Aqui estou eu novamente, com outra nova estória. O par da vez foi um pedido de alguém especial que pediu especificamente Spinda, então aqui está, entregue para você!

Nota: futuramente eu irei reescrever esta estória, melhorar a escrita, refazer algumas coisas, etc. Esta não é uma versão final.


OC(Dante) x Angela(Spinda)

~Nunca esquecerei~

Todos os olhos se voltam para a... anormalidade. Algo, ou melhor, alguém que você normalmente não imaginária estar em lugar como este, ainda mais na função que esse alguém estava fazendo.

E, mesmo assim, havia uma certa perfeição em seus movimentos estranhos, esquisitos. Uma Spinda, um pokémon completamente coberto por pêlos vermelhos, mesmo em suas longas orelhas de coelho e no seu pequeno rabo felpudo e redondo, com olhos espirais e um sorriso bêbado. Só que, está Spinda em específico não demonstrava dificuldade alguma em seus passos.

Vestida com uma boina e cachecol vermelhos — parte do uniforme do café local — ela passa entre as mesas, carregando em suas patas e apoiada na cabeça, uma bandeja prateada contendo um par de xícaras de café. Embora seu andar ainda seja torto e desengonçado, parecia que o pokémon caminhava assim de propósito.

Sem despejar uma única gota das xícaras, ela chega até seu destino; a mesa de um casal adolescente. O garoto hesita um momento antes de esticar seu braço e pegar as xícaras dele e da sua namorada. Depois, a garçonete pokémon se afasta da mesa com a bandeja, retornando à cozinha do café para pegar mais pedidos e seus acompanhamentos.

Para abrir a porta, ela só precisou empurrá-la usando suas costas, que logo revelou o interior da cozinha. Os cozinheiros, alguns pokémon, ainda trabalhando duro, preparando os pedidos, tirando tortas do forno, preparando sanduíches e bolos.

Um dos chefs pokémon era de uma espécie pouco menor que a Spinda, coberto por pêlos brancos e rosas, com sua grande língua sempre fora da boca. Este trazia uma nova bandeja para sua companheira, com uma xícara e um prato com uma fatia de torta de frango.

"Esta é para a mesa dois. Tenta não esbarrar em nada, Angela." Diz o chef, em um tom brincalhão.

"Ha ha. No dia que isso acontecer, eu me demito." Ambos trocam suas bandejas pela do outro no meio de sua breve troca de palavras.

Com uma despedida, ela retorna às mesas com bandeja em mãos e cabeça. Foi bem sutil, mas Angela podia jurar que ouviu alguém falando "Um Spinda besta trabalha aqui? Que horror..." ou algo parecido.

No seu caminho à mesa de número dois, ela ouviu mais comentários deste tipo, mais claramente.

"Uma Spinda? Aqui?"

"Este não é um dos pokémon mais fracos que existem?"

"Ugh. Deve ser uma vergonha contratar esse bicho."

"Tô ficando tonto, não consigo comer..."

São comentários relativamente comuns no seu trabalho. De fato, Angela já nem mais se incomoda com eles. Ou, pelo menos, era isso que ela queria fazê-los pensar, mas...

"É tão idiota que nem entende xingamentos."

... às vezes ainda era difícil. Bom, melhor esquecer disso e terminar logo por hoje. Logo chega na mesa do pedido, colocando a bandeja na mesa para que a mulher sentada pegasse sua xícara e torta. Porém, a mulher loira de roupas luxuosas apenas fica encarando, como se esperando algo

A espera deixou Angela um tanto quanto ansiosa. Por que ela não estava pegando seu pedido? Já estava ao seu alcance, bastava estender o braço.

"Bem? Não vai colocar na mesa?" A mulher diz em um tom arrogante, enquanto esperava de braços cruzados debaixo de seus seios.

"Ah! Então era isso!" Finalmente entende. Angela se estica na ponta dos pés para conseguir pegar a xícara e o prato, então os colocar na mesa, exatamente na frente da mulher.

"Não, não, não. A colher vem no pires, não na xícara!" Hã? Como assim? Ninguém nunca reclamou de algo tão banal até hoje. "Hmph. Que seja, não dá para esperar que um animal entenda de etiqueta da hora do chá."

"Hã? Mas isso é café... E não estamos em nenhum lugar super chique..." Que situação confusa. Vendo que esta mulher exigente já estava bebendo seu café, segurando o pires na mão esquerda e a xícara na direita, Angela assume que deve se retirar. Ela pega novamente a bandeja e se afasta da mesa. Bom que seu padrão de pêlos vermelhos cobre o corpo inteiro, pois convenientemente escondia suas bochechas rosadas de vergonha.

