Disclamer: Não, J.K! Você não vai tirar o Max de mim!
Desde o Fim
-- Capítulo Um --
Trégua
Foram precisasalgumas semanas para que se entendesse o que acontecera. Os bruxos de Winning Blosh espalharam rapidamente a notícia de que a casa dos Longbottons havia sido destruída. Mas somente poucos bruxos, há léguas dali, saberiam explicar o ocorrido.
- Estão comentando. Lá na vila, todos estão falando. – Comentou a mulher, esfregando suas mãos ansiosamente. Há tempos que não tinha uma fofoca como aquela, e parecia que a notícia ainda não se espalhara pela capital. Há muito que o jornal deixara de noticiar todas as mortes que ocorriam, o que só deixava o furo ainda mais excitante.
- Mas o que realmente se viu? – quis saber a prima de nariz arrebitado, com cara de intelectual.
- Nada. Este é problema. Na minha opinião, os Comensais enfeitiçaram os vizinhos para que não vissem.
- Então havia mesmo Comensais?
- Quem mais explodiria uma casa daquele jeito? O que me estranha é a Marca Negra...
- O que tem a Marca Negra?
- Não tem. Não havia Marca Negra.
- Como não? Mas e o casal e o filho, eles não foram mortos? Ou os Comensais esqueceram de conjurar a marca?
- O marido e a mulher realmente foram mortos. E que Merlin os tenha. Acho que até já sabiam o que estava por vir, visto que se mudaram para aquele fim de mundo trouxa, com certeza para se esconder. E eu não sei porque os Comensais fugiram sem deixar a famosa marca.
- Isso é muito estranho.
- Você ainda não viu nada. Ainda há os cachorros.
- Que cachorros, mulher de Deus? Está querendo me matar de curiosidade?
- O amigo do meu amigo, era vizinho da frente dos Longbottons, e garantiu ao meu amigo, que na noite do ataque, todos os cachorros da vizinhança foram mortos.
- Mas como? Comensais não atacam cachorros, atacam?
- Por isso é um mistério...
Perdurou-se um silêncio pesado entre as duas, cada qual metida em suas próprias idéias. Quando a mais velha, madama em Londres e muito perspicaz, falou:
- Mas, prima, você me falou que o marido e a mulher morreram.
- Sim, ambos estão mortos.
- Mas e o bebê? Eu lembro de você ter comentado sobre o bebê.
A mulher sorriu imperceptivelmente ao ver que chegavam ao ponto que ela esperava chegar. Umedeceu os lábios e fingiu a sua melhor cara de revelação.
- Ah, sim, o bebê também estava na casa.
- Então... não me diga... Não me diga que ele sobreviveu! Oras, vamos, é apenas um bebê! Se ele sobreviveu, imagine a história que isso vai dar! Um bebê sobreviver quando a casa toda é destruída! Ele ficará famoso! Um mito!
A outra apenas manteu o silêncio.
- Então, um simples bebê sobreviveu? - insistiu a prima.
- Não...
- Não?
- Não se sabe. – a outra ia interromper, mas a prima continuou falando, em um tom muito baixo. – Não há como saber.
- Por quê?
- O pequeno Longbotton desapareceu.
xXx
O sino que marcava a passagem de aula tocou, e um rebuliço tomou conta da classe. Dois jovens, que conversavam entretidos há algum tempo, pararam para esperar um pouco de silêncio, o que foi atendido com a entrada da professora. Os alunos logo voltaram para os seus lugares, diante da carranca da senhora que entrara. Apenas dois deles, continuaram a conversar, aos cochichos.
- E o que aconteceu então, Harry?
- Nada, a história ficou por isso mesmo.
- Como assim?
- Ah, você sabe, Sam... O mundo bruxo não estava em sua perfeita ordem. As pessoas eram assassinadas a torto e a direita, famílias inteiras eram dizimadas ou então desapareciam, fugindo da guerra. A maior parte das pessoas nem ligou para a história. Claro, até que...
- Até que o quê, Harry? – perguntou a jovem, com os olhos brilhando de curiosidade.
- Eles perceberam que algo estranho tinha acontecido. Os ataques de Comensais tinham aumentado consideravelmente na última semana, após o ataque contra os Longbottons, mas os Comensais não pareciam estar muito seguros, estavam, na verdade, desesperados.
- Desesperados? Desesperados como?
- O número de capturas aumentou muito. Eles pareciam furiosos com alguma coisa. Os ataques não eram mais tão eficientes. E ninguém, ninguém mais vira Voldemort desde então.
Sam tremeu involuntariamente.
- Porque você fala o nome dele? Íris falou que não devemos...
- Íris é uma tonta. Voldemort não é visto há mais de 15 anos! Por que deveríamos ter medo dele? Papai e mamãe não o chamam de Você-Sabe-Quem, então não vejo porque Íris segue essa mania idiota que aprendeu com as amigas.
A loira abriu um meio-riso.
- Papai... e mamãe? – perguntou rindo.
Harry corou absurdamente e levou as mãos ao cabelo, resmungando:
- Hum... Você não quer ouvir o resto da história?
