Capítulo – VII

Pela primeira vez, ao voltar para casa no fim do dia, Gina não pensava no trabalho. Refletia sobre o que tinha descoberto de manhã.

Malfoy mentira sobre seus motivos para se casar. A conversa com o tio-avô dele, se é que aquilo foi uma conversa, deixara isso claro. Longe de deserdá-o caso ele não se casasse dentro de certo prazo, ele ameaçava fazê-lo se não gostasse dela. Obviamente, o velho não gostava de casamentos e estava furioso porque o sobrinho-neto havia caído em uma armadilha.

A grande pergunta era: porque Malfoy tinha mentido?

Não que ele não fosse um mentiroso, ela nem mesmo sabia o que ele era na verdade, e tinha péssimas lembranças dele no passado. Só não entendia porque imaginara que Malfoy havia mudado, quando na verdade Malfoy's nunca mudam.

Iria descobrir quando perguntasse. E segundo o bilhete deixado de manhã, ele chegaria tarde.

O tempo custava a passar. E sua impaciência não o faria passar mais depressa. Por isso, Gina trocou de roupa, comeu salada e começou a abrir as malas que vieram de seu antigo apartamento.

Ás onze horas subiu para tomar um banho. Desceu pouco depois, de roupão, enrolando os cabelos numa toalha. Aquele jantar não demoraria muito mais. Ele chegaria logo. Na verdade, já devia ter chegado. E sua impaciência não significava que ela estava ansiosa pela companhia dele. Só estava ansiosa para saber por que ele havia mentido.

Ele teve outro motivo para querer se casar com ela, e ia descobrir qual era.

Pelo menos, a conversa matutina com o tio-avô dele dissipara seu ressentimento por ele praticamente tê-la acusado de ser emocionalmente estéril, Gina pensava, encolhida numa poltrona. Talvez um dia ela lhe dissesse toda a verdade, contando-lhe como suas reservas em relação ao sexo oposto haviam começado...

– Esperando por mim, Gina? Será que está virando uma esposa dedicada?

Gina sentiu um arrepio involuntário ao ouvir o som daquela voz. E ignorou o súbito prazer de olhar para aquele homem, vestido num impecável terno escuro. Olhou para o relógio e falou:

– Você devia estar em excelente companhia naquele jantar. É quase meia-noite.

– Parece que me enganei – Malfoy entrou na sala e fechou a porta. – Mas tudo bem. O executivo cansando vai preparar uma bebida para sua esposa. Não me importo em inverter os papéis. Whisky? Vodka?

– Nada - Gina voltou-se, observando por sobre o encosto da poltrona, enquanto ele ia até a mesa das bebidas e derramava whisky em dois copos. Ele não parecia nem um pouco cansado. Na verdade, parecia até excitado sob a confiante compostura. Será que o jantar daquela noite fora mesmo de negócios?

Malfoy se voltou, olhando nos olhos dela. Gina corou e se voltou também, ajeitando-se na poltrona com a estranha sensação de ter sido descoberta fazendo algo que não devia. Como olhar para o marido.

Os movimentos abriram seu roupão, mostrando praticamente tudo que havia para mostrar. Seu rosto estava tão vermelho quanto seus cabelos quando ele chegou perto, trazendo os copos, esperando com a expressão entediada, enquanto ela ajeitava o roupão outra vez.

Mesmo que achasse vê-la seminua tão excitante quanto ler bula de medicamentos, não precisava deixar isso tão claro. Gina aceitou o copo que lhe estendia. Será que estava achando que ela tinha deixado o roupão abrir de propósito, com intenção de algo mais?

A idéia simplesmente a humilhava e enfurecia.

– Com quem você estava? – Gina perguntou sem pensar, o que fazia parecer uma esposa ciumenta. Ao perceber isso, acrescentou: - Não que eu esteja interessada, claro. Mas é um pouco tarde para um jantar de negócios chato.

– Não foi nada chato – Draco deixou o copo sobre a lareira e tirou o paletó. Depois tirou a gravata. – Fomos ao Fabulous, você deve conhecer.

– Claro – Gina cerrou os dentes.

O restaurante fora da cidade era elegantíssimo. E caro! Um lugar onde certamente Malfoy se sentia bem a vontade.

E ele havia estado lá a noite toda, num jantar nada chato, enquanto ela ficara em casa, arrumando coisas e comendo uma saladinha sem graça.

