CApítulo 6: O retorno
Nota da Autora: Finalmente sai um pouco do Cd do Savage Garden e coloquei uma música diferente aqui. Pena que eu só descobri essa música agora, ela seria perfeita para o começo da fic e até para o nome da minha fic...Bom eu ouvi essa música em português no musical ' O fantasma da Ópera, a música se chama: ' That´s all I ask" achei que tinha tudo a ver com Gure e Akito.
"No more talk of darkness,( não mais conversa sobre escuridão)
Forget these wide-eyed fears. ( esqueça os olhos arregalados de medo)
I'm here, nothing can harm you ( eu estou aqui, nada pode lhe fazer mal)
My words will warm and calm you. ( minhas palavras irão aquecer-lhe e lhe acalmar)
Let me be your freedom, ( deixe-me ser sua liberdade)
Let daylight dry your tears. ( deixe a luz do dia secar suas lágrimas)
I'm here, with you, beside you, ( eu estou aqui com você, do seu lado)
To guard you and to guide you...( para guardar-lhe e lhe guiar)
Say you love me ( diga que me ama)
Every waking moment, ( todo o momento de despertar)
Turn my head with talk of summertime...( Mude meu pensamento com histórias de verão)
Say you need me with you, now and always...(diga que você precisa de mim com você, agora e sempre)
Promise me that all you say is true ( prometa que o que você diz é verdade)
That's all i ask of you...( é tudo que eu peço a você)
All I want is freedom, ( tudo o que eu quero é liberdade)
A world with no more night... ( um mundo com sem noite)
And you always beside me ( e você sempre ao meu lado)
To hold me and to hide me... ( para me abraçar e me esconder)
Then say you'll share with me one love, one lifetime... ( então diga que irá dividir comigo um amor, uma existência)
Let me lead you from your solitude... ( deixe-me te guiar da sua solidão)
Say you need me with you here, beside you...( diga que você precisa de mim aqui, ao seu lado)
Anywhere you go, let me go too ( para qualquer lugar onde vá, deixe-me ir também)
That's all i ask of you...( é tudo o que te peço)
Agora, em paz com seu passado, após cerca de 1 mês morando na casa do Shigure, Akito está praticamente mudada, ela passou a se abrir mais com as pessoas, aprendeu a usar a maldição não como algo ruim , mas com esperança, esperança de que é possível viver, ser feliz e ser aceito mesmo sendo amaldiçoado.
Quando, na metade de agosto, Hatori apareceu para buscar Akito ele encontra uma cena um pouco difícil de acreditar, ela está usando um vestido branco e está na cozinha ajudando Tohru a preparar o almoço, ela está sorrindo e já não parece mais aquela garota triste de 1 mês atrás. De repente Akito percebe a presença de Hatori na porta
- Olá Akito- começa ele- precisamos conversar- diz serio.
- Olá Hatori-san , você veio me buscar não é? – pergunta ela ainda sorrindo.
- Sim- responde preocupado- você já está faz 1 mês fora da Sede, as coisas estão fugindo do controle de novo, eu disse que você estava viajando para cuidar de sua saúde e já correm boatos de que você esta quase morrendo. O posto de patriarca já esta sendo reivindicado por você sabe que. Eu queria poder te deixar aqui para sempre, mas você é A patriarca da nossa família e precisa voltar para a sede para colocar as coisas em ordem.
- Eu sei, Hatori, eu sabia que um dia isso iria acontecer, eu fui muito feliz aqui, e eu levo os momentos em que eu vivi aqui para sempre comigo,e isso vai servir para mim como uma esperança para eu continuar caminhando, para eu continuar acreditando. Por favor, apenas deixe que eu fique aqui só hoje, venha me buscar só de noite- implora ela
Shigure apenas observa da porta.
- Está certo- diz Hatori observando que Akito tem um olhar sereno.
- Fique para almoçar conosco, Hatori- insiste Tohru
Ele aceita o convite e Tohru começa a servir o almoço, todos comem animados.
Depois do almoço, Akito simplesmente some. Shigure, preocupado a procura pela casa e a encontra sentada no telhado, sobe até ela e se senta ao seu lado.
- Akky-san, tudo bem? O que está fazendo aqui em cima?- pergunta ele
- Queria ficar um pouco sozinha, pensar na vida
- Gomen- diz se retirando
Ela o puxa pelo braço- Fique comigo, me faça companhia- sorri
- Hai- e ele se senta novamente ao lado dela e a abraça- esta triste por ter que ir embora, não é?
- Um pouco- responde ela deitando a cabeça no ombro dele- mas eu sabia que isso iria acontecer, eu sabia que não poderia ficar aqui para sempre, eu fui feliz aqui, e levo essa felicidade comigo para a sede, é isso que vai me dar forças para seguir adiante e ter esperança- sorri com uma lagrima nos olhos.
