Notas do autor.
Minha escrita não é das melhores, mas eu tento deixar o mais detalhado possível. Eu costumo ter diversas ideias de estórias como essa, então não seria novidade se eu fizesse mais. Portanto, eu estarei utilizando essa "fanfic" para postar diversas estórias deste gênero.
Romance definitivamente não é o meu forte na hora de escrever, mas ainda vou tentar. Eu aceito pedidos e sugestões de vocês, leitores, para próximas leituras, sejam sugestões de estórias ou de pokémon que queiram ver com um pequeno romance. Falando nisso, eu vou fazer APENAS estórias de Humano x Pokémon, ou seja, pokéfilia, porém não estou restrito para casais gays, lésbicas, ou o oposto deste caso(uma garota humana com um pokémon macho).
Ah sim, tem mais uma coisa importante que eu devo dizer; por mais que esteja classificado como M, nem todas as estórias vão ser sexualmente explícitas. Na verdade, pouquíssimas vão ser, pois estarei mais focado na própria estória.
Dragapult(Cindy) x OC(Lind)
~Minha pequena fantasma~
O roxo cobre sua visão por inteiro, em um forte feixe luminoso. De pouco em pouco, sua consciência se esvai, perdendo a sensação de seu pequeno e fantasmagórico corpo. E assim, ela é derrotada.
"Com essa é mais uma vitória para mim, com apenas um Dragon Pulse." O treinador adversário sorri de forma esnobe, se vangloriando ao oponente derrotado. Ele usa uma pokébola e recolhe seu pokémon, um grande e intimidador Dragapult.
Harry suspira em silêncio antes de relutantemente entregar uma certa quantia de dinheiro ao seu adversário, o treinador do Dragapult. Logo que dito treinador vai embora, Harry retira um item em forma de estrela e o coloca na boca da pequena Dreepy desmaiada.
Sempre foi a mesma coisa, sempre terminando com ela sendo derrotada e humilhada mesmo lutando com todas as forças. "Foi a sua vigésima derrota só nesta semana." A decepção era bem clara em seu tom de voz, e no fundo ela sabia que a raiva também estava presente. Isso a deixa ainda mais cabisbaixa. "Eu sinto que você apenas se enfraquece. Inútil."
No caminho devolta, Harry decidiu que não iria colocar Dreepy na sua pokébola. De forma alguma, ela deve segui-lo se deseja voltar para casa. E graças aos seu ferimento recebido do Dragon Pulse, tinha extrema dificuldade para acompanhar seu treinador. Mesmo levitar era um desafio.
"Sou mesmo... fraca... Sem solução...?" Todo dia, isso era a única coisa que ouvia de seu mestre. Aos olhos de Harry, ela sempre seria inútil, independente do seu esforço. Foi sempre assim, não tinha como mudar...
A caminhada até a cidade de Rustboro foi bem rápida. Ou, pelo menos, era pra ser, mas a pequena fantasma estava muito cansada e seu treinador tinha que andar a um ritmo no qual ela pudesse acompanhar. Felizmente, Harry mora em uma casa próxima da entrada da cidade, então foi rápido para chegarem.
Aos olhos da Dreepy, a casa era uma mansão, um castelo luxuoso digno de realeza. No entanto, não passava de uma casa simples para uma pessoa. À direita, uma porta levando à sala de estar, o local onde Harry gastava seu tempo com televisão e jogos. Seu quarto fica no final do corredor e é uma área restrita aos pokémon. Na verdade, pokémon só eram permitidos na sala de estar e nada mais.
Grandemente estressado, Harry senta no seu sofá e liga a televisão no canal de esportes que tanto adorava. Querendo assistir com ele, ela se aproxima e deita no braço do sofá. A felicidade de seu mestre era sua própria felicidade. Entretanto, Harry logo a empurra ao chão impiedosamente. "Não. Você é inútil, então não banque a coitada comigo. Uma pequena fantasma inútil."
Estas palavras a machucam mais que um Moonblast de uma Gardevoir. Todavia... Insulto algum a derrubará, se isso fará seu mestre feliz. Afinal, ela vivia para o servir, como uma boa pequena fantasma.
"Eu não preciso... de mais nada..." É o que ela sempre se diz para ter forças. As pessoas diziam que Harry é um treinador abusivo, mas para ela, isso não importava. Não depois de tudo que ele lhe deu.
Flashback
Em toda sua vida, ela viveu próxima de cidades, por isso se tornou bem familiar com os humanos dos arredores. Talvez até contato demais com eles...
A pequena fantasma vaga por cima da água da saída sul de Rustboro, sem qualquer preocupação, já que usava sua invisibilidade de fantasma. É a sua área favorita, por ser onde vários treinadores passavam por cima do lago através de uma ponte. Ocasionalmente, ela pregava peças nos treinadores.
Neste momento, mais um treinador atravessava essa ponte, acompanhado por um Swampert que o seguia por trás. Um pokémon aquático...
"Isto me dá uma ideia..." Quase podia-se ver um bulbo de luz acima da cabeça dela. Tirando proveito da sua habilidade de ser intangível, algo que quase todos os fantasmas têm, a pequena Dreepy se aproxima deles por debaixo da água, imperceptível.