Draco abriu o colarinho, tirou os sapatos e esticou-se no sofá com uma almofada atrás da cabeça. Bebericava seu whisky com os olhos semi-cerrados, completamente relaxado, enquanto ela estava cada vez mais tensa.

– Você não precisava ter me esperado acordada. Ás vezes a gente nem vê o tempo passar – Draco olhou para ela com um sorriso enigmático no canto da boca. - Pode ir dormir agora. Já estou aqui, são e salvo.

Gina respirou fundo. Então ele não ia dizer com quem tinha estado? Alguém cuja companhia era tão agradável que nem vira o tempo passar. E ela não podia perguntar de novo, porque dissera que não estava interessada. Ele tinha deixado claro que haveria muitos outros jantares. E também insinuado que ela estivera esperando por ele como uma esposa dócil e ansiosa.

Mais que nunca era preciso manter a calma, conter seu temperamento explosivo. Mentalmente, Gina contava até dez...

Então, com toda serenidade, informou:

– Seu tio-avô levantou-se do leito de morte e ligou hoje de manhã, depois de você sair. Tivemos uma conversa bastante interessante – sorriu ao ver nele uma certa tensão.

– É mesmo? E o que ele disse? - Draco não mostrava grande interesse. O que significava, Gina deduziu, que tinha dominado rapidamente os motivos da tensão. Em seguida, provavelmente para ganhar tempo, bebeu o whisky que restava no copo. E sentou-se no sofá.

– Disse várias coisas. E deixou claro que tem horror a casamentos. Você mentiu para mim. Por quê?

– Ah...

Aquele olhar alterava sua pulsação. Mas ela não se deixaria enfurecer de novo. Levantou o queixo um pouco mais.

Malfoy levantou-se devagar.

– Descobrir a mentira era só uma questão de tempo. Eu sabia disso, claro – deixou o copo vazio na mesa. - Falaremos sobre isso amanhã. Agora é tarde. Hora de dormir. Você vem?

Com ou sem ela, Malfoy já estava de saída. Gina levantou-se também e insistiu:

– Você não queria se casar para garantir uma herança. Por que foi? Acho que tenho o direito de saber.

– Acha? – Draco apanhou seu paletó. – Talvez eu quisesse uma viborazinha só para mim.

Aquele sorriso sarcástico lhe dava vontade de esganá-lo. Mas Gina se conteve. Um dia, ela arrancaria a verdade dele, descobriria o que ele esperava ganhar com o casamento. Ou morreria tentando.

Que jogo mais estranho, Gina pensava duas semanas depois. Depois do primeiro, não houvera nenhum outro jantar de negócios. E ele tinha parado de olhá-la com aquele arzinho superior. Ela, por sua vez, parecia manter seu gênio sobre controle. Pelo menos ele não havia dito ou feito nada que a aborrecesse. Casualidade?

Quem chegasse primeiro no fim do dia cuidava do jantar. Depois, se o tempo estivesse bom, os dois caminhavam pela margem do rio ou iam de carro até algum lugar mais longe. Se estivesse frio ou chovendo acendiam a lareira e ficavam em casa, ouvindo música e conversando. Se discordavam sobre algum assunto, não brigavam. O que era bom. Ele tinha se tornado seu amigo, provavelmente seu melhor amigo.

A mobília, os quadros, a roupa de cama, de mesa, os badulaques eram todos de Gina, vindos de seu antigo apartamento. E quando ela comentou o fato de ele parecer ter apenas suas roupas, Draco deu de ombros, sorriu devastadoramente e respondeu:

– Mudar é mais fácil quando a gente não tem muita coisa pra carregar.

– Muito sensato – Gina concordou sorrindo, disfarçando uma súbita angústia. Quando chegasse a hora, aquele casamento estaria terminado. Era parte do acordo. Ele arrumaria sua mala e iria embora, o que deveria durar algumas horas.

Ela ainda não conhecia o verdadeiro motivo pelo qual ele se casara, portanto, não podia imaginar quando ele iria querer descasar. E não ia perguntar. Não queria começar outra briga. Não que já tivesse realmente brigado com ela. Era sempre ela quem começava.

Gina começou a recolher os pratos.

– Por que não redecoramos a casa? Ficaria bem melhor se a gente se livrasse desse papel de parede.

