Medo e Tratos

Viver é uma arte um ofício

Só que precisa cuidado

- Sirius... o que é isso?

- Vamos sair daqui- disse ele, e eu percebi que sua voz estava estranha, parecia preocupada.

- Sirius... o que é isso?

- VAMOS SAIR DAQUI!- ele gritou, me segurando pelo braço com força.

- Mas...

- VAMOS AGORA!

Naquele momento um vulto negro saiu de uma rua lateral ali perto e veio em nossa direção. Sirius me puxou com força mas eu disse:

- Me diga, Sirius...

- Alanis... depois eu te digo... temos que sair daqui...

Naquele momento veio aquele feitiço que ia me atingir, mas o Sirius me puxou com uma força incrível, me fazendo bater contr ao peito forte dele. Ele me segurou pelos ombros e disse:

- Eles queremos nos matar, Alanis. Isso serve pra você correr?

Eu nem pensei duas vezes. Deixei que Sirius me puxasse e nem consegui pensar em nada. em minha cabeça, aquela voz dizia, incansável: ele te chamou pelo teu nome, ele te protegeu, ele te salvou... E eu sentia aquela mão quente e forte segurando a minha, e não conseguia pensar em nada. em questão de segundos, meu conceito em relação à Sirius Black tinha mudado definitivamente.

Eu tinha quatorze anos, era idiota, imatura, criança e conhecida como pestinha, mas naquele instante, eu não me importei. Só continuei a correr, sendo guiada pôr aquela mão, sem se importar com mais nada.

De repente, nós paramos. Olhei para Sirius e vi-o ofegando. Eu também estava mas nem percebi. Foi quando voltei à realidade.

- Quem eram?

- Comensais da Morte.- o nome provocou um arrepio em mim.

- O que eles são?- eu perguntei.

- Seguidores de Lord Voldemort- respondeu ele. Eu estremeci. Era um nome sinistro.- Um bruxo das trevas. Meus pais vivem falando dele, mas eu duvidava que ele existisse mesmo.

- Como assim... bruxo das trevas?- eu perguntei, assustada, me sentando ao lado dele sobre uma raiz saliente de uma árvore.

- Idiotas- respondeu ele- Querem poder a qualquer custo, livrar o mundo mágico dos nascidos trouxas e, principalmente, dominar o mundo inteiro, bruxo ou trouxa.

- Mas porque?

- Sei lá. são malucos, loucos, pirados, birutas- respondeu Sirius.

Eu fiquei quieta. Aquela história me assustou.

- Mas o que ele queria aqui? Somos apenas estudantes. E muitos, como eu, nem sabiam da existência dele.

- Não sei- disse Sirius.

- Afinal, onde é que você me trouxe?

- Floresta Proíbida. É o único lugar que eu pensei...

- Nossa... isso aqui dá medo..

Os dois ficaram em silêncio.

- Alanis...

- Que é?- perguntei.

- Você não acha que estamos um pouco grande demais para brigarmos desse jeito idiota?

Eu pensei um pouco e olhei-o. Como ele era lindo!

- Sim, acho que estamos grandes demais... quer dizer, já temos quatorze anos!

- É... quatorze anos...

- Então, você está propondo uma trégua?

Sirius sorriu.

- Um pouco mais... o que você acha de juntar suas forças aos marotos?

Eu sorri.

- Sim, talvez esteja na hora de unirmos nossas forças- eu joguei minha cabeça para trás, rindo- Não é engraçado? Depois de quatorze anos de uma relação complicada, estamos aqui sentados conversando sobre nosso trato?

- É, é estranho. Em outros tempos já teria te sentado sobre um formigueiro.

Eu me levantei correndo e olhei para o chão, assustada. Não, aquela pedra não era um formigueiro.

- Estou propondo um trato- disse Sirius- O que você acha?

- Depende. Vamos apenas parar de nos incomodar ou ser amigos?

- O que você prefere?

- Acho que o Snape vai sofrer.

Sirius riu. Ele olhou para o céu e disse:

- Acho melhor voltarmos, está escurecendo.