Assim que está próxima o bastante, ela emerge da água com um alto grito assustador, e acaba dando um susto tão grande na dupla que eles caem de costas na água do lado oposto da ponte.
Incapaz de se conter, ela começa a gargalhar sozinha e chega a chorar de rir vendo a queda do humano. Não tinha preocupação alguma com ele, afinal, se ele não soubesse nadar, seu parceiro podia e o salvaria, então não havia risco nenhum para ninguém.
Até quando os dois conseguiram subir na ponte de novo, ela só ficou alí, rindo descontroladamente. "Muito engraçado, hm." Evidentemente eles não estavam felizes de terem tomado um banho assim. Só para descontar a raiva, o pokémon aquático a ataca com um forte Hydro Pump.
Antes de conseguir reagir, o jato d'água a lança para longe da ponte, diretamente nas águas profundas do lago. Sendo os que riem por último, a dupla vai embora, sem notar um grande detalhe...
Ela estava se afogando!
Ficar intangível ou simplesmente levitar seriam muito úteis agora, no entanto era necessário ter muita concentração e foco para poder ativar tais habilidades, e nenhuma dessas coisas são possíveis de ter no momento.
"Era só uma brincadeira... inofensiva...!" Não importava o quanto tentasse se salvar, a ponte ou as beiras estavam fora de alcance. Afinal, parecia ser o fim.
Até que ele apareceu.
Um humano macho, aparentemente bem jovem, usando calças jeans e jaqueta preta. Enquanto via o pobre pokémon se afogando, ele pensa rápido e pega uma pokébola vazia de seu bolso. Ao mirar nela e apertar o botão, seu corpo é desmaterializado e sugado para o dispositivo.
...
...
...
E antes de conseguir processar o que aconteceu, a dracena já podia sentir um lugar seguro; grama e terra firme, longe da água.
Ao olhar para cima, acaba olhando nos olhos daquele que a salvou. O humano, segurando sua cabeça com uma mão e a pokébola com a outra. "Você está bem, pequena fantasma?"
Desde então, os dois ficaram juntos como treinador e pokémon, mestre e serva, como ele dizia. De tal forma, servi-lo se tornou seu único meio de expressar gratidão. Além do mais, mesmo com tudo que ele dizia e fazia com ela, todo o abuso... Ela gostava dele. Ou era o que ela se convenceu que pensava.
Hoje de manhã Harry a trouxe até Meteor Falls, conhecida por muitos treinadores. É um grande sistema de cavernas dentro de uma montanha, onde belas cataratas podem ser vistas logo na entrada. As cavernas mais profundas eram locais que domadores de pokémon dragões escolhiam para treinar, portanto Harry pensou em fazer algum treinamento com sua Dreepy na esperança de deixa-la um pouco forte.
"Certo, vamos terminar logo com isso. Não gosto deste lugar." Diz isso, mas a parte onde estavam não tinha ninguém, salvo um ou dois pokémon selvagens cuidando da própria vida. O jovem treinador joga sua mochila numa pedra perto de uma ponte construída para conectar as duas saídas de Meteor Falls.
E então, pelas seguintes duas horas, treinador e pokémon treinaram sozinhos, fazendo-a levantar pedras grandes — se comparadas ao seu tamanho — sem qualquer ajuda, e até enfrentando os pokémon selvagens que pudessem encontrar. Como já era esperado, foi muito complicado, já que Dreepy é fraca e nem tinha bons movimentos para se defender.
No momento estavam enfrentando um Zubat, um pokémon fraco que na teoria até ela poderia derrotar. "Finalize ele com Bite." Ele comanda. Dreepy faz uma investida na asa de seu oponente e o morde ferozmente com toda a força. Zubat a balança para cima e para baixo rapidamente, até finalmente se soltar e ter uma chance para fugir. Sabendo que venceu a batalha, Dreepy se vira ao seu mestre, sorridente e esperando um elogio. "Você só fez o que era suposto fazer. Lixo que vence lixo ainda é lixo." Mas como de costume, só recebe mais insultos, apesar de ter vencido. "Nós vamos atrás daquele Zubat e derrotar ele de verdade."
Como de costume, ela é arrastada com Harry mais à fundo de Meteor Falls, na busca por aquele morcego. Talvez um pouco fundo demais... Enquanto perseguiam aquele pokémon selvagem para uma revanche, têm de escalar uma parede pedras ao lado de uma cachoeira.
Dreepy podia simplesmente levitar até o topo, porém Harry ordenou que ficasse ao seu lado. Na escalada, o treinador acaba se atrapalhando algumas vezes e quase cai ao início, e teria, se a fantasma não o apoiasse em si. Quando, enfim, chegam no topo, o Zubat de antes não estava visível. Apenas um outro pokémon; uma pedra flutuante, com olhos vermelhos tenebrosos e um formato de lua.
"Esqueça o Zubat, este é melhor." Dizem que os olhos de um Lunatone causam medo naqueles que o olham diretamente. Mas na voz de Harry havia apenas... nada. Era uma voz fria e sem sentimentos. "Bite." Foi tudo que disse, e ela obedece enquanto tremia de medo.