Sam riu e afirmou com a cabeça, apoiando os cotovelos na carteira de Harry, e segurando o queixo com as mãos, em pose de interessada. Harry riu e continuou, em tom de mistério:
- Naquela época, meus pais estavam escondidos em Godrics Hollow, acho que papai convenceu a mamãe, porque ela nunca ficaria sem trabalhar mas, enfim... Quando Hórus, a coruja do tio Sirius, contou-lhes o que tinha acontecido, mamãe se desesperou. Eles logo foram...
- Harry, sua mãe era amiga da Sra. Longbotton, não era?
Harry bufou, afirmou com a cabeça, e comentou irritado:
- Sam, será que dá pra parar de me interromper?
- Ops, desculpe... - a garota mostrou as palmas da mão, como que em legítima defesa.
- Certo... Eles foram logo avisar Dumbledore para... O que foi agora? – Harry perguntou irritado, já que Sam novamente fizera menção de interrompê-lo.
Os grandes olhos violeta dela se voltaram para algo atrás de Harry, e ela fez menção com a cabeça para que o moreno olhasse.
- Mas o que... – Harry virou-se para trás e, no susto que levou, bateu o braço em seu estojo, que caiu no chão e espalhou as canetas para todo o lado. Mas ele não percebeu; fixava os olhos verdes no enorme nariz e par de óculos, que o encaravam em meio a um mar de sobrancelha e um sorriso cínico. A Madame Poorfoot tinha as mãos na cintura e o rosto maldoso a centímetros de distancia do seu.
"Se ferrou." Sam murmurou, virando-se corretamente na carteira e fingindo copiar alguma coisa do quadro negro.
- Sr. POTTERRRR! Novamente atrapalhando a Srta. Fox? – Harry sentiu uma vontade enorme de tampar os ouvidos, mas pensou que se o fizesse, isso só aumentaria ainda mais a bronca. – Quantas vezes já lhe disse, menino? Se você é um desleixadinho nojento, não precisa arrastar boas moças para o mau caminho. Você tem que aprender...
Harry não ouviu mais nenhuma palavra a partir daí. Só lhe restou lançar um olhar homicida às costas de Sam, que por sua vez, se acabava de rir...
xXx
"SEU IDIOTA! Vamos, diga! Onde ele está?" Severo suspirou ao ouvir os gritos esganiçados de Belatriz, vindos das masmorras. Ignorou-a.
"Vamos, seu rato nojento! Onde ele está? Você foi o último a falar com ele, você estava em missão quando ele desapareceu!" Severo enfeitiçou o seu malão para que ele coubesse no bolso de sua capa, segurou a varinha e saiu do quarto destinado a ele na Fortaleza Nobre.
"B-black, eu... eu... eu tentei avisá-lo, Black, mas eu... eu..." uma voz ainda mais esganiçada tentava se ouvir falar. Severo parou o percurso ao passar pela escada, onde as vozes ficavam mais audíveis. Belatriz soltou um urro de fúria. "CALE-SE! Cruccio!"
Novos gritos, dessa vez de dor, foram ouvidos. Mais pareciam guinchos do que um pedido de socorro...
- Não se exalte, Bela...- O moreno descera a escada, a contragosto, e agora estava parado à porta da cela onde Belatriz Black torturava um homem mirrado e apavorado, que se largou encolhido em um canto no momento em que a maldição cessou.
Belatriz se empertigou ao ver Severo a encarando, claramente envergonhada. A calma e frieza de Snape a incomodavam às vezes, e se sentia humilhada por se descontrolar na frente dele.
- É o Pettgrew, Severo! Eu tenho certeza que tem dedo dele metido nessa história. – Belatriz falou arrogantemente, lançando um olhar de puro asco para o comensal no chão. Como se sentisse esse olhar, Pedro tremeu.
- O que um inútil desses poderia ter a ver com a ausência de nosso Lorde? – Severo questionou, já se arrependendo por ter interferido em uma banalidade daquelas. Ele sim, sabia muito mais do que Pedro, um dia, poderia lhes contar. – Assuma, Belatriz, você só está fazendo essa ceninha porque nosso mestre, finalmente, teve o bom senso de não lhe confiar algo que, francamente, não nos interessa.
- Como você pode saber? – a morena desviou seu olhar raivoso para Snape. – O Lorde me contaria, ele me conta tudo. E nenhum dos comensais está sabendo de nada, eles não sabem nem ao menos o que fazer! – exclamou a mulher com um certo que de desespero frio, contido na voz - Rockwood mesmo, foi preso há dois dias e levou mais alguns de nós com ele. Parece que o incompetente foi pego afanando arquivos perigosos no Ministério...
- O que é uma pena. Rockwood era o nosso melhor espião. – Snape comentou, percebendo Pedro se mexer, como que em protesto, ao canto da sala.
O homenzinho levantou o rosto para os dois e tremeu o nariz, como fazia em sua forma de rato.
