Harry Potter © J. K. Rowling
Notthing Hill © Black Lady & Violet Snicket
Copyright © Jul/2005
Notthing Hill
Capítulo 1
Há 3 dias, Ron tentava arrumar suas coisas em seu novo apartamento que dividiria com Neville. Tirar roupa de malas, desencaixotar livros e objetos pessoais. Isso já estava virando rotina. Parecia que quanto mais coisas ele arrumava, mais coisas desarrumadas apareciam. Em meio aquilo tudo, achou uma velha caixa vermelha. Não se lembrando exatamanete o que era aquilo, Ron abriu a caixa curioso. Quando viu o que havia dentro abriu um enorme sorriso.
Seu distintivo de monitor da Grifinória.
Uma foto sua com Harry, tirada em seu quinto ano, um pouco antes de seu primeiro jogo como goleiro da Grifinória.
Sua coleção de figurinhas que vinham nos sapos de chocolate, que ele tanto gostava.
Uma pequena coisa brilhando no fundo da caixa lhe chamou a atenção. Sentiu seu coração acelerar e sua respiração travar. Com um pouco de receio, tirou o pequeno objeto da caixa, o segurando firme com uma mão. Aproximou-se da janela de seu quarto se lembrando do porque de tê-lo comprado.
Flash Back:
Era dia de visita à Hogsmeade. Não sabia porque mas estava muito ansioso. Andava calmamente, com Harry, pelas ruas cheias de aluno.
Tinha pedido para Gina entrete-la, enquanto ia com Harry à loja. Levava consigo todas as suas economias.
Pequeno, grande. Com pedra, sem pedra. Tinha para todos os gostos e bolsos. Mas um em particular chamou sua atenção. O mais delicado de todos. Com um pequeno brilhante em cima.
- É esse! – apontou sorrindo para a atendente da loja.
- É a cara da Mione esse anel. – comentou Harry.
Depois que saíram da loja, resolveu passar em uma floricultura. Sabia que ela era apaixonada por rosas. Queria que esse dia fosse perfeito, então comprou um botão de rosa vermelha.
Ron foi interrompido de seus pensamentos quando ouviu Neville perguntar da porta se podia entrar.
- Lógico! – respondeu Ron guardando o anel no bolso.
- Precisa de ajuda para arrumar as coisas? – perguntou Neville olhando a bagunça que estava no quarto.
- Não, não. – respondeu Ron sorrindo. – Está quase tudo arrumado.
- Tudo bem então. – disse Neville enquanto sai rindo do quarto.
Tirou o anel do bolso se lembrando mais uma vez daquele dia. Mal sabia ele que aquele anel nunca chegaria ao dedo dela. Lembrou-se de quando a viu descendo as escadas do dormitório. De seus olhos brilhando quando lhe entregou a rosa.
Era uma simples rosa. Mas era a mais bonita que já havia visto em toda a vida. Lembrou-se de como seu sorriso era bonito. Se como ele sempre soube como agrada-la, mesmo que por simples atitudes. Olhou mais uma vez para o colar em sua mão. "Como eu queria que aquele dia nunca tivesse terminado" pensou Hermione guardando o colar novamente na caixa.
Estava saindo de casa quando seu celular tocou.
- Alô?
- Srta. Granger?
- Sou eu Ingrid. – respondeu Hermione.
- A secretária do Sr. John acabou de ligar perguntando se a srta. Poderia almoçar com ele hoje. Ela disse que é sobre o seu livro.
- Hoje? – pergunta Hermione surpresa. Já estava à duas semanas esperando alguma resposta sobre seu novo livro. Apesar de já ter escrito vários outros, sempre ficava nervosa quando chegava a hora de ouvir as críticas do editor.
- É, hoje srta. Granger. Não tem nada marcado em sua agenda para hoje. – comentou Ingrid.
- Lógico. – respondeu rapidamente – Hoje está ótimo!
- Tudo bem. Vou ligar de volta confirmando e quando o lugar estiver marcado te ligo novamente.
- Obrigada, Ingrid. – agradeceu Hermione desligando.
Depois de passar na casa de seus pais, coisa que sempre fazia, Hermione rumou para o restaurante onde John tinha marcado. Assim que chegou lá o viu sentado em uma mesa acompanhado por uma mulher que Hermione desconhecia. Como sempre, John estava bem arrumado usando um terno preto, e com os cabelos pretos com gel penteados para trás.
- Hermione, minha querida! – cumprimentou John quando Hermione se aproximou da mesa Que bom que pode vir hoje!
- Bom te ver de novo também, John. – replicou Hermione
- Esta é Holly. – disse John apresentando a mulher que estava na mesa.
– Como você sabe precisamos de uma opinião do público que queremos atingir, por isso, Holly leu seu livro.
- Prazer em conhecê-la, Holly! – cumprimentou Hermione apertando a mão da outra.
