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Capítulo- VIII

O ataque foi tão surpreendente quanto fulminante. E Gina se rendeu incondicionalmente ao beijo que fazia seu corpo arder em chamas.

Inacreditável! Draco, sempre tão calmo e indiferente, agora parecia completamente fora de si. Gina, nos braços dele, experimentara uma inédita sensação de completo abandono.

Respirando curto, Draco finalmente afastou os lábios dos dela, apenas para tomar fôlego e beijá-la novamente, agora mais ternamente, explorando o interior da sua boca.

Da boca, ele desceu seus lábios pelo pescoço lentamente. E desceram mais, mais, mais, até encontrar um mamilo eriçado de um dos seios, de onde suas mãos trêmulas há pouco tinham removido a blusa que os cobria.

Incapaz de se manter em pé, Gina agarrou-se a ele. Agora percebia o que devia ter notado semanas atrás. Ela estava apaixonada. Talvez, num nível mais profundo de consciência, já tivesse percebido desde o começo. Isso explicaria tudo.

Várias vezes nos últimos dias ela havia estado a ponto de admitir o que agora estava muito claro. E ele tinha sentido ciúmes de Nick, o que denunciava seus sentimentos por ela. E depois deste comportamento, nunca mais poderia dizer que ela não o atraía.

A exploração de seus seios deixava Gina maluca. A sensação era quase insuportável, mas ela queria mais. E ele continuava chupando e mordiscando. Quando já não suportava mais, pegou-a no colo e a pôs na cama. Tirou o paletó. Tirou também o shortinho que ela usava, trazendo junto a minúscula calcinha.

Gina mal podia esperar que ele abrisse os botões da camisa. Começou a tocá-lo, enquanto ele parou o que estava fazendo, para beijar toda a barriga de uma Gina deliciada. Ela ia dizer que o amava, mas em vez disso, sucumbiu a tentação de afagar as mãos por seus cabelos e soltou um gemido enquanto ele descia um pouco mais a boca. Draco se deitou sobre ela, deslizando uma das mãos por entre suas coxas.

- Draco... - surdos gemidos de prazer escapuliam dos lábios entreabertos de Gina. Ela o queria muito.

Mas por que de repente ele tinha parado? Gina abriu os olhos, chocada ao vê-lo sair da cama, com movimentos ásperos e expressão sombria.

- Você me desaponta. Acabou de transar com seu amante e está pronta para transar comigo. Ou qualquer outro... - Draco pegou o paletó do chão e saiu.

...aposto como vocês querem me matar agora...

Atônita, os lábios trêmulos, Gina fitava a porta do quarto, que ele acabara de bater. O clima, um minuto atrás maravilhoso, agora era pavoroso. Incompreensível.

Como ele se atrevia a pensar tal coisa dela? Como se atrevia a falar-lhe daquele jeito? Com a infalível sabedoria de sempre, tinha concluído que a indiferença dela em relação ao sexo era mera fachada para esconder uma degenerada necessidade de ter muitos amantes. Quantos mais, melhor.

Que homem detestável. E ela, como uma mocinha tola e ingênua, havia acreditado que ele sentira ciúme de Nick. Que se importava. Que a queria. Quando tudo não tinha passado de um simples e momentâneo interesse por uma prostituta de alta classe.

Mordendo o punho para não gritar, Gina conteve o impulso de sair atrás dele e lhe dizer que estava muito enganado.

Ele que pensasse o que quisesse. Aquele hipócrita. Ele a estava manipulando, brincando com os sentimentos dela desde a noite em que haviam conversado. Maldita noite. Dia após dia ele estava corroendo sua vontade, sua independência, fazendo-a crer que precisava dele.

Mas ela nunca quis nem precisou de homem nenhum em toda a vida. Tudo ia muito bem até aquele fatídico casamento. E ia voltar a ser como antes. Claro que ia.

Socando o travesseiro, Gina se meteu debaixo das cobertas. De agora em diante ia pautar a própria vida pela autoconfiança. Nunca mais ia se agitar ao menor sinal de problema. No futuro, mostraria apenas serenidade e determinação. Especialmente em seu relacionamento com Malfoy. Ela prometeu a si mesma, era outra mulher.

Gina ainda estava furiosa de manhã. Contidamente furiosa. Precisava estar num leilão em Londres ás dez horas. Desceu vestindo saia reta de algodão cinza, blusa combinando e jaqueta vermelha.