- Não se preocupe, não se esqueça da minha promessa, eu nunca vou te abandonar . Nós estamos juntos agora , não se esqueça do nosso segredo, você é minha esposa, irei te visitar na sede todos os dias e sempre que puder trarei você aqui para passar o dia com agente ou te levo para passear. Não se preocupe que não ficará mais aprisionada na sede. Não irei cometer o mesmo erro duas vezes- sorri e olha nos olhos dela com sinceridade
Akito se aproxima dele e o beija. Permanecem um bom tempo ainda no telhado juntos ate que decidem descer.
Passam uma tarde agradável, Akito tenta se animar, mas hora de sua partida se aproxima. Ela sobe até o quarto do Shigure, retira o vestido e coloca suas habituais roupas masculinas, abre o armário e pega suas roupas que estavam lá, observa as roupas de Shigure ali no quarto, pega um dos quimonos dele, sente o cheiro da pele dele, olha para a cama dele e lembra-se das noites em que ele passara acordado cuidando dela, ou das vezes em que eles dormiram abraçados. Uma lagrima cai de seus olhos. Deixa o quimono em cima da cama, pega logo suas coisas e sai dali. Já está na beira da escada para começar a descer quando olha para a porta do quarto da Tohru, adentra então o quarto, olha para o porta-retrato da mãe carinhosa abraçando a filha. Seus olhos se enchem de lágrimas novamente, olha para a cama da Tohru, onde muitas vezes a garota escutara pacientemente seus desabafos e onde muitas vezes acabaram por adormecer abraçadas, enxuga as lágrimas, fecha a porta e sai do quarto carregando uma bolsa com suas roupas.
Hatori já está na porta esperando por ela. Akito abraça Tohru chorando- Arigato- diz ela
- Não se preocupe- diz Tohru abraçando afetuosamente- eu vou te visitar sempre que eu puder lá na sede.
Akito agora abraça Yuki que corresponde ao abraço mas não diz nada.
Por fim Akito se aproxima de Shigure para abraça-lo.
- Não, Akky-san, eu vou com você até a sede- sorri e pega a bolsa que ela carregava- vamos? Ah, Tohru e Yuki, talvez eu não volte para casa hoje- diz na maior naturalidade- portanto comportem-se
Akito cora, Yuki e Tohru se entreolham abismados
Shigure e Akito adentram o carro de hatori. Akito vai no banco de trás, encosta a cabeça no vidro da janela e vai observando as casas que passam, as pessoas que caminham apressadas para casa, as crianças que brincam; tudo parede ter vida.
Chegam na Sede, Shigure se oferece para acompanha-la até seu quarto e Hatori vai para sua casa. Adentram a Sede, os empregados recepcionam Akito felizes por verem o patriarca de volta e com uma aparência bem melhor.
Shigure a acompanha até seu quarto que é um quarto simples, quase sem mobílias, só o futon estendido no meio do quarto e uma mesa retangular sem nenhum enfeite. Apesar da simplicidade e da tristeza que paira no ar, o quarto é amplo e tem um janela grande que dá para o jardim e permite com que o quarto seja bem arejado. Em uma das paredes, perpendicular à janela tem um grande armário onde ela guardas seus pertences e na mesma parede a porta que dá acesso ao banheiro com uma enorme banheira. No lado oposto á janela fica a porta de entrada.
Shigure já entrara ali varias vezes.mas mesmo assim ele fica olhando tudo ao redor enquanto ela vai direto para o armário guardar suas coisas.
- Akky-san, o seu quarto é muito triste, é vazio, não tem vida aqui . Preciso dar um jeito nisso- diz enquanto a observa.
Ela parece não ouvir ele, parece triste, Shigure percebe, tranca a porta do quarto e sem que Akito perceba, se aproxima dela e a abraça. Ela é surpreendida no abraço. Ele a beija enquanto começa a despi-la. Já nua, ele a pega no colo e a deita no futon que é grande e confortável, ele também se despe e os dois se amam.
- Okaeri ( bem vinda) Akky-san- diz Shigure acariciando o rosto dela, ainda abraçado a ela- Posso ficar essa noite?
Ela faz que sim com a cabeça – Arigato
- Você estava triste, eu não podia deixar você passar a noite aqui sozinha
Ela se aconchega nos braços dele e, protegida, adormece.
Amanhece, o sol de verão inunda o quarto trazendo vida. Shigure deixa Akito dormindo e vai até os jardins, pede ao jardineiro que corte algumas rosas vermelhas. Coloca as rosas em um vaso e deixa na mesinha, pega uma rosa e coloca ao lado dela, beija ela suavemente nos lábios e sai sorrindo.
Akito acorda e a primeira coisa que observa ao se virar no futon é a rosa vermelha que Shigure deixou ao lado dela, pega a rosa e sorri, levanta-se começa a se vestir esfregando os olhos sonolenta. Já está vestida quando alguém bate na porta lhe trazendo seu café da manhã. Ela abre a porta sorrindo, a empregada, que no mínimo estava esperando encontrar Akito ainda deitada e de mau-humor por causa do calor, estranha ao vê-la abrindo a porta toda sorridente. Entretanto, a alegria de Akito parece diminuir ao ouvir o recado da empregada, ela toma seu café da manhã correndo e se dirige até o salão principal da sede.
