YYH não me pertence. Mas a imaginação é minha n.n
Primeira vez que eu resolvo fazer uma fic Yusuke x Botan UA XD Num vejo muitas desse tipo por aí... Espero que vocês gostem n.n
Resumo: Botan era apenas uma garota que trabalhava á noite em uma boate movimentada. Até que uma pessoa muda sua vida.
Capítulo 1
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Botan apressou ainda mais seu passo. Era mais que certo que estava atrasada cinco minutos. E tudo por causa de seu relógio, que parou esta tarde. Depois, sentiu uma pressão em seu ombro e soltou um gritinho.
-Que isso! Tá assustada hein, Botan?
-O que você quer, Keiko? Eu estou andando á noite, sozinha, indo pra uma boate e você quer que eu não me assuste quando alguém coloca a mão no meu ombro?
-Relaxa, minha filha. –Continuaram á andar, lado á lado. Botan era uma garota de dezoito anos, com cabelos azuis levemente ondulados e longos. Keiko tinha cabelos castanhos longos e bem lisos, e seus olhos eram igualmente castanhos e tinha feito dezoito anos á um mês e arranjou um emprego graças á Botan. Andaram mais um pouco até chegarem em uma boate, com uma fila enorme do lado de fora e um segurança grande e forte todo de preto, permitindo ou não a entrada das pessoas. –E aí, TJ!
-Keiko! –O segurança olhou para as duas. –Entrem!
-Falou. Divirta-se.
Ambas entraram. A boate era bem grande e estava bem cheia áquela noite; era sexta-feira. A boate era iluminada por lasers coloridos e luzes brancas que piscavam sempre. Era bem iluminada, até.
As duas garotas andaram diretamente para o balcão, onde havia um barman alto e ruivo, de olhos verdes. Ele conversava com um grupo de garotas – como sempre – e trabalhava na boate apenas por diversão, pois na verdade, ele era modelo. Mas era um modelo do tipo para catálogos de compra. Apesar de que, recentemente, ele assinou um contrato importante com uma empresa famosa fabricante de roupas de grife, para desfilar em um evento importante, daqui á um mês. E tinha apenas vinte anos e já tinha um contrato incrivelmente importante e invejável.
-Oi Kurama! –Keiko o cumprimentou. Botan fez o mesmo e ele pediu licença para as garotas, deixando-as um pouco tristes.
-Boa noite! Como vão?
-Desculpe o atraso. –Keiko disse e ambas foram para trás do balcão.
-Não tem problema. Eu cuidei de tudo. –Ele sorriu. E logo, algumas pessoas foram chegando e pedindo bebidas. Os três preparavam as bebidas com certa diversão em seus sorrisos. Misturar e preparar bebidas era o que os deixavam á vontade e até felizes. Aquela boate era um jeito de relaxar com música alta, conversas com conhecidos e estranhos, podiam beber de graça, e podiam dançar, desde que trabalhassem. Eles sempre foram amigos desde o colegial e gostavam de trabalhar ali porque acabavam revendo muitos amigos e acabavam fazendo mais amigos. Realmente, era muito bom trabalhar ali. Simples, mas era bom. Bom não: ótimo.
-E aí? O que aprontaram de ontem pra hoje? –Perguntou Keiko com um sorriso, encostando-se no balcão, de costas para o público e olhando seus dois amigos.
-Eu não fiz nada de mais. –Respondeu Botan, bebendo um pouco mais de vinho.
-Idem. –Disse Kurama, apoiando um de seus braços no balcão e apoiando sua cabeça no mesmo braço, olhando as pessoas dançarem.
-Mas o que isso, genteeeee! Que desânimo é esse? É só tocar nesse tipo de assunto que vocês vão pra baixo!
-Ah, não é nada sério Keiko. –Disse Botan, abanando sua mão direita na frente do rosto com os olhos fechados, desinteressada. –É que, comigo, nunca acontece nada mesmo. Só aqui e olha lá.
-E você, Kurama? Como andam os contratos, os ensaios e por aí vai?
-Indo, né... Não há nada de mais. Ah! Lembrei!
-O que?
-Sabem aquele contrato importante que eu assinei?
-Aham. –Responderam as duas.
-Bom, logo após esse evento que terá aqui no Japão, eu terei que viajar ao Brasil. Haverá um outro evento por lá, apenas de lançamentos, e é muito importante. E eu vou trabalhar com uma modelo brasileira muito famosa.
-Por acaso, é a...
-Exatamente.
-Nossa, mas ela é linda!
-E é mundialmente conhecida. E qual evento que é? –Botan perguntou, olhando para Kurama pelo canto do olho.
-É um evento em São Paulo.
-Ah, já sei qual é. –Keiko disse, ficando um pouco mais animada. –De qualquer modo, espero que dê tudo certo, Kurama.
-Digo o mesmo. –Botan piscou um olho e sorriu para o ruivo. Ele sorriu de volta para ambas.
-Que seus pedidos sejam ouvidos.
