Disclamer: Por que você está olhando para mim? Eu não roubei nada de ninguém! Juro... u.u
Desde o Fim
-- Capítulo Dois --
A Rainha
Max meneou a cabeça, em pirraça ao irmão que estava vermelho e lançava um olhar furioso que dizia sem dúvida alguma "Dê o fora" e o qual ignorou totalmente. O ruivinho jogava um cartãozinho de Morgana, dos sapos de chocolate, para o alto, e tinha um sorriso divertido diante da afobação do irmão e do pai.
- Mas, filho, é só uma conversa inocente! Aliás, Lily faz questão. Você sabe como sua mãe é com essas coisas... – falava Tiago, tirando os livros da mão de Harry e retornando-os à escrivaninha.
- Pai, eu realmente acho que não há necessidade disso... – o rapaz tentava se desculpar, e novamente pegava os livros e se dispunha a enfiá-los na mochila.
- Harry, você sabe que tem que conversar sobre isso um dia. Ou você pensa que eu e Sirius éramos os maiores conquistadores de Hogwarts por nós mesmos? – falou Tiago, depois pensando melhor – Bom, na verdade nós éramos os maiores conquistadores por nós mesmos... É, Harry, você tem razão, vai fundo!
Harry rolou os olhos, mas suspirou aliviado, terminando rapidamente com o resto do material e jogando a mochila nas costas.
- Valeu, papai. – ele disse, já se adiantando para a saída. E Max cutucou o pai em protesto.
- É... erm, filho? - Tiago chamou e Harry suspirou ao ser puxado de volta magicamente para dentro do quarto – Mas sabe como é, sua mãe não ia gostar nada disso...
- Pai... – começou Harry, novamente.
- Ora, vamos! E eu também quero saber! Eu sei que a Sam é bem gostosinha...
- PAI! – Harry pediu, vermelho.
- Hum...tá. É, fazer o quê... A gente tenta ser um bom pai, mas só recebe rejeição e indiferença como resposta... – Tiago dramatizou com a mão no peito.
- Pai, não exagera. – Max comentou rindo. E Tiago olhou para ele meio irritado por ter sido interrompido em seu apelo teatral. – Ah, e o Harry está fugindo.
Harry praguejou quando se sentiu novamente fisgado para o quarto pela varinha do pai.
- Sabe, eu realmente agradeceria se eu pudesse ir para o colégio hoje... – ele resmungou irritado.
- Quem sabe depois da nossa conversa? – Tiago tentou dizer com uma expressão séria, mas os filhos sabiam que ele se divertia muito com aquilo.
- Ok, papai. – Harry se deu por vencido. – Max, se manda.
O ruivo escorregou do sofá e cruzou os braços.
- Não. Eu também quero ouvir. Eu também tenho uma namorada! Preciso saber!
- Não, filho. Se manda. – Falou Tiago e com um aceno de varinha, as pernas do ruivinho o levaram para fora do cômodo. "Hey!" Max gritou, antes de a porta se fechar. – O baixinho já está querendo aprender as coisas! – Tiago riu, antes de se voltar para Harry.
O rapaz tremeu, sob o olhar curioso de Tiago.
- Então... – começou o adulto, em clima de mistério.
- Então...?
- Ora, me conte!
- Contar o quê? – Harry se assustou.
- Merlin, será que eu vou ter que ser ainda mais explícito? – Tiago perguntou para o teto. – Eu sei que você e a loirinha ficaram trancados no quarto da sua irmã um bom tempo ontem. E sei também que você não é santo, e que já teve namoradas escondidas. Harry, sério, eu não esperava outra coisa, afinal, você é o meu filho! E é quase tão bonito quanto o pai. – Tiago deu umas palmadinhas no ombro de Harry, que estava quase afundando na poltrona.
- Pai... Eu e a Sam somos só amigos. Sério!
- Sério? – Tiago perguntou desapontado.
- Palavra de escoteiro!
- Harry, você nunca foi escoteiro.
- Ah, é mesmo... Hun... – Harry levou a mão ao peito solenemente - Palavra de maroto!
Tiago suspirou:
- Tá bom, eu acredito. Mas é realmente um desperdício... Onde você vai encontrar uma trouxa tão fantástica quanto a Alessam? E com aqueles olhos?
Harry riu.
- Eu acho melhor você não falar assim perto da mamãe... – ele comentou, piscando para o pai. – E nem perto do Max. Ele é um linguarudo. – Harry fez uma careta, rearrumando a mochila nas costas e se encaminhando para a porta.
- Bom, eu suspeito de que ele está atrás da porta ouvindo agora então, não tem problema!
Mal Tiago falou essas palavras, um estrondo de alguém escorregando foi ouvido na porta e em seguida os passos tropeços de uma criança correndo. Os dois se encararam e riram.
- Eu vou indo, se não já perco a primeira aula... - Harry finalmente girou a maçaneta, mas a porta não abriu. Ele olhou atravessado para o pai. – Pai, será que dá pra desenfeitiçar a porta?
Tiago fez cara de inocente e se justificou:
- É que eu ainda acho que algumas dicas lhe seriam úteis! Se por acaso você...
"Harry!" Um grito vindo de longe interrompeu Tiago, e os dois olharam para a porta. "Harry!" a voz fina e longínqua voltou a chamar.
- Yes! – O moreno fez um sinal discreto de vitória, e depois fez cara de decepcionado. – Que pena papai, não vai dar agora... Olha, a Sam ta me chamando. Depois você me explica os lances.
- Harry...!