Durante o resto do seu turno como garçonete, a Spinda tentou esquecer da situação constrangedora e se focar em voltar para casa. Havia alguém especial que precisava encontrar mais tarde.

Agora não tinha nenhuma boina ou cachecol, já que são parte do uniforme do café, porém carregava pelo ombro esquerdo uma bolsa pequena e preta, que ela, sim, é de sua autoria.

Entretanto, antes de passar pela porta de vidro na entrada, ouve a voz de um dos colegas de trabalho a chamando.

"Espera por mim, Angela!" Era o Slurpuff da cozinha, um de seus amigos e quem a recomendou como garçonete para o dono do café.

"Ah, Ronald." Mantém a porta aberta até seu amigo de tipo fada passar. Ele usa a chave em suas patas para trancar as portas, então guarda dita chave na mochila em suas costas. "Já vai para casa, ou vai com seu mestre para algum bar de novo?"

"Ei, você sabe que eu não vou ficar bêbado!" Finge raiva na sua voz, só pelo humor.

"Álcool é como veneno, fadinha." Rindo da própria piada, dá um leve tapinha nas costas do amigo. "Bom, até segunda, Ronald." Se despedem, e seguem em caminhos opostos.

Caminhando sozinha, como de costume, no meio da multidão de Mauville, a cidade do brilho e da diversão. Sua estrutura é como a de um shopping, com um primeiro andar contendo diversas lojas e serviços públicos. O segundo andar, acessível através de elevadores espalhados pela cidade, era o lugar onde ficam as casas e apartamentos dos cidadãos. Já o terceiro andar, ele podia ser visto mais como um parque natural, coberto por um piso de grama, arbustos e árvores, e bancos aqui e alí.

Recentemente, foi implementado um sistema de transporte rápido; elevadores laterais. São exatamente isso, elevadores que se movem por um mesmo andar, substituindo a presença de carros e motos. E para usar bastava apenas ter um cartão de cidadão.

O café local onde Angela trabalha fica ao noroeste da cidade, onde haviam poucos estabelecimentos alimentícios, assim atraindo mais fregueses. A rota da Spinda era simples; descer pelo elevador noroeste e ir andando até o local de trabalho. Ela adorava o fato de sua casa e do café serem basicamente um em cima do outro.

Sem demora, chega no tal elevador, porém passa reto, em vez de entrar. "Hoje eu quero buscar o Dante. Por sorte, ele trabalha perto." Andando mais um pouco, ela encontra um quadrado de vidro no meio do corredor da cidade. Havia um painel na frente da porta, por onde ela chama o elevador lateral.

Outra característica destes elevadores é que ficam no meio dos corredores, erguidos acima do chão como forma de evitar que as pessoas precisem contornar para chegar ao outro lado. Cada elevador tem dois possíveis destinos; o centro da cidade, local dos serviços à treinadores, ou o lado oposto do corredor.

E o botão que Angela pressionou ao entrar no seu transporte é justamente o do centro. Assim que o pressiona, as portas se fecham, a cabina se ergue até o teto e começa seu trajeto, percorrendo todo o lado esquerdo do corredor norte, até fazer uma virada ao sul, parando e descendo em uma plataforma sete outros espaços para elevadores.

Como o terceiro andar, esta área central também possuía um gramado como piso, porém bem menor. A pokémon pôde ver alguns humanos brincando com seus pokémon pela área, e até treinadores fazendo preparações antes de sair em sua jornada. Todavia, o propósito dela não era assistir. Com seus passos desengonçados, caminha até o pokémart da cidade, uma loja azulada relativamente pequena, se comparada com o resto da cidade.

Ao entrar, analisa seus arredores. Haviam prateleiras alinhadas à sua direta, no meio do estabelecimento e até outras cercando as paredes. Na esquerda ficava o balcão, e ao lado dele uma prateleira menor com revistas variadas para treinadores. A loja em si, no entanto, estava vazia.

Porém, o seu objetivo aqui não era nada disso, mas sim... "Dante!" Chama a atenção do único humano do local. Dito humano que tinha acabado de atravessar uma porta de funcionários.

Reagindo com surpresa, o humano olha em direção à Spinda. "Angela? O que está fazendo aqui?" Se ajoelha na sua frente e afaga a cabeça da pokémon com sua mão.

"Vim te encontrar, obviamente." Afasta a mão do garoto, depois ela que começa a afagar os cabelos rubros dele. "E não me trate como uma criança. Eu sou dois anos mais velha que você." Embora diga isso, Dante não ouvia nada além da linguagem própria dos Spindas, o único problema entre os dois.