A casa tinha sido decorada recentemente, pouco antes deles se mudarem para lá, mas Gina não conseguia engolir aquele papel. Ele mesmo já admitira que a decoração parecia um pesadelo colorido.

– Amanhã é domingo. Podemos removê-lo das paredes. E nos encontrar na segunda-feira na hora do almoço para escolher alguma coisa mais agradável.

– Sinto muito, amanhã não vai dar. Tenho muito trabalho para fazer – Draco ajudou a levar tudo para cozinha. – Vou para Irlanda na segunda. Tenho uma reunião com meus diretores lá. E, depois fico dois ou três dias. Talvez fique fora uma semana.

Ele estava ali, bem perto, pondo a louça na pia, mas de repente parecia distante, como se já estivesse de saída. Saindo da vida dela.

– Você não havia dito nada sobre isso. Teria se eu não tivesse sugerido trocar o papel das paredes? – Gina estava horrorizada sem saber por quê. – Ou teria deixado um bilhete?

– Você parece não querer que eu vá – ele se voltou com olhar irônico. – Vai sentir minha falta?

Sentir falta dele? Será que ela se traíra? Subitamente confusa Gina pensava em outra coisa para não demonstrar o que sentia. Sorriu, tentando parecer alegre.

– Claro, vou sentir falta de alguém que divida as tarefas domésticas comigo. Mas tudo bem, posso sair mais, ver gente... – Gina sabia que estava representando. – E posso redecorar a casa sozinha mesmo. E se você deixar a escolha do papel novo por minha conta, posso começar o trabalho enquanto você estiver fora.

– Não vejo motivo para isso – ele parecia entediado. E Gina não via aquela expressão no rosto dele fazia duas semanas. – Isto não é um lar, é só um lugar para acampar. O tempo que vamos ficar aqui não justifica esse trabalho todo.

A sensação de depressão persistia na semana seguinte. Gina tentava atribuí-la ao padrão abominável, às cores espalhafatosas do papel de parede. Mas sabia que estava mentindo para si mesma.

Draco estava certo, claro. Eles não morariam ali juntos tempo suficiente para justificar o dinheiro e o trabalho necessário para redecorar o lugar. E embora pudesse ter redecorado só a sala, ela não tinha disposição e energia suficiente para tal.

Além disso, por que deveria se importar com o aspecto daquele lugar se ele não se importava? Como ele mesmo havia dito, aquilo não era um lar.

Que falta ele fazia.

Aquilo não devia estar acontecendo, Gina pensava enquanto embrulhava em papel de seda um par de taças de vinho portuguesas para um cliente satisfeito. Porque embora eles tivessem se tornado amigos, não devia deixá-lo se tornar parte da sua vida. Ele certamente não pretendia aproximar-se dela mais que o necessário. Nem sequer mandara uma coruja da Irlanda dizendo que chegara bem.

O cliente saiu. Era o último. Gina correu os dedos pelos cabelos. Suspirou. O dia de trabalho deveria deixá-la bem contente. E ela ia almoçar com Nick Brown dali a meia hora.

Mas nem a possibilidade de Nick ter algo interessante para lhe oferecer conseguia melhorar seu astral. Portanto, já era mais que tempo de fazer alguma coisa. Não podia se tornar depende de Draco. Eles não ficariam juntos muito tempo, e logo ela estaria de novo por conta de si mesma. Desde a morte de seu pai, nunca havia dependido de ninguém. E não ia começar agora.

Durante sua autocrítica, Nick aparece na lareira.

– Minha van quebrou. Está no conserto. Não sei quando vai ficar pronta, mas acho que a gente pode se ver à noite. Tenho duas colheres do século XV e uma jarra que você vai adorar, além de outras coisinhas. Encontro você no lugar de sempre entre seis e sete horas. Ou você prefere que eu vá até seu apartamento?

– Não estou mais lá – Gina respondeu, tentando pensar depressa. Ela não queria ficar esperando naquele bar, mas também não queria deixar de ver as coisas que ele tinha. Se não encontrasse Nick essa noite, ele iria direto oferecer a outros comerciantes que costumavam comprar dele.

Gina deu seu novo endereço a Nick.

– Estou em casa depois das seis. Você pode jantar lá.

No caminho de casa Gina comprou umas cervejas amanteigadas e uma pizza.