Mas o moreno já abrira a porta e saíra correndo pelo corredor. Tiago parou um instante confuso, enquanto encarava a porta por onde o filho saíra. Então, bateu de leve na ponta da varinha para ver se estava funcionando, com um olhar intrigado. Por fim, guardou-a na capa e aparatou em seguida.
xXx
Remo jogou os malões em cima da cama de solteiro ao canto do quarto. Espreguiçou-se gostosamente, relaxando os músculos doloridos pelas longas horas de viagem. No entanto, aquele não era o único motivo por seu corpo estar tão excessivamente cansado, a lua cheia se aproximava conforme as horas se passavam. Com isso em mente, ele se sentou cansado na poltrona velha, sem ânimo para desfazer a bagagem.
Tentou ignorar as condições do quarto e relaxar. O quarto do hotel fedia a mofo, as cortinas estavam esburacadas e não havia vidros nas janelas ou água no banheiro. Mas era o que ele podia pagar. Além do mais, tinha sua varinha, que além de um teto, correspondia a tudo que deveria precisar.
O homem olhou com os olhos dourados cansados, marcados pelas olheiras de noites de insônia, para a montanha que havia após a floresta que circundava o vilarejo. Ele aproveitaria aquela montanha para se esconder, mais à noite, quando a lua chegasse. Não podia arriscar as pessoas dali, por menos hospitaleiras que elas tivessem sido.
Pelo o que lhe pareceu a nonagésima vez naquele dia, ele vasculhou com esperança o frasco que tirou de dentro do malão. Estava vazio.
- Amanhã irei ao St. Mungos, Ravina. Quem sabe eles me arranjem um pouco de Mata-Cão? – ele falou para a coruja, que piou tristemente para o homem. Ele se aproximou dela e retirou finalmente a carta que o aguardava desde a semana anterior. – Acho que já posso ler o que Lily quer, não? Desculpe-me por fazer-lhe esperar tanto.
Ele correu os olhos pela letra caprichosa da amiga, que contava sobre a volta dos filhos e o convidava para o jantar que daria quando eles chegassem. Remo espiou o calendário pregado na parede e constatou que o jantar ocorrera na noite anterior. E ele faltara mais uma vez.
Pegou uma pena e começou a escrever no verso do pergaminho.
"Cara, Lily
Desculpe-me por não ter aparecido no seu jantar. Mas Sirius com certeza foi, as crianças não sentirão a minha falta.
Estou em uma nova busca, mas terei de interrompê-la por essa semana, você sabe, por problemas de calendário... Como está o Tiago? Estive com Minerva esses dias e ela contou que Íris faz um grande sucesso na escola. Se Pontas ainda não explodiu de ciúmes é por puro orgulho das travessuras do Max.
Eu estou perfeitamente bem, não se preocupe. E diga aos marotos para não se preocuparem também.
Estou com saudade de todos, e torcendo para que Harry se saia bem nos exames. Talvez quando terminar esse serviço, eu consiga dar uma passadinha aí.
Beijos para todos e desculpe a demora mais uma vez.
Remo J. Lupin"
Remo observou Ravina voar longe com a resposta. Suspirou e levou a mão aos cabelos claros nervosamente.
- Por quê as coisas têm que parecer muito melhor do que elas são? – ele murmurou para o vento gelado.
Um fraco assovio foi a sua resposta.
xXx
Harry correu para fora do quarto e precipitou-se pelo corredor. Ele ouviu Íris exclamar um "Harry, estão te chamando lá na..." mas ignorou a irmã e quase trombou na porta de mármore na pressa de sair. Conseguiu parar, porém não foi rápido o bastante para evitar o baque, quando um corpo pesado caiu em cima dele, no momento em que o moreno abriu a porta.
- Ai! Ui! Me ajude aqui, Harry!– exclamou a loirinha tentando se levantar de cima do amigo.
- Que diabos você estava fazendo de patins, encostada na porta da minha casa, sua louca? – Harry reclamou, esfregando a cabeça que tinha ido de encontro ao porta-capas.
Sam não respondeu, apenas jogou os braços para frente, ajoelhada, tentando se levantar. Mas as rodas dos patins escorregaram e ela caiu de bunda no chão novamente.
- Ai... – choramingou ela.
Harry riu e se levantou, segurando-a pelos ombros e erguendo-a também.
- Ah, obrigada. Eu ainda não aprendi totalmente a me controlar nessas coisas. – ela apontou para os pés.
- É, eu percebi. – ele desdenhou, levando um soquinho em resposta.
- Não seja mau. Eu vim ver se você ainda estava vivo... Afinal, eu estava há vinte minutos te esperando na entrada da escola! Por que se atrasou?
De repente, Harry se lembrou de seu pai e resolveu que era melhor que os dois saíssem de uma vez para rua. Já na calçada, ele contou a idéia de Tiago, fazendo Sam rir.
- Então seu pai acha que estamos namorando? Nós dois? – ela perguntou, enquanto se agachava na beira da calçada para tirar os problemáticos patins e substituí-los por um par de tênis, tirados da mochila.
- Não. Simplesmente ele pensa que estamos nos amassando no quarto da minha irmã de vez em quando, só pra descontrair... – Harry ironizou, ajudando Sam a se levantar, já que a loirinha começava a ter um ataque de riso que tornava a tarefa um pouco difícil.
- Harry, mas isso é muito engraçado! – a loirinha mexia nas tranças longas enquanto ria.
- Por que é engraçado? - o garoto fez uma cara de ofendido. – Então você está dizendo que não aceitaria se agarrar comigo por aí?
