Capítulo Três – No Escuro

Riza suspirou, sentando-se no banco em frente ao balcão, voltando os olhos desinteressadamente na direção de alguns homens, que papeavam logo ao lado, sem se preocupar em serem ouvidos ou não.

"E você vê," um deles ia dizendo, amargamente, enquanto entornava um gole da cerveja. "ela preferiu aquele porco."

Os outros soltaram pequenas risadinhas, meio sem graça, sem saber ao certo o que fazer. Acabaram decidindo-se por apoiá-lo e logo soaram "hmm" e "é verdade" por todo lado, mas incertos, porque, aparentemente, a história não havia sido das mais prodigiosas para o beberrão.

Vendo o indigente que falara, ela foi obrigada a concordar com a tal moça, fosse quem fosse, porque se tivesse de escolher entre aquele cara e qualquer coisa, acabaria optando pela qualquer coisa.

Ele levou a garrafa à boca, constatando-a vazia, e logo depois bateu com ela no balcão, colocando-a de pé. Voltou-se para o atendente. "Me vê mais uma aí!" Passou a manga da camiseta sobre a boca, estalando os lábios. Tinha olhos escuros e miúdos, um queixo protuberante, barba rala pelo rosto de pele morena e cabelos castanhos curtos. Parecia lamuriante, soltando murmúrios de indignação. "Como ela pôde me deixar?"

"No final é assim, camarada." Disse outro, dando tapinhas amigáveis sobre seu ombro. "As mulheres, no fundo, são umas vagabundas...deixa que eu pago essa pro meu amigo aqui!" E enfiou a mão no bolso, tirando algumas notas amassadas, entregando uma ao moço seco e espinhento que atendia no balcão. "Em nome da nossa amizade, Sonny."

"Obrigado, Vicenzo." Agradeceu Sonny, pegando a garrafa, ignorando o copo que lhe foi oferecido.

"Não esquenta a cabeça com ela, cara. No fim, todas as mulheres dessa cidade acabam trocando seus homens por aquele cão do exército, o alquimista do fogo." Vicenzo deu um sorriso frio, atraindo a atenção de Riza ao ouvi-lo pronunciar aquelas palavras. "Um dia, quem sabe, nós demos uma lição nele..."

A tenente ergueu as sobrancelhas.

"A senhorita vai querer alguma coisa?" O jovenzinho detrás do balcão aproximou-se dela, dando um sorriso nervoso.

"Um café." Respondeu, friamente.

Só então os homens notaram a presença dela e da sua farda do exército.

"Ora ora," debochou um. "se não é uma das cachorras do exército."

Entre atirar nele e ignorar, Riza optou por ignorá-lo. Não que se sentisse ofendida com suas palavras, é claro, mas ultimamente ela precisava reconhecer que andava saudosa de balear pessoas e o tiro que dera no coronel apenas reafirmara isso. Infelizmente, atirar no seu homem e atirar num desconhecido eram coisas bem diferentes, ainda mais porque Roy jamais poderia admitir para alguém que recebera um tiro dela, não sem afetar seu enorme ego.

Ah, pensou irônica ao lembrar-se dele, no mínimo deve pensar que ser atingido por uma mulher signifique o fim da sua fama de corajoso e macho para as outras mulheres. Para ele que cantava pinta de galo, seria fatal. Significaria o fim do seu orgulho. Ela quase gargalhou com a idéia.

Decidiu responder com displicência. "Desculpe," olhou-os, sem qualquer lampejo de raiva. "eu conheço os senhores?"

Sonny soltou uma imensa e estrondosa risada, que ecoou pelo silêncio do bar. Quando a olhou, seus olhos emitiam um chamejo de raiva. "A mim com certeza não conhece, mas eu conheço muito bem o seu coronel."

Ela chegou a se espantar de verdade por tal homem, tão aparentemente estúpido, saber sua posição no exército e quem era seu superior. Não demonstrou qualquer coisa, já que a raiva, no fim, não era direcionada a ela, mas a Roy Mustang. E bem que ele merecia mesmo. Sempre merecia.

