CAPÍTUO 15- O banquete de ano novo

Nota da Autora: Agora a coisa vai começar a ficar boa, espero que gostem dos barracos que virão.

É dia 31 de dezembro, toda a familia se prepara para a festa de ano novo. . Familiares que moram nas mais variadas cidades chegam a todo instante, pois esse é o evento onde toda a familia Souma se reune.

O salão principal da Sede está enfeitado para a entrada do ano da serpente. Muitos familiares já estão prsentes no salão.

Ayame desfila pelo salão falando alto e chamando atenção de todos usando um quimono vermelho, rindo e falando alto.

Akito, por sua vez, ainda está trancada em seu quarto, Hatori e Shigure estão com ela. Tentam acalmá-la, pois ela se recusa a ir para a festa de ano Novo e chora.

Shigure a abraça- Não tenha medo, nós estaremos com você, mas você terá de enfrentar a familia. Não há como esconder. As pessoas já olham desconfiadas, sua mãe já sabe.

- Akito- diz Hatori acariciando o rosto dela- procure ficar calma ou fará mal ao bebê. Tome esse chpa e vamos, já passa das 9 horas e todos a aguardam para o inicio das festividades.

Akito toma o chá e se levanta, ajeita o quimono, enxuga as lágrimas. Por baixo está usando um quimono de seda branco com flores azuis, na cintura tem um cinto largo também azul, na tentativa em vão de esconder sua gravidez de 5 meses. Por cima ela usa um quimono um pouco mais folgado, azul celeste. Ela não amarra o cinto do quimono de cima mas o fecha na frente. Como não há mais nada a esconder, ela e Shigure vão para o salão de mãos dadas. Shigure está usando um quimono preto com detalhes emdourado na gola. Hatori sai do quarto logo atras deles e também usa um quimono escuro mas mais enfeitado que o do Shigure, apresentando detalhes dourados na mangas e na gola e um cinto dourado largo amarrado na cintura., ele encontra Kana no corredor e vão juntos para o salão.

A chegada do patriarca causa alvoroço na família. As pessoas comentam sobre a aparência e sobre sua saúde, e , principalmente, que o patriarca da familia está mudado.

Akito pára diante de todos, Shigure está ao lado dela , coloca a mão no ombro dela lhe dando coforto e apoio. Próximo deles estão Hatori e Kana e um pouco mais distantes Uo, Kureno, Tohru e Yuki. Ayame está do outro lado do salão. Emfim, todos que já sabem do segredo estão em locais estratégicos do salão para lhe apoiarem nesse momento dificil.

- boa noite a todos- começa ela tentando manter a voz firme – Sejam todos bem vindos á Sede da familia Souma- respira fundo- antes da dar por iniciado as festiividades tenho algumas revelaçoes a fazer.

Todos olham em silêncio.

Por intantes ela tem vontade de sair correndo dali, mas respira fundo e recomeça- a primeira revelação é que eu e Shigure estamos juntos e nos casamos em segredo – e mostra a aliança na mão esquerda

Os membros do Juunishi se entreolham como se já soubessem da noticia mas permanecem em silencio.

O múrmurio começa no salão- Quer dizer que vocês dois são...?- perguntam alguns.

Akito respira fundo se recuperando e pede silêncio- Também tenhjo que dizer que sou uma garota- retira o quimono azul ficando só com o quimono branco de baixo- e...e-eu estou esperando um filho do Shigure- respira fundo e olha esperando a ração de todos.

Um silêncio domina o salão, as pessoas olham chocadas para Akito e para o ventre dela vizível por traz do quimono. Não resta mais dúvida de que ela é uma garota e muito menos que está grávida.

- Isso não é verdade- diz Ren em tom vingativo- nós queremos mais provas-diz se aproximando de Akito e rapidamente puxa o cinto do quimono dela e o arraca o quimono dela deixando-a semi-nua na frente da família. – viram ele é uma garota e está grávida, ela nos enaganou por todo esse tempo, ela mentiu, não pode mais ser o nosso patriarca, ela deve ser banida da familia.

- Mas ela é seu filho, quer dizer, sua filha, voce é tao culpada quanto ela – começam alguns- voces duas são iguais

E então a confusão está armada.

Akito com lagrimas recolhe os quimonos do chão e sai correndo dali. Hatori e Shigure vão atrás dela. Yuki e Tohru também se decidem por ir atrás dela. Ayame e Kureno também pensam em ir atrás mas pensam que ajudarão mais se tentarem acalmar os familiares e é isso que decidem fazer.

Shigure e Hatori encontram Akito ajoelhada no chã em um salão vazio vestindo só o quimono azul ainda aberto, ela chora.

Shigure se aproxima e a abraça. Hatori também se aproxima dela e começa a examiná-la. Tohru entra logo em seguida trazendo um copo de água enquanto Yuki espera na porta.