Sorrindo antes de se levantar, Dante segura a mão da pokémon e saem, indo juntos até aquele mesmo elevador usado por Angela, prontos para ir para casa.

[Dante e Angela, embora publicamente pareçam estar sempre discutindo, são na verdade muito próximos um do outro. Na sua infância, Dante tinha problemas para fazer amizades e só se interessava por batalhas. Seus pais, que eram ex-treinadores, fizeram com que o filho treinasse a sós com um pokémon diferente a cada dia, todos os dias.]

[Dentre todas as espécies com as quais já interagiu, o jovem Dante descobriu ter uma grande afinidade com a Spinda de sua mãe. Quando adulto, sua mãe permitiu que Angela fosse com ele, como sua guardiã legal. Desde então, eles se mudaram para Mauville, o coração da região de Hoenn, com o intuito de um dia Dante ter pokés suficientes para fazer uma licença de treinador.]

Uma vez que chegam em casa, o duo segue em seus caminhos diferentes. Dante foi à cozinha preparar o jantar, enquanto Angela foi ao quarto, trancando a porta ao entrar.

A Spinda põe sua bolsa na cama. Ela a abre e pega sua carteira, começando a contar o dinheiro do salário do dia.

"Cento e nove, cento e dez, cento e onze... Ah, perfeito!" Totalizando cento e doze poké's em suas patas, Angela sorria, sabendo que era a quantia necessária para sua... surpresa. Ela esteve trabalhando, esperando, guardando o seu dinheiro por muitos meses, planejando uma grande surpresa para o seu humano, e hoje finalmente estava tudo pronto.

Levanta-se novamente em suas pernas antes de guardar a carteira e a bolsa na estante ao lado da cama, onde também havia um pequeno abajur e alguns livros.

Porém, ela remove os livros da estante. Escondido atrás deles tinha um compartimento de metal, com uma maçaneta e uma tela digital do lado oposto. Angela encosta uma de suas patas na tal tela, que logo se ilumina e escaneia-a. A seguir, a pokémon facilmente abriu a porta do cofre. Dentro havia mais uma quantia grande de dinheiro, com a qual ela guarda os poké's em mãos antes de fechar e esconder o cofre de novo.

Assim que suspira, ouve a voz de Dante vinda da cozinha. "Angela, o jantar está pronto."

"Já estou indo!" Responde com um grito. Ela encara o esconderijo do cofre por mais um segundo. "Amanhã." E então se levanta.

Durante o jantar juntos, nenhum dos dois disse uma palavra. Apenas ficam sentados em lados opostos da mesa retangular, com um prato de arroz e ovos fritos na sua frente.

Enquanto mastigavam sua comida, cada um fazia algo. O jovem humano foca toda sua atenção no seu celular, enquanto que Angela apenas olhava diretamente para ele fixamente.

"Ele cresceu tanto..." Ela pensa, se relembrando da época de anos atrás, quando ele era só uma criança e ela ainda estava com sua treinadora. "Algum dia ele vai se tornar um adulto de verdade. Vai ter uma casa, arrumar uma garota especial e formar uma família..." Nem ela mesma percebe, porém esse pensamento, que algum dia eles iriam se separar, a entristece.

"Quando Dante estiver casado e ter filhos, o que será de mim? Não posso segurar sua mão para sempre, e algum dia minha mestra também vai partir, aí... eu não terei ninguém..."

Antes que percebesse, já havia terminado seu prato por completo. Após deixar os talheres em cima do prato e o empurrar um pouco, ela desce da cadeira com um pequeno salto.

Dante ouve ela pisando no chão e olha em sua direção, com a boca cheia de comida, que ele engole rapidamente para perguntar; "Aonde vai?"

"Já estou indo para a cama. Foi um dia bem cheio no café." Responde já prestes a virar no corredor para o quarto, logo voltando ao seu caminho.

"Ah, certo. Boa noite."

"Boa noite, Dante."


No dia seguinte...

Assim que os primeiros raio de Sol iluminaram a região de Hoenn, anunciando o início de um novo dia, os pokémon levantam-se de seus ninhos e lares, e algumas pessoas acordando por seus motivos pessoais.

Entre estes que levantaram cedo estava Angela. Não para ir trabalhar no café, era seu dia de folga afinal. Porém, havia algo importante que queria fazer.

Ela gostava de andar pela cidade de manhã, pois não haviam muitas pessoas nos corredores, mas também não dava para dizer que estavam desertos.

Não demora até que chegue no pokémart onde Dante trabalha. Esta é sua chance, já que hoje ele estava de folga e havia outra pessoa como caixa. Assim que entra, sua presença é notada pelo dito funcionário, que agora atendia uma mulher.

