Harry Potter © J. K. Rowling
Notthing Hill
© Black Lady & violet snicket
Copyright © Jul/2005
Capítulo 4
TRIMMMM!
O despertador tocou ao seu lado. Mas nem precisava, não dormiu nada. Ficou pensando em um certo anel, de um certo ruivo, que parecia que não ia sair de sua cabeça nunca. Mas hoje ela não podia pensar nele, era seu grande dia, sua coletiva, que poderia provar seu sucesso. Não, ela não ia deixar que aquele ruivo traidor e idiota estragasse seus planos.
- Eu ainda te odeio, Ronald Weasley! - gritou.
Como se para provar que seu dia seria perfeito, levantou-se da cama, trocou de roupa, pegou seus papéis, e foi se preparar para o evento.
TRIMMMM!
O despertador tocou ao seu lado. Mas não era necessário. Ron não havia dormido. Tinha passado a noite lendo o livro de Hermione, e tudo o que passava por sua cabeça era desentendimento.
Não conseguia entender o porque dela ter escrito tudo aquilo. Não conseguia acreditar que ela realmente achasse que tinha sido traída. Que ele estava apenas se divertindo as custas dela. De onde ela podia ter tirado essa idéia ridícula? Ela sempre foi o amor da vida dele, por que ele haveria de ter feito isso? Tinha alguma coisa muito errada nessa história, e Ron estava disposto a descobrir o que era.
Estava indo tomar um banho, quando ouviu uma batida na porta do seu quarto.
- Ron? – perguntou Neville da porta do quarto.
- Que foi? – perguntou Ron ainda meio perturbado com os pensamentos.
- Acabaram de mandar uma coruja da loja, pediram para você ir pra lá o mais rápido possível. – disse Neville balançando um pedaço de papel.
- Faz um favor? Responde dizendo que já estou indo. Obrigado. – disse entrando no banheiro sem esperar a resposta do amigo.
Entrou embaixo do chuveiro e conforme a água fria ia molhando seus cabelos, as idéias iam ficando mais nítidas. Sabia que tinha que resolver essa história, mas não sabia como. Até se lembrar da coletiva de impressa que Hermione iria dar hoje.
"Isso! Isso era o que eu precisava!" pensou ele "Eu tenho que falar com ela hoje. De qualquer jeito."
Saiu do banho trocou de roupa, comeu alguma coisa na cozinha e aparatou na porta da loja. Assim que entrou, sentiu algo se jogar em cima dele.
- Tio Ron! – gritou Henry.
- Meu Merlin! O que você está fazendo aqui? Cadê sua mãe e seu pai? – perguntou ron meio desconfiado.
- Eu não sei. – respondeu ele simplesmente.
- Como assim você não sabe? Você veio sozinho? Como você chegou até aqui? – perguntou Ron começando a ficar bastante preocupado.
- Eu vim com a mamãe. Ela tava numa loja de roupa aí. Só que ela tava demorando demais, ai eu resolvi vir pra cá.
- Não sei porque mas eu acho que ela não sabe que você está aqui. – disse Ron mais perguntando do que afirmando.
Henry apenas balançou a cabeça negativamente.
- Anne... – diz ron se virando para uma das atendentes – Faça o favor de achar a mãe desse pirralho e dizer a ela que ele estar aqui, por favor.
- Sim, Sr. Weasley. – disse ela já saindo da loja.
- E agora você, mocinho. – continuou Ron se virando para o afilhado.
- Eu o que? – perguntou Henry com a maior cara de cínico.
- Porque você veio para cá?
- Além da fato da mamãe estar demorando? – perguntou ele olhando para o chão.
- Além disso...
- É porque eu quero saber o que aconteceu. Ninguém me conta. Nem a Tia Mione. – diz ele sem tirar os olhos do chão.
- Tia Mione? Você viu ela? – perguntou Ron deixando transparecer curiosidade.
- Ela foi lá em casa ontem, pra jantar. – disse ele simplesmente.
- Hum... E o que você quer saber? – perguntou Ron.
- Eu quero saber porque vocês não se falam. – disse Henry determinado.
- Henry, eu já te disse que isso é um história muito...
- Longa e é coisa de adulto! – completou o menino indignado – Mas vocês dois sempre ficam tristes quando alguém fala em vocês.
- Não entendi. – disse Ron se sentando em uma cadeira.
- Ontem, quando eu falei do anel que você ia dar pra ela, ela quase chorou.
- Anel? Você falou do anel? – gritou Ron se levantando rapidamente.