Saímos andando lado a lado, sem Ter o que dizer. Eu olhava para ele e ele olhava para mim, mas não dizíamos nada. Depois de algumas horas de caminhada, saímos da floresta. O dia morrera totalmente. Abrimos as portas do castelo e encontramos ali uma agitação imensa. Então ouvimos a voz de Minerva McGonaggal, a quem eu aprendera a respeitar com todas as minhas forças:

- Posso saber onde os senhores estavam? Estávamos procurando-os há três horas!

- Desculpe- eu falei- Quando o ataque começou nos escondemos na Floresta Proibida e só saímos de lá agora.

Minerva respirou fundo.

- Ótimo. Pelo menos estão bem.

- E os outros?- perguntei. - Estão todos bem?

- Três alunos morreram- disse Minerva, a voz estranha.- E outros tantos estão feridos. Achávamos que vocês também...- falou ela, comovida.

- Está tudo bem- disse Sirius- Algum de nossos amigos se machucou?

- Não, estão todos bem. Agora, pôr favor, subam para a sala Comunal da Grifinória. E preguem esse aviso no quadro de avisos, pôr favor.

Eu peguei aquele bilhetinho e saímos andando escada acima. Então murmurei:

- Três mortos! Como?

Sirius me encarou e depois me parou:

- Alanis.

- Hum?

- Não comente isso com ninguém.

- Como não?- perguntei- Precisamos fazer alguma coisa!

- Não- disse Sirius- Se alguém tem que fazer alguma coisa, são os adultos. Vamos ficar aqui. Não diga nada, não espalhe o pânico. As pessoas vão ficar com medo, vão entrar em desespero...

Eu fiquei um pouco em silêncio.

- Então esse vai ser um segredo nosso?

- Sim, um segredo nosso.- disse Sirius.

Nós apertamos as mãos como se aquilo fosse um julgamento solene. Então Sirius perguntou:

- E o bilhete?

- Diz que estamos proibidos de sair do castelo depois que o sol se pôr e várias outras coisas como medida de segurança. Mas não explica o que aconteceu...

- Dumbledore também não quer pânico- disse Sirius.

Nós chegamos logo depois diante da Mulher Gorda. Falei a senha e entramos no Salão Comunal lotado de estudantes. Entramos em silêncio e sentamos com Pettigrew e Lupin, já que Lílian e Tiago estavam preocupados discutindo ferozmente alguma coisa que nenhum de nós estava interessado em saber o que era.

- Aonde vocês estavam?- perguntou Lupin.

- Fugindo. O que foi aquilo?- disfarçou Sirius.

- Não sabemos- disse Lupin- ninguém disse nada. estávamos esperando Minerva vir explicar, mas se ela mandou vocês trazerem o bilhete...

Ficaram em silêncio. Eu senti alguma coisa oprimindo meu peito e disse que queria deitar. Subi as escadas e me joguei em minha cama. Olhei para aquela foto sobre a mesinha cabeceira do meu aniversário de oito anos, eu e Sirius lado a lado.

Aquela atitude dele me surpreendera totalmente. Me pegara desprevenida. Senti as lágrimas escorrendo pelo rosto mas logo limpei-as. Porque estava chorando? Olhei mais uma vez para a foto e ela se mexeu, mostrando Sirius fazendo guampinha em mim. Sorri. A luz acendeu-se e Lily entrou no quarto, chamando meu nome. Mas eu não queria falar com ela. Fechei os olhos e fingi que estava dormindo. Lily tirou um cobertor de minha mala e me tapou. Depois saiu do quarto.

Logo depois dormi. Eu tinha quatorze anos e estava me sentindo estranha. Tinha o direito de dormir cedo...

Um cap pekeninho ai neh mas todo bem... eu arranjei tempo (como sempre, a gent arranja tempo pro ke ama faze neh, e eu so mto viciada em hp, so...)

Eras isso, deixem coments, vo atualizah tdas as minhas fics sempre na Segunda, q eh u dia da minha tarde livre, bjinhos entaum...