"Presumo que seja a tenente Hawkeye, não?"

O relógio de corda na parede soou, anunciando onze horas da noite.

"Bem, Sonny, preciso ir." Um dos homens deu um tapa nas costas de Sonny, cumprimentando-o com um aceno. "Você sabe como é a Marie. Se eu chegar mais tarde em casa..."

"O dever chama, meu caro amigo. Também preciso me retirar. Amanhã tenho um longo dia de trabalho me esperando."

"A gente se fala amanhã, Sonnie."

Um a um, todos foram saindo.

Quando perceberam, só restava ela, Sonny e o sumido atendente do bar (que deveria estar trazendo seu café, mas com tanta demora Riza até havia se esquecido dele). O bar parecia bem mais habitável agora, livre daqueles homens. Apenas um leve cheiro de perfume masculino havia ficado para trás e ela sabia que era de algum deles, uma vez que Sonny, logo perto, cheirava a sal do mar.

Não me pergunte como eu sei que ele cheira a isso, murmurou para si mesma, até um tanto surpresa. Ela não estava perto o bastante para que pudesse sentir seu perfume e, de qualquer maneira, supunha que ele tivesse cheiro de sal do mar, uma vez que seu bronzeado lembrava àqueles que acabavam de voltar da praia. Era algo diferente apenas.

"Então?" Ele instigou-a a falar.

"Sim?" Riza estava tão distraída que nem imaginava mais o que ele havia perguntado.

"Você é ou não a tenente Hawkeye?" Indagou Sonny, dando um sorriso de escárnio.

Ela ficou calada por um segundo, para logo depois acenar em concordância. "Se eu fosse," falou suavemente. "por que alguém como você iria querer falar comigo...senhor Sonny?"

"Alguém como...como eu?" Ele apontou para si mesmo. Depois, seu sorriso passou de desdém para maroto, apenas num segundo. "E que tipo de pessoa eu sou...senhora Riza?"

"Para você é..."

"Senhorita Hawkeye!" A voz esganiçada do atendente soou perto dela, ele vinha trazendo um pires, uma xícara e um bule fumegante. Parecia sem graça e logo começou a se desculpar pela demora. "Sinto muito, senhorita. A cafeteira quebrou daí eu tive que pegar o bule e..."

Riza dispensou os demais comentários com um aceno de mão. "Apenas sirva."

Ele engoliu em seco. "S-sim!" E pôs-se a servi-la.

Sonny esperou que o garoto se afastasse para que continuasse a falar e tomou um longo gole de cerveja, vendo-o derrubar o café na xícara.

Mantendo os olhos sobre ele, o mais discretamente possível – o que para ela não incluía uma grande dificuldade –, captou todos seus movimentos, seus olhares, suas expressões faciais. Enquanto aquele homem não lhe parecia nada mais que um bêbado, existia nele algo que Riza precisava admitir que era magnetizante. Talvez fossem as linhas do seu rosto, que pareciam talhadas em pedra, ela supôs que não fosse algo além.

Podia entender a raiva dele pelo coronel. Grande parte dos homens dali o odiavam ou desejavam sua morte. Os que não queriam que ele fosse para o inferno junto com seus galanteios, eram aqueles que não poderiam ter suas mulheres roubadas, ou porque eram feias demais ou porque eram mulheres de algum amigo realmente especial. De amigos especiais, o único que Roy tinha já estava morto e ele jamais seria capaz de colocar a mão na viúva dele. Excluindo essas exceções, todas as demais eram alvos em potencial.

Perguntou-se quem era a pobre coitada daquela vez. Se soubesse de mais um dos casos de Mustang, poderia ter motivos o bastante para lhe dar um tiro no outro pé. Isso a estimulava.

Riza não gostava de vingança. Apenas acreditava na justiça – e o que fizera com ele era justo.

"Bem, creio que não me conheça. Sou Sonny, Sonny Jordani." E Sonny deu um sorriso, voltando os olhos para o café dela. "E também creio que não vá beber isso."