- Oh, Harry! - ela fez uma expressão sofrida. – Infelizmente, eu tenho que dizer isso, ou você descobriria a minha paixão secreta e platônica pela vossa pessoa. – e ela fez a imitação de alguém que abraça uma foto e suspira.
- Srta Alessam, não se contenha, por favor. – Harry também fez cara de apaixonado - Só poupe o meu pescoço, sim? Marquinhas não farão bem para a minha imagem perante o meu fã-clube. – ele completou, passando as mãos no cabelo bagunçado.
- Bobo. – ela mostrou a língua para ele. Mas ele não viu, olhava curioso para algo mais a frente. – O que está olhando, Ouriço?
Sam viu Harry correr um pouco mais à frente e estacar diante da entrada da escola. A loira o seguiu.
- Olha, - Harry apontou para o portão do colégio – parece que já bateu o sinal.
Sam correu até as grades e constatou que elas estavam trancadas, e o pátio estava vazio, apesar de ainda haver algum murmurinho vindo do prédio de salas de aula.
- Por que fecharam os portões? Não há nem cinco minutos que começou a aula! A regra é que se fechem às oito horas! – a loirinha balançou as grades com raiva.
- Bom, parece que perdemos as primeiras aulas... – Harry comentou displicente, encostando-se em uma árvore.
- Não podemos! – Sam se desesperou. – Teremos prova surpresa de Sociologia hoje!
Harry gelou.
- Porque você não avisou antes? Eu fiquei te contando histórias em todas as últimas aulas! Eu precisava estudar!
Sam desviou o olhar, se sentindo culpada.
- Desculpa, eu esqueci... Mas eu só descobri ontem à noite, quando eu voltei da sua casa... Papai deixou os arquivos da escola desprotegidos no computador.
Harry apoiou o braço na testa e respirou fundo. Lily não ia ficar nada feliz se ele não fosse aprovado por uma matéria como Sociologia. Dali a pouco mais de um ano ele estaria entrando para a faculdade, e o professor Jackson insistia em tentar reprová-lo em sua matéria. Já tinha virado perseguição.
- Tudo bem, Sam. – Harry a consolou, puxando-a pela mão para longe do portão. – Me ferrando ou não, eu vou fazer aquela prova.
- Mas... como? – a loirinha ergueu os olhos para ele sem entender, quando ambos pararam de andar, um pouco depois de virar a esquina do colégio.
Harry sorriu de lado, remexendo na mochila.
- Bom, digamos que nascer em uma família onde seus pais são bruxos, seus irmãos são bruxos, e sua casa é uma mansão bruxa, tenha seus benefícios...
Sam observou Harry tirar de dentro da mochila uma capa prateada e um frasquinho com um líquido verde fosforescente. O moreno recolocou a mochila e virou-se para ela.
- Sam, lembra quando eu entrei na casa do Nitta, e resgatei aquele seu CD de músicas para o baile da escola? Na sexta série?
- Claro que lembro. Foi na mesma época que eu descobri sobre a sua família e a magia e ... Bem, o que isso tem a ver?
- Eu não encontrei a porta aberta como eu te falei... Eu roubei uma poção do estoque da mamãe.
Sam esfregou os braços, incomodada. Poções lhe faziam lembrar das histórias que ouvia quando era criança, sobre bruxas malvadas e maçãs envenenadas.
- É essa mesma coisa que tem no frasquinho? – ela perguntou, começando a entender. Harry acenou com a cabeça. – E o que exatamente isso faz?
- Você vai ver. Mas não temos muito tempo, já perdemos uns quinze minutos de aula. – Ele afirmou apressado, se aproximando mais do muro. – Sam, vigie a rua enquanto eu faço isso. Se algum trouxa ver, estaremos encrencados.
- Ok. – A menina assentiu e pôs-se de prontidão na esquina. Não que houvesse necessidade, a rua estava deserta.
Harry agachou-se e virou o frasquinho com cuidado, deixando o líquido escorrer pela parede, e certificando-se de que pegaria uma boa parte do muro. Não demorou muito, e algo aconteceu. Toda a parte tocada pela poção havia desaparecido.
- Sam! Corre aqui! – Harry gritou, e a menina disparou pela rua até estacar, perplexa, diante do enorme buraco que surgira no muro alto da escola.
- Como você...?
- Agora não dá tempo. Vamos logo. – Harry puxou a mão de Sam, que atravessou, um pouco receosa, a passagem que se formara.
- Nós chegamos no pátio do colégio... – ela murmurou pasma. Harry olhou para ela quase rindo.
- Onde você queria que nós estivéssemos? – A loira olhou para ele zangada, pelo tom de gozação – Por Merlin, Sam... – Harry meneou a cabeça. - Ah, e se espreme aqui. – ele disse, atirando o manto que carregava por cima dos dois.
- Harry, pra que diabos precisamos de um cobertor? – perguntou a garota olhando para os pés que estavam descobertos. Pelo menos o pátio estava vazio, não seria uma cena muito normal de se ver...
- Para ficarmos quentinhos. – Harry respondeu sarcasticamente. – Ou então, que tal sairmos andando pela escola vestidos feito um fantasma? Não é um jeito super discreto de invadir o colégio?
Sam bufou. Porque ele tinha que agir como se ela fosse uma idiota? E se fosse aquilo mesmo que ela estava pensando? Ele não explicou nada e... Sam se sentiu corar, quando Harry a puxou mais para perto de si, a fim de escondê-los totalmente sob a capa.
- Hun... Harry?
