MAROTOS E PESTINHA
Mas tudo que acontece na vida tem um momento e um destino
Assim que nos sentamos na mesa da Grifinória no dia seguinte o tal de Frank Longboton entregou-nos nossos horários. Naquele dia teríamos Transfiguração, Poções, Feitiços e História da Magia.
Terminamos de tomar café e fomos caminhando, eu e Lily, em direção à sala de Transfiguração. Depois de uma procura cansativa de quase meia hora, encontramos a sala e, para meu desgosto ((e um pouco de satisfação)), em frente á porta estavam os quatro garotos mais odiados do universo.
- Então, a grande ananías demorou muito tempo para achar a sala! Se perdeu?
- Não. Acho que foi mais fácil para você.
- Ah é, e porque?
- Porque você é tão alto que consegue enxergar todo o castelo pôr cima das paredes!
Naquele momento Minerva McGonaggal chegou e abriu a porta. Entramos na sala e rumamos para o fundão, eu bufando de raiva. Toquei minha mochila sobre a última classe da sala e Sirius sentou-se ao meu lado.
- Preparada par descobrir que é uma aberração, Gnominho?
- Ah, pau de sebo, não enche. Aposto que sou muito melhor do que você.
- Silêncio!- disse Minerva McGonaggal.
Eu e Sirius olhamos para a professora e eu sorri. Naquele momento, uma bolinha de papel veio voando e me atingiu no rosto. Eu olhei para Sirius com muita raiva e ele começou a rir. Eu juntei a bolinha do chão e, antes que Sirius se mexesse ou tivesse alguma reação, toquei-a no meio do nariz perfeito dele. Então ouvimos aquela voz penetrante de Minerva McGonaggal.
- Dez pontos a menos para a Grifinória. Agora, vamos ao trabalho!
Eu e Sirius nos entreolhamos, furiosos, mais uma vez. Não sabíamos que ainda passaríamos mais quatro anos de nossas vidas naquela guerra idiota e inútil.
Esses anos passaram-se assim. Eu me tornei artilheira do time da Grifinória e ele tornou-se batedor. Os jogos eram o único momento em que uníamos a nossa força. Em todos os outros momentos, vivíamos numa disputa constante.
Ele e seus três amigos eram os Marotos, pôr causa das marotices que aprontavam e daquele sorriso maroto que o Sirius tinha na época. E eu era conhecida como Pestinha. Eu, Sirius e Tiago éramos os recordistas e detenções na escola. Éramos famosos, temidos, respeitados e tudo o que vocês puderem imaginar.
Porém, uma coisa era óbvia. Mesmo não querendo admitir, sabia que Sirius estava cada dia mais bonito e eu continuava a mesma garota de sempre: com meus cabelos loiros escorridos, aquela cara de crianças e, o que mais me deixava brava, baixinha. Sirius era dois palmos mais alto que eu. E, na Quarta série, ele já estava saindo com as garotas. Passava os passeios inteiros de mãos dadas com uma garota, e nunca repetia a menina.
Era o segundo maior garanhão do colégio, porque o primeiro era Tiago Potter, com seu nariz meio grande e cabelos espetados. Mas ele era charmoso, querido, simpático e engraçado. Participava das bagunças com Sirius mas nunca se comprometia e era cotado como o próximo capitão da equipe de Quadribol.
Quem odiava Tiago, e eu nunca me esqueço que eu e Sirius sempre ríamos juntos nessas situações, era a Lily, minha melhor amiga naquela escola. Os dois discutiam pôr literalmente qualquer coisa. A verdade é que ela era inteligente, responsável e madura, ao contrário dele, e qualquer atitude divergente causava uma discussão.
Eu não entendia direito isso porque, se Lily fosse assim com todo mundo, não seria minha amiga e nem aturaria o Sirius. isso não quer dizer que eu tivesse passado quatro anos de minha vida brigando com Sirius. Foi praticamente só brigando, mas eu arranjei tempo suficiente para Quadribol e para estudar, pois gostava de tirar notas melhores que ele. Eu era tão ou mais aprontona que o Tiago!
No quarto ano, era quase véspera do dia das bruxas quando teve uma visita a Hogsmeade. Íamos Lily e eu, caminhando lado a lado, e conversando sobre um dever de Poções sobre o qual tínhamos opiniões opostas.