"Luna..." O grito da rocha em formato lunar ecoa em suas mentes. Mesmo sendo super efetivo contra seus tipagem, a mordida não causa nem mesmo um arranhão em seu corpo rochoso. Enquanto se deixava ser mordido, Lunatona ergue pequenas pedras no ar com uma telecinese. Este era Psyshock, um movimento famoso por sua característica de usar a defesa físico do alvo, ao mesmo tempo que se baseia na força especial do usuário.
Seus reflexos não foram rápidos o suficiente para escapar. Psyshock fez todas as minúsculas pedras cortarem suas escamas fantasmagóricas, de louco em pouco. Não bastasse a sensação de ser arranhada dezenas de vezes ser insuportável, a pressão causada pelo poder psíquico a faz ficar à beira de desmaiar, apenas para deixá-la incapaz de se mover, mas ainda consciente.
Enquanto tenta recuperá-la com sua pokébola, Lunatone se vira à ele e, com mais um Psyshock, destrói a cápsula e faz diversos cortes leves na mão do humano. Como a pressão psíquica se enfraqueceu levemente pela distração que Harry fez, Dreepy tentou desesperadamente se levantar e lutar. Todavia, seus ferimentos eram profundos e ainda restava alguma pressão sobre seu corpo.
"Desista disso, você não pode derrotar essa coisa." A impede de continuar seu esforço. "Você é inútil, fraca. Não passa de uma pequena fantasma que ninguém quer e ninguém se importaria se sumisse!" Que estranho... Esses eram insultos comuns, ela os ouvia regularmente. Mas então, por quê ela se sente tão atingida...?
Iria continuar insultando-a, se não fosse atingido por rochas voando em sua direção. Ao contrário de antes, onde apenas sua mão foi atingida, agora foi seu peito e o resto do corpo, sendo ferido e empurrado do precipício. Se ele caísse na água estaria tudo bem, entretanto ele estava em uma posição diferente de antes, uma onde esta queda o derrubaria em pedras robustas e sólidas!
"Mestre, não!" Mas Lunatone não acabou, agora era sua vez. E não mostraria piedade alguma ao usar seu movimento mais poderoso; Stone Edge. A rocha flutuante toca no chão, gerando um tremor e fazendo pilares enormes de pedra saírem do solo abaixo dela, assim a atingindo critica e impiedosamente. Não pôde nem compreender o que aconteceu, sua consciência se esvaiu completamente, e seu corpo foi lançado à catarata abaixo.
Cidade Fallarbor. Uma pequena comunidade situada ao noroeste de Hoenn, extremamente próximo do Monte Chimney. Esta cidade é o lar de pessoas estudiosas, curiosas sobre os meteoritos que caem ao redor de Meteor Falls, e por agricultores que fazem seus campos ao leste da cidade.
Mas não eram todos assim, haviam alguns com outros sonhos e objetivos sem qualquer relação com pesquisa ou agricultura. Um deles é um jovem garoto chamado Lind Skyler, um jovem de 19 anos de idade e cabelos loiros vindo originalmente de Mossdeep ao leste da região.
Seus pais são dois pesquisadores, que estão sempre ocupados demais para passar tempo com seus dois filhos. Seu irmão mais velho, Ron, é um treinador pokémon aposentado. Seus pokémon ajudavam a cuidar da casa com ele e Lind.
Felizmente, a vida de Lind estava prestes a mudar de um jeito que ele sempre quis. E não demorará muito até que isto aconteça, é apenas uma questão de horas...
A esta hora, o garoto se encontrava em seu quarto, sentado em uma mesa com um grande mapa detalhado da região. Haviam diversas informações de cada lugar, cidade, rota e pokémon comumente encontrados por lá. Algumas das rotas estavam circuladas com um lápis, feitos recentemente para marcar lugares que Lind esperava um dia visitar.
Locais conhecidos, mas não completamente explorados, como Meteor Falls, caverna Seafloor, as Ilhas Miragem, entre outros.
O jovem garoto já estava fazendo planos para sua jornada, sem saber o que lhe esperava ainda hoje. Ele para quando ouve alguém se aproximando e batendo na porta do seu quarto. "Pode entrar, está aberto." Vê a maçaneta girando e a porta abrindo lentamente. Do outro lado, seu irmão Ron.
Um garoto pouco maior que seu irmão, vestindo roupas casuais e um boné azul. No seu cinto, carregava um conjunto de três pokébolas com adesivos acima dos botões. Eram as pokébolas de seus parceiros.
"Estou atrapalhando algo?" Pergunta com um sorriso no rosto. Lind apenas nega com a cabeça e faz um gesto para ele entrar. "O que estava fazendo?"
"Só definindo lugares que quero explorar quando tiver a chance." Aponta ao seu mapa, para cada uma de suas marcas. "Essas são só as de Hoenn." Mesmo sem estar olhando diretamente, Ron podia facilmente ver os olhos do irmão brilhando de ansiedade e emoção.