Estranhamente, esta mulher parecia familiar para Angela. Usava roupas luxuosas e longos cabelos loiros, além de expressar muita arrogância.

Em vez de se focar nisso, ela volta ao que veio fazer. Após vasculhar as estantes nos cantos, ela finalmente acha o que veio buscar; pokébolas. Haviam diversos tipos, básicas, superiores, ultras, até mesmo algumas velozes e de repetição.

Angela suspira. "Qual combinaria melhor com ele...?" Passa um curto tempo ponderando sobre qual das cápsulas escolher. Na sua mente, ela só se preocupava com o design, e não com sua eficácia bônus. "Já sei. Vai ser esta." Pega em suas patas uma das bolas velozes, as quickballs.

Quando chega no caixa, a mulher já estava indo embora, dando a vez de Angela de ser atendida.

Angela põe a cápsula em cima do balcão, e enquanto o humano escaneava o item, a pokémon já havia retirado a quantia necessária de dentro da carteira.

Depois de pagar o humano e pegar a cápsula com uma sacola plástica azul, ela de retira da loja e segue seu caminho tradicional até sua casa.

Para sua surpresa, ela encontra Dante logo na entrada, fechando a porta da casa e guardando as chaves no bolso. Logo ele nota a Spinda por perto e se ajoelha para cumprimentar.

"Bom dia, Angela. Posso saber o motivo de sair tão cedo?" Afaga a cabeça da Spinda, que rapidamente tira a mão da sua cabeça.

"Já disse para não me tratar como criança!" Diz com uma expressão aborrecida. Depois, põe a pata na sacola e retira a cápsula azul e amarela, a exibindo para Dante. "Eu só saí para fazer uma surpresa ao meu humano predileto.~"

"Isso é...?" Pergunta, incrédulo com o que via. "Você comprou isso?"

A pokémon assente e entrega o item à mão do garoto. Por um momento, ele apenas encara a cápsula, completamente sem palavras.

"Não precisa me agradecer." Ela diz, sabendo que ele gostou da surpresa. "Vamos para dentro. Então, sairemos para achar seu primeiro pokémon." Segura o braço do humano e aponta para a porta, traduzindo o que disse para que ele a entendesse.

"Certo. Isso pode esperar um pouco." Sorri sutilmente enquanto se levanta. Não tinha como ver de longe, mas Angela sabe que os olhos de Dante brilhavam de animação.

"Que bom que gostou. Espero que valorize seu parceiro... E espero que não se esqueça de mim quando partir."


A visão e atmosfera eram perfeitos. Com certeza, o terceiro andar de Mauville é a melhor parte da cidade. Havia tudo de relaxante; ar fresco, céu aberto, e o melhor, os pokémon.

Porém, ela não gostava destes pokémon. Na sua visão, eram criaturas feias, fracas e inúteis. Eram meros Skitties, Zigzagoon, Electrike. Nada charmoso.

Lúcia, passando seus dedos por seus cabelos loiros, levantá-se do banco no qual se sentava. Enquanto olhava mais dos pokémon ao redor, sua expressão mudava de uma indiferente para repugnância.

"Por tanto tempo eu procurou, mas até hoje Hoenn não me presenteou nada digno." Murmura para si, longe das demais pessoas. Eles não entendem sua atração pelo belo, pelo digno.

No entanto, a sorte sorria para ela hoje. Esta noite será o primeiro dia do festival do milênio. Este festival acontece em Hoenn durante uma semana inteira, na época em que, nos céus estrelados, é possível ver o cometa do milênio.

É uma tradição antiga de Hoenn. Todo festival era realizado em uma cidade diferente, e para sua sorte, o festival da vez será aqui mesmo, em Mauville.

Poucos sabiam, mas o festival do milênio possuía algo especial nestes sete dias. Algo que Lúcia cobiçava mais do que tudo. "Você será meu, Jirachi! Custe o que custar!" Com a mão livre, a mulher tapeia levemente uma cápsula escondida dentro de seu grande vestido roxo cintilante. Uma pokébola roxa, com um grande "M" na frente.


"Pokébola, vai!" Grita com entusiasmo ao arremessar sua pokébola veloz. Como esperado, a trajetória foi tão rápida que o Zigzagoon selvagem nem teve chance de reagir.

Ao atingir seu alvo, a pokébola abre-se e suga o pokémon na forma de uma luz azul. Assim que aterrissa na grama do chão, a bola começa a tremer, de um lado para o outro.