- É um prazer conhece-la pessoalmente. – respondeu Holly sorrindo – Sempre admirei seu trabalho.
- Obrigada! – repondeu Hermione se sentando quando John puxou a cadeira para ela.
- Vinho? – perguntou John chamando o garçom.
- Vinhos são para jantares românticos. – respondeu Hermione sorrindo
– Mas aceito um martini.
- Um martini para a senhorita, por favor. – pediu John.
- E então? – começou Hermione.
- Ah sim! O livro! – exclamou John.
- Se me permite.. – interrompeu Holly - .. eu adorei o seu livro. Me ajudou muito a superar essa fase da minha vida.
- Fico feliz que tenha ajudado! – repondeu Hermione sinceramente.
- Eu gostei do título. – comentou John – É bem direto, sem rodeios.
- Que bom.
- Então, podemos começar a publicar? – perguntou John.
- Lógico! – respondeu Hermione não contendo o sorriso – Mas vai ter alguma coletiva antes?
- Ah sim! Sempre tem! É bom para a divulgação! – disse John dando outro gole em sua vodka – Eu irei contactar a imprensa e assim que tiver um dia eu te aviso!
- Claro!
Ron aparatou em sua loja, Pomo de Ouro, que ficava ao lado da Dedos de Mel em Hogsmeade. teria um dia cheio, e ainda estava perturbado com as lembranças da manhã. Aparatou direto em seu escritório, não queria ser perturbado por clientes afoitos naquele dia. ao chegar deu de cara com seu melhor amigo, Harry Potter.
- Oi Harry! como vai? - perguntou entusiasmado, pelo menos alguma coisa boa naquele dia.
- Estou ótimo! - respondeu, mas olhando o amigo disse - Mas e você, Ron? Não me parece nada bem...
- É que... - Ron ia responder quando foi interrompido por um menino loiro, de olhos verdes, e super-hiper ativo que pulava em seus braços, Henry, filho de Harry e Luna.
- Tio Ron!
- Como vai o meu pestinha favorito? - Ron perguntou dando seu primeiro sorriso verdadeiro do dia.
- Eu to ótimo! O papai me levou para voar ontem, a mamãe ficou um pouquinho brava, mas foi só eu jogar meu charme igual você falou que ela não brigou comigo! - disse o menino provocando risadas em Ron e Harry.
- Então.. o que os trazem aqui? – perguntou Ron colocando Henry no chão.
- Ah sim. Você sabe que a Luna teve que viajar para procurar uma espécime rara de um bicho ai que não lembro o nome, você sabe como ela é.. eu tinha tirado folga para cuidar do Henry mas ocorreu um imprevisto e ...
- Você quer que eu fique com ele para você?
- Isso... Eu sei que estou pedindo muito, ele não é exatamente muito quieto, mas eu...
- Sem problemas Harry. Eu adoro os pestinha, e se ele fosse quieto seria muito chato! A gente vai se divertir muito, não é, coisinha?
- Com certeza tio! - Henry respondeu fazendo um sinal de positivo.
- Muito obrigado Ron! Está me ajudando muito. – agradeceu Harry.
- É um prazer! Afinal eu sou o padrinho, tenho responsabilidades a seguir... - disse Ron sorrindo para o amigo.
Harry sorriu de volta e se virou para o filho fingindo seriedade.
- Se comporte Henry! O seu tio precisa trabalhar! Eu vou te buscar mais tarde!
- Pode demorar bastante pai! - disse um menino com um sorriso perigoso após abraçar o pai.
Depois que Harry saiu, Henry se virou para o tio e perguntou:
- Agora que ele foi embora, o que a gente vai fazer para começar a bagunça?
- O que você quiser! Pode escolher... - Ron disse sorrindo.
- Vovassouraloja - disse muito rápido, sem hesitar, tamanha sua excitação.
- Que? - Ron perguntou rindo.
- Voar. de. vassoura. na. loja - disse o menino bem devagar como se a culpa de não ter entendido fosse do tio.
Ron fez uma cara séria, de quem estava considerando a proposta. Ao ver a cara de felicidade de Henry abriu um sorriso dizendo.
- É claro que pode! Tudo para meu pestinha querido! Então qual vassoura você vai querer? – perguntou saindo do escritório.
Como você pergunta tio Ron? Parece que nem me conhece... - falou o menino incrédulo - A Firebolt Junior com certeza...
- Mas é claro! Eu sou realmente um idiota - disse Ron rindo.
- Você é sim tio. Mas eu ainda gosto de você. A tia Mione não me deixa fazer nada...
Ron congelou. O sorriso de seu rosto desapareceu, e ele parou no corredor a caminho da loja. Henry continuava falando, mas Ron não ouvia nada, sua cabeça estava em outro lugar. se transformou em outra pessoas apenas com a menção daquele nome. "Mione". Tantas lembranças...
- Tio? Anda logo! Eu quero começar! A gente não pode perder tempo - Era Henry puxando Ron pelo resto do corredor.