Lentamente coloca a palma da mão no ombro do irmão, chamando sua atenção para si. "Tenho uma boa notícia. Papai e mamãe aprovaram esta sua jornada." Diz com um sorriso, um que é espelhado pelo irmão ao ouvi-lo.
"Sério mesmo? Já? Mesmo que eu não tenha nenhum pokémon?" Faz pergunta atrás de pergunta, esboçando sua animação e felicidade ao máximo possível.
"Não, isso não. Por isso eu estou aqui!" Se afasta da mesa e põe o pé esquerdo em cima da cama, fazendo uma pose heróica clichê. "Eu vou te ensinar a capturar um pokémon!"
E imediatamente, Ron pega o braço do irmão e o puxa para fora de casa com pressa, e então ao oeste, à rota 114. Do lado de fora, nesta área selvagem, ele aponta ao Meteor Falls, a montanha ao sul de onde atualmente estavam.
Era também um dos primeiros lugares para explorar na lista de Lind, bem perto de sua cidade natal, ainda! "Vê o Meteor Falls? É o melhor lugar por aqui para achar seu pokémon." Dá alguns passos à frente, então pega uma das suas próprias pokébolas, uma com o adesivo de cortes.
Em um momento, um pokémon de pêlos brancos e coberto por marcas vermelhas aparece ao lado do mais velho. De acordo com o que Lind já estudou, este era um Zangoose, uma espécie comum em Hoenn.
"Aqui o que vamos fazer;" Joga a mesma pokébola ao irmão, que a segura com a mão esquerda, mas quase a derrubando. "Experimente jogar na Zang."
"Mas ela já é capturada." Ainda assim, Ron faz um gesto para que ele tentasse, juntamente da própria Zangoose, o chamando com as garras como um desafio. "Certo... Muito bem, eu vou tentar!"
Aceitando o desafio, Lind puxa seu braço para trás do corpo, então lança a cápsula com um arremesso horizontal. A cápsula bate na testa do pokémon, logo se abrindo e absorvendo-a em uma luz vermelha. Por já ser capturada, a cápsula não teve que balançar e realizar o processo de captura.
Em vez disso, ela apenas se abre de novo e materializa a pokémon no mesmo lugar. "Excelente arremesso. Agora que sabe o que fazer, vamos elevar a dificuldade." Olha do canto do rosto para Zangoose. A pokémon entende a sua ideia, ela chuta a cápsula devolta ao caçula e salta para longe dele.
"Tente a capturar em movimento." Sua de nervosismo, sabendo que seria uma tarefa difícil. Seu arremesso não era dos melhores, e a Zang tinha uma velocidade muito maior do que a dele, é praticamente impossível a pegar.
Engole seco, mas decide dar uma tentativa. Faz outro arremesso enquanto Zang pulava de pedra em pedra. Ao ver a sua cápsula se aproximando, o pokémon felino rebate com um golpe de garra, lançando a pokébola devolta no rosto do humano. Ela ri vendo isso.
"Muito engraçado... Aqui vou eu de novo." Se posiciona novamente e faz seu arremesso. Desta vez, Zang se deixa cair no chão e deixando a bola passar reto.
Com um suspiro, Ron busca o dispositivo e o devolve para o irmão. "Foco, Lind. Veja a movimentação do pokémon antes de lançar." Segura sua cabeça e a vira para Zangoose, seguindo sua movimentação em meio a natureza.
Primeiro sobe na pedra mais próxima, depois salta para uma mais distante, usando suas garras para não escorregar. Ela repete isso algumas vezes, até mesmo usando uma árvore no meio dos saltos.
"Tá... A terceira é de vez." Pela quarta vez se posiciona para lançamento, mas agora mantém a posição, aguardando o momento perfeito. Ele vê Zang pulando novamente nas pedras, da mais próxima à uma distante, e então à árvore. Sim... Agora ele já entendeu seu padrão de movimentos e poderia fazer seu arremesso.
Aguarda mais um pouco, vendo-a saltar à pedra próxima da árvore, e então para uma distante. É agora! Ele lança a pokébola em direção à pedra na qual a pokémon iria parar. Se tentasse defender, acabaria batendo, então sua única opção é ser pega.
E como ele previu, Zang pôs suas garras na pedra, mas imediatamente foi atingida pela pokébola na bochecha, assim sendo desmaterializada e absorvida. O dispositivo cai na pedra e rola devolta para os irmãos, parando em seus pés.
Ron põe a mão no seu ombro de repente. "Ótimo trabalho! Não tenho dúvidas que você vai ficar bem!" Com um tapinha nas costas, ele se agacha para pegar sua pokébola e a guardar no bolso. Com a outra mão, tira uma de suas cápsulas vazias e entrega ao irmão. "Eu vou te ajudar a capturar seu primeiro pokémon. Mas, antes, eu tenho que terminar as minhas tarefas de casa." Após dizer isso, Ron vai embora a caminho de casa, antes de Lind.
Agora era só esperar que terminasse, e aí ele teria seu pokémon e poderia sair e explorar o mundo. Ahh, ele mal podia esperar. Seu sonho estava para virar realidade!