"Você vai conseguir, eu sei que vai!" Angela, que o acompanhou durante esta pequena aventura à rota ao oeste de Mauville, ficou atrás de Dante, torcendo pelo seu sucesso.

Ambos ficam em silêncio com a tensão e suspense da pokébola se mexendo. Ninguém sabendo se havia funcionado de fato. Foi então que ela parou, e então se abriu, libertando o Zigzagoon e o permitindo que fugisse dos dois.

"Ah..." Ambos ficam frustrados, sem reação. Dante deixa seus braços caírem moles enquanto Angela avança para recuperar o dispositivo.

"Tudo bem, só temos... que tentar de novo!" Estende o item nas suas duas patas, o devolvendo para o humano.

Infelizmente, ele suspira assim que pega-a. "Pokébolas só funcionam uma vez. Depois de usadas, são lixo." Aquele sorriso esperançoso da Spinda desaparece, substituído por pura tristeza.

"Eu gastei tanto tempo... Tanto dinheiro... por uma tentativa que se tornou falha?" Ela sentia seu coração sendo despedaçado. Sentia seu fracasso a deixando de joelhos. Ela se esforçou tanto para realizar o desejo de Dante, e simplesmente assim, tudo foi destruído. "Eu só desejava... que ele conseguisse um pokémon... Qualquer pokémon..."

"Já chega... Vamos para casa." Cheio de frustração, o jovem arremessa o item para longe, sem jeito. Então, se viram para ir embora, quando ouvem o som de uma captura.

No início eles ignoraram, até lembrarem de um detalhe; eles são os únicos na área, então não poderia ser outro treinador.

Eles se encaram por um tempo, sem a menor ideia do que aconteceu. Quando decidem ver onde a quickball foi parar, Dante vai na frente, sendo o primeiro a ver essa mesma cápsula, porém agora fechada e com uma luz verde em seu botão.

Com um pouco de medo, o garoto estendeu a mão para a pegar e a encarou por uns segundos. Até Angela não tinha ideia do que deveria fazer. Mas, decidido, Dante optou por abri-la.

"Aqui vai nada..." Joga o item ao chão, o abrindo com o impacto. No entanto, nada sai. Na verdade, a coisa mais estranha era que havia uma pedra dentro da cápsula. "O que...?"

Era uma pedra pequena, do tamanho de uma bola de beisebol. Estava coberta por algum material que brilhava como purpurina, porém sendo parte da pedra. Eles nunca viram algo parecido, mas com certeza era bonita.

Rapidamente, Dante a guarda em seu bolso junto da pokébola. "Vamos indo."

Embora achasse que seja uma má ideia, Angela não tinha muito como contrariá-lo. Então, apenas fica calada e seguem seu caminho novamente para casa.

"Amigos..."

Por um segundo, a Spinda pensa ter ouvido alguém, uma voz. Entretanto, não havia mais ninguém lá, novamente. "Deve ter sido minha imaginação."


[Com seu presente e esforços para ajudar Dante falhando, Angela passou o resto do dia cheia de desânimo. Por mais que o jovem garoto tentasse a confortar, o sentimento de fracasso ainda pesava em suas costas.]

[Mas nem tudo estava perdido. Esta noite será o festival do milênio, era mais do que certeza que eles fariam uma visita. Porém, com algum tempo de sobra antes de seu início, a dupla concordou em passar o tempo com um filme, o que poderia ajudar a levantar o astral de Angela.]

Dava para ouvir o som da pipoca na panela, além de sentir o cheiro. Um cheiro saboroso que Angela adorava. Enquanto revistava a enorme pilha de CDs de filmes, todos organizados por gêneros e alfabeticamente.

Ao retirar um da pilha, lê a capa com atenção nos detalhes. "Dante, ainda tem medo de filmes de terror?" Pergunta se virando em direção à cozinha.

"Desde que não seja Ataque da Banette Assassina, eu topo." Grita da cozinha.

"E que tal O Número Zero?"

"Tá decidido." Expõe seu braço à visão da pokémon, fazendo um joinha com a mão. "A pipoca está pronta. Quer agora ou vai esperar começar o filme?"

"Agora, por favor." O responde enquanto guardava toda a pilha de CDs em seu devido lugar, exceto pelo filme selecionado.

A Spinda abre a capa e pega o CD, depois o coloca no CD Player colocado ao lado da televisão enorme deles, acima de uma pequena estante de madeira bege.

Thud

"Huh?" Olha na direção de onde o som veio, na qual leva à mesa da sala de estar. Aquela pedra misteriosa, antes colocada em cima da mesa, agora estava no chão. "Como isso caiu?" Se levanta para pegar a pedra e colocá-la em seu devido lugar. Todavia, dita pedra emana um forte brilho amarelo assim que faz contato com a pata de Angela. "Eh!?"