As coisas que tinha comprado de Nick podiam ficar no armário por enquanto. Iriam para loja só depois. Ainda pensando se fora bom negócio comprar a jarra e se demoraria muito a vendê-la, Gina foi até a cozinha tomar sua habitual xícara de café.

Encontrar Draco ali, sentado à mesa entre muitos papéis, usando calça jeans e camiseta preta, com as mangas arregaçadas, fez seu coração disparar, ameaçando suas recentes resoluções.

Mas ignorou toda sensualidade que ele irradiava. Tomou conhecimento quando ele a olhou. Foi direto pro seu café.

- Quando você falou em ver gente não imaginei o que tinha em mente. Se tivesse imaginado, não teria tido tanta pressa em voltar.

Ao ouvir aquela voz, tão ríspida quanto na noite anterior, Gina sentiu um arrepio na espinha. Mas agüentou firme, e respondeu, sem parar de preparar sua xícara de café.

- Esqueça. Seria inútil discutirmos. Você já fez bastante estrago.

Um grande estrago. E se quisesse café, ele mesmo teria de fazer. Quando o dela estivesse pronto, ela iria beber lá na sala. Bem longe dele.

Mas Draco não parecia disposto a esquecer. Gina ouviu quando ele afastou a cadeira e levantou-se. O que arrepiou os pelinhos de sua nuca.

- E isso significa o quê? – ele perguntou, agora em um outro tom, mais mortífero . E mais perto. Perto demais.

- Que provavelmente Nick não vai falar comigo nunca mais – ela respondeu, as mãos trêmulas ao colocar pó na sua água já fervendo. - Que seu comportamento insano deve ter arruinado um bom relacionamento comercial

- Oh, isso me corta o coração.

Era demais. Incapaz de se controlar, Gina se voltou furiosa e encarou a ironia nos olhos cinza dele.

- Você gostaria que eu me metesse em seus negócios e espantasse um fornecedor? Nick nunca mais vai me oferecer nada se achar que você pode aparecer de repente ameaçando lhe partir a cara.

Gina lhe deu as costas rapidamente. Não diria uma palavra sobre o que sentira quando ele praticamente a chamou de prostituta, quando a levou para o quarto ao ponto de querer lhe dar tudo o que tinha para dar, e em seguida se afastou, dizendo-se desapontado. Este estrago ele teria de consertar sozinho.

O café ficou pronto. Gina pegou a caneca. Ia se retirar. Virou-se rapidamente, mas ele havia se aproximado e colidiram. A caneca descreveu uma graciosa curva no ar, derramando o café pelo chão.

- Viu só o que você me faz fazer? – ela gritou furiosa, tentando se afastar.

Mas ele a deteve, segurando seu braço.

- Repita isso.

- Por quê? – ela rugiu. – Você não é capaz de ver o que fez? Ou também é cego, além de louco?

- Louco de ciúmes talvez – Draco já não apertava o braço como antes, como se soubesse que sua raiva tinha passado. - Você sempre recebe fornecedores em seu quarto, Gina? – ele perguntou ternamente. – E aquela história de tentação? De ele conhecer suas fraquezas? Da sua incapacidade de resistir?

O tom já não era ameaçador. Gina mordeu o lábio, nervosa. Estava se deixando envolver outra vez. Mas já aprendera a lição. Claro que sim. Não ia dar explicações minuciosas só porque ele havia falado em ciúmes. Ela não era nenhuma boba.

Suspirou fundo e contou tudo o que ele precisava saber sobre seu relacionamento comercial com Nick Brown.

- ...E sou sempre a primeira visita de Nick. Mas, depois do que houve ontem à noite, duvido que volte a vê-lo.

- Gina, sinto muito. Achei... bem, você sabe o que achei. Se você me disser onde ele se encontra posso enviar minhas desculpas.

Não sei onde ele está. É sempre ele quem me procura – Gina começou a se afastar.

- Aonde você vai?

- A um leilão em Londres, que será às dez horas.

- Eu levo você – Draco sentou na cadeira que usava até a pouco. – Você ainda está chateada e não tomou seu café.

"Será que ele estava tentando se desculpar?"

- Reservei uma mesa no Fabulous – Draco estava à sua espera quando ela fechou a loja no fim do dia.

- Divirta-se – Gina respondeu, pondo a chave na bolsa e seguindo sem lhe dar muita atenção.

- Claro que vamos nos divertir.

- Não, não vamos – Gina apertou o passo, prendendo um dos saltos entre dois paralelepípedos e perdendo o equilíbrio.

Rápido, Draco a amparou, deslizando o braço por seus ombros. Perturbada pelo efeito do breve contato físico, Gina nem insistiu quando ele ignorou a recusa.