Fora um dia quente. Dentro de casa estava abafado. Ela abriu as janelas e subiu para mudar de roupa. Sua autocrítica parecia estar dando certo. Uma das primeiras coisas que ela tinha a resolver era onde ia morar quando o casamento tivesse terminado. Voltar para o seu antigo apartamento estava fora de questão. Talvez ficar ali mesmo, pensou, enquanto vestia um shortinho e uma blusinha frente única.

Descalça, Gina desceu outra vez, ainda pensando. Aquela casa pequena era bastante conveniente para uma mulher sozinha. Ficava perto da sua loja. E se ia ficar por ali, podia começar a redecorá-la, a despeito da opinião contrária de Draco. Resolvido. Ela comunicaria sua decisão quando ele voltasse.

Se voltasse. Talvez ele já tivesse cansado de brincar de casinha, ou talvez seus motivos para se casar já não existissem mais. Mas agora ela não tinha tempo para pensar na angustia provocada por aquela hipótese porque as batidas na porta diziam que Nick chegara.

– Onde está a comida? – Nick foi logo perguntando, quando Gina abriu a porta olhando para a grande caixa de papelão que ele trazia nos braços. – O lugar é legal, o papel de parede é pavoroso - Nick entrou. Gina fechou a porta.

Gina conhecia Nick fazia tempo, e ele não mudava nunca. Tinha quase trinta anos, mas parecia um adolescente roqueiro. Jaqueta de couro, cabelos presos num rabo de cavalo, barba por fazer. Mas não deixava de ser atraente.

Nick afundou-se no sofá, com os pés sobre a caixa. Já passava das sete.

– Conseguiu consertar a van?

– Aquela sucata já devia estar num ferro velho – Nick respondeu bem-humorado. – Mas vou mostrar o que eu trouxe quando a comida aparecer.

Gina foi até a cozinha. Fez um feitiço de aquecimento na pizza. Voltou pouco depois trazendo bandeja, pratos, facas, copos, uma lata de cerveja amanteigada e um copo de vinho para si. Ela estava ansiosa para ver o que Nick tinha trazido.

Gina conhecera Nick numa feirinha de antiguidades fazia três anos. Ele havia se aproximado enquanto ela pechinchava uma peça, e depois perguntou se ela se interessava por coisas antigas, convidando-a a ver o que tinha na van.

Meio desconfiada Gina foi. Correu o risco, mas valeu a pena. Nick Brown ás vezes trazia coisas interessantíssimas.

Três ou quatro vezes por ano, quando Nick viajava, eles se encontravam. Gina sempre tinha coisas dele à venda na loja. Para ela, Nick era alguém especial, embora soubesse bem pouco um sobre o outro. Uma excelente maneira de manter um relacionamento comercial, Gina pensava, enquanto punha a mesa da sala.

Levou a pizza. Nick, já tomara duas cervejas amanteigadas, tirou os pés da caixa, empurrando-a na direção dela. Duas horas depois, Gina tirou um saquinho de ouro.

– Estou em dúvida quanto a jarra. Muito cara...

– É pegar ou largar. Você pode vender pelo dobro. E ainda nunca vai pegar outra igual.

– Vamos fazer o seguinte... – Insistiu Nick.- Você fica com a jarra e leva grátis o que não quis. Assim não preciso viajar. Duvido que a van vá e volte.

Gina sucumbiu. Rapidamente antes que pudesse mudar de idéia, deu os galeões a Nick.

– Você não vai se arrepender - Nick levantou-se, examinou os galeões, botou em seu saquinho.

– Você vai passar a noite na cidade? – Gina perguntou, sentindo-se meio culpada por deixá-lo dirigir depois de ter dado tanta cerveja.

– Isso foi um convite? – Nick olhou demoradamente para aquelas lindas pernas, expostas pelo shortinho.

– Não, não foi. Mas posso te arrumar um lugar para dormir.

– Eu só estava brincando – Nick sorriu.- Não costumo misturar prazer com negócios. Mas seria um grande prazer, pode acreditar. Não, princesa, obrigado – acrescentou rapidamente ao vê-la mudar de expressão. – Seria estupidez perder uma das minhas melhores clientes. Além disso, gosto muito de minha mulher. Nunca lhe falei sobre Rebecca, não é? Talvez numa próxima vez. E não se preocupe. Agora... – indicou a pesada caixa – onde você quer que eu ponha isso? Tem um cofre por aqui?

Não tinha. E a jarra, principalmente, devia passar a noite num lugar seguro.