Mesmo Dante pôde ver tal luz vindo da sala enquanto ele punha a pipoca em dois potes grandes. Curioso sobre o que estava acontecendo, ele estica a cabeça para ver...

Um pokémon branco de cabeça amarela, com três pequenas fitas azuis na cabeça e duas serpentinas amarelas vindas das suas costas. O pokémon em questão ficava flutuando no ar, de olhos fechados e com respiração leve, exatamente como a de alguém dormindo.

Lentamente, o pokémon abre seus olhos, sendo Angela a primeira pessoa que vê agora que despertou. Ele ou ela olha ao redor, analisando o ambiente envolta.

"Que lugar... é este?" Sua voz ecoa na mente dos dois, perfeitamente compreensível até para o humano. A voz em si era como a de uma pequena criança.

"Quem é você?" Ambos perguntam ao pokémon, ao mesmo tempo.

Ele olha para ambos um de cada vez antes de finalmente responder. "Sou Jirachi, e vocês, Angela e Dante."

Os dois se espantam. Um, tinha um pokémon mítico falando com eles e lenfo suas mentes. Dois, Angela finalmente entendeu o que aconteceu. "É porque eu desejei que o Dante capturasse um pokémon!?"

"Correto. Seu desejo foi atendido e eu fui capturado." Jirachi a responde, ignorando que foi um pensamento particular.

"Espera. VOCÊ desejou isso, Angela?" Se vira à fêmea, agora envergonhada.

"Ela não tinha ciência da minha presença quando fez o desejo." Rápido assim, Jirachi traduziu os pensamentos da tipo normal antes mesmo dela sequer pensar.

Dante ficou quieto por uns instantes, até fazer outra pergunta. "Angela, por quê? Eu não precisava de um pokémon para ser feliz." Se ajoelha diante dela para ficar mais próximo de sua altura.

Novamente, ela se prepara para falar, até Jirachi interromper e traduzir seus pensamentos. "Ela queria que você tivesse um motivo para se lembrar dela" Faz uma breve pausa antes de continuar. "Ela pensa que algum dia você terá que partir, e teme que ficará sozinha, sem você e sem sua mestra."

Os dois ficam se encarando, ambos envergonhados, principalmente Angela. Sem que prestasse atenção, o garoto havia colocado sua mão na cabeça da Spinda, a afagando como de costume. Porém, desta vez ela não o afastou. "Eu nunca esqueceria de você. Você é a pessoa mais importante da minha vida." Suas palavras saem com um tom gentil e doce, fazendo com que as bochechas da Spinda se tornassem mais vermelhas do que o de costume. "Jirachi pode realizar mais um desejo?"

"Tenho poder para realizar três desejos. Basta fazê-lo."

"Eu quero poder me comunicar com a Angela." Diz em um tom sério, sem desviar o seu olhar amoroso de Angela. Jirachi apenas assente antes de levantar um braço e estalar os dedos. Se olhassem, veriam a segunda fita do pokémon mítico recebendo escritas com as palavras do segundo desejo.

Agora que o desejo foi realizado, ela de sentia um pouco nervosa. Sua voz hesita em sair da sua boca por um tempo, mas só até ver o sorriso no rosto de Dante. "F-...Funcionou...?"

Ela pôde ver o sorriso do humano crescendo de repente. E então, ele simplesmente a puxa para um abraço apertado. Isso respondia a pergunta.

"Mais algum pedido?" Do nada, Jirachi quebra o momento, estragando o clima dos dois.

"Uh... Só queremos um tempo a sós." Diz Dante, mantendo o abraço.

"Certo. Darei um tempo privado para o casal." Flutua lentamente até a porta do quarto, usando telecinese para a abrir e entrar.

Mesmo depois de ir embora, os dois ficam parados. "... Casal?" Eles se separam, ainda mais corados. "I-isso é ridículo! Eu sou um pokémon, e você um humano!"

"B-bem... Já ouvi falar de um aventureiro que namora uma Dragapult." Coça a nuca de nervosismo ao terminar de falar. "E de um treinador famoso que supostamente namora sua Eiscue..."

"Você está dizendo que nos consideraria como um casal?" Ela pergunta, em choque, mas também escondendo o fato de estar intrigada.

"Não foi o que eu quis dizer...!" Vira o rosto para evitar contato visual, escondendo sua vergonha. "Mas... tudo bem se você... nos ver assim..."