- Ele estava procurando algo sobre o Lorde... – Pedro falou baixinho em seu canto. – Mas é óbvio que foi pego. Não há nada sobre seu sumiço no Ministério. Parece que os idiotas dos aurores ainda nem se deram pela falta dele nos ataques.
- E você se encarregou de se certificar disso, não é mesmo, Pettgrew? – comentou Belatriz venenosamente. – Quando devia estar passando informações para o Lorde sobre a Ordem da Fênix, não estou certa? E o esconderijo dos Potter, Petgreew? Você conseguiu? Não. Até mesmo os Longbottons, nosso Mestre teve que descobrir sozinho. Você é um total inútil mesmo.
Belatriz virou o rosto e saíram faíscas da ponta de sua varinha. Pedro se acovardou. Começou a gaguejar.
- Eu... eu... viu? Foi você mesma que disse! O Lorde foi atrás dos Longbottons porque ele quis, eu... eu não tenho nada a ver com o sumiço dele.
Belatriz ergueu uma sobrancelha, intrigada. Severo teve vontade de socar Pedro, naquela hora. Ele acabara de demonstrar, que assim com ele, sabia a causa da ausência do Lorde das Trevas. Mas Belatriz não sabia da Profecia. Ela não sabia o que levara ao desejo de Voldemort em atacar os Longbottons, e em encontrar os Potters. Belatriz não sabia de nada, e nem deveria saber.
- O que os Longbottons têm a ver com a ausência do Lorde, Petgreew? O que você sabe que eu não sei...
- Ele está blefando, Bela. – o Sonserino se interpôs - Só está tentando desviar a sua atenção para o ataque e livrar-se de um castigo... O que os Longbotton teriam a ver com nosso Lorde? Nada. Pois eles estão mortos.
- Mas, Severo... Agora que esse verme falou, é verdade... Ninguém viu nosso Lorde desde que ele saiu atrás dos traidores do Sangue... será que...?
- Eu o vi. – mentiu Snape, com toda certeza arrependido de não ter ignorado os gritos de Belatriz e seguido em frente. – Fui o último a vê-lo. E ele estava, é claro, perfeitamente bem. Repito que ele deve estar tratando de assuntos urgentes. Esqueça isso, Belatriz.
A morena ensaiou uma gargalhada, como se dizendo que aquilo era impossível.
- E o que você sugere que eu faça Snape? Convide os outros comensais para umas férias? – ela perguntou cinicamente.
- Não, Black. O Lorde tinha dado instruções a todos, não? Sigam-nas.
- O que você vai fazer?
- Voltar para Hogwarts, oras. Essa é a minha função, não?
Belatriz se enfureceu.
- ENTÃO É ISSO? Você pretende ficar como um cãozinho adestrado de Dumbledore enquanto nosso Lorde está desaparecido! Onde está a sua lealdade, Snape?
- Do lado do Lorde das Trevas, Black. E é por isso que vou seguir as ordens que ele me dirigiu.
Belatriz andou até o canto da sala, e se apoiou na parede. Já percebera a fuga de Pettgrew, mas isso não importava.
- Faça o que quiser, Snape. – ela afirmou seca – Mas nosso Lorde não nos abandonaria assim. Eu vou procurá-lo. Eu, e todos aqueles que lhe forem fiéis.
- A decisão é sua, Black. – Snape se dirigiu para a porta novamente, mas antes de subir as escadas, se virou para a Comensal. – Quando o Lorde voltar, aí então saberemos quem seguiu o melhor caminho. – e dizendo isso, voltou a andar.
Quando o Lorde voltar...
Snape não sabia quando isso aconteceria. Mas ele conhecia o futuro, ele vira Sibila predizer a profecia, ou parte dela. A parte que ele conhecia se cumprira, agora só restava-lhe esperar...
xXx
Harry entrou em casa silenciosamente, pela porta dos fundos. Assim que chegou na sala, Edwiges veio correndo ao seu encontro. O garoto sorriu para o animal e acariciou-lhe o pescoço. O gatinho começou a miar.
- Psssiu! – ordenou o moreno – Papai disse que mamãe estaria brava hoje. Será que você poderia pelo menos aliviar a minha bronca?
Edwiges ronronou e se esfregou nas pernas no dono.
- Isso... Bom garoto!
- Harry? – Harry deu um pulo ao ouvir seu nome, fazendo o gato branco se assustar e sair trotando até debaixo da mesa.
- Max?
- HARRY! – Harry só pode sorrir, quando sentiu um corpo de um garoto de onze anos de idade agarrá-lo pelo pescoço e abraçar suas costas com a cintura.
- Hey, pirralho! Você não está meio grandinho pra brincar de cavalinho? – o moreno gargalhou, girando o corpo e tentando derrubar o irmão.
Max o soltou, estirou a língua, e falou de queixo erguido:
- Você também está. Estamos quites.
Harry riu novamente e bagunçou os cabelos ruivos do garotinho, que tentou fazer o mesmo, mas não conseguiu, simplesmente por ser uns 50 centímetros mais baixo que o irmão mais velho.
- Então, voltaram mais cedo de Hogwarts? Na carta dizia que só chegariam à noite.