- Pssiu! – Ele pôs um dedo sobre os lábios dela. – Vamos para a nossa sala; se você disser que chegou atrasada, o Jackson não terá coragem de impedi-la de entrar, então eu vou junto. Mas faça silêncio!
Sam não entendeu no que isso os ajudaria a passar despercebidos se estavam andando encobertos por um manto prateado brilhando assustadoramente, mas ficou em silêncio e acompanhou Harry até o segundo andar, onde ficavam as salas do Segundo Colegial.
No caminho, eles passaram ao lado de uma estudante, um pouco mais nova que eles, que Harry lembrava ter recebido o cargo de monitoria no ano passado. A aluna, de olhos miúdos e grandes lentes redondas presas por arame de casco de tartaruga, passou por eles sem nem olhá-los, resmungando sem parar, com uma mochila que estava quase a arrebentar, lhe encurvando as costas.
- E pensar que eu podia estar no ginásio... Se eu pudesse, o mataria de novo por causa disso... Responsabilidades, perícia... Queria vê-los agindo assim... – e com um acerto no óculo que escorregava pelo nariz retilíneo, a miúda virou o corredor deixando uma loirinha pasma e um moreno curioso paralisados logo atrás.
Sam foi a primeira a se pronunciar.
- Como foi, por todos os como fois, que ela não nos viu?
Harry ignorou o pasmar de Sam e perguntou para si mesmo.
- Quem ela disse que ia matar? De novo. Será que ela matou alguém?
Sam olhou para ele sarcástica:
- Ah, claro... Printily Sharon, a aluna mais certinha do Colegial? Ela matou o Judas, você não sabia?
- Quem é Judas? Ah, Sam, acho que é seguro tirarmos a capa agora. Nossa sala é ali em frente.
- Harry, será que dá pra me explicar alguma coisa? – Sam se irritou, saindo rapidamente de baixo do manto, antes mesmo que Harry o fizesse.
Não houve tempo de o moreno impedi-la. Seu grito fino ecoou por todo o corredor no momento em que ela pôs os olhos em Harry, ou melhor, no ponto onde ela imaginava que veria Harry.
O garoto tentou se livrar da capa e acalmar a menina, mas antes que ele pudesse fazê-lo, uma porta do corredor se abriu, e a cabeça do diretor espiou para fora com uma expressão preocupada.
- Alessam! É você. – o senhor exclamou, o rosto gordo e suado relaxando em um sorriso. – Pensei que alguma coisa tivesse acontecido. O que está fazendo aqui? Não sabe que é perigoso? E por que gritou? – ele acrescentou severamente.
- Desculpa, Sr. Diretor... – falou a menina disfarçando as batidas aceleradas do coração. Harry se aproximou dos dois, mas eles não poderiam vê-lo. – Eu gritei porque... eu tropecei! É, eu tropecei e levei um susto, porque eu... eu estava vindo trazer um recado do Sr. Jackson, é... ele disse que as cédulas das provas estão com um erro na questão seis sobre o... a globalização independente, e por isso eu... eu...
A voz de Sam morreu sob o olhar reprovador do pai à sua frente. O Sr.Fox era especialista em desvendar mentiras por trás de alunos desobedientes, mas isso apenas se intensificava quando o alvo em questão era a sua filha. Sam lançou um olhar suplicante para o pai:
- Me deixa explicar, pai?
O diretor suspirou.
- Srta Fox, como diretor eu deveria lhe dar uma advertência... – começou ele – Mas como pai, Alessam, você está de castigo, mocinha. E não me olhe assim. Primeiro: eu já lhe expliquei sobre a importância de horários. – Sam replicaria, mas foi impedida – Segundo: essa mentira foi péssima. Terceiro: você...
Sam tremeu ao sentir alguém cutucá-la de leve no ombro, mas dessa vez era melhor não gritar. Ao invés disso, cortou o discurso do pai.
- Ok, velho. Mas antes que cheguemos na décima questão... O que você está fazendo aqui, três corredores longe da sua sala? – Sam tentou espiar pela janelinha para dentro da sala de onde o pai saíra, mas ele facilmente tampou a visão.
- Alessam, eu agradeceria se tivesse mais respeito comigo pelo menos dentro da escola. E o que eu estou fazendo aqui, simplesmente, não é da sua conta. Querida, vá para o ginásio de esportes agora. E isso é uma ordem, entendeu?
- Mas, eu deveria estar em prova agora! Tenho que ir para a minha sala. Ou então... – Sam teve uma idéia. Não custava nada tentar. – O senhor não poderia conversar com o Sr. Jackson, sabe, a respeito da possibilidade de segundas chamadas... por favor ?
O homem passou a mão sobre os fios platinados que lhe restavam nervosamente.
- Receio que não seja mais possível, Alessam. Agora, vá logo para o ginásio. E se comporte, ouviu bem? – ele lançou um olhar intimidador para a loirinha.
- Está bem, diretor. – ela respondeu monotonamente, dando meia volta e seguindo lentamente pelo corredor por onde passara há pouco. De que adiantava ter um pai todo-poderoso na escola se ele não podia nem ao menos lhe arranjar uma segunda chamada?
A loirinha continuou andando, até que ouviu o baque da porta da sala se fechando novamente, e só então parou de andar.
- Harry... – Sam cochichou para o corredor vazio. – Harry? Apareça, ok? Sem me assustar.
Ela esperou um momento e nada aconteceu.