Mesmo com o rosto virado, ela continuava o encarando diretamente. Já estava um pouco mais calma, apesar de seu coração estar acelerado. "Eu cuidei de você juntamente de seus pais, sendo uma amiga que sempre se importou com você." Começa a falar, sem gaguejar, sem hesitar. Isso chama a atenção do garoto, que voltou a olhá-la. "Mesmo quando você se mudou, eu escolhi ir com você. Eu me dizia que era porque eu não queria que você me esquecesse, mas... talvez... fosse por outro motivo."

Ele olha atentamente para Angela, ciente do que ela quis dizer com isso. No fundo, ele também sabia que a amava, porém ele também pensou que era algo mais familiar.

Sem pensar duas vezes, ele segurou Angela em seus braços e a puxou, a surpreendendo com um beijo. O beijo dura algum tempo, com o qual a fêmea fica paralisada pela surpresa, e dando mais facilidade para Dante abrir sua boca e explorá-la com a língua. A cada segundo que ele fazia isso, mais envergonhada a mesma fica, até finalmente o garoto separar para respirar.

"Dante..." Sussurra timidamente, ainda incrédula, porém certamente feliz. Olhando os olhos de Dante agora, ela se sente hipnotizada, apaixonadamente hipnotizada. "Vamos... Vamos fazer isso."

"Uh? Agora?" Faz uma pausa, olhando-a nos olhos. Via o quanto ela ficou feliz, acolhida. Não tinha como recusar seu pedido, não agora. "Certo. Mas eu vou liderar."

O humano anda até o sofá, já tirando sua camisa. Enquanto se senta, ele abre o zíper da calça, aguardando a Spinda.

"Como preferir." Se aproxima dele, se posicionando no meio de suas pernas. Com suas patas, desce as calças dele até revelar seu membro flácido. Suas bochechas se aquecem mais uma vez, antes dela o segurar no meio de suas patas e lentamente começar a mover para cima e para baixo.

Ela pôde senti-lo tremendo levemente quando mexia-o. O garoto se segura no sofá, resistindo a vontade de segurar a cabeça dela e forçá-la a usar sua boca.

Sentindo o toque dela, seu movimento, não demora para que ele fique ereto por completo. Logo, as mãos dela já terminaram tudo que podiam fazer no momento, então ela aproxima seu rosto, depois olha para Dante, como se perguntasse se ele está pronto.

"Pode ir. Eu estou preparado." Com a permissão garantida, Angela puxa a cabeça do pênis e abre bem a boca, a cobrindo em seus lábios, fora de visão. "Hm!~" Começa a lamber aos poucos a ponta, querendo apenas se acostumar com o gosto salgado que agora envolvia sua língua.

Ainda não movia a cabeça, porém conseguia fazer com que o macho deixe gemidos leves escaparem algumas vezes. Com o tempo, o tremor corporal de Dante só fica mais frequente, assim como sua respiração.

Após mais algum tempo lambendo, ela começa a movimentar, empurrando a cabeça para colocar todo o pênis dentro da boca, e depois retirando até a ponte, repetindo o processo várias vezes com uma velocidade decente. Cada movimento faz Dante gemer uma vez mais.

Ela consegue senti-lo chegando até o fundo da sua garganta. Ao longo do tempo, seu ritmo aumenta consideravelmente, chupando e lambendo mais e mais. Desta vez, Dante não consegue mais resistir e segura Angela pela cabeça, comandando seu ritmo ele mesmo. Ritmo este que se torna mais rápido do que Angela conseguiria sozinha.

"Hum...~" Eles ficam nisso por algum tempo. Angela completamente focada no sabor, e Dante no prazer. Nenhum deles conseguem perceber o quão perto de seu clímax Dante estava, até ele chegar no seu limite.

Só então ela percebe, quando sente Dante disparando seu gozo no fundo da sua garganta, fazendo-a apenas poder engolir e saborear. Ele faz vários disparos antes da fêmea se afastar, com a boca cheia do líquido branco.

"Saboroso... Muito saboroso.~" Limpa o resto em seus lábios, sorrindo para ele. "Ainda dá tempo de voltar atrás, se você mudar de ideia. Podemos fingir que isso nunca aconteceu."

"E perder isso? Não tem como eu querer esquecer disso!" Endireita sua postura enquanto passa a mão na bochecha da pokémon. "Ainda temos mais uma etapa."

"Certo... Vamos.~" Angela sobe no sofá ao lado. O garoto se levanta, dando espaço para Angeles se apoiar no braço do sofá de quatro, exibindo seu traseiro aos olhos do humano. "Estou esperando.~"

A visão clara de Angela facilmente deixa o jovem excitado novamente. Ele se reposiciona atrás dela, onde começa a esfregar o pênis entre suas nádegas provocativamente.