- Não- disse Lily- A mandrágora não é usada na poção para petrificar, é para despetrificar!
- Ai, que seja- eu disse- Vamos mudar de assunto?
- Sim, vamos. Poção não é uma coisa muito interessante...
- Nós duas rimos. Íamos caminhando pelo caminho de terra, com nossas vestes de Hogwarts, sorrindo. Lílian era quase um palmo mais alta que eu, e estava muito bonita, com seus cabelos ruivos cortados na altura do cotovelo e aqueles olhos verdes sempre brilhando.
Lily, fala aí.
- Hum?
- Tu nunca me disse porque sempre briga com o Tiago. eu sou como ele!
- Não. Você tem uma rixa com o Sirius desde que se conhece pôr gente. É uma atitude explicada. Mas o Tiago não tem razão para odiar o Snape!
- Ninguém escolhe uma razão para odiar- eu disse- Simplesmente odiamos.
- Mas...
- É como amar- eu completei- Você não ama pôr alguma coisa, você simplesmente ama.
Lily ficou quieta.
- Talvez esse seja meu problema- disse ela- Não consigo simplesmente fazer alguma coisa. Não consigo apenas amar. Eu preciso pensar se amar vai ser certo ou errado.
Eu não soube o que dizer e ficamos em silêncio. Então me lembrei daquela superstição trouxa e disse:
- Dizem que quando tem silêncio é porque passou um anjo.
Lílian riu.
- Você acredita em superstições trouxas?
- Talvez se você acreditasse pudesse não se preocupar tanto. Veja como é mais fácil encarar que um anjo passou pôr nós do que pensar que não tínhamos o que dizer! E é mais bonito!
- Nem sempre as superstições são boas. Aquela gorda da Yolanda sempre diz isso.- a gorda da Yolando era nossa professora de Adivinhação.
- Não vou te obrigar a acreditar- eu disse- Eu mesma não sou supersticiosa. Leio horóscopo e sei todas as superstições, mas não acredito nelas- eu olhou para o céu e disse- No que acredito mesmo é em Deus...
- Os bruxos não acreditam em Deus.
- Eu sei que não acreditam. Achei que quando viesse para Hogwarts encontraria as respostas para todas aquelas perguntas básicas que fazemos, qual é o sentido da vida, existem outras vidas, qual é o sentido do mundo, como o mundo surgiu, o mundo vai desaparecer, e se desaparecer qual será o motivo de Ter existido? Você encontrou resposta para algumas dessas perguntas?- eu quis saber.
- Não.
- Nem eu. E é pôr isso que acredito em Deus. Acho que nele está a resposta para tudo.
Nós chegamos no Três Vassouras e entramos no bar. Nos sentamos numa mesa mais afastada e pedimos duas cervejas amanteigadas.
Logo depois, entraram no bar o capitão do time de Quadribol da Corvinal, um garoto muito bonito de seus dezesseis anos, e seu irmão, que também jogava e tinha quinze anos. Os dois aproximaram-se da nossas mesa e perguntaram se podiam sentar ali. Falamos que podiam.
Logo começamos a conversar sobre Quadribol, e a Lily ficou meio distante. Mas logo meti ela na conversa e ficamos assim conversando.
Porém, fomos interrompidos pela entrada de mais pessoas no bar. Sirius vinha na frente com uma garota da Corvinal que devia estar no sexto ou sétimo ano e Tiago com uma loirinha da Lufa-Lufa também do quarto ano.
- Lá vem esses dois inúteis. O Tiago saiu com a loirinha no fim de semana passado também, será que tem alguma coisa séria entre eles?
- Você se importa?- perguntei.
- Um pouco. Acho que essas garotas não merecem sair com eles.
- Ah, Lily, deixa o Sirius e o Tiago. Nós não temos nada a ver com eles. Vamos dar uma volta?
- Ah, não, estou com fome. Vamos comer alguma coisa!
Sirius, Tiago e as duas garotas sentaram-se mais adiante. Continuamos a conversar com os garotos, que se chamavam Brian e Jack. Depois de algum tempo, pude ouvir claramente aquela voz inconfundível de Sirius Black...
- É, acho que a Ananías está necessitada. Olha o cara que tá do lado dela!