- Desculpa... eu não falo mais nada... foi sem quere, Tio Ron. – disse Henry fazendo cara de choro.
- Tudo bem, não tem problema. – disse Ron se sentando novamente e colocando o afilhado no colo – Ela falou alguma coisa?
- Eu não sei. A mamãe me carregou pro quarto junto com a Tia Gina. – disse Henry colocando o dedo na boca.
- Tira o dedo da boca! Eu já falei que não pode. – disse Ron puxando a mão do menino.
- Henry! – grita Luna entrando na loja parecendo uma louca – Como você some assim menino?
- Mãe! – diz Henry correndo e se jogando no colo da mãe.
- Obrigada por cuidar dele, Ron! – agradece Luna – Deixa só seu pai ficar sabendo disso... – diz ela pra Henry saindo da loja.
- Obrigada, Anne. – diz Ron para a garota – Vou estar no meu escritório, qualquer coisa.
Eram 15:55, e Hermione colocava os pés no Hotel Bristol, local de sua coletiva. Estava muito nervosa, tinha passado a noite acordada, e a manhã estudando. Não estava exatamente com seu melhor humor depois de tudo isso.
Assim que entrou foi até o bar. Com certeza, um drink poderia lhe dar calma, serenidade, e bom humor. Pediu seu Martine ao barman. Ficou olhando a sua volta. Grandes cartazes anunciavam o evento, e isso não a animou.
"Ai, porque eu aceitei isso? Não vai dar certo, não vai... Calma Hermione! Você não pode agir assim! Começar a se duvidar! Ai, e tudo por culpa daquele coisa... Não, não é culpa do Ronald, eu nem penso nele.. AI MEU MERLIN! Cadê a bebida?"
E como se se lê seus pensamentos o barman lhe entregou o drink. Ela já ia beber aliviada, quando chega John
- Não mesmo! Hoje você só vai beber depois que a coletiva for um sucesso. – disse ele pegando o copo da mão dela.
Hermione olhou com tristeza enquanto ele devolvia a bebida ao barman. mas a voz de John a trouxe de volta a realidade.
- Então, como vai minha estrela em seu grande dia? - perguntou com alegria.
"Péssima" ela pensou em dizer, mas resolveu que isso não seria muito bom.
- Estou ótima, só um pouco nervosa e... – tentou ela.
- Não precisa ficar nervosa. O livro é excelente, você vai virar a rainha da causa feminina, posso ate ver seu futuro. Vários novos livros, reportagens, aconselhando mulheres do mundo inteiro. E claro, como conseqüência, meu bolso cheio de dinheiro. – John disse com um grande sorriso.
Hermione teve que segurar um riso. Ele estava louco. Como ela poderia virar uma conselheira? Ela? John estava definitivamente louco.
- Tudo bem, isso é plano de futuro. Vamos repassar o que irá acontecer hoje. – disse John andando de um lado para o outro – Primeiro a coletiva, você irá responder as perguntas feitas pelos repórteres e as do público também. Isso é importante, temos que ter uma boa relação com o público. E depois disso, vamos conceder algumas exclusivas.
- O que? Exclusivas? Você não me disse... – protestou Hermione.
- Não se preocupe querida! São apenas três revistas. E elas estão pagando bem pelas exclusivas. – disse John com um sorriso enorme no rosto – Então é praticamente isso. Ah sim, eu ia me esquecendo, depois teremos o coquetel.
- Meu Merlin, John... Eu também preciso descansar e...
- Hermione, querida, você vai ter o resto da sua vida pra descansar depois do sucesso desse livro. – disse John dando um tapinha na perna dela – Hugh, essa cadeira não é ai... – disse John antes de sair atrás dele.
Ron estava parado em seu quarto, terminando de se vestir. Finalmente iria vê-la, tinha muito o que falar com ela, mas depois dos últimos acontecimentos, o livro e a conversa com Henry, viu que muita coisa ainda tinha que ser esclarecida. pegou o convite, e saiu do apartamento.
Aparatou no Hotel Bristol. Chegou um pouco antes da hora, e ficou observando a superprodução do evento. Não pode evitar uma felicidade em seu rosto, já que era bom saber que Hermione estava fazendo sucesso. Mas a alegria foi logo substituída por um nervosismo, pelo fato de que ela estava mais próxima do que havia estado nos últimos 6 anos.