Olhando para a aparência aguada e rala do café que havia sido servido em sua xícara, ela fez uma careta, depositando-a de novo sobre o balcão, desistindo antes mesmo de provar. "Você está certo." Falou, com uma expressão indecifrável.

"Eu disse." Ele riu.

Bem, Sonny Jordani não era um tipo de homem que ela havia pensado.

Não era um homem tão bonito quanto Roy Mustang, isso era bem visível, mas existia nele algum tipo de presença que chegava a chamar atenção. Era algo que Riza chamaria de lábia, saber se fazer notar sem precisamente ser apenas mais um rostinho formoso. Embora Sonny tivesse lábia, ela não chegava a se equiparar ao charme do coronel, não se ambos fossem colocados numa balança.

Ela podia sentir o hálito de bebida que vinha dele, o que sinceramente a deixava enjoada, mas havia um brilho divertido em seus olhos que a instigava a continuar mantendo uma conversa. Ele era apenas sincero, não era comedido no que fazia, não planejava a palavra seguinte, não pensava nos galanteios antes mesmo de conhecer alguém. Diferente de Roy, que usava a mesma artimanha barata para conquistar todas as pobres ingênuas que caíam na sua rede, as mesmas frases feitas. Roy sabia como usá-las. Riza não queria ouvi-las.

"Estou quase bêbado, não tenho amigos decentes, minha noiva me deixou, estou fudido e mal pago. Posso te oferecer um trago?"

Talvez fosse hora de se vingar.

"Um brinde à sua cara-de-pau." Sorriu Riza ironicamente, assim que o atendente deu a ela uma garrafa de cerveja.

"Um brinde às suas pernas."

"Vá para o inferno." E beberam.


"Riza!" Nada.

"Riza!" Nada.

"Meu Deus, Riza, espera!" Um movimento.

Ela parou.

"O que o senhor deseja, coronel?" perguntou, fingindo inocência.

Quando Mustang a chamava pelo primeiro nome, queria dizer que não eram necessárias imposições do exército, símbolos de status, muito menos demonstrações de respeito. Mas daquela vez ela não estava disposta a desfazer-se da sua proteção: a indiferença da sua personalidade no quartel.

Enquanto se mantivesse segura atrás da barreira de superior e subordinada, as coisas estariam bem.

Riza não queria conversar. Não queria ouvir que havia se enganado, que não era nada daquilo que estava pensando. Em todos aqueles anos seguindo-o, havia escutado todas essas desculpas milhares de vezes, sem nunca acreditar nelas. A pena era que a atenção dele não era para ela, mas para as outras. Ora, quase se estapeou, olha o que você pensa, repreendeu-se mentalmente. Que diferença faz as outras mulheres dele? Não estávamos juntos mesmo.

E não estão agora, uma vozinha interior respondeu, quase se deleitando da agonia dela.

É, não estamos. Um brilho de abatimento surgiu em seus olhos de rubi. Não iria adiantar fingir que nada havia acontecido entre eles. Muitas coisas haviam acontecido. Muitas coisas haviam mudado, inclusive seus sentimentos.

Não misture trabalho com amor. Seu pai surgiu em sua mente, dando um sorriso triste.

Não vou, não vou!

"Me chame de Roy." Pediu ele, arfante, enquanto se aproximava.

Fora preciso correr para acompanhar as passadas dela, que eram naturalmente ligeiras.

"Desculpe, coronel." Acentuou bem o posto dele. "Não temos intimidade o bastante para isso."

Roy gemeu.

"Riza, por favor." Murmurou.

"Desculpe, coronel." Repetiu ela, dando as costas para ele. "Apenas...apenas esqueça."

"Riza!" gritou.

Nada.

Ela não parou, ela não voltou, ela não olhou para trás.


A madrugada já subia alta.

Na rua não havia o mínimo ruído, nem o passar de transeuntes, tampouco o som do motor dos carros. O bairro simpático era silencioso. Mas tal silêncio não contribuía em nada, não alterava nada os turbulentos pensamentos que corriam pela cabeça de Roy Mustang, impetuosamente.