- Estamos ambos precisando relaxar. Conversar um pouco, esclarecer algumas coisas. Começar tudo de novo.

Por quê? Gina pensou, reduzindo a velocidade com medo de cair nos braços dele outra vez. Ele é quem devia esclarecer seus verdadeiros motivos, altamente suspeitos, para se casar. Quanto a começar de novo, nem morta. Não iria a lugar nenhum com ele. Ele que fosse sozinho, se quisesse. E se divertisse bastante.

Chegando em casa, Gina recusou o convite para tomar banho primeiro. Subiu a escada e se trancou no quarto. Mas enquanto ele tomava banho, mudou de idéia. Ela iria. Por que não? E aproveitaria a ocasião para estabelecer alguns princípios bem rígidos sobre a vida deles no futuro, mesmo que fosse um futuro breve.

O Fabulous continuava tão elegante quanto antes. Ainda bem que tinha desistido da idéia de vestir uma roupinha qualquer só para mostrar que não ligava a mínima para a ocasião. Seria uma infantilidade.

Aquele conjunto de seda dourada era sua roupa mais insinuante. A saia curta e justa realçava suas lindas pernas. A blusa, os seios generosos.

Draco havia se vestido informalmente. Mesmo assim, era de longe o homem mais atraente. Os olhares insistentes das outras mulheres não deixavam dúvida quanto a isso. Insistentes e invejosos de toda a atenção que lhe dedicava. Certamente nem imaginavam quão detestável ele podia ser.

- Você está linda – ele disse com voz sedutora, enquanto servia champanhe. Mas Gina ignorou o comentário.

À luz de vela, a mesa que ocupavam era relativamente isolada, um refúgio perfeito para um casal apaixonado. E ela não deixaria que o champanhe lhe subisse a cabeça. Tampouco se deixaria seduzir por galanteios vazios, ou pela maneira como ele a devorava com os olhos. Estava alerta. Protegida por uma sólida barricada, que desta vez ele não conseguiria transpor.

- Podemos começar de novo, Gina? Esquecer estas últimas semanas?Elas foram absurdas, ambos sabemos disso.

- Acho que devíamos estabelecer algumas regras básicas. E respeitá-las. Se for disso que você está falando – Gina respondeu com um sorriso arrogante, remexendo a comida no prato. Não sabia o que estava comendo porque não lembrava o que tinha escolhido no cardápio sofisticado.

Por que não parava de olhar para aqueles lábios? E de lembrar a sensação maravilhosa de beijá-los?

- Não exatamente – aquele olhar parecia vasculhar sua alma. Melhor tomar cuidado, ou acabaria perguntando do que ele estava falando, esquecendo que de agora em diante era ela quem estava dando as cartas.

Draco espetou um pedaço de camarão no prato dela e delicadamente levou à sua boca. Delicioso. Ele era perigoso. A situação estava fugindo de controle rapidamente. Não podia esquecer que ele era um mentiroso, trapaceiro e cruel quando queria. Gina levou outro camarão à boca, desta vez sem ajuda.

- Não? Bem, seja como for – Gina se aprumou na cadeira. - Eu queria falar sobre a possibilidade de ficar morando naquela casa quando você for embora. Vou ter de morar em algum lugar e podia muito bem ser lá. Bobagem fazer outra mudança.

- Isso está fora de questão – ele murmurou, recostando-se na cadeira, com olhar divertido. Gina mordiscou o lábio, contrariada. Lá estava o arzinho superior outra vez.

- Mas por que? Vou ter que morar em algum lugar quando a gente se separar...

- E não pretende voltar ao apartamento sobre a loja?

Que pergunta! Mas em vez de reagir violentamente, Gina disse:

- Se você está querendo cumprimentos, sim. Expandir a loja foi uma idéia ótima. Agora que podem andar lá, os fregueses demoram mais. E a maioria acaba comprando alguma coisa. E como acha que sabe tudo, talvez possa explicar por que não posso ficar onde estamos quando você for embora.

Ela estava se saindo muito bem. Não deixava transparecer o menor indício do alvoroço de seus sentimentos.

- Simples. Talvez eu não vá embora.

- Ah, e o grande poderoso Draco Malfoy vai preferir morar numa choupana daquela há um de seus maravilhosos e luxuosíssimos hotéis?

- Talvez lá tenha coisas de que eu realmente não gostaria de esquecer.

Isso estava indo longe demais. Se continuasse assim, ela não conseguiria resistir.