- É porque Hagrid não esteve lá essa semana. Harry, ele é enorme! Íris não exagerou quando me contou... Perdi vinte sicles para aquela trapaceira! – Max comentou, não parecendo tão bravo assim – Mas o tal do Filch, que ficou me perseguindo o verão inteiro, estava levando uma surra dos testrálios... Então, nós tivemos que atravessar pelo lago. Mas os alunos mais velhos também atravessaram conosco, e aqueles gêmeos, sabe?
Harry negou com a cabeça, segurando-se para não rir da euforia do baixinho.
- Ah... São dois cabeças de fogo que se formaram esse ano. Eles não...
- Max? Cabeças de fogo? –Harry perguntou incrédulo – Você conhece a palavra "espelho"?
O ruivo ficou escarlate. Max tinha olhos incrivelmente verdes, assim como Harry, e cabelos vermelhos, sempre bagunçados, e que contrastavam contra a pele claríssima. E era uma sorte que ele ainda não tivesse espinhas, ou sardas. Lily costumava dizer que ele era o seu anjinho.
- Conheço, mas eu não tenho cabelos tão vermelhos como você diz. Na verdade... eu acho que estou mais para loiro.
Harry piscou.
- Ah... claro. Seu cabelo poderia ser confundido com um milho se quisesse... – Harry comentou sarcástico. – Max, cai na real! Seus cabelos são mais vermelhos que os da mamãe!
O pequeno cruzou os braços irritados e resmungou:
- Vocês são todos uns cegos... Dá licença que eu ainda tenho que dar oi para a mamãe. Até daqui a pouco, Harry. – Max jogou os cabelos para trás e atravessou o corredor, até a porta da cozinha.
- Não diga a ela que eu cheguei, está bem, Max?
- Ok, mano.
Harry riu um pouco da paranóia do irmão caçula com a cor do cabelo, e seguiu para o seu quarto; mas vozes vindas do quarto de Íris o fizeram parar. Uma voz que ele não ouvia há meses narrava algo em tom de suspense:
- Mas James Potter e Lílian Evans não seriam derrotados por Belatriz... Quando a bruxa lançou o raio verde contra eles, James pensou rápido, e como uma fênix...
- Que raio verde, Íris? – uma outra voz feminina perguntou.
- Ah, Sam, eu já lhe disse. É o Avada Kedavra. – a outra respondeu cansada.
- O Raio da Morte. – falou uma voz masculina.
As duas garotas que estavam sentadas na cama de casal se viraram para a porta. Elas não perceberam quando ela se abrira e agora, um rapaz de cabelos negros e olhos verdes estava apoiado na parede olhando divertido para as duas moças.
- Oi ,Ouriço! Você não sabia que é falta de educação ouvir a conversa dos outros?
- Vareta, não, eu não sabia. Mas você sabia que é falta de educação não cumprimentar direito o seu irmão que você não vê há... uns 6 meses?
Harry e Íris se encararam. Os dois com os mesmos olhos verdes, a mesma pele branca, e o mesmo sorriso de lado, de quem estava com saudade de se sentir alfinetado.
- Olha, gente... – começou Sam, rindo da cena toda. – Se vocês quiserem, eu saio, pra vocês poderem se abraçar...
Harry olhou para Sam, e caiu na risada junto com Íris. O moreno caminhou até a cama e aceitou o braço estendido da irmã, puxando-a de uma vez, e a fazendo girar antes de abraçá-la.
- Eu estava com saudades. – ela murmurou, apertando o abraço e aconchegando a cabeça junto ao ombro de Harry.
Harry riu e aproximou a cabeça de Íris, que se assustou quando o garoto depositou um selinho em seus lábios.
- Porque fez isso? – perguntou a morena, de olhos arregalados.
- Pra mostrar para aquele idiota do Weasley, que só eu posso beijar a minha irmã. – afirmou Harry lançando um olhar irritado pra Sam, que rolava de rir na cama.
Íris deu um tapa na cabeça da loira, que parou logo de rir.
- Ah, Harry... O Rony é legal. Você não implicou tanto assim quando eu namorei o Diggory...
- Eu conheci o Cedrico, esqueceu? E ele me pareceu muito gente fina, na Copa Mundial de Quadribol.
- Você só diz isso porque ele venceu o Tribruxo. E se você quer saber, o Rony é capitão da Grifinória.
- Grande coisa... Max me disse que ele é um idiota.
- Eu estranharia se Max dissesse que algum garoto é legal... E ele não te contou sobre a namoradinha dele, contou?
- Max, namorando? Mas como? Se segundo as cartas ele passa metade do tempo aprontando e a outra metade em detenção?
- Alina Lynce. Uma Sonserina do terceiro ano! Papai está orgulhoso, mas sinceramente, uma Sonserina?
Harry ia responder que Max ainda teria tempo para aprender, mas foi interrompido por Sam, que até o momento só assistia a conversa.
- Harry, os Sonserinos são aqueles que não gostam de trouxas?
- Sim. – o moreno respondeu.
- Ah... Aposto com Você-Sabe-Quem era Sonserino.