- Akito-san procure se acalmar- diz Hatori- pode fazer mal ao bebê. Tohru fiquei com ela e tente acalmá-la, eu e Shigure vamos tentar resolver as coisas co a familia. Quando faltar pouco para a meia noite, leve-a para o salão onde ocorrerá o banquete dos 12, lembre-se que ela tem que ir

- sim – diz ela.

Shigure beija suavemente os labios da Akito e vai com Hatori e Kana que estava na porta também. Yuki adentra o salão preocupado.

Akito se deita no colo da Tohru enquanto a garota acaricia seus cabelos tentando acalmá-la. Akito ainda chora. Yuki se aproxima lentamente e se ajoelha proximo da Tohsu. Observa Akito em silêncio, apesar de tudo o que ela lhe fez sofrer, ele jamsi desejou que ela sofresse em troca e mutio menos que fosse tão humilhada diante da familia toda. Movido pelo momento e por pena, ele leva a mão até o ventre dela, sente uma energia forte, poderosa que emana daquela criança, seus olhos se enxem de lágrimas, então observa ao lado de Akito uma garota de uns 5 anos, translucida,que acarecia com suas pequenas maozinhas os cabelos da Akito. A garota lembra muito Akito criança mas ele não sabe ao certo se aquela é a filha que veio acalmar a mãe ou se é a própria Akito criança que consola Akito mulher.

Aos poucos Akito vai se acalmando e em fim ela para de chorar, Yuki olha para Tohru e a garota tem lágrimas nos olhos emocionada, parece ter tido a mesma visão que ele.

Enquanto isso, no salão, chegam Shigure, Hatori e Kana. Kureno e Ayame estavam tentando em vão acalmar os animos de todos.

- Shigure, como Akito está?- pergunta Kureno preocupado

- Ela vai ficar bem, Tohru está com ela

- Pensamos em ir atrás de vocês mas achamos que seriamos de maior utilidade aqui- diz Ayame com um semblante sério que ate causa espanto aos outros, pois raremente ele é visto assim

- Sim- responde Hatori- mas na hora do banquete dos 12 precisaremos de vocês ao lado dela

- mas vamos manter o banquete? Mesmoa nas atuais circuntâncias- indaga Kureno.

- sim, principalmente na atual situação. Akito precisa sentir que têm pessoas ao lado dela- diz Hatori- vou aproveitar e falar com os outros.

Entao se aproxima dos outros Juunishi , Kazuma e Kyo que também estão por perto.

- Muito bem- começa ele olhando para todos- apesar de tudo o que aconteceu e do que Akito fez para vocês, você tem que ir no banquete dos Juunishi. Akito precisa de vocês apoiando ela nesse momento tão delicado.

- Nós iamos mesmo que não tivesse vindo falar conosco- diz Momiji

Ninguém mais se manifesta, eles parecem aidna estarem digerindo o que acabaram de ver.

Enquanto isso um conselho de familia para decidir o destino de Akito e Ren é realizado por Shigure e Hatori.

Os outros Juunishi se dirigem para o salão do banquete, todos no mairo silencio mórbido.

Aproxima-se da meia noite.

- Akito-san- diz Tohru acariciando o rosto dela- é quase meia noite, eu vou te ajudar a se arrumar para o banquete.

Akito senta e enxuga as lagrimas- Yuki traga o Kyo para o banquete

Yuki e Tohru olham para ela sem entender, mas Yuki obedece, vai em direção ao salão busca Kyo e depois vão para o salão onde ocorrerá o banquete.

Akito abraça Tohru- Arigato por tudo de bom que fez por mim- e entao começa a se arrumar para o banquete

Kana adentra o salão trazenod um chá para Akito e querndo saber como ela está.

Akito toma o chá e, após se recompor abraças as duas garotas ainda fragilizada e se dirige ate o salao secreto. Pára diante da porta, respira fundo e decide entrar. Todos os membros, com exceção do Shigure e Hatroi e incluindo o Kyo, estão alí

Ao verem Akito entrando no salão majestosa e imponente como a figura de um Deus ( apesar dela se sentir fraca e vulnerável por dentro) faz com que todos se ajoelhem diante dela. Que se sente um pouco aliviada ao ver todos ali e ao perceber que seu pai tinha razão, que a ligação entre eles era especial e indestrutivel.

Ela dá as boas vindas a todos um por um, entrento, muitas vezes sua voz falha e ela fraqueja, é evidente que ela ainda está muito abalada com tudo o que aconteceu e pela primeira vez demonstra fraqueza diante deles, revelando sua verdadeira essência.

Então a lenda é relembrada e recontada. Akito também lê uma oração budista e todos rezam juntos.

Muitas vezes os olhares curiosos caem diretamente sobre o ventre dela, mas nenhum deles a olha nos olhos, eles se mantém de cabeça baixa. Ela por muitas vezes se sente embarassada diante dele e se seguira para não chorar.

Apesar de o ambiente na sala ser tranquilo e de acolhimento, todos parecem preocupados com ela, principalmente Kureno e Ayame.