- Oh, meu Deus... Porque essas coisas acontecem comigo? – Sam perguntou para si mesma, pondo-se a correr de volta pelo corredor, tentando não fazer barulho. Ela parou quando estava em frente à sua sala de aula, e abriu a porta lentamente.
A sala estava vazia.
Sam caminhou assustada até a mesa do professor, e observou o quadro-negro. Escrito em giz branco, com uma letra caprichada demais, havia um enorme aviso para os alunos. "AVALIAÇÃO DE SOCIOLOGIA Peso: 3". Porque ela se sentia incomodada pela impressão de que ela prova não seria dada?
Ela passou correndo por entre as carteiras, e chegou ao fundo da sala, onde havia um enorme balcão de madeira. A porta do último armário estava aberta, e jogado ao canto da sala, havia um relógio dourado.
- Harry! É sério, se você está aqui, é melhor falar. – Sam gritou, um pouco amedrontada, para a sala vazia. Mas ela tinha certeza de que o menino também não estava ali.
Por fim, Sam pegou o relógio do chão, e enfiando-o no bolso, saiu da sala correndo, a caminho do ginásio de esportes.
xXx
A porta da sala se abriu, e o homem entrou, sendo admirado com respeito pelos jovens, que murmuravam uns para os outros. Um rapaz de cabelos trançados e argolas de prata encravadas no nariz virou-se para a colega e fez alguma piadinha rápida sobre os cabelos do auror. A menina não pareceu achar graça, mas soltou uma risadinha rápida e intimidada que fez o garoto se acomodar mais na cadeira, satisfeito.
Tiago suspirou, andando calmamente e mirando os rostos animados e rebeldes dos jovens a sua frente. Lembrava-se bem de quando eram ele e Sirius a estarem ali. Talvez eles fossem um pouco mais jovens, até mesmo mais irresponsáveis, mas mostravam o mesmo desejo por perigo e aventura que ele próprio via refletido nos rostos dos novatos que o encaravam. A vontade incontrolável de se testar, de provar ser útil e capaz de superar perspectivas. Ainda se fosse naquele tempo...
O moreno andou pela sala circular, batendo a varinha de leve na mesa de cada um, para acabar de vez com os murmurinhos animados. Parou exatamente em frente à cadeira onde um garoto de ar arrogante lançava olhares furtivos para uma morena. Com um aceno mínimo de varinha, o rapazinho de visual punk foi obrigado a se sentar corretamente na cadeira e encarar o professor.
- Boa tarde, novatos! – Tiago cumprimentou, com um ar irônico, como se esperasse que eles respondessem "Boa tarde, tio Potter". Para sorte deles, ninguém respondeu. – Vocês se formaram na escola há alguns dias, e se já tão cedo chegaram aqui, é porque com certeza têm um ficha impecável, um sobrenome de respeito, ou muita cara-de-pau para mentir para Olho-Tonto...
Alguns alunos se entreolharam, e de repente Tiago percebeu o quanto esse gesto era irritante.
- No entanto, devo-lhes avisar que esse primeiro ano é totalmente um saco. Sim, Quim garantirá que vocês se afoguem em teoria, e veremos quantos do grupo terão paciência e competência para continuar o curso depois disso.
- Sr. Potter, pensamos que o vice-chefe dos aurores seria o nosso professor. – A única menina do grupo falou, com um tom que fez o homem lembrar-se da esposa, nos tempos de escola, respondendo com respeito para um professor que admirava. E Tiago se sentiu inflar.
- Bem, Srta...?
- Cooper.
- Ah, claro. – ele sorriu para ela encantadoramente – Eu realmente adorarei ter-lhe como aluna daqui a um ano, Srta Cooper, quando vocês finalmente ingressarem em um pouco de ação... Mas Merlin sabe que um ano em teoria uma vez na vida já é suficiente para mim... Não, o Santo Quim me privará dessa tarefa esse ano. – dramatizou Tiago. – Hum... Agora eu deveria passar as instruções de conduta de um auror e mais algumas burocráticas, mas creio que nada disso é muito importante. Só vou avisar que por mais chato que tudo esteja, é estritamente proibido visitar Askaban para esquentar as coisas... – alguns alunos riram e outros fingiram estar desapontados - Estão dispensados. Quim cuidará de vocês amanhã. – ele terminou, piscando marotamente e abriu a porta da sala, por onde os alunos dispararam na mesma hora.
Assim que a sala se esvaziou, Tiago fechou a porta, virou-se para a mesa onde ficavam guardados os relatórios, e comentou sarcasticamente:
- Talvez eu devesse ter passado algumas regras para os calouros... Como por exemplo, a que proíbe vira-latas no quartel general...
Um latido animado soou da direção da grande mesa e, em seguida, um homem moreno saiu engatinhando debaixo dela.
- Sabe, Pontas... Esses pirralhos são muito chatos! – comentou o homem, já de pé, arrumando os cabelos que já não eram tão negros, de um modo arrogante.
- E você vem dizer isso pra mim? – Tiago riu, largando-se em uma das cadeiras.- Nós não éramos tão tontos assim, éramos?
- Claro que não! Nunca! – Sirius pulou para trás, como se a idéia o assustasse. – E você ainda não era tão chato.
- EU, chato?
- Imagine... Só faltou gritar "VIGILÂNCIA CONSTANTE" e eu teria certeza pra mandar te internar. – Sirius balançou a cabeça, e Tiago suspirou.
- Acho que esse marasmo todo não está me fazendo bem... Você viu quantos alunos tinham? Mais do dobro do que havia na nossa época! E nem metade deles, aposto, está realmente esperando alguma missão.