- Ele era. – Íris afirmou. Então se lembrou de uma coisa. – Aliás, Sam, você quer ouvir o resto da história?
- Ainda bem que você lembrou! – Harry se intrometeu. – Você está proibida de contar histórias para a Sam, Íris.
- E posso saber porquê, Sr. Harry Mandão?
- Porque essa é a minha tarefa.
Sam sorriu e se endireitou na cama.
- Bom, Harry... Eu pensei ter ouvido você dizer que não contaria mais histórias para mim...
- Erm... disse?
- Uhum. Hoje, na saída da escola.
- Eu estava bravo. Afinal, é a terceira vez que levo bronca por "atormentar" a filha do diretor... Por que não te põem um guarda costa, logo de uma vez? – Harry reclamou, irritado. E a loira abaixou os olhos violeta.
- Não precisa falar comigo se não quiser, Potter. Eu nunca te pedi nada, a não ser uma mordida da sua esfirra e algumas histórias.
O tom de voz que ela usou caiu como uma pedra no estômago de Harry, e ele resolveu disfarçar.
- Ah, Sam, você sabe... Eu não agüentaria ver você deprimida e abandonada sem o prazer de ouvir minhas narrações fantásticas...
Sam revirou os olhos e fingiu uma cara de sofredora.
- Então você agüentaria uma bronca da Sra. Poorfoot? Por mim?
- Acho que mamãe... quer dizer, minha mãe... – Harry se corrigiu diante da risada da loira. – nem vai ficar tão brava assim sobre a advertência. Quero dizer, ela já está até acostumada com Max, esse ano, e meu pai então, nem tem moral para dizer nada...
- Ok, Harry. Eu já entendi que você vai me contar a história de qualquer jeito. – a loirinha riu e Harry se sentou na cama, incomodado, ao mesmo tempo que Íris se levantava e arrumava a saia no lugar.
- Tudo bem, vocês podem ficar conversando no MEU quarto. Mas olha lá, hein, Ouriço! Nem tente mexer nas minhas coisas ou você vai ter que explicar pros seus colegas por que a sua cara está cheia de furúnculos.
Harry mostrou a língua para a irmã, que piscou para ele antes de sair do quarto. Sam balançou a cabeça.
- Meu Deus, vocês se amam...
- Merlin sabe, Sam. – Harry se sentou ao lado da loira.
- Bom, a Íris estava me contando sobre aquela vez que Belatriz encontrou seus pais no Beco Diagonal, e os acusou de serem culpados pela situação dos comensais. E também, como eles conseguiram prendê-la, e a mais quatro comensais que estavam com ela. O Moody é aquele cara que usava um tapa-olho no aniversário do seu pai, não é? Ele também foi de grande ajuda nessa hora... Não é mesmo?
- Ah... - Harry não se lembrava da história.
- Mas eu não entendi uma coisa, Harry... Como as pessoas descobriram que Voldemort tinha realmente morrido no ataque aos Longbottons?
- Sam, eu nunca disse que ele morreu. Só disse que nunca mais foi visto. Mas a história de como o mundo bruxo finalmente percebeu o seu sumiço é interessante. Minha mãe adora contá-la.
Sam ajeitou uma mexa dourada atrás da orelha e fez sua cara de interessada.
- Ok, Harry. Então me conte o que sua mamãe lhe contou.
Harry respirou, ignorando a provocação, e começou a contar o que sabia.
xXx
O Primeiro Ministro trouxa apertava ansiosamente a borda de sua mesa. Há duas horas, o quadro do pequeno homem, com uma longa peruca prata, pintado a óleo na outra extremidade da sala, o informara que uma indesejável visita estava a caminho. Mas duas horas se passaram e o Ministro ainda esperava impaciente, ignorando todas as suas outras ocupações.
De súbito, o fogo na lareira crepitou e o estranho homem de chapéu verde entrou na sala, todo sujo de fuligem, atravessando o fogo verde que se formara.
- É isso o que o senhor chama de "um possível atraso"? – irritou-se o trouxa, que já tinha associada à imagem de Aurélio Fudge, problemas e confusões.
- Bem, com certeza eu me atrasei. – respondeu Fudge sem entender. – Mas o quadro não o avisou?
- Avisou. – resmungou o Ministro trouxa, não querendo alongar a discussão. – Qual é a má notícia dessa vez? O tal do Voldete resolveu usar pó químico na cidade? Ou pretende explodir tudo em um passe de mágica?
Fudge se assustou com o tom do homem. Pra que tanta agressividade?
- Não seja ignorante, Ministro... Trago ótimas notícias!
- Então prenderam o homem? – perguntou o outro esperançoso.
- Bom, não... Mas parece que um milagre aconteceu!
- Como assim? – ele indagou, ajeitando o bigode e os óculos. – E pessoas da sua laia acreditam em milagres? Pensei que não tivessem religião.
Fudge se irritou com o comentário, mas nada estragaria a sua felicidade naquele dia.