Eu levantei a cabeça e olhei para ele. Nossos olhares se cruzaram e eu estava furiosa, muito furiosa, muito mais do que jamais ficara. Me levantei e fui andando até a mesa dele devagar. Então coloquei meu dedo com a unha ruída na ponta do nariz perfeito dele e disse:
- Aprenda a cuidar de sua vida, Sirius Mongolóide Black.- eu falei.
O bar silenciou-se e olhou para nós. Ele disse:
- Tira o dedo da minha cara.
- Vem tirar- eu desafiei, nem aí para uma possível briga, porque se tinha coisa que eu amava era briga, confusão e barraco.
- Ah, sai daqui, Ananías!
- Sabe de uma coisa, coqueiro?- eu perguntei- Você é tão idiota que chega a ser engraçado! Olha essa garota! Porra, ninguém merece!!!
Então, eu soltei aquela gargalhada. O Sirius ficou vermelho e levantou-se da mesa. Aqula garota nojenta disse: "Ah, Sirius!". Eu ri ainda mais. Sirius logo ergueu a voz:
- Peça desculpas para a Ann!
Eu ri mais ainda. Sirius segurou meu braço com força e eu parei de rir, olhando-o com raiva.
- Solta meu braço.
- Não solto não.
Eu puxei meu braço com força e falei:
- Nossa, ninguém te merece, Sirius! Como você é idiota!
- Idiota é tu que fica aí com esse capitão da Corvinal!!!
- Não se mete na minha vida!
- Não se mete na minha vida!- repetiu Sirius com aquela voz irritante. Se eu não tivesse no meio de uma discussão, certamente começaria a rir histericamente, mas me controlei e permaneci séria.
- A vida é minha, o problema é meu!!!
- É, você tem um grande problema! Se livrar desse mongo!
- Sim, tenho um grande problema!!! Me livrar de você!!!
Eu comecei a caminhar a passos rápidos para fora do bar e ouvi ele me seguindo.
- Nós somos amigos há quatorze anos, para que acabar com uma amizade assim?- disse ele, irônico.
- Amizade uma ova! Não sei como aturo sua voz! Devia pedir transferência para Beuxbatons!
- E me privar de sua simpática companhia?
- Deixe de ser cínico, seu panaca!
Estávamos diante da Casa dos Gritos. Virei-me para ele pronta para um feitiço, com a varniha na mão, mas naquele instante uma voz grossa bradou "EXPELLIARMUS" e minha varinha e a que Sirius segurava voaram para longe. Nós nos entreolhamos e naquele instante ouvimos gritos do centro do povoado e um casa ardeu em chamas quando olhamos para baixo.
Uma luz verde subiu para o céu, ilustrando um crânio com uma boca saindo da cobra. Eu olhei para Sirius e vi que ele sabia o que era aquilo. Ouvimos passos lá embaixo e eu vi aquelas pessoas correndo e gritando lá embaixo. Havia vultos negros lançando feitiços e lançando desespero, e a única coisa que eu consegui fazer foi dizer:
- Sirius... o que é isso?
Só naquela hora eu percebi que meu mundo não se resumia a avacalhar com o Pau de Sebo. Eu nunca havia sentido medo na vida. Nunca havia ficado com medo de perder as pessoas que amava. Só naquela hora eu percebi. Eu cresci. E tenho que admitir que o Sirius foi em grande parte uma peça fundamental desse crescimento (mesmo que ele mesmo não tenha crescido muito).
Como o Sirius ajudou ela a crescer vcs descobrem no próximo capítulo, MEDOS E TRATOS!!!
Aí mais um capítulo! desculpas pela demora de atualizar, mas eu tava envolvida c/ um monte de coisa, e agora ainda tah começando as férias... vou postas bastante essa semana, e depois na semana do dia 8 a 13 de janeiro... e vo leva os diskets c/ as fics pra parai, c meu tio me emprestar o pc eu posto umas!!!
Agora soh explicando - eu n comentei minha fic tah, eh q eu deixei pra fika "loggin in" por 3 dias, q tenho preguiça d fika metendo tdo dia meu e-mail e senha, e daí uma friend (lisi) veio aki em ksa, leu e dxo a review!!! O.K.???
Bem, eras isso, bjokas!!!
Lika, valew pela review, te amo sua cachorra!!!
Bjokas e deixem reviews!!!
