Disclaimer: eu não sei pq tem q fica escrevendu isso a cada capítulo, mas, lá vai: Rurouni Kenshin não me pertence, infelizmente.

Legendas:
-travessão- fala dos personagens

"aspas" ocasional pensamento

novamente pedido especial: POR FAVOR comentem

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Ninguém naquela noite percebeu os homens que corriam apressados, rua abaixo, cortando a fina nevoa que envolvia aquela noite, anormalmente fria, de inicio de verão, na cidade da Tóquio.

Eram cerca de 5, haviam se separado do resto do grupo, para não chamar a atenção. O mais alto deles, um homem atar racado na volta dos 40 anos, carregava um menino, aparentemente dormindo, de cerca de 4 anos e com cabelos muito negros.

-Chefe! disse aquele que carregava a criança - É melhor a gente apura, daqui a pouco o pivete acorda.

- Segura ele ai. respondeu com irritação aquele que era chamado de chefe pelos outros - Daqui a poco a gente chega.

Tinha escolhido um esconderijo particularmente longe de onde vinham, pensava ele que era mais difícil de serem encontrados. Estavam passando pelo albergue de vagabundos, quando um homem, que vinha na direção oposta começou a encara-los. Era alto, usava calças e uma camisa branca, sapatilhas particularmente engraçadas, os cabelos eram espetados e lembravam uma crista de galo e usava na testa uma bandana vermelha.

O estranho ficou a olha-los, a criança lhe parecia estranhamente familiar, contudo, não deu importância, eram muitas as crianças naquela região. Ele se virou na entrada do albergue e entrou, provavelmente não era nada de mais.

O chefe e os outros respiraram aliviados, não havia o por que da preocupação, estavam muito perto agora.

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Saitou repassava mentalmente os acontecimentos daquela noite até aquele momento.

Ele botara os pés na casa e sentira o cheiro de sangue, todos os seus músculos se contraíram, ele levou a mão a espada sacando-a e começou a andar cautelosamente pelo andar inferior da casa. Passou pela escada e viu Eiji caído de bruços no chão, entretanto não havia sangue em torno dele, dada a posição provavelmente fora um golpe na cabeça. Abaixou o corpo devagar e colocou os dedos indicador e médio no pescoço do menino, o pulso estava regular e estável, ele estava só desacordado. Preferiu não move-lo, mesmo que fosse só um golpe movimentar o corpo poderia acarretar em algum problema.

Quando passou pela porta da cozinha seu sangue congelou, havia sangue para todo lado, viu um par de pernas muito conhecidas, todo o sangue que parecia congelado no seu corpo desceu para os pés, o pânico subiu pela garganta, somente naquele momento ele agradeceu por estar sozinho, caminhou até o corpo deitado no chão e repetiu o processo de levar os dedos ao pescoço, deu um suspiro de alivio e de medo renovado, o pulso estava fraco mas estável, não acreditava em nenhuma divindade mas naquele momento agradeceu a todas elas, não importava quantas fossem.

"Mesmo assim com ela ferida no abdômen e em um dos braços" pensou ele "é sangue demais, provavelmente ela lutou contra um deles e o deixou bastante ferido. Essa é minha garota". Mesmo com aquele pensamento nada podia esconder dele próprio o medo que estava sentindo.

Ajoelhado ali ele notou que faltava uma presença na casa, Tsutomo. Procurou pela casa, inclusive nos armários,era um menino esperto talvez tivesse se escondido, mas conhecia muito bem o filho, sabia que o menino não teria se escondido mas sim teria tentado proteger a mãe e o "irmão". Contudo não havia sinal da criança, fora levado, provavelmente uma armadilha pra ele.

Com esses pensamentos fervilhando no cérebro, se lançou para fora de sua residência em direção da do médico, que, convenientemente, não era muito longe dali. No caminho encontrou um guarda noturno que despachou para a delegacia, não era muito tarde com certeza não passava das oito da noite, teria um esquadrão de policiais ali em pouco tempo, uma das vantagens de ser um oficial da policia metropolitana era essa, auxilio imediato. Conseguiu chegar na casa do médico e arranca-lo de lá e levá-lo para sua própria casa em tempo recorde.

E agora estava encostado do lado de fora da porta de seu quarto onde o médico e uma enfermeira, que saiu sabe-se la da onde, cuidavam de Tokio e de Eiji. Não tinha muito que ele pudesse fazer naquele momento, já ordenara uma busca em sua casa e na região por pistas, tinha um palpite que se procurassem bem encontrariam um homem ferido a facadas em alguma das poucas clinicas das cercanias.

Quanto a ele próprio, estava esperando o médico e a enfermeira saírem de seu quarto, e era melhor que tivessem boas noticias, estava de mau humor, armado e sem cigarros, também precisava conversar com Tokio para saber o que acontecera ali, se recusava a permitir que alguém além dele mesmo falasse com ela, precisava de informações antes de sair procurando pelo filho, afinal de nada adiantaria fazer uma busca as cegas.

-Fujita-san. Ele ouviu o médico dizer com um tom de voz educadamente preocupado.