- Não acho correto que fale assim depois de tudo que nossos aurores têm feito pelos trouxas. – ponderou – Mas amanhã será dia de festa! Apesar de os boatos já estarem correndo, hoje tivemos a confirmação de que Você-Sabe-Quem não é mais uma ameaça!
- Como pode dizer isso, se os ataques continuam?
- Ah, mas os comensais ainda estão à solta... No entanto, é questão de tempo até que nossos aurores capturem todos! Eles estão desnorteados, atacando sem ordens. Foi o pobre Nott, capturado a pouco num ataque mal organizado, quem nos deu a confirmação que nem mesmo os comensais sabem sobre Você-Sabe-Quem.
- E o que Dumbledore fala disso? – perguntou o Ministro, para o espanto de Fudge.
- Não sabia que conhecia Alvo, senhor.
- É um velho muito engraçado, aquele Dumbledore. Nem parece ser um bruxo. –ele disse com uma expressão estranha na face – Ele veio há algumas semanas aqui, me pedindo para liberar duas casas em dois pontos bruxos isolados para umas famílias, que pareciam estar sendo ameaçadas... Eu não entendi direito a história, mas estranhamente, as famílias dessas casas aceitaram facilmente vender o terreno.
Fudge não pareceu dar muita atenção ao fato de Dumbledore se comunicar com um trouxa que, pelas leis da magia, deveria se comunicar apenas com o Ministro Bruxo.
- Dumbledore anda muito ocupado para me dar conselhos ultimamente. – Fudge aplicou um falso tom de brincadeira na frase. - Pois bem... Não tenho muito tempo, sim, Sr Ministro? Senti-me apenas na obrigação de lhe avisar. Mas peço que continue alerta! Há comensais tão ruins quanto Você-Sabe-Quem soltos por aí...
- Hum... Certo. – Fudge tirou um saquinho do bolso e acendeu a lareira com a varinha. Mas antes que pudesse entrar nas chamas, o Primeiro Ministro trouxa o chamou. – Sr Fudge, alguma idéia de porque esse bruxo sumiu?
Fudge corou e mexeu as mãos inquietas.
- Tenho um palpite... Bem, Rockwood estava fazendo jogo duplo no Ministério, é possível que ele tenha ouvido comentários sobre a nossa remeça de trasgos montanheses... Quem sabe Você-Sabe-Quem não se acovardou?
O Ministro fez uma expressão de horror diante da palavra "trasgos" e confirmou com a cabeça, aparvalhado.
E sem nenhum ruído, Fudge desapareceu na lareira.
xXx
Sam interrompeu Harry, e este percebeu que eles já estavam há duas horas sozinhos no quarto de Íris.
- Harry! Você não está me ouvindo?
- Hã? O que foi dessa vez, Sam?
- Como o que foi? Você estava aí falando, e de repente ficou mudo. Eu disse que a sua mãe está chamando para a janta.
- A mamãe? – Harry repetiu bobamente.
- É. - Ela revirou os olhos. Em que mundo o garoto estava?
- Ta... Então, vamos? Eu acho que vou deixar para pedir para ela assinar a minha advertência amanhã mesmo. Quem sabe se ela tiver uma boa noite, ela acorde bem humorada? Eu posso pedir pro papai...
- Ah, pode ir. Eu vou voltar para a minha casa.
- Por quê? Você sempre janta aqui mesmo...
- Eu não quero me intrometer, Harry.
- Se intrometer como?
- Ah, seus irmãos voltaram hoje, e Íris falou que o Sr. Black também vai vir... Imagina como eu vou me sentir intrusa? Além do que, eu nunca entendo nada do que seus pais falam... Parece que eles pertencem a outro mundo.
Harry ergueu as sobrancelhas.
- Ah, ok. Eu tenho que terminar o dever de química. – Sam confessou e Harry riu.
- Pode ir então, Srta. Fox. Abandone-me.
- Abandonar você em sua própria casa? – a loira piscou – Que tragédia...
- Então, eu te levo até a porta. – Harry se ofereceu, como um perfeito cavalheiro. Sam sorriu meigamente, quando Harry se levantou.
Sam calçou os tamancos que tirara para poder sentar-se na cama, e se levantou com a ajuda de Harry, que lhe ofereceu o braço.
Ambos caminharam alguns passos, quando Harry parou, de repente.
- Por que parou? – a loira perguntou sem entender.
Harry sorriu e lhe indicou a porta do quarto, à frente deles.
- Já te trouxe até a porta. Agora você sabe o caminho.
Sam estirou a língua e deu um tapa na cabeça do garoto. (N/A: PEDALAAAA ROBINHO!)
- Seu tonto!
- Tchau, Sam! – ele disse rindo, quando a garota pôs-se a correr pelo corredor da casa.
- Tchau, Ouriço Potter!
Ele fez uma careta, mas assim que ela sumiu pela porta dos fundos, soltou uma gargalhada.
- Rindo a toa, Ouriço Potter?
Perguntou Max, aparecendo de trás de um quadro. A mansão Potter era enorme, e Tiago fizera questão de criar inúmeras passagens secretas para que os filhos as descobrissem.