- Você acredita que eu ouvi Moody cogitando a idéia de férias para os aurores? Nós NUNCA tivemos férias antes!
- Eu sabia disso. Sabe que às vezes eu até sinto um pouco de falta dos comensais? Acho que a minha idéia de visitar Askaban para esquentar as coisas não é lá tão ruim... – Tiago comentou pensativo, um sorriso maroto nos lábios.
- Tsk...Tsk... Acho que você não vai precisar, meu caro Co-chefe dos Aurores... – começou Sirius com um tom sarcástico.
- Ciúmes mata, pulguento. E por que não?
Sirius ignorou o "elogio" e tirou uma folha de jornal amassada do bolso.
- Parece que alguém fez isso pra você...
Tiago imediatamente arrancou o recorte do Profeta Diário das mãos de Sirius, deixando o queixo cair levemente diante da enorme manchete que estamparia a primeira página de todos os jornais no dia seguinte:
"DERROTADA A PRISÃO DE ASKABAN: Bellatriz Lestrange, temida ex-Comensal da Morte, é a primeira a escapar da Fortaleza Negra.
O quartel dos aurores entrou em choque na tarde de ontem quando os dementadores de Askaban deram por falta de uma de suas mais queridas prisioneiras: Bellatriz B. Lestrange, que dividia a cela com seu marido, e era considerada por muitos, insana. Foi a primeira a conseguir tal feito, ainda não comentado pelo chefe dos aurores, e que põe em risco a comunidade trouxa e bruxa. 'Ela era o braço direito de Você-Sabe-Quem, dizem que ficou louca quando ele desapareceu.' comentou Sr. Bode, inominável. ' Dizem que ela teve um filho com Voldemort, aquele Sirius Black. Aposto que ele a ajudou a fugir.' Afirmou Sr. Fletcher. Não se sabe muita coisa sobre a fuga, nem se ela tem a ver com o benévolo e misterioso desaparecimento d'Aquele Que Não Deve Ser Nomeado há quinze anos atrás, mas o fato confirmado é que a população bruxa clama urgentemente alguma atitude dos aurores. Lestrange foi condenada pelo ..."
Tiago desviou os olhos da notícia para a pequena foto que ilustrava a página. Uma mulher esquálida e de feições arrogantes, os cabelos que já havia sido tão negros quanto os de Sirius, e o olhar monocromático que ele sabia expressar um azul nefasto e cruel. Bellatriz já fora muito bonita, mas até um Black decaía diante dos guardas da prisão. O moreno levantou os olhos, atônito, para Sirius.
- Então a sua priminha fugiu? E como é que eu não estou sabendo disso? Aqui diz que o quartel de aurores entrou em choque esta tarde?
- Pois é. E você já reparou que ainda nem é hora do almoço? – Sirius observou, divertindo-se.
- E desde quando você é filho de Bellatriz e Voldemort? Mundungo está louco?
Sirius dessa vez gargalhou, e explicou displicente:
- Ele tem esperança que me prendam antes que eu o obrigue a pagar os galeões que está me devendo desde a Copa de Quadribol. Que piada, não?
- Ah, claro... Moody já viu isso? – Tiago apontou para o jornal.
- Não. Os jornalistas querem manter a notícia longe dos aurores até a publicação. Quem será o irresponsável lá em Askaban que esqueceu do detalhe de avisar os aurores antes da imprensa?
- Provavelmente alguém que passará um bom tempo como quadrúpede assim que Moody descobrir. Mas como você conseguiu isso?
- Estava no casaco da Seekens. Ela esqueceu no meu apartamento quando me visitou hoje de manhã. Ela trabalha no Profeta, aposto que queria me mostrar e acabou... se distraindo. – Sirius piscou marotamente e recebeu um tapa nas costa por Tiago.
- Ah, seu cachorro! É melhor ficar esperto, Lily ainda não desistiu da idéia de te arranjar uma noiva... – Tiago avisou rindo.
- Pobre de mim... – o maroto fez cara de sofredor.
- Você acha que eu devo mostrar ao Moody? – Tiago perguntou de repente sério.
- O jornal? Nah... Deixa ele descobrir. – Sirius deu de ombros. Tiago concordou com a cabeça.
- Ela foi a primeira. – falou sério. – Você não acredita que ela fez sozinha, acredita? Depois de tanto tempo...
- Não, ou teria levado aquele nojento do Lestrange junto.
- É.
Um silêncio surgiu entre os dois. Ao longe, a balburdia do Ministério continuava, pessoas andavam apressadas, curtindo todo o stress e agitação daqueles anos de paz. Um sorriso maroto surgiu imperceptivelmente no rosto dos dois homens naquela sala. E um grito ecoou quando, de súbito, os dois encontraram as palmas das mãos, animados:
- Diversão!
xXx
O pomo de ouro tentava de todo modo escapar por entre os dedos de Max, mas o ruivinho não desistiria tão facilmente. Edwiges se lambia com estilo, ignorando o esforço do garoto em fazê-la jogar.
- Vamos, Srta.Gata... Eu seguro ele pra você! Olha, é assim. – ele soltou o pomo uns segundos e a bolinha dourada voou para acima deles, sendo recapturada quando já quase conseguia sair do alcance das mãos ágeis do rapazinho. Ele sorriu, como se esperasse aplausos do bichano, mas a gata branca apenas ronronou desdenhosa. – Droga. Sua chata. Você poderia ser uma grande jogadora se quisesse. – Max mostrou a língua para ela.
- Hey, Ruivo!