No salão, uma mulher a espera, tão bela quanto ela, porém com cabelos negros e longos e usando roupas provocantes que realçam as formas de seu corpo. A mulher olha para Akito com um ar de superioridade. Em silencio se aproxima dela e leva a mão até o rosto da filha e olha nos olhos de Akito.
- Vejo que voltou de sua viagem completamente recuperada, pensei que estava morrendo pela longa ausência, mas vejo que está muito bem, bem até demais.
Akito continua em silêncio mas a raiva pelo cinismo daquela mulher vai tomando conta dela aos poucos.
- Seus olhos tem um brilho diferente, têm vida, tem amor- continua a mulher- não me diga que você andou traindo novamente nosso segredo. Pensa que não sei que você já dormiu com o Kureno e o Shigure? Resolvi fazer vista grossa, mas pelo jeito vai acabar dormindo com todos os Juunishi um a um e acabar revelando nosso segredo- aperta o rosto dela
Lágrimas de raiva caem do rosto de Akito- As palavras dela são tão cruéis- pensa
- Responda garota, o que andou aprontando aí fora? Pois saiba que no final, todos vão te abandonar e você vai morrer sozinha e então eu serei o patriarca dessa família e herdarei tudo o que devia ser meu por direito.
- É isso que você sempre quis, não é? – diz Akito enfurecida- você sempre quis o lugar do meu pai e agora o meu, você sempre desejou minha morte, porque não me matou quando ficou sabendo da minha existência?- grita
- Porque todos já sabiam, não tinha mais como. E você roubou todo o amor e a atenção do meu marido. Por sua culpa meu marido não me tratava como eu merecia. Mas você vai morrer sozinha com a sua maldição.
Nesse instante Shigure que estava no corredor e ouvira entra correndo no salão e puxa Akito para fora dali no exato momento em que ela ia explodir.
- Akky-san, vamos embora daqui- diz ele
Akito se deixa ser levada sem reclamar, ela chora descontrolada. A mulher ainda vai atrás dela no corredor mas é interceptada por Hatori.
Shigure conduz Akito até o quarto dela e então ele a abraça carinhosamente
- Akky-san, não fique assim, não vale a pena, não estrague todos os momentos bons que viveu por causa de algumas palavras.
- Mas Gure-san.
- Shhhh- interrompe ela- não deixe que ela te fazer mais essas coisas, o que ela diz não é verdade, você não vai morrer sozinha e nem vai ficar sozinha. Teve provas disso no ultimo mês.
Ela o abraça forte. Hatori entra no quarto e se aproxima dos dois.
- Akito, tome esse chá e esse calmante, vai ajuda-la a relaxar e a se acalmar.
Akito se solta de Shigure, pega o chá e o comprimido.
- Está tudo bem, Hatori, ela já se acalmou, não precisa mais do comprimido – pegando-o da mão dela – tome só o chá, Akky-san
Akito se ajoelha no futon e toma o chá em silêncio. Shigure e Hatori saem do quarto para conversar.
- Como Akito está?
- Ela está mais calma agora. Cheguei a pensar que Ren ia colocar tudo a perder. Ela estava tão bem esses dias na minha casa, de repente ela volta pra sede e recomeçam os problemas.
- Pois é, mas ela não pode fugir dos problemas para sempre, tem que aprender a encara-los. Mas também Ren não mede palavras, ela só veio aqui para perturbar a paz de Akito. Estou preocupado que ela volte a ter uma recaída.
- Não se preocupe Haa-san, eu vou ajuda-la, ela não vai ter uma recaída porque vou ficar ao lado dela- diz Shigure se animando.
- Se precisar, mande me chamar, vou dar instruções aos empregados que não permitam que Ren procure Akito.
Shigure entra no quarto novamente e encontra Akito da mesma forma que a deixou.
- Akky-san- diz se aproximando dela e colocando a mão no rosto dela- eu trouxe uma surpresa para você, vamos, anime-se – entrega pra ela uma caixa.
Ela abre a caixa com curiosidade, dentro da caixa tem um enfeite para colocar na janela, um barbante feito de tsurus e uma flor feita de origami.
- Isso vai deixar seu quarto um pouco mais alegre- diz sorrindo- lembra-se dessa flor?
- Sim- sorri- mas ate hoje não aprendi a faze-la
- Não se preocupe, eu te ensino, mas antes quero que tome um banho e se arrume, vamos sair para almoçar.
Akito toma um banho, coloca sua habituais roupas escuras e os dois saem para almoçar em um restaurante chinês. A garota volta sorrindo para a sede, shigure a deixa em seu quarto descansando e volta para sua casa pois ainda precisa terminar uns textos.