- Achou outra, Max? – perguntou Harry desconversando.
- Aham. – o ruivinho respondeu orgulhoso – Essa liga até o quadro do Papai Nobel trouxa, lá na copa.
- Interessante... E é Papai Noel.
- Que seja. Mamãe está que nem louca chamando por você. Ela disse que você nem a cumprimenta mais... E o jantar esta na mesa.
- Então vamos logo! – Harry adiantou-se pela nova passagem. – Antes que ela resolva fritar as nossas orelhas...
xXx
O vento frio que tomava Londres há meses continuava, e naquele lugar, parecia congelante. A luz uniforme da lua indicava que em algum lugar, Remo Lupin, assim como muitos outros infelizes amaldiçoados, uivava para lua, em uma forma distinta da sua, mais que animalesca.
Os jornais daquela manhã tinham dado muito trabalho às corujas, que já estavam entravadas, pela falta de uso. As pessoas comentavam os fatos e boatos, entre duvidosas, animadas, e por vezes receosas.
A notícia que o aumento de ataques em massa, e o caos causado pelos comensais descontrolados significavam o provável fim da guerra espantou a todos. Milhares de teorias, por vezes fantasiosas, rodavam as ruas, mas nenhuma parecia chegar perto da verdade.
Poucos foram aqueles que ligaram a queda das Trevas ao assassinato de dois bruxos, e ao sumiço de uma criança. Poucos eram os que se importavam com isso.
Lílian olhou para os três túmulos mais uma vez. As notícias do jornal de nada a abalaram. Ela já sabia. Até mesmo antes da carta de Sirius, ou do aviso de Dumbledore. Ela sentira a morte de Frank. E a de Alice.
A ruiva olhou para o terceiro túmulo, onde a foto de um bebê sorrindo só mais entristecia a tragédia. O que acontecera com Neville?
- Tiago. – o marido a abraçou, em sinal de que estava ouvindo. – Você já... já pensou que poderia ter sido nós, no lugar de Frank e Alice? Se Harry fosse... Se a profecia fosse...
- Já. E nós teríamos lutado, assim como tenho certeza que eles lutaram.
- E Harry? Estaria desaparecido?
- Eu não sei.
Fez-se um novo silêncio entre eles.
- Lily, eu estava pensando... Eu acho que a profecia ainda não se cumpriu.
- Por que diz isso?
- Eu pensei que...
- Dumbledore também pensa assim. E ele acha que Voldemort voltará um dia.
- Então ainda há uma chance de Harry ser o escolhido? – havia um brilho estranho nos olhos do maroto.
- Não, Tiago. E nem deseje isso. Harry será um grande bruxo, sem precisar matar ninguém para isso.
Tiago suspirou.
- É, eu sei.
- Sabe o quê? – estranhou Lily.
- Que nosso filho será um grande bruxo. – ele falou, como se fosse óbvio.
Lily, de repente se lembrou de algo, e seu rosto esquentou. Ela sorriu com o canto dos lábios.
- Qual deles? – perguntou, segurando-se para não rir.
- Como qual? – Tiago estranhou a pergunta. – Claro que é o Harry, nós não... – De repente ele entendeu, e segurou-se para não abrir um sorriso exagerado.
Por que de repente ele não se lembrava mais que estava em um cemitério triste?
– Lily, você... você está querendo fazer um outro filho? É isso? – ele perguntou sorrindo segurando-a pelas mãos. E Lily riu.
- Bem... Receio que isso não será possível nos próximos 8 meses...
- 8 mese... Lily! – ele exclamou dando um tapa na própria testa. Dessa vez, ele realmente entendeu. – Lily você...você... – e desistindo de formar alguma frase, puxou Lily para um beijo, um beijo que durou segundos, segundos capazes de transformar um cemitério frio e triste em um mundo sem preocupações, em um altar feliz, com promessas de família e amor.
xXx
As risadas vinham altas da copa e ecoavam na cozinha. Sirius estava contando agora a piada do pelúcio e o centauro, e até mesmo Lily riu de onde estava. Ela ouviu o barulho de alguma coisa caindo no chão e Íris gritar "Max!" o que sugeria que o caçula dos Potter tivesse caído da cadeira pela terceira vez naquele jantar. "Pelo menos não levou a mesa junto dessa vez..." pensou a ruiva.
Lily olhou para a louça que acabava de lavar e chegou à conclusão de que precisava de um elfo doméstico, como tantas vezes negara a Tiago. Depois de uma tarde inteira no St.Mungos, ainda precisava limpar a casa ao chegar, o que mesmo com magia, era algo sobre-humano. A mansão era enorme. Suspirou, e continuou o serviço.
A ruiva sentiu alguém abraçá-la pela cintura e quase se desconcentrou ao pensar no feitiço, o que faria com que todos os pratos que se secavam sozinhos caíssem no chão e se quebrassem.
- Harry... – Ela começou, se virando. – Ah, Tiago!
O moreno fez uma expressão séria.
- Sabe, preciso ter uma conversa séria com o Harry...
Lily riu e deu um selinho no marido, pedindo desculpas.