Estava sentado no umbral da janela, observando a rua, iluminada apenas por uns poucos postes, como se à espera de alguém.

Não havia em seu rosto nenhum traço de qualquer sentimento. Se ele estivesse aborrecido, triste ou alegre, seria impossível perceber. Aliás, quem o olhasse podia apenas chegar à conclusão de que tal indiferença não era sinônimo de felicidade, já que a felicidade não pode ser assim tão facilmente camuflada atrás de expressões neutras. Particularmente, Roy achava que estava até infimamente satisfeito, mas não estava feliz.

Riza Hawkeye não saíra dos seus pensamentos desde a vez em que ela mandara esquecê-lo. Por algum motivo, não era capaz de fazer tal coisa. Não era capaz de tratá-la apenas como sua primeira tenente agora, não com as lembranças das tórridas noites de amor que haviam em sua mente. Era tarde demais para voltar a enxergá-la como um ser igual, não como uma mulher, que exalava luxúria e sensualidade sem igual. Que diabos havia acontecido com eles? Estavam assim tão no fim do túnel?

"O que foi, querido?" Uma voz feminina veio da sua cama.

Ele voltou os olhos para a moça deitada entre as cobertas, os cachos negros emoldurando o rosto moreno, grandes orbes castanhos de pestanas longas.

Poderia dizer que era a presa da noite.

"Nada demais. Problemas com o exército. Não se preocupe."

"Venha para cama comigo." Ela deu uma risadinha, que pareceu tola aos ouvidos dele. Então, estendeu os braços, chamando-o com o dedo.

Olhou para ela, então olhou para a rua mais uma vez.

Deus, não consigo esquecer Riza, pensou Roy, quase desesperado. Quero aquela mulher pra mim.


Um trovão cortou o céu e logo grossas gotas de chuva começaram a cair.

Ela praguejou mentalmente, abrindo o guarda-chuva preto que segurava. A princípio, achara que havia sido uma total perda de tempo levá-lo, mas agora sua intuição se provou certa. Para sua infelicidade, o toró não tinha cara de quem ia abrandar tão cedo.

Sorte Black Hayatte ter ficado em casa hoje, pensou, olhando para o céu cinzento.

Quando estava dobrando a esquina, viu alguém vir de encontro a ela, andando calmamente embaixo da chuva, com as mãos nos bolsos e um sorriso amistoso na face, embora não aparentasse exatamente uma pessoa sadia.

"Yo." Sonny Jordani cumprimentou-a.

"Olá." Respondeu, calmamente.

Ele passou então a caminhar junto dela.

Desde que o vira no bar, ele aparecia todas as noites para fazer companhia a ela até sua casa. A princípio, Riza se incomodou, depois apenas aceitou calmamente a presença dele, até que atingiram um estágio que ela poderia considerar como "amigos" – ou quase isso.

Sonny coçou a cabeça. "Então, pretende fazer alguma coisa hoje? Quem sabe nós pudéssemos tomar um café por aí antes de você ir para casa."

Ela o observou pelo rabo de olho. "Espero que não esteja me cantando."

"Não se preocupe, você não faz o meu tipo." O sorriso que ele tinha então era diferente e Riza não demonstrou ter se ofendido nem um pouco pelas palavras que ouviu. Sonny observou o horizonte, sem se importar em estar molhado, e suspirou, meio amargamente. "Apenas queria a minha garota de volta."

Ele é um cara decente e sincero, pensou Riza. Por que essa mulher iria trocá-lo por apenas uma noite com Roy?

Reparou, então, na ironia dos seus pensamentos. Quando o conhecera, chegou à rápida conclusão de que preferiria qualquer coisa no lugar de Sonny Jordani. Agora, o achava até um cara agradável, ou melhor, suportável.

Não poderia entender como mulheres trocavam relacionamentos estáveis com homens que as amavam por aventuras com data marcada para terminar. Será que elas eram tão ingênuas assim para acharem que acabariam conquistando Roy Mustang apenas com sedução e seus maravilhosos corpos? Parecia até uma piada.

Ao menos Sonny não é esse conquistador barato, pensou, friamente.