"Ei, não me provoque assim.~" Rebola em resposta à provocação, fazendo com que o membro de Dante adentre seu orifício vaginal. "Vá com calma, eu... ainda sou virgem."

"Não se preocupe, vou com calma." Gentilmente ele pressiona adiante, até o ponto que sente tocar em algo. Os dois se olham por um tempo, ele aguardando a resposta dela.

Quando ela assente com a cabeça, Dante faz seu movimento. Ele avança mais um pouco, atravessando seu hímen agora destruído. Quando ele olha, percebe que a vagina de Angela estava escorrendo sangue, caindo no sofá.

"Ngh... Gah...!" Ela fica se contorcendo, mordendo os lábios para evitar gritar de dor. Nenhum deles se move ou diz qualquer coisa, apenas esperavam pela dor desaparecer. "Ok... Pode continuar."

Lentamente, o humano volta a a penetrar, com muito cuidado para não machucá-la de novo. Com muita calma, ele continuou, aos poucos transformando a agonia em prazer. A expressão da Spinda demonstra a mudança quando começa a sorrir e salivar.

"Isso...~" Ela libera diversos gemidos longos a cada empurrão de Dante. Para fazer menos barulho, ela morde o braço do sofá com força, desta forma silenciando de vez os gemidos. "Mais, mais!~" Ela suplica, abafada pelo sofá.

Atendendo ao seu pedido, Dante começa a acelerar seus empurrões, além de os fazer com bem mais força. Surpresa pela mudança também na força, as orelhas de Angela se esticam para cima.

"Hum!~ Tão apertada... Angela!~" Diz o garoto entre seus próprios gemidos.

"S-sim... Não pare.~" Acaba soltando-se do sofá para falar, e acaba gemendo novamente. "Eu já... estou quase lá.~" Ela avisa, sentindo o seu próprio clímax se aproximando.

Agora que eles estavam para terminar, o humano se joga sobre o corpo da pokémon, segurando com um braço no sofá e com o outro enfiando um dedo na boca dela. Eles duram por mais alguns poucos segundos, até ambos despejando-se juntos dentro do útero de Angela, o preenchendo com a mistura do gozo de ambos.

"Ahh!~" Ambos gritam em êxtase juntos, então, agora cansados, se jogam sobre o aconchego do sofá, abraçados um ao outro. Ofegantes, eles se reúnem em outro beijo, curto, porém ainda amoroso.

Angela fecha seus olhos, descansando a cabeça sob o peito do humano, confortável. "Agora... eu serei mais do que só lembrada... Eu também serei amada..."

...

...

...

Continua.


"Isso é engraçado. Mortais aplicam regras em si mesmos, limitando suas mentes e imaginação." Jirachi comenta sozinho, olhando para um livro de capa marrom flutuando sob efeito de sua telecinese. Na capa, escrito com letras chiques, estava escrito "História da humanidade". "Proíbem relações com pokémon, mas mesmo alguns de suas maiores figuras tinham pokémon como parceiros."

Com a telecinese, devolve o livro ao seu respectivo lugar. Em seguida, examina a terceira fita, no topo de sua cabeça, ainda em branco.

"Eles ainda têm um desejo. Me pergunto qual será, e quando será? Apenas o tempo contará." Murmura, antes de olhar à porta. "Ah, parece que já terminaram. E, olha, está quase na hora do festival humano do milênio."

"Mal posso esperar para participar."


A passagem secreta foi aberta, oculta atrás da parede do game corner de Mauville. Não havia ninguém no local, apenas a própria Lúcia.

Portando sua feição vazia e cheia de orgulho, a mulher desce as escadas diante dela, através de um corredor escuro longo.

Assim que chega ao final, se encontra com uma porta de metal e uma câmera no teto. Na porta, o símbolo de uma estrela negra de quatro pontas, com um grande "S" roxo no centro.

Lúcia encara a câmera do teto por um tempo e, logo, ouve o som da porta se destrancando. A porta abre automaticamente, permitindo a passagem dela, antes de se fechar e trancar. "Somente a Team Sunder tem o que é verdadeiramente digno."

Em breve: O Festival do Milênio de Jirachi


Yo! Autor aqui, fazendo a finalização dessa estória depois de escrevê-la em poucos dias. Rápido, né?

E olha, um cliffhanger com o teaser de uma continuação? Não era para ser apenas um compilado de pokéfilia? Ou será que há uma estória por trás de tudo isso?

Hehe, apenas o tempo contará, como Jirachi mesmo disse. Até a próxima, valeu, falou!