"Que tipo de pokémon eu vou encontrar?" Fica se perguntando várias vezes. Seria um pokémon grande? Um fofo? Talvez um raro?
Quanto mais se perdia no pensamento, mais ansioso ficava. Não podia esperar até seu irmão voltar, ele já sabia como lançar e tinha uma pokébola. Quão difícil pode ser, certo?
Caminhando pela trilha rochosa de crateras, levando a caminho da entrada leste de Meteor Falls, se encontrava uma única figura humana, facilmente identificada como a de Lind. Pedras enormes estavam no caminho, mas isso não impede Lind de as escalar para passar.
Logo ele tem a entrada em sua visão, o que o faz esboçar um sorriso de animação. Ele ajeita sua mochila e retira uma lanterna de um dos bolsos dela. Neste mesmo bolso também havia um gancho em uma corda, que ele pegou rapidamente quando voltou para casa se preparar para ir na frente.
Por mais perigoso que fosse, vir sozinho atrás de um pokémon, ele simplesmente não podia esperar. Além do mais, esta é a única chance que tem de fazer uma conquista própria; capturar um pokémon sem qualquer ajuda.
Com passos bem lentos, o garoto se dirige à entrada avistada, com lanterna em mãos para enxergar no escuro. Assim que passa pela entrada, avista vários Zubats voando na sua frente e indo para cima da cachoeira. Os morcegos puxam a atenção do humano para lá, onde um Solrock e Lunatone interagiam um com o outro em suas próprias linguagens.
Aproveitando o momento, ele pega um pequeno caderno de seu bolso e segura a lanterna no seu ombro. A caneta já estava dentro, utilizada como um marcador. Usando-a, Lind começa a fazer um desenho do que estava vendo, os Zubats, o Solrock e Lunatone. Começa com uma base, então faz detalhes de pouco a pouco, e depois faz o sombreamento da paisagem. Logo abaixo, escreve informações sobre os pokémon, como seus tipos, espécies e seu tamanho. Para explorar o mundo, deveria ter um conhecimento básico dos pokémon na natureza, já que não tinha condição de obter uma pokédex de verdade.
"Com Zubat, Solrock e Lunatone já tenho quinze espécies no caderno." Com o desenho terminado, ele guarda novamente o caderno e caneta no bolso. Continuando com a procura, se encontra na frente de uma ponte de madeira atravessando da parte leste à oeste do andar da entrada, e ao atravessá-la ele acaba vendo algo estranho na água.
Em uma análise mais próxima, consegue identificar o que era na água, flutuando até solo firme. Uma Dreepy, um pokémon que não deveria habitar Hoenn, apenas Galar, e o pokémon estava inconsciente. Também era notável alguns ferimentos de cortes espalhados em seu corpo. Por instinto, o humano corre até o pokémon para checar os tais ferimentos, e ver se o pokémon ainda respirava. No entanto, enquanto procurava algo que pegou de seu irmão, ele olha para a ponte que cruzou, onde havia uma mochila empoeirada jogada no chão.
Não, não há tempo para isso, a pokémon pode estar em risco neste momento. Volta a procurar algum item que pudesse ajudar, até finalmente encontrar algo; um objeto amarelo pequeno, com formato de uma estrela. Ele cuidadosamente abre e coloca a estrela na boca da pokémon, depois a ajuda a mastigar, já que estava desmaiada.
Após alguns poucos segundos de espera, o objeto faz seu efeito, os olhos da pequena fantasma começam a se abrir lentamente e exibindo um olhar confuso e amedrontado. "O que... aconteceu...? Mestre?..." Vira sua cabeça para os lados e olha em volta de lá, aparentemente procurando por alguém que não estava lá.
"Shh, vá com calma, aquilo foi só um revive básico, então não faça muito esforço." Diz cada palavra bem lentamente, de forma que não a assuste mais ainda. "Eu sou Lind. Você é uma Dreepy, correto? Por que está tão ferida?" Ele já ouviu falar dos Dreepy, mas nunca viu um de verdade. Isto é uma surpresa para ele.
Ela o responde, sendo educada, mesmo sabendo que humanos não pudessem lhe entender. "Dree...py..." Todavia, não tinha como não entender. Afinal, ela nunca foi dada um nome próprio.
"Que estranho... Dreepy não deveriam viver em Hoenn. Você deve ter um treinador por perto, certo?" Tem cuidado quando a pega em seus braços. Era perceptível que a pokémon estava prestes a chorar, pelo jeito que começou a gemer seu nome e cobrir os olhos com seus pequenos braços. A mensagem estava clara, ela estava sozinha, talvez perdida ou foi abandonada. De qualquer forma, Lind não podia deixá-la nesse estado.
Coloca o braço dentro da mochila novamente e pega um pote plástico retangular, contendo alguns poképuffs de sabores diferentes. Ele pega um rosa, com sabor se morango e o aproxima da dracena. "Coma. Vai fazer você se sentir melhor." Com a permissão cedida, ela relutantemente segura o aperitivo, então o comendo com mordidas lentas e pequenas. Ainda não havia se acostumado com a culinária humana, seu mestre sempre a alimentou com uma ração especial, como se fosse apenas um bichinho de estimação.
