos. Saem do vestiário e adentram à casa. O jantar acabara de ser servido. Os dois se ajoelham nas almofadas e se preparam para comer.

- Itadakimassu

E começam a comer em silêncio. No cardápio arroz, sushi e outras iguarias japonesas.Os dois estão em silêncio, Akito, ainda embarassada com o que aconteceu no vestiário, mal olha para ele.Shigure se diverte ao ver o jeito dela

- Você foi completamente louco em me agarrar dentro do vestiário, alguém podia ter visto.-cora

- Gomen, foi sem querer, eu me atrapalhei e soltei sua toalha, mas foi tentador te ver nua ...

Antes que ele termine voa um tapa no rosto dele.

- Ai Akky-san, você bate forte- fazendo drama. Ela ri

Nesse instante os empregados da casa adentram para cumprimentar o patriarca e avisarem que os aposentos já estão prontos.

Após o jantar, Shigure e Akito passeiam um pouco pelos jardins, até que ela diz estar cansada e se retira para ir dormir. Shigure a acompanha até seus aposentos e decide ficar com ela até que ela adormeça. Ajeita ela o futon e a abraça, percebe que se corpo está quente, se preocupa.

- Akky-san, você está com febre?- pergunta, preocupado, mas coloca a mão no rosto dela e percebe que está fresco- Não, ainda bem, se não Haa-san ia me matar. É isso que dá ficar tempo demais nas fontes- sorri e acaricia o rosto dela.

Akito nada responde, apenas observa Shigure por um tempo, então se aproxima dele e o beija. O rapaz a abraça novamente e suas mãos deslizam ate a cintura dela. Começa a desamarrar o cinto que prende seu quimono. Coloca a mão dentro do quimono dela deslizando-as pela pele macia dela e pelas formas delicadas e suaves de seu corpo. Retira o quimono deixando-a nua, também fica nu, se entregam um ao outro de corpo e alma e ainda nus, dormem abraçados.

O sol quente de verão nasce iluminando o quarto. Akito acorda e vê Shigure ainda em seus braços, sorri. Ele que estava semi-acordado a abraça apertado

- Ohayo, Akky-san, dormiu bem?

- Sim –sorri e começa a se levantar ainda nua. Shigure a puxa suavemente pelos mãos

- Fique mais um pouco comigo. Está gostando do nosso passeio?

Ela volta a se deitar ao lado dele- sim, parece um sonho, um sonho do qual não quero acordar.

- Isso é real, eu falei que ia te salvar e estou fazendo. Eu nunca mais vou te abandonar, a não ser que você me mande embora. Eu te amo, mas por instantes cheguei a pensar que você tivesse se esquecido disso quando...

- Não- ele a interrompe- eu nunca me esqueci nem do seu amor, nem da sua promessa. Eu estava sozinha e carente naquele dia e eu e Kureno acabamos nos envolvendo e confundindo os sentimentos. Mas eu não me arrependo, apesar de descobrir que não o amava, foi a primeira vez em que eu me sentir realmente mulher. Mas eu pensei que você tinha deixado de me amar quando dormiu com aquela mulher. Eu sofri porque me dei conta que realmente te amava.

- Você não entendeu nada, eu só dormi com aquela mulher porque você dormiu com o Kureno, e eu me arrependo porque meu ato te fez sofrer, e magoou e te distanciou de mim. Foi difícil te reconquistar depois disso. E apesar de eu já ter dormido com você algumas vezes, essa foi a primeira vez em que você realmente se abriu para mim e se entregou de corpo e alma- sorri e acaricia o rosto dela- Akky-san, esqueça tudo isso, se ficarmos pensando e lembrando disso não seremos capazes de viver o hoje , o que importa é que estamos juntos agora, que eu te amo e quero ficar ao seu lado.

- Eu também, você faz eu me sentir mulher

- Mas você sabe que não posso assumir nosso relacionamento, certo? Tão pouco poderemos nos casar ou você poderá ter filhos. Você também não pode ficar morando comigo na minha casa, embora essa seja a minha vontade.

- Sim, eu sei, também gostaria de tudo isso, mas não posso.

- Pois mesmo não podendo me casar co você, considere isso nossa lua de mel e a partir de hoje me considere como seu marido., pois eu te considero minha esposa e esse será nosso segredo

Ela sorri e beija ele. Mais uma vez eles se amam.Ainda ficam um tempo abraçados em silencio, até que decidem se vestir e ire tomar o café da manhã. Depois passeiam o dia todo, retornando somente no final da tarde, então pegam um táxi e retornam para a casa do Shigure.

Começa a escurecer, Akito observa da janela o sol se pondo, as arvores de cerejeira, as montanhas e então olha para Shigure ao lado dela e deita a cabeça em seu ombro. Ela não sabe o que terá que enfrentar daqui pra frente, nem o que vai acontecer, mas ela tem Shigure ao seu lado, ela não teme mais nada e sabe que juntos podem procurar a cura para a maldição. Cansada, ela adormece

Chegam na casa do Shigure já d enoite, Akito acorda quando o carro pára.Hatori já está parado na porta da casa com u olhar de reprovação pronto para dar uma bronca em Shigure, mas quando vê os dois abraçados descendo do carro muda de idéia. Apesar de Akito estar sonolenta, ela sorri e parece feliz, seus olhos te brilho, parecem ter vida.

O jantar já está servido e todos jantam animadamente