Rapidamente o salão foi se enchendo. Pessoas se empurravam para conseguir ficar o mais perto possível do tablado que havia sido montado para Hermione. Não demorou muito e o salão estava completamente lotado, pessoas tinham que ficar em pé, pois as cadeiras estavam ocupadas.
As 17:10, John apareceu para anunciar o começo da coletiva.
- Senhoras e Senhores, muito obrigado pela presença de vocês aqui hoje... – começou ele – Vamos aplaudir... Hermione Granger!
Palmas, flashes, gritos, assobios. Foi a única coisa que Ron conseguiu ver e ouvir.
"Cadê ela? Não to vendo porra nenhuma!" pensou irritado com todo aquele alvoroço.
"Meu Merlin, me ajude!" pediu Hermione mentalmente antes de subir no tablado. E quase imediatamente se arrependeu. Não queria tudo aquilo, ou melhor, não estava esperando por tudo aquilo. Pensou que a coletiva fosse ser uma coisa mais tranqüila. Isso não era do feitio dela. Se sentou na mesa ao lado de John. E imediatamente, perguntas começaram a ser gritadas para ela.
- Calma... – pediu John se levantando – Tenham calma. A Sta. Granger irá responder a todas as perguntas dos senhores. Mas vamos manter uma ordem.
"Sta. Granger?" pensou Ron "Então ela não está casada."
- Querida, você já é uma estrela! – susurrou John no ouvido de Hermione – Escolha alguém para fazer uma pergunta, e divirta-se!
- Obrigado a todos por estarem aqui. – começou Hermione meio insegura – Você ai de vermelho, alguma pergunta?
- Sta. Granger, eu gostaria de saber de ontem surgiu a idéia para o livro. – perguntou o homem de vermelho.
- O livro é baseado em fatos reais. – respondeu ela.
"Puta que pariu! Ela realmente acredita no que escreveu!" pensou Ron com raiva.
- Então a Sta. sofreu tudo que foi descrito no livro? – perguntou outro homem.
- O livro é um relato do que aconteceu.
- E esse personagem, Nor, tem uma nome na vida real? – perguntou uma mulher.
- Tem sim. – respondeu Hermione corando um pouco.
- Podemos saber qual é? – pergunta a mesma mulher.
- Eu prefiro deixar isso em segredo. – respondeu ela dando um meio sorriso.
- Esse livro foi uma forma de desabafo? – perguntou alguém que Hermione não viu quem foi.
- Bom, não foi um desabafo propriamente dito. Eu queria poder compartilhar com os outros o que eu passei. Para as pessoas não sofressem o que eu sofri.
- Você já conseguiu superar o Nor?
- Completamente. – respondeu ela.
"Mentira!" pensou Ron "Para de mentir Hermione! Você sempre me dizia que odiava mentiras e fica ai mentindo. Eu seu que você esta mentindo. Você sempre juntou as mãos quando mentia. E está fazendo isso agora!"
- Antes de isso acontecer, o Nor era um bom namorado? – perguntam.
- Era. Ele só não se importava muito comigo. – responde Hermione apertando mais as mãos.
- Não se importava muito comigo? – gritou Ron sem perceber o que estava fazendo.
Hermione imediatamente olhou para frente e quando percebeu que era Ron, não se conteve e levantou da cadeira.
- Quem passava as noites com você na sala comunal te fazendo companhia enquanto você terminava as tarefas? – continuou Ron – Quem levava comida para você, quando estava muito ocupada estudando? Quem sai igual um louco pelo castelo procurando o teu gato quando ele sumia? Quem deixou de ir aos treinos de Quadribol para ficar estudando apenas para não te chatear? Tem certeza que o Nor não se importava com você?
A essa altura, todo mundo estava olhando para Ron de boca aberta. Hermione simplesmente não sabia o que fazer. Ficou ali, imobilizada um bom tempo até sentir John segurar em seu braço.
- A coletiva está encerrada! – disse ela segurando o choro antes de sair correndo.
Nota das Autoras:
Black Lady: demorou, mas agora tamo no ritmo...haihaiuhauiah!
violet snicket: uma hora tinha que pegar!
Brunette: ela é inspirada no filme.. q bom q vc gostou.. nós vamos continuar...
(lmp)³: é, o motivo do fim é triste, mas é normal entre eles, exagerar alguma coisa. ou só imaginar... obrigada
LiLaGraNgeR: obrigada!
karen costa: espero que tenha gostado da entrevista, acho q esse capítulo responde sua pergunta... não vamos demorar
Luna potter: obrigada!
Rita'Weasley: que bom!
Thaty: brigada!
Bjinhus!