- Você não acha que seria mais simples para você pegar suas malas e dar o fora. Enquanto eu fico com toda a minha mobília sem ter para onde levar? Alem disso, temos um acordo e até agora eu nunca soube o que você ganhou com esse casamento.

- Até aparece que não quer o fim deste casamento.

- Que bobagem. – por alguma razão aquele comentário a fez tremer e corar.

- É mesmo? – os olhos cinza pareciam magnetizá-la.

Por mais que quisesse Gina não conseguia desviar o olhar. Aquele canalha conseguia perturbá-la mesmo quando não queria. Estava enfeitiçada. E quando a mão dele procurou a dela, seu corpo estremeceu.

- Por que você não admite que me quer? Que formaríamos um par e tanto na cama? Somos casados. Nem imoral isso seria.

O olhar de Gina baixou até sua boca sensual. Ela estava tentada a admitir com uma intensidade que a incendiava.

E por mais indiferente que se tivesse mostrado no começo, agora ele a queria. O desejo estava estampado nas feições fantasticamente masculinas. Mas era só isso. Desejo.

Para ele, o tempo que restariam juntos, queria que fosse de uma forma agradável e proveitosa.

Gina puxou sua mão. Lançou-lhe um olhar de desdém e disse:

- Bela tentativa. Mas tudo o que quero é tempo suficiente para poder encontrar um lugar para viver.

- Não acredito. O que precisa acontecer para você admitir a verdade? Não, não responda. Posso imaginar.

Lá estava aquele sorriso outra vez. Gina estava prestes a sair do restaurante, possessa. Como se atrevia a achar que mais dia, menos dia seus hormônios a levariam direto pra cama dele?

Mas ele ainda não tinha terminado. Faltava a última punhalada, quando desferiu com extrema precisão.

- Por que você não compra sua antiga casa? Ela esta a venda novamente.

- Você é muito cruel - respondeu sem pensar no que dizia.

Outro de seus erros: ter lhe contado como se sentiu quando a mãe vendeu aquela casa depois da morte de seu pai. Agora o patife usava a confidência como munição para machucá-la. Punição por ter recusado passar os últimos dias do casamento na cama dele.

- Isso não é possível, como você sabe. E se já terminou de destilar seu veneno, eu gostaria de ir para casa – Gina levantou-se, olhando o vazio. – Já é hora de acabarmos com este casamento. Você pode ir embora quando quiser. Quanto antes melhor.

Enquanto saíram do restaurante, Gina se perguntava se ele percebia o impacto que provocava nas mulheres dali. Provavelmente. Sua arrogância expressava um poder inato, a habilidade de manipular tudo e todos, sempre.

Aquela constatação a perturbava. O silêncio dele também.

Quando chegaram em casa e Gina saiu correndo escada acima em direção ao seu quarto, ele finalmente disse:

- Se o problema é dinheiro, posso comprar sua parte da Auror Security. Preço de mercado.

Gina parou. Estavam falando de muito dinheiro.

- Molly já concordou em vender.

- Não acredito! Mamãe jamais venderia suas ações – Gina resmungou

Lá estava ele, com expressão sombria, recostado na porta da frente. Como um perigoso predador vigiando sua presa.

- Pergunte a ela – ele deu de ombros, como se não ligasse a mínima para o que Gina achava. Isso não tinha a menor importância. – Como já disse, tenho interesse em comprar suas ações, pense nisso.

- Nunca! – Gina prosseguiu escada acima.

Então era por isso que ele quis se casar. Para conseguir cinqüenta por cento das ações da Auror. E já havia induzido a mãe dela a vender, fazendo parecer que as ações ficariam em família. Muito conveniente.

Ele finalmente havia mostrado seu estilo. Sua mãe jamais saberia que o casamento era só de fachada, e agora mencionava a Toca porque sabia que ela não podia comprá-la. Aquele patife era muito mais perigoso do que ela imaginara.


N/A: Gente.. eu estou super feliz com todos esse comentários.. muito obrigada a todo mundo que está comentando..e continuem..plixxxxx...
Estão vendo como seus recadinhos me deixam inspirada..as cenas foram ótimas, não?

Quero agradecer a minha beta Nah, que na maior paciência do mundo faz esse favorzinho pra mim.. E por favor.. não deixem de comentar...

To sedenta de reviews..agora q vc´s começaram me deixaram mal acostumada.. eheheheheheheheheh..

Ah, e Miaka, minha capista.. pra você não dizer que eu sou malvada..to postando na quinta antes da meia noite... viu? bjinxxx