O baixinho virou-se para a porta do escritório, onde uma loira de tranças olhava para ele, sorrindo.
- Ah, oi Sam! Você está linda hoje. – ele falou, tentando engrossar a voz.
Sam riu, e bateu palmas.
- Seu pai disse a mesma coisa quando eu tombei com ele na sala. Mas você ganhou, Max. Sua cara foi mais sexy. – Sam piscou para ele, e o menino corou.
- É, erm... Quer tentar pegar o pomo? Eu estou tentando ensinar a Edwiges como se faz... Mas essa gata é burra demais pra aproveitar a oportunidade! – ele terminou, lançando um olhar feroz ao animal, que estava deitado no chão com um dos olhos fechados, olhando para ele com deboche.
- Hum...
- É fácil! Olha! – Max soltou o pomo dourado no ar, e o pequeno objeto começou a voar em círculos pelo cômodo. Sam olhou admirada. – Agora é só eu pular, e PEGAR! – as pernas do baixinho pareceram elásticas quando ele pulou no ar com a mão estendida, em pura euforia. – Ahá! – ele exclamou, fechando a mão, mas a bolinha escapou por entre os dedos, e ele caiu de cara no chão. (N/A: e não doeu, tá? U.u)
- Ai, meu Deus! Max, você está bem?
- Sam, ele está em cima de você! – o pequeno gritou, se erguendo, e Sam pulou de susto quando sentiu algo roçar o seu ouvido.
O pomo deu a volta na garota, e parou no ar gentilmente batendo as asinhas prateadas. Parecia mais que ele estava dançando... no meio deles. Max e Sam se entreolharam, antes de gritarem juntos:
- PEGA ELE!
A algazarra tomou conta do aposento, e loira e ruivo começaram a correr e pular atrás do pomo encantado, que se divertia em driblá-los pelo ar. Até que os olhos lilás de Alessam focalizaram a bolinha a centímetros de sua cabeça. Ela pulou, e só então percebeu que não era só ela que vira o pomo.
- PEGUEI! – gritaram os dois, e Max caiu no chão por cima de Sam. – Ai... – os dois reclamaram, esfregando as cabeças.
- Max, dá pra sair de cima? – a loirinha pediu, com a voz embargada.
- Aham.
- Pelo menos você pegou? – perguntou ela, olhando para as mãos vazias. Tinha certeza que agarrara alguma coisa...
- Erm... Sam, eu acho que não foi bem o pomo que eu peguei. – O garoto falou com uma careta, e apontou para baixo.
Com a surpresa, Sam ainda levou alguns segundos para identificar a coisa macia e peluda que estava grudada ao peito de Max, que fazia caretas de dor.
- EDWIGES! Solta o Max, sua gata maluca! – a loirinha finalmente agiu, acudindo o garoto e tirando as unhas do bicho da sua pele. A gata ainda resistiu um pouco, assustada, e saiu cambaleando porta afora.
- O que deu nela? Ai... – reclamou o ruivinho se levantando, e espiando as marcas doloridas por debaixo da camiseta preta.
- Sei lá. Mas parece que o seu brinquedo fugiu... – Sam observou, correndo os olhos pelo aposento, sem ver a bolinha sapeca.
- Não é meu. É do Harry. – ele falou, dando de ombros. – É incrível como ele consegue pegar o pomo com facilidade, se não consegue voar numa vassoura...
Sam estreitou os olhos, se lembrando porque estava ali.
- Por falar nisso, Max. Onde está o Harry? Eu vim procurar ele e não achei.
O baixinho ia responder, mas a voz de Íris irrompeu no ambiente e os dois se viraram para a morena na porta, que por sua vez, olhava curiosa para eles.
- Ele ainda não chegou do colégio. Pensei que estivessem juntos... – ela respondeu, com um olhar direto para a loira.– Aliás, o que o Max fez com a Edwiges dessa vez? Ela veio que nem uma louca pelo corredor, e nem deu bola para Errol quando o viu. E ela nunca perde uma oportunidade de perseguir Errol.
- Max não fez nada, Íris. Eu devo ter atropelado o rabo dela com o patins quando eu cheguei. E o que é Errol?
- É a coruja do meu namorado. Mas estou com medo de mandá-la voar de volta por que a coitada parece que morreu sem perceber há um bom tempo... Ei, Sam! Você poderia me ensinar a usar o fetelone?
- O o quê?
Max finalmente lembrou que podia falar:
- É teletone, Íris. – ele falou, jogando os cabelos para trás charmoso e arrogantemente - Não repara, Sam. A Íris não presta a menor atenção no que o Harry e a mamãe falam... Ela é uma completa alienada.
Íris preparou um olhar maligno, e Sam riu:
- Que bom que você presta, Max. E a propósito, é telefone.
- Erm... – o menino corou, e Íris mostrou a língua para ele.
- Eu posso te ensinar, Íris. – a loira voltou-se para a moça - Mas com um favor...
- Ahn... Vejo que a convivência com os Potter não te fez bem, Srta Chantagista. Que é?
- Transforme o Harry em um sapo pra mim, se quando ele chegar eu não estiver aqui.
Max pulou e defendeu o irmão.
- A Íris não pode fazer transformações! E o que o Harry te fez, Sam?
Íris sorriu maquiavelicamente para o caçula e piscou para ele. Depois virou-se para ele e puxou Sam para fora do escritório.
- Pode deixar, Sam. Mas agora, que tal se você me explicasse por que aqueles números todos, sabe? Eu acho que o Ronald não entende linguagem numérica... Talvez...