Henry larga a mão do padrinho e pega a primeira Firebolt Junior que vê pela frente e já sai voando. Ron sai de seu transe ao ver o afilhado voando, pega a primeira vassoura que encontra, junto a uma goles e a atira para o menino. Henry tenta jogar a goles de volta, mas erra o alvo e ela cai em um escudo de vidro do Puddlemere united, espetifando-o no chão. Uma das atendentes da loja da um grito horrorizado, assustando Henry que perde o equilíbrio. Ron corre em sua direção, consegue agarrá-lo, mas a vassoura vai em direção a outros escudos, quebrando todos. Ron aterrissa com o menino no chão, olha a seu redor e vê uma atendente histérica e vários cacos. vira para Henry e diz:
- Pelo menos você não quebrou o do Chuddley Cannos.
- De novo! - diz o menino gargalhando.
A atendente dá outro grito horrorizado antes de ficar pálida e desmaiar.
- Reparo! - Ron grita com sua varinha em punho e tudo volta ao seu devido lugar - Honestamente, tanto escândalo para nada!
Henry se acaba de rir enquanto Ron vai até a atendente e tanta acordá-la. Ela abre os olhos, olha em sua volta.
- AAAHHH! Aquele menino de novo não! Tira ele daqui! Socorro! Eu quero demissão! Com esse menino não dá! – grita ela desesperada.
Ron ri. Sempre acontecia quando Henry ia à loja. Tivera várias atendentes, todas pedem demissão, sem exceção. Estava até surpreso que essa tinha durado mais de 2 visitas de seu afilhado.
- Anne, ele é só uma criança. Reconsidere. Você é muito boa, agüentou mais de uma visita. - como ela ainda olhava hesitante, Ron continuou - Olha, eu vou dar uma passadinha na Toca com o Henry, faz muito tempo que não vou lá mesmo, e você pensa melhor se você quer ficar aqui, ok?
Ela concordou com a cabeça. Ron se deu por satisfeito, virou para Henry e disse:
- Pestinha! Nós vamos para a Toca!
- Oba!
Ron pegou Henry no colo, jogou pó-de-flu na lareira, entrou e gritou: A Toca.
Saíram da lareira tossindo muito e limpando suas roupas.
- Tem alguém ai? - ron gritou
Gina apareceu na sala correndo. quando colocou os olhos em Ron, deu um grito e foi abraçá-lo.
- Ron, meu irmão preferido! Como vai? O que você está fazendo aqui? Não que eu esteja te expulsando ou alguma coisa, mas é estranho! E Henry! Como você está lindo! Vem cá com a titia querido..
- Eu sou seu irmão preferido mas o Henry ganha de mim fácil fácil...
- Claro, o Henry é lindo..
- É! Eu sou lindo!
Muito lindo meu queridinho... - depois de dar um beijo na buchecha do menino, que a limpou quando ela se virou, perguntou a Ron - Então, responde, o que houve?
- Nada. É que o Harry teve uns problemas no trabalho e me pediu para cuidar dele. Só que quando estávamos brincando inocentemente na loja a Anne pirou, e eu decidi vir fazer uma visita.
- A Anne pirou? O que vocês fizeram?
- Nada! - disseram os dois ao mesmo tempo.
- Ah ta eu finjo que acredito.
- Que bom! Agora tia Gina, por favor, será que daria para você parar de me apertar e me deixar brincar lá fora?
Gina soltou o menino enquanto Ron gargalhava. Nesse instante, Lyla, a coruja azul de Luna entrou na casa e foi na direção de Ron. Ele desamarrou o pergaminho da perna dela e o leu.
"Ron,
Será que o Henry poderia dormir na tua casa? As coisas estão impossíveis por aqui! Prometo que depois eu te recompenso!
Harry."
Ron virou o pedaço de pergaminho e escreveu sua resposta.
"Harry,
Pode ficar despreocupado que eu cuido dele. Pode ter certeza que você irá me recompensar. Ron."
- O que foi Ron? - Gina perguntou.
- Harry me pediu para o Henry dormir comigo hoje. - Ron enrolou o pergaminho, colocou na perna da coruja e a mandou embora - Eu tenho que voltar para a loja.
- Ah... deixe o Henry aqui, eu fico com ele. assim a Anne não pira de novo.
Ron agradeceu e quando já ia aparatar sua mãe apareceu na sala, apertando um Henry vermelho e esbaforido.
- Ronald Weasley! Pare agora! Quer dizer que você vem até a Toca e nem fala com sua mãe?
- Ah mãe.. Me descul.. - foi interrompido por um grande abraço de sua mãe.
- Mãe... Solta... - a Sra. Weasley o soltou - Eu realmente tenho que ir, resolver uns problemas na loja. Mas o Henry vai ficar, e mais tarde a Gina o leva para minha casa.
Com isso despediu-se de todos e aparatou na Pomo de Ouro.