"E por que você fala isso para mim?" Indagou, sem esconder um quê de curiosidade.

Ele olhou para o chão, pisando propositalmente numa poça d'água antes de virar-se para olhá-la. "Talvez se você falasse com ela..."

"Desculpe, mas não pretendo interferir em relacionamentos alheios."

Maneando a cabeça, Sonny tentou explicar, com uma expressão séria que ela não conhecia até então. "Não quero que você tente convencê-la a voltarmos, Riza. Jamais pediria algo assim a você. Sei que não seria justo, porque se ela me abandonou, foi porque não me amava o suficiente. Não cabe a mim expô-la a essa situação."

"Se ela não te ama, por que a quer de volta?" Riza pareceu surpresa.

Ele deu um sorriso triste. "Porque eu a amo."

Como um estalo, ela percebeu a profundidade do amor. Até então, imaginara que o amor era uma sensação racional, que não nos fazia perder a cabeça de maneira alguma, não como diziam os literatos. Acreditava que o amor era algo a se construir, a se moldar, e que para amar alguém verdadeiramente, perfeitamente, era necessário antes reformular a pessoa e a personalidade dela à sua maneira, para que se sentisse à vontade com ela.

Jamais poderia prever que o amor era uma entrega tão completa assim. Ela não esperaria uma sensação como essa. Não era capaz de dar tudo de si por alguém, confiar em alguém cegamente e, então, dar sua vida por essa pessoa, acreditar na capacidade dela e se irritar por coisas bobas e fúteis, mas que, intimamente, demonstravam seu sentimento, mesmo que erroneamente. A reprimenda também era uma forma de amar. Preocupar-se com o que esse alguém fazia, se ele estava bem ou o se estaria bem logo no dia seguinte.

Era exigir demais. Um sentimento como esse precisava demais.

Não podia dar-se ao luxo de amar. Ela tinha Roy e...

"Faria o possível e o impossível por você, coronel."

"Confio em todas as suas escolhas, em como você pode governar bem, atuar bem. Não tenho medo dos seus erros."

"Se for preciso, darei a minha vida. Minha vida é proteger você, senhor."

"Não acredito que o coronel está tendo um encontro no lugar de preencher os formulários!"

...entendeu que sentia por ele algo além do fato de ser sua subordinada.

"O que você quer que eu faça?" Virou-se para ele, olhando-o seriamente.

"Quero apenas que pergunte a ela porquê, Riza. Por que ela me deixou? Eu sou tão insignificante assim? Não era capaz de fazê-la feliz?" Sonny esfregou a testa, quase com raiva, e soltou um suspiro que se sobrepôs ao barulho da chuva. "Diabos. Como um homem pode amar tanto assim? Dizem que mulheres amam bastante, mas duvido que amem mais intensamente que um homem, já que ele ama uma vez só."

"Você amou errado."

"Minha história de amor vai terminar trágica, eu já sei. Mas agora é tarde." Ele arqueou os ombros, tentando demonstrar descaso. Estava conformado. "Apenas queria que você falasse com ela, Riza, e perguntasse o porquê. Eu já sei, mas apenas preciso de uma confirmação. E, bem, já me falta coragem para pensar nela, que dirá encará-la..."

Riza acenou em positivo. "Faço isso por você."

"Obrigada."

"Se você prometer esquecê-la, é claro. Ela te trocou por Roy Mustang, então não é mais digna do seu amor."

"Se eu encontrar aquele desgraçado, eu bato nele."

Riza ponderou por um segundo.

"De acordo." Disse.

Os dois apertaram as mãos, indo um para cada lado logo depois.

N/A: Para os que acompanham, presumo que logo HAPR estará se encaminhando para o fim, se já não está. Comentários caem bem, animam a autora e deixam todos felizes, rs. Se alguém estiver disposto a falar o que tem achado, dá um go ali no fim da pag.

Uma pequena pergunta: vocês acham que Sonny entrou bem na história? Aliás, vocês gostaram dele? XD

Agradeço a todos os comentários! Espero que continuem acompanhando.