- Você não pode culpá-lo por ser tão parecido com você.
Tiago fez cara de pensativo.
- Então devo culpar você? Por não reconhecer mais a minha pegada irresistível e o meu perfume?
Lily apontou para a mesa, onde um delicioso bolo, recém tirado do forno, esperava para ser servido.
- Você teria que tomar um banho de colônia para que eu sentisse o seu perfume com esse cheiro de bolo pela cozinha.
Tiago ia falar alguma outra coisa, mas Lily completou:
- E sem comentários sobre a "pegada sexy".
O moreno riu, abraçando a esposa novamente.
- Eu não disse nada sobre "sexy", mas se você acha eu... Erm... Está bem, eu me calo.
- Bobo. – Lily riu e beijou-lhe.
De repente, os gritos aumentaram na copa, onde Sirius fazia imitações ridículas de um elfo bêbado. Lily viu o marido lembrar-se de alguma coisa, e ficar sério de repente.
- Você viu como Íris cresceu? Ela não tinha seios quando saiu daqui, no Natal. – Tiago comentou ciumento. – Você conhece esse novo namorado dela? Eu já vi o pai dele no Ministério, chefe da sessão de Relações Trouxas e co-diretor do Mal Uso de Artefatos Mágicos. Mas isso não quer dizer que o filho seja boa coisa... Já está no sétimo ano, Max me disse, pode só estar se aproveitando da nossa menina... Eu acho que vou ter que... Lily! Você está me ouvindo?
Lily deu um aceno com a varinha para que os copos começassem a se lavar, e logo em seguida, olhou para ele.
- Eu confio na Íris. E não banque o pai ciumento, Tiago. – o marido bufou insatisfeito. – Você já devia estar acostumado com os namoricos de Íris... Não foi de mim que nossos filhos tiraram todo esse talento para... essas coisas.
- Hum... se você diz. – ele deu-se por vencido, para logo depois abrir um sorriso. - Mas e o pequeno Max, hen? Já tão cedo arrumando namorada... Ele foi mais rápido que eu e Almofadinhas, Lily! E aliás, se a filha for que nem a mãe...
- Se ela for que nem a mãe o quê, hen, Sr.Potter? – Lily falou zangada.
- É... deve ser muito inteligente, oras! Você não me deixou terminar de falar. – Tiago se defendeu, e Lily fingiu acreditar.
- Bem... Já que hoje é o dia de discutir sobre a vida amorosa dos nossos filhos... E o Harry, Tiago? Eu não conheço aquelas famílias trouxas da escola dele.
Tiago deu um sorriso safado.
- Bom, se o Max estiver falando a verdade... Eu já sei onde Harry passou a tarde, que não pode nem vir falar com a gente.
Lily olhou desconfiada para o marido.
- E... onde seria isso?
- Max viu Harry e Alessam saindo do quarto de Íris, e disse que...hun, eles pareciam bem... alegrinhos.
Lily levou a mão à boca.
- Tiago! Mas a Sam? Não... não. Eles são só amigos. De qualquer forma, acho bom você falar com o Harry.
- Falar o que?
- Você sabe... Aquilo que nós temos que conversar com os filhos um dia.- Lily falou com um olhar significativo.
Tiago sorriu e deu um beijo na esposa.
- Pode deixar, Lílian. Eu vou ensinar ao Harry direitinho sobre como...
- TIAGO!
- Erm... sobre como ser responsável e tudo o mais.
Lily meneou a cabeça. Seu marido nunca iria mudar.
- Então depois você fala com ele. E me deixe terminar o meu trabalho.
Tiago deu um último beijo na esposa e saiu da cozinha cantarolando.
Lily ficou pensando uns minutos. Até que ouviu um novo tombo e novas risadas vindas da copa. A ruiva sorriu, e agradeceu a Merlin por ter uma família tão maluca quanto a sua.
- Como eu poderia amá-los mais? – ela murmurou para si mesma e acenou a varinha para que os pratos fossem voando para o armário, ao mesmo tempo em que Sirius começava a cantar Welcome to the Jungle na sala de jantar...
xXxXx
N/A: E para um primeiro capítulo a autora escrever 4x mais do que o planejado, não é um bom sinal?
Não. ¬¬
É péssimo.
As oito cenas do capítulo foram necessárias para que muitas coisas se esclarecessem (ou se complicasse mais).
Ah, e vocês não ficaram bravos com o que eu fiz com o Harry, né?
Ah, sim, vocês ficaram...
Mas a culpa é inteiramente do prólogo, culpem ele.
Vocês gostaram dos Potter? Eu particularmente lovu demais o Max Potter. Ele é o meu xodó. U,U
Eu responderei aquilo que não ficou claro por e-mail, ou então, me adicionem no msn (profile), mas talvez vocês só fiquem ainda mais curiosos...
Mordidas na bochecha para quem comentou - E eu respondi os comentário por e-mail.
Desculpa desapontá-los sobre o Neville, mas ele vai sumir por uns tempos da história \
Bjos para todos! And Review me!
W.S. s2