A loirinha riu, enquanto seguia com Íris até a cozinha. Não pode deixar de pensar preocupada, onde estaria Harry naquele momento... Enquanto a morena de olhos verdes tagarelava ao seu lado, ela só pode desejar intimamente que ele estivesse bem.
Em algum outro lugar, Harry desejava o mesmo.
xXxXx
N/A: Heyy, amores! - Sorry pelo pequeno atraso e pela qualidade do capítulo. T.T Eu queria por mais coisas, mas precisava postar logo. Alguém entendeu o título? levanta a mão Ui, fui a única? Que bom... E só eu sei também onde o Harryzito está. U.ú Não conto. P
Sim, desisti de N/As pequenas. As reviews de vocês me deixaram muito animadas! Eu sei que muitas pessoas ficaram confusas sobre a condição do Harry e da Sam, mas isso eu já esperava. Acho que esse capítulo já ficou mais claro... O outro era passagem de tempo, ficou confuso. Eu vou explicar agora, e aposto que o número de pessoas querendo me linchar só vai aumentar... corajosa
A Sam é trouxa, mas ela descobriu sobre a magia (um dia eu conto como). Já o Harry... Algumas pessoas entenderam que ele não tem magia, nunca estudou em Hogwarts com os irmãos. orgulhosa dos leitores inteligentes Mas um aborto? Hun... vocês podem chamá-lo assim. Mas eu não quero me comprometer!
Eu vou publicar as respostas das reviews aqui, pois muita gente não deixou e-mail. Mas eu vou tentar avisar todos! ;D
Rafaela: Maridáááá, sabe que eu amei a review, neah? Mas a gente sabe porque... risadinha marota
Ju: Priminha querida que comenta pra mim. Quero reviews maiores! Você disse que gostou tanto... E você foi a primeira a entender a história! emocionada Te amo!
Mih Ciccone: Eu? Magina... Um dia eu te alcanço! E acho que eu não ajudei muito com a sua curiosidade, neh? Beijos!
Bru: Que comentário original. ; P Eu tive que fazer. Também dá dó dele, a família inteira bruxa... Mas a culpa é do prólogo! u.u
Max: Primeira crítica? Lisonjeada. Confuso ficou, mas acho que com um pouco mais de força de vontade você conseguiria entender... desvia o olhar Desculpa? Espero que não tenha desistido da fic por isso!
Nana: A gente se conhece de algum lugar? se esconde Não reconheci seu nick... Obrigada! E eu acredito que ele supera! x) Valeu!
Carol Sayuri Evans: Obrigada, são seus olhos. P E você NÃO é sem noção! Entendeu melhor que muita gente. Hogwarts continua onde está, aliás, Íris e Max acabaram de voltar das aulas lá, não? Quanto ao Harry... Se você está lendo isso já tirou suas conclusões sobre ele. túmulo Eu não posso falar mais do que já falei ali em cima! U.ú
Bii : Ai, amiga... Já te disse o que eu achei da sua review, neh? máster sorriso E eu já li um texto seu do ano passado! Você escreve super bem! Gostou da Sam? Que ótimo! Mas espere e verá... Beijo!
22k : desmaia Oh, Merlin! EU SOU SUA FÃ! E a sua primeira opção é a correta, ganhou um milhão promocional! x) Espero uma nova review sua, viu? E a atualização! Afinal, eu atualizei. Que tal uma troca de favores? sorrisão Beijos!
Rafa Lilla : O meu amor comentando na minha primeira fic publicada? Que nindo. - E a sua review é tão lovante que eu reli umas cinco vezes! Você me deixou tão feliz por ter entendido tudo... Me inspirou! E eu amo T/L por isso sai mais razoável as cenas com ele. Max é o MEU xodó, tira o olho! P to de zoa. Te amo, amiga!
Jehssik: Eu gostei da review, sério! Você foi sincera. Não se preocupe, você entendeu melhor que muitos outros... Acho que eu deixei mais claro nesse capítulo. E meu jeito de escrever deixa meio perdido mesmo, principalmente quando há muitas passagens de tempo, como no cap 1. Eu vou tentar melhorar, ta? E vou comentar na sua fic, agora que meu pc voltou pras minhas mãos x). Beijinhos!
Bruna Black : Oi, minha nova e louvada nova amiga! . Acabei o cap, e nem sei o que dizer pra sua review. Tão perfeita... derrete E nosso papo também. Entra no MSN! Quero falar com você de novo. mordida na bochecha pra você
Naty: PRIMÁ MORANGA! Comentou! E ta me cobrando o cap novo. Bom, ta aqui. x) Você me ajuda muito com ele e sabe mais que todo mundo sobre a história... E eu vou sumir com o Neville por enquanto... ele é muito importante pra entrar entrando. morde a língua Te amo.
Ferrada Malfoy: A maior review! Mas tive que cobrar, hem? Taí o cap. Vou te avisar agora no MSN porque a gente ta conversando e não adianta porque eu não digo onde o Draco entra nessa história... u.ú malvada E esse capítulo não ficou engraçado x.x Mas você sabe os meus bloqueios com ele. E o Sirius cantando é tudo mesmo. Imagina ele: NANANANANANANIIIINA! E dando aqueles gritinhos sexys da música. coração dispara É melhor eu ir limpar a minha baba. Te amo!
Obrigada MESMO pra quem comentou, pois só assim eu consigo escrever. E posso contar um segredo? Eu estou planejando uma surpresa para a fic ainda essa semana... Fiquem de olho no meu profile!
Mordidas na bochecha e REVIEW-ME!
W.S s2