Logo, sente um alívio, uma paz na mente e no corpo. Um humano a curou e alimentou sem nem a conhecer. Lind, não é? Talvez ele fosse alguém confiável. Ao olhar seu rosto, nota que o humano estava pensativo. "Você não está em condições de ficar sozinha, e aparentemente não tem treinador." Sua tristeza volta. O que aconteceu com Harry? Onde ele estava? "Então que tal ser minha parceira?" De repente ela fica chocada, surpresa. Não esperava uma pergunta assim de alguém que acabou de conhecer, entretanto não hesita em aceitar a oferta.
Quando percebem, ambos estavam sorrindo um para o outro. Já que ela concordou com sua proposta, esta era sua chance de usar a pokébola. Ele a pega do bolso da calça e gentilmente toca na sua testa.
Sente uma leve tremida, então outra, e mais uma logo em seguida. Depois da terceira, o botão do dispositivo se ilumina com uma cor verde, sinalizando uma captura bem sucedida.
A solta em seus braços novamente e acaricia sua bochecha para a relaxar. "Nesse caso, você precisa de um nome! E olhando bem para você, acho que... Cindy seria perfeito." Um nome...? Ela finalmente... tem um nome...? Durante seu tempo com Harry, já encontrou diversos pokémon com apelidos dados por seus treinadores, mas nunca achou que ela mesma teria um nome... Ela estava feliz. Ela recebeu um nome próprio, um belo nome. Cindy...
[Depois daquele encontro, Lind voltou para casa e apresentou Cindy à família, além de se desculpar com seu irmão por sair sozinho sem avisar. Todavia, no dia seguinte, Lind e Cindy puderam sair de Fallarbor e começar suas aventuras pelo mundo. Não deixariam pedra sobre pedra, explorariam cada canto de Hoenn, cada ilha, cada poça. Isso levou tempo, muito tempo.]
[Sua jornada juntos os levou a muitos perigos, batalhas inevitáveis e riscos de vida, mas tudo isso apenas os deixaram cada vez mais próximos, cada vez mais fortes. Meio ano depois, Cindy conseguiu evoluir em uma grande e forte Drakloak, capaz de defender seu parceiro, seu melhor amigo, seu verdadeiro mestre.]
[Dois meses depois de sua evolução, a dupla ouviu sobre a descoberta de uma das conhecidas "Ilhas Miragem", ilhas estas que aparecem e desaparecem ao redor de Hoenn, que nunca foram mapeadas e pouco exploradas. Ansiosos pela aventura, não perderam tempo em conseguir um barco para irem à nova ilha.]
Já podiam ver lá longe, uma grande praia de uma ilha não registrada no seu mapa. Lind pilotava o barco o mais rápido que podia para chegar, enquanto que Cindy se sentava no assento ao lado, o olhando do canto do olho.
Depois de tanto tempo juntos, Cindy começou a se concentrar bastante em Lind. Nos seus hábitos, sua rotina, seus gostos. No começo ela se dizia que era só curiosidade, mas depois de algum tempo ela se pegou o olhando assim frequentemente. A ideia de que era apenas curiosidade não era mais uma opção, a verdadeira resposta já estava clara; ela estava apaixonada.
Sem demora quando chegam, prendem o barco em uma grande rocha com uma corda. Atrás da praia tinha um campo aberto e plano, com pedras estranhas espalhadas pelo solo gramado. Talvez algum resto de uma civilização antiga?
Após garantir que a corda ficou amarrada firmemente, a dupla caminha até o tal campo. Eram cerca de sete pedras, cada uma com um texto escrito a mão ou desenhos representando algum evento. Lind chega perto da mais próxima, na tentativa de traduzir o texto, e como Cindy não tinha o que fazer para ajudar, ela fica sentada olhando o mar e a paisagem.
Os textos nestas pedras... Ele nunca viu nada parecido com estas letras, elas eram como pokémon que representavam letras do alfabeto, algum pokémon desconhecido. Na verdade, talvez tenha algo no seu caderno...
Abre sua mochila, pega dito caderno e começa a folhear as páginas, em busca de algo em específico. E logo encontra, em uma das páginas mais além da metade do caderno, contendo um total de vinte e oito símbolos iguais aos das pedras, com a letra que representam. Então, na verdade é a escrita Unown...
Aproxima a mão com o caderno da pedra, e com a outra começa a fazer a tradução, letra por letra. Após uma analisada, os símbolos começaram a fazer sentido, se formaram palavras, frases em português. "Uma vez... um. Uma vez... unidos. Uh...?" Embora entendia as palavras, algumas delas estavam apagadas pelo envelhecimento do texto, e mesmo o que era possível ler não fazia sentido algum.
Sem que percebesse, o olhar de Cindy já voltou a se focar no seu mestre, enquanto o mesmo estava agachado traduzindo as pedras no campo. "Ah... Mesmo tão confuso, o mestre é tão... bonito..." Nem meio segundo depois, percebe o que acabou de dizer. Por sorte, humanos não entendiam pokémon, e estavam com alguma distância entre si.