-Boa noite. –Ouviram uma voz desconhecida atrás de si, e todos se viraram para ver quem era. Era um homem de olhos grandes e castanhos, cabelo preto arrumado com gel. Usava uma blusa preta com gola alta, um blazer preto, uma calça social preta e sapatos pretos. Ele sorriu. –Eu gostaria de um vinho, pode ser?
-Claro. –Botan foi atendê-lo. –Tinto ou branco?
-Tinto. E o mais forte que tiver, ok?
-Uhhh... Corajoso. –Brincou ela, pegando uma garrafa de vinho e uma taça. Despejou um pouco do vinho na taça. –Prove. –E então, colocou a taça no balcão, enfrente á ele. Ele logo pegou a taça. Examinou o líquido, a consistência e a cor. Logo, cheirou o vinho. Botan observou tudo.
-Deve ser um tipo de profissional que gostam de vinhos... –Pensou a garota, ficando interessada nos gestos do estranho rapaz. Ele finalmente, provou um pouco.
-Cítrico... Puro... Forte... Realmente, é muito bom. Pode encher. –Ele sorriu e colocou a taça no balcão. Ela encheu um pouco mais a taça, chegando até mais um pouco da metade.
-Você gosta muito de vinhos? –Ela perguntou, enquanto colocava a garrafa de vinho ao seu lado no balcão.
-Um dos meus hobbies é provar e criticar o sabor de muitos vinhos.
-Você trabalha no que? –Perguntou ela, notando as roupas mais ou menos formais o homem á sua frente.
-Sou fotógrafo. –Ele se sentou no banco, bebendo mais um gole de seu vinho.
-Fotógrafo? Interessante. Você fotografa o que?
-Modelos. Sabe, sou uma daquelas pessoas que tiram fotos dos modelos que aparecem em outdoors ou em eventos importantes.
-Ah sim, entendo.
Logo, sentou-se um outro cara ao lado do que conversava com Botan. Era um garoto de cabelo ruivo, alto, e penteado esquisito.
-E aí, Botan! –O garoto ruivo cumprimentou animadamente. –O de sempre, belez?
A garota sorriu.
-Claro Kuwabara! –Ela se virou e pegou três garrafas diferentes. Abriu-as e as misturou num copo. Encheu-o até a borda e o entregou ao ruivo. O moreno que conversava com ela até agora pouco, ficou observando cada movimento, olhar e sorriso dela. De algum modo, ela era diferente de todas as garotas que viu, conheceu e fotografou – e não era só por causa do cabelo estranhamente azulado ou por causa da cor rosa de seus olhos – mas era porque ela... Tinha algo de diferente... –Aqui está. –Ela entregou o copo para Kuwabara.
-Valeu! –Ele agradeceu, já tomando dois goles da bebida.
-Hey, garota. Já pensou em ser modelo? –Finalmente, o jovem fotógrafo perguntou á Botan. Ela olhou para ele.
-Eeeeeuuu? –Ela finalmente falou. –Não... Na verdade não.
-Qual é! Escuta, por que não vai á esse lugar amanhã? –Ele retirou um cartãozinho do bolso do blazer e o entregou á ela. –Tente pelo menos uma vez.
-Eu... Eu vou pensar...
-Ótimo. –Ele soltou um sorriso satisfeito e bebeu um pouco do vinho. Olhou para seu relógio e bebeu o resto do vinho apressadamente. Colocou algumas notas no balcão. –Tenho que ir. Até logo. –E saiu sem demoras. Botan ainda ficou encarando o lugar por onde ele sumiu e depois, olhou para o cartão em suas mãos.
-Vai aceitar? –Perguntou Kuwabara, já entendendo tudo. Logo, Keiko perguntou a mesma coisa, pois ouvira mais ou menos a conversa dela com o cara estranho.
-Sei lá... Eu vou pensar primeiro...
-É meio cansativo. –Disse Kurama. –Principalmente nos primeiros dias, mas depois, você acaba se acostumando e gostando.
Botan olhou novamente para o cartão e sorriu. Leu o nome escrito em preto, em pensamento.
-Yusuke Urameshi...
-Como é o nome dele? –Perguntou Kuwabara, interessado, bebendo um gole de sua bebida.
-Yusuke Urameshi. –Kuwabara engasgou. –Que foi?
-Botan, você não conhece ele? –Perguntaram os três ao mesmo tempo.
-Não... –Ela respondeu, inocente.
-Esse cara é um dos mais famosos fotógrafos do Japão. Chegou á ser modelo uma vê, mas não quis. E ele é incrivelmente bom e é um dos melhores que existe. –Explicou Kurama. –Espero que eu possa ser fotografado por ele um dia; todas as fotos dele são de qualidade pura.
-Uau... Você pode conseguir isso, Kurama... –Sussurrou Botan, lendo o pequeno cartão, olhando o endereço e o número do telefone. –Quer saber? Eu vou tentar pra ver no que dá. –E guardou o cartão no bolso da calça.
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E aí? O que acharam do primeiro capítulo?
Beijos.