Terminadas as orações, inicia-se o banquete propriamente dito, todos se servem de chá e comidas tipicas que são servidas. Todos comem em silêncio, Akito praticamente não come nda.

Após o banquete será as danças do representante do ano que se inicia, e do ano que acaba. Estamos saindo do ano do dragão e entrando no ano da serpete. Hatori, o representante do ano do dragão, deveria apresentar sua dança para saudar o ano que se encerra, mas como ele está ausente, ele só é lembrado. Estamos entrando no ano da Serpente, e Ayame, o representante da serpente deverá apresentar sua dança para saudar o ano que se inicia.

Dessa forma, Ayame trajando um lindo quimono vermelho com detalhes em dourado, dança de forma imponente e majestosa diante dos outros Juunishi e do Deus, provocando o sorriso de todos.

Apesar de demonstrar alegria, ele se mantém preocupado com o estado de Akito, mas sente-se um pouco aliviado ao passar diante dela dançando e arrancar um sorriso, ainda que triste.

Termina a dança, rezam juntos mais uma oração e então todos se despedem de Akito e saem em silêncio.

Kureno e Ayame ainda permanecem na sala, Kureno leva a mão até o ventre dela- Akito san, você está bem?- pergunta preocupado

Ela faz que sim com a cabeça mas volta a chorar.

- Akito-san, não fique assim, nós estamos ao seu lado- diz Ayame acariciando os cabelos dela.

Shigure e Hatori adentram a sala

- Como foram as coisas por aqui?- pergunta Hatori com um ar cansado.

Akito abraça Shigure.

- Aqui ocorreu tudo bem, nenhum problema, mas ela ainda muito fragilizada com tudo o que aconteceu- diz Kureno preocupado.

- Entendo, mas felizmente tudo foi resolvido- dia Hatori- Akito, eles concordaram em que voce continue a ser o patriarca da nossa família e que sua filha terá o direito de herdar o seu patrimônio. Eles reconhecem o seu casamento com Shigure como legal, apesar de ter sido em segredo e também aceitaram pedir desculpas pessoalmente para você. Ah, e decidiram que Ren deveria ser banida da sede, ela vai morar em uma propriedade dos Soumas mas longe daqui. Venha comigo agora.

Dessa forma Akito colta para o salão de mãos dadas com Shigure, ela não tem coragem de olhar para as pessoas, sente-se constrangida diante de todos.

As pessoas que mais a agrdiram lhe pedem desculpa. Apesar de ainda estar se sentindo fragilizada com o que aconteceu, não consegue sentir raiva daquelas pessoas, aceita as desculpas e se retira do salão.

A festa irá continuar até o sol nascer, mas Akito não faz a mínima questão de participar da festa e nem Shigure, que não se sente bem mas não deixa Akito perceber para não preocupá-la. Vão para o quarto, akito senta no futon pensativa, Shigure a abraça.

- Shigure, você está com febre- colocando a mão no rosto dele- vou chamar Hatori.

- Não, Akito-san, não precisa, estou bem, não vamos preocupar Hatori- abraça ela- vamos descansar um pouco para podermos ver o primeiro sol do Ano novo nascer.

Akito se deita um pouco para descansar e acaba adoremecendo. Shigure não dorme, fica sentado ao lado dela preocupado com tudo o que aconteceu. Não se sente bem, percebe que a febre aumentara, estava se sentindo um pouco tonto também. Acaricia o rosto dela e se preocupa ao perceber que elaq também tem febre. Levanta-se para ir chamar por Hatori, mas sente uma forte dor no peito, sua visão escurece e ele cai de joelhos. A dor é intensa mas dura apenas alguns instantes, entao desaparece e sua visão volta ao normal. Pela primeira vez em sua vida ele se sente sozinho, a maldição se fora e ele estava livre, lágrimas de alegria caiam de seus olhos. Entao ele tem sua atençao voltada novamente para Akito que agora está sentada na cama aidna um pouco ofegante e também com lágrimas nos olhos. Ele a abraça.

- Shigure, sua maldição, você se livrou dela, não foi?

- Sim, Akky-san!- diz ele feliz, mas então percebe o que acabou de dizer- Gomen, Akky-san, foi egoismo meu estar feliz por ter me livrado da maldição. Mas não se preocupe, eu não vou te abandonar, prometo que vou achar uma solução para a sua maldição, vou te libertar- abraça ela apertado

Olha pela janela e percebe as pessoas se movimentando em direção ao jardim. Ajuda ela a se levantar

- Vamos, parece que o sol já vai nascer.

Saem para o jardim, mas vão para um local mais reservado, um pouco mais distante da familia. Sentam em um banco abraçados enquanto assistem ao primeiro nascer do sol do ano novo. Akito e Shigure fazem cada um o seu pedido, ela acaricia o ventre e pede para que tenha forças para viver para poder ao menos uma vez pegar sua filha nos braços. Shigure leva as mão ao ventr dela, mas seu desejo é outro, que Akito se liberte da maldição.