Ela ainda se perguntava todos os dias, uma pergunta que nunca sairia de sua cabeça; quando ela vai admitir o que sente por Lind? Claro, ela já tentou algumas vezes, mas como sempre, ele não pôde entender uma palavra, e outras vezes ela não conseguia juntar coragem para tomar uma atitude. Mas, no fundo de sua alma, ela sabia que tinha um jeito, um que ela nunca esperou precisar usar...
"Craaa..." Ela ouve, vindo de trás. Imediatamente ela congela de medo, tinha alguém bem atrás dela!
"Ah! Socor-" Sua cabeça é golpeada enquanto gritava por ajuda. Foi um golpe poderoso, um que ela sentiu todo o impacto, um super-efetivo. O início de seu chamado por ajuda pôde alcançar Lind, e o mesmo se espanta ao olhar na sua direção e vê-la derrubada no chão, com um pokémon vermelho maior que ela, segurando sua cabeça com uma das duas grandes pinças de seus braços.
Preocupado com a segurança de Cindy, Lind teve a coragem de largar tudo e correr até o pokémon selvagem e lhe dar um empurrão para soltá-la. "Não toque nela!" Crawdaunt recua, claramente impressionado que um mero humano tentaria algo tão idiota. Lind o ignora agora que se afastou, ele ajuda a dracena a se levantar e garantir que não estava ferida. "Você está bem? Consegue ficar de pé?"
"S-sim... Eu consigo lutar." O afirma com a cabeça e logo o puxa para trás, assumindo uma postura ofensiva contra o pokémon agressor. Por mais que quisesse insistir para Cindy se afastar, o garoto sabia muito bem que não tinha chance alguma de vencer sozinho, sua única opção era deixar Cindy enfrentá-lo.
E assim começa. Cindy tentar ter a vantagem do primeiro golpe, usa seu Take Down e avança contra o inimigo usando o próprio corpo. Crawdaunt coloca a pinça esquerda na frente do corpo, que assim ameniza o dano recebido da dracena, e usa a outra rodeada por água para atacar sua cabeça como um martelo. Um Crabhammer.
Foi um ataque muito poderoso, mesmo se considerar a resistência natural dos tipo dragão ao receber golpes de água. Enquanto estava jogada no chão, a Drakloak cospe uma chama roxa diretamente em uma das pernas do seu oponente, e assim se afasta com um impulso para trás.
Mesmo sendo usado apenas como distração, o Hex nem sequer o incomoda, e para responder o ataque, Crawdaunt usa a garra esquerda para espancar a barriga da fantasma e a lançar até o campo, em cima das pedras. Obviamente, as pedras são destruídas e causam mais dor à fêmea.
"Cindy!!" Grita desesperado enquanto corre em sua direção e se agacha ao seu lado, pondo a mão por baixo da cabeça e a levantando com cuidado. "Esse Crawdaunt é forte demais, nós temos que fugir!"
O humano pega a pokébola, sua única pokébola, e a aproxima da Drakloak para a recolher, porém... "Não... Eu ainda não perdi!" ela segura a bola com a mão direita e a empurra contra o peito do seu mestre. Assim como antes, ela se encontra em uma batalha impossível, contra um adversário inúmeras vezes mais poderoso que si. Essa situação a faz se lembrar daquela batalha, a que a separou de seu antigo mestre, quando enfrentou aquele Lunatone em Meteor Falls.
Eram lembranças ruins do passado, claro, mas elas eram sua motivação, o motivo para nunca desistir, para sempre treinar; nunca falhar com seu novo mestre. Antigamente, Harry diria que era uma perda de tempo insistir em lutar, que ela deveria apenas desistir de uma vez. Entretanto, Lind não é como Harry. Pelo contrário, ele é melhor, muito melhor.
Agora deitada, podia ver bem o rosto de Lind, cheio de preocupação ao ponto de começar a chorar. É uma visão horrível, uma que ela vai mudar. Determinada a isso, ela reúne toda sua força para conseguir levantar, mas sem perceber, seu corpo começa a tremer e brilhar. O motivo que escolheu para se fortalecer, agora também era o motivo que causou sua evolução.
Seu corpo emerge da intensa luz de evolução, agora maior, em corpo, chifres, cauda e, principalmente, em força. Nos chifres onde estariam dois Dreepy, estavam duas lanças de energia dracônica para os substituir. Cindy não precisava de Dreepy para se sentir segura, apenas a presença de Lind já servia para esse propósito.
Com sua longa e transparente cauda, puxa seu mestre para trás de si, apenas por segurança. Com seus braços, segura cada chifre pela parte de trás, como um jeito de mirar seus disparos no tipo água. "Este é o meu... Dragon Darts!" Ambas as lanças são disparadas simultaneamente, se aproximando do alvo em alta velocidade. A primeira atinge suas garras, assim o atordoando e deixando vulnerável à segunda lança. A explosão empurra o pokémon crustáceo até a praia novamente, com uma certa distância entre os dois.
