Se – Capítulo 2
Remus mal podia conter o coração quando parou de frente à porta da sala. Saber que Sirius estava ali dentro esperando por si era uma emoção muito grande, ainda mais sabendo o que fariam. Tocou a madeira, ainda incerto sobre o que fazer e sem ousar entrar.
Ficara tanto tempo ali, que se esquecera do que pensava. Nada mais fazia sentido, o ano que passou ou suas incertezas eram apenas bobagens. Então resolvera entrar. Sirius estava sentado no parapeito de uma enorme janela. Do lado de fora nevava e o garoto parecia contar os flocos de neve que caíam.
A sala era feita para eles, tapetes fofos no chão, com almofadas macias, uma lareira acesa e um ambiente nem claro nem escuro demais. Remus deu dois passos para dentro do local e a porta se fechou, trancando-a por dentro. Black virou o rosto, então, encarando-o com um olhar ansioso, sua mão nervosamente tirou a franja lisa dos olhos.
– Sirius... – O garoto atendeu ao nome e andou até Remus, segurando suas mãos com carinho e incerteza ainda. Agora as respirações se confundiam novamente, mas os lábios ainda tremiam levemente como se a esperar o primeiro passo do outro. – Me perdoe...
Aquele sussurro bastou para que Black vencesse o último espaço entre eles e tomasse os lábios do outro em um beijo rápido, porém quente. Remus pode sentir seus joelhos fraquejarem, mas abraçou-se ao outro, colando os corpos quentes, envoltos em paixão.
– Desculpe...
– Não peça... Não importa agora. – Os lábios apressados novamente se encontraram, deixando que as duas línguas travassem uma batalha sem vencedores.
Os braços fortes de Sirius circundaram a cintura de Lupin, trazendo-o mais para perto, enquanto o outro procurava se agarrar ao seu pescoço. E, subitamente, o frio do inverno não era o bastante para esfriar aquela sala.
Sirius tentava recuperar o tempo perdido em um único beijo, passando as mãos apressadas pelas roupas quentes de Lupin. Tirou os casacos, a blusa e botas, beijando com pressa os lábios do garoto menor. Deitaram-se apressados nas almofadas, agarrando um o corpo do outro, com paixão e luxúria.
Black já não usava nada além de sua calça aberta, enquanto Remus via-se apenas de cuecas. Seus corpos arrepiados se avermelhavam com a excitação de fazer algo tão esperado e proibido ao mesmo tempo, já que se alguém ousasse passar por ali poderiam ser descobertos.
– Sirius... Você não sabe o quanto esperei por isso... – Remus sorriu, permitindo que Black retirasse sua cueca e abocanhasse seu sexo sem hesitar.
O fato de estarem mais velhos agora deixava tudo diferente. O menino lobo não estava mais tão envergonhado como achava que estaria, pelo contrário, sentia-se tão excitado e confiante como em seus sonhos. A diferença maior era que dessa vez chegariam ao fim que ansiavam.
Deixou-se levar pelo outro, sentindo todo o prazer que aquela boca quente o proporcionava, sugando e lambendo sua ereção com tanta paixão e fome. Esperou muito tempo por aquele momento e não queria que acabasse nunca. Seu corpo ansiava por muito mais e quando chegou próximo ao ápice, puxou Black de volta à realidade, ainda arfando.
– Não quero... Que acabe agora. – Sirius concordou com a cabeça.
– Está certo.
Então, o rapaz moreno fez o outro deitar de bruços, enquanto beijava a pele branca e quente que se arrepiava com aquele contato tão íntimo entre os dois.
Os beijos trocados nada mais eram do que juras silenciosas do amor infinito que compartilhavam dentro daquela sala, naquele momento especial de encontro entre os corpos famintos e ansiosos.
Black retirou a calça e a cueca com rapidez e deitou-se de lado, puxando o amante, abraçando-o por trás, enquanto uma de suas pernas deslizava por entre as coxas alvas. Tocou um dos mamilos rosados, ao mesmo tempo em que beijava aquele pescoço, com cheiro delicioso. Remus provocava arrepios apenas com aqueles gemidos baixos e controlados.
– Sirius... Por favor... – o garoto lobo sussurrou beijando a palma da mão do amante. Sequer se moveu, apenas afastou as pernas, dando mais espaço ao outro, para selarem aquele amor.
O pedido não precisava ser proferido, os atos e gemidos falavam por si só, porém as palavras deixavam tudo mais saboroso e o moreno não conteve os lábios quando sugou forte a pele branca de Lupin.
– Com todo o prazer, meu amor...
Sirius tocou a cintura de Remus, enquanto achava a melhor posição. Penetrou lentamente o corpo do amante, sem querer machucá-lo, sem querer feri-lo. Esperou que ele se acostumasse ao volume que o invadia, enquanto ele próprio controlava a excitação crescente, assim como a forte batida de seu coração – como se fosse possível controlar algo naqueles preciosos segundos que precediam o som característico do sexo.
Lupin apertou os olhos e abriu mais as pernas, permitindo instintivamente que o outro garoto começasse a estocá-lo. Ambos os corpos estremeceram juntos, eles agora eram um só, corpo e alma, um ser completo e puro.
As estocadas tornavam-se mais rápidas e os gemidos mais eufóricos. Uma das mãos de Black procurava a mão delicada e alva do lobisomem, apertando firme, como se aquilo fosse extremamente necessário para demonstrar que se amavam. Como se o amor pudesse se esvair no momento em que o prazer atingisse seu ponto máximo e depois se extinguisse.
– Sirius... Hum... – o apelo murmurado arrepiou o moreno, que como única resposta sussurrou um "Eu te amo" no ouvido do amante e estocou mais fundo, preenchendo o interior seu com sua semente, enquanto Remus deixava seus dedos molhados.
Ambos respiraram profundamente por um segundo, estavam cansados. Black deitou-se de costas, puxando o amante para que se virasse e o abraçasse. Por alguns minutos nenhuma palavra foi dita, nenhum som foi ouvido, até um beijo cortar o silêncio.
– Te amo demais.
– Eu também te amo demais... – Sirius respondeu sorrindo.
– Eu adoro o seu sorriso.
– E eu adoro o seu, lobinho.
Ficou mais simples assumirem a paixão. Era inevitável que isso acontecesse e, embora não fosse considerado natural, se tornou algo comum. Sirius e Remus e as brincadeiras no jardim, provocações ao pé do ouvido, abraços, enfim terminaram em beijos quentes, juras de amor e sorrisos.
FIM!
N/A: Bom, ficou curtinha a fic, mas eu não estou muito acostumada a escrever no ambiente de Hogwarts, que dirá com esse casal. Eu comecei a escrever em junho de 2005 para uma amiga minha de fórum, a Narcisa, ela gosta muito do casal e tudo o mais. Estou finalizando, graças aos deuses, antes de junho de 2006 e espero agradar.
Quero agradecer a todas as pessoas incríveis que me deixaram vários reviews carinhosos e alguns desesperados também, pedindo que eu atualizasse logo. Minhas sinceras desculpas e agradeço muito que tenham lido e comentado esta fic. Quem sabe eu não penso em fazer outra fic de Harry Potter? Dessa vez com calma e sem demoras para atualizar...
Bom, gente, é isso. Obrigada pelo carinho vocês. Beijos e até a próxima.
Anushka.
Ps: Um obrigada mais que especial para minha beta querida, Ilía-chan!