– O armário do meu quarto tem chave. E posso dormir com a chave debaixo do travesseiro – não que ela acreditasse que alguém pudesse invadir a casa durante a noite, mas era prudente não arriscar.

Nick pegou a caixa no chão.

– Mostre o caminho, princesa.

Com a caixa e seu precioso conteúdo bem trancados no armário, Gina disse por sobre o ombro, enquanto saiam do quarto:

– Como sempre foi um prazer. Mas da próxima vez não me apareça aqui com uma tentação tão grande. Você sabe que sou incapaz de resistir – a que se deveria a expressão surpresa no rosto dele? – E o problema é que você conhece todas as minhas fraquezas...

Gina se voltou para ver o motivo da surpresa dele. Gelou.

– Draco!

Gina não ouvira Draco abrir a porta lá embaixo, ou subir a escada. E vê-lo ali, tão imponente, tão sisudo, fez seu coração disparar.

– Você devia ter me avisado – gaguejou. – Eu não esperava você tão cedo.

Se esperasse, teria abreviado seu encontro com Nick, teria preparado um bom jantar, uma recepção apropriada, porque agora ela sabia...

– Isso está bastante evidente - Draco respondeu, com expressão feroz para o lado e desimpedindo a escada. – Você, seja quem for, fora! Agora! Ou vai precisar de ajuda?

Nick não se intimidou, apenas olhou para Gina, deixando claro que não pretendia atender o convite.

Horrorizada, tentando conter a situação, Gina balbuciou:

– Nick, este é meu marido. Draco, este é Nick Brown, meu...

– Não precisa dizer.

– Tudo bem, princesa – Nick baixou a guarda. – É melhor eu ir embora. Vejo você qualquer dia – desceu a escada com uma agilidade invejável. Talvez estivesse habituado a escapar de maridos furiosos.

Gina nem viu Nick sair. Não conseguia tirar os olhos do rosto de Draco, que parecia querer matá-la.

Draco entrou no quarto dela.

Gina sabia o que ele estava pensando. Foi atrás dele.

– Então você já destruiu as evidencias...- ele disse, ao ver a cama arrumada.- Ou estava ansiosa demais e foi no chão mesmo?

– Seu grosso! - furiosa, Gina pôs as mãos nos quadris. Que direito ele tinha de condená-la antes de ouvi-la

– Foi? – Draco insistiu, segurando seus ombros.

– E o que você tem com isso? – ela perguntou.

Como ele podia fazer tal juízo dela? Gina tentava escapar, sem sucesso. Ela queria machucá-lo, queria dizer algo que realmente o enfurecesse, algo como foi, foi no chão e na mesa da cozinha, e uma no banheiro, e outra no meio das alamedas, à vista de todos que passavam, mas contentou-se em dizer:

– Temos um acordo, lembra? Podemos fazer o que quisermos contato que sejamos discretos.

Draco empalideceu, apertando seus ombros ainda mais.

– Acabo de mudar as regras. Se aquele cara chegar perto de você outra vez, vou matá-lo.

– Que valente! – Gina ironizou, zangada demais para avaliar até onde podia ir antes que ele explodisse. – Acho que Nick vai tremer de medo quando eu lhe contar.

Talvez tivesse sido melhor ficar calada. Porque nunca vira alguém tão furioso antes. Decididamente, aquele não era o homem que ela tinha chegado a considerar seu amigo. Agora sim ele parecia Draco Malfoy.

E ele deixou isso bem claro ao agarrá-la e dizer:

– Quando eu terminar, você nunca mais vai querer outro homem, muito menos aquele sujeitinho ridículo...


N/A: Bom, nesse cap teve montão de action.. vc´s tem que concordar comigo! ehehehe.. espero q cês tenham gostado.

Brigadim pra todo mundo que ta lendo a fic..

Finalemnte,mas não menos importante.. NÃO ESQUEÇAM DE DEIXAR REVIEWS.. não dói nada gente.. eh só clicar lê embaixo. .e vc´s n sabem como me deixam feliz. Próximo cap.. Vem meu perfeitoso com fogo total.. espero q vc´s deixem mtos reviews pra lerem logo.. (chantagista).. ehehehe.

Bju pra tod mundo!

N/A2: Mto brigada miaka pela capa.. ta fazendo maior sucesso!

N/A3: Mais agradecimentos pra minha beta fofa.. nah..