"Agora, o meu... Dragon Dance...!" Abre bem os braços e respira fundo. Então, começa a rodear Lind com movimentos graciosos, parecidos com uma dança. "Eu não vou perder, não vou decepcionar você!" O encarava o tempo todo, com olhos muito claramente apaixonados. No fim de sua dança apaixonada, podem ver que Cindy estava coberta por uma aura roxa em todo o corpo. Era o sinal de sua velocidade e força sendo amplificada.
Embora não tenha notado, Crawdaunt já estava intimidado por essa aura, entrou em uma estância defensiva completa com as duas pinças. No começo era ele que tinha a vantagem, mas não mais, apenas agora pôde ver todo o poder da dracena e perceber que não tinha chance. Dá lentos passos para trás, esperando por uma boa chance de fuga.
Finalizando a batalha e protegendo seu querido treinador, a recém-evoluída Dragapult cria outras duas lanças de energia. Porém, antes de disparar, faz uma investida extremamente rápida até ficar atrás do oponente, o surpreendendo com a velocidade. "Hasta la vista."
Como um último ataque feroz, um que garantiria a segurança de seu mestre, a recém-evoluída Dragapult foca todo seu poder nas duas lanças dos chifres e mira no alvo; as costas do Crawdaunt. No entanto, antes de disparar, a fêmea dá um rápido e confiante sorriso, e então disparando ambas as lanças ao mesmo tempo.
Era impossível. Não tinha mais como decifrar nada, não com as pedras destruídas pelo ataque do Crawdaunt de antes. "É... Não adianta, foram completamente destruídas." Suspira e dá com os ombros. Ao olhar para trás, Cindy estava sentada olhando para ele, e prestes a chorar. Afinal, foi ela que destruiu as pedras.
Mas claro, Lind não a culpava por isso. Aproxima sua não da sua cabeça e a acaricia gentilmente. Com tal afeto, não consegue mais manter a expressão triste de antes, apenas um grande sorriso. Mas então, ela agarra o braço de Lind e o puxa para o chão, ficando então de joelhos acima do corpo deitado da fantasma.
"C-Cindy?! O que você está..." Mas não pôde finalizar, a pokémon o puxou para baixo, em um beijo surpresa. Ela põe as mãos ao redor de sua cabeça, lentamente o acariciando durante o beijo. Enquanto que Lind ainda estava em choque e envergonhado do que estava fazendo, Cindy não conseguia deixar de se sentir feliz, agora, explorando a boca de seu mestre.
Os dois continuam no seu beijo apaixonado por alguns minutos, até precisarem separar para respirar. O rosto do humano agora estava mais vermelho que a maçã de um Applin. Já a dracena, apenas um pouco corada, mas com um largo sorriso, maior do que antes.
"Cindy, p-por quê?" Os dois se encaram um nos olhos do outro por um tempo enquanto ela pensava na sua resposta. No fim, sua resposta foi o puxar para um abraço e beijando sua bochecha. "Você... Realmente...? Eu...?" Ela afirma com a cabeça, sem hesitar nem por um segundo.
Não sabe dizer como, mas de alguma forma... ele já sabia... Sim, ele conseguia sentir este sentimento nela, sua paixão... Então por que nunca disse nada...? Talvez ele também sentisse o mesmo, mas escondesse por ter vergonha.
Enquanto a fêmea se aquecia no conforto de um abraço, Lind a interrompe com seu próprio beijo, direto e reto. Ela rapidamente o retribui, corando logo em seguida. Nunca esteve tão feliz, nenhum dos dois.
Novamente, precisam separar e recuperar o fôlego após um tempo se beijando. "Heh... Hehe... Acho que somos um casal, então." Um casal... Finalmente, eles eram... um casal... "Mas, para mim, você sempre será... minha pequena fantasma!" Ele sorri, com o qual ela diria ser seu maior e mais belo sorriso até hoje.
"Agora eu percebo... Harry nunca era suposto de ser meu mestre. Apenas você, meu precioso Lind." Ele se deita ao lado dela, e por mais um longo tempo, apenas ficam alí, olhando as nuvens e aproveitando a presença um do outro.
Não tinham nenhuma pressa para sair. Afinal, esta é uma Ilha Miragem tão bela e tranquila, e depois de saírem provavelmente nunca mais a veriam. No mínimo, deviam aproveitar ao máximo a solidão que tinham aqui.
E depois, quando voltassem, teriam todo o tempo do mundo juntos, e muitas outras aventuras para viver e contemplar. Aventuras que farão juntos, não como treinador e pokémon, mas como um casal de um humano, e sua pequena fantasma.
E então? O que acharam? Fiz o melhor que pude para escrever essa estória, então espero que, no mínimo, tenha ficado boa.
Essa é apenas uma de muitas que vão vir pela frente. Todas já pensadas, mas ainda vou aceitar sugestões de idéias.
Não posso dizer com certeza que a próxima estória vai sair logo, mas posso dar um pequeno teaser e dizer sobre que pokémon vai ser.
Será de uma Eiscue fêmea. Não sei quanto tempo vai levar para eu escrever, mas até lá só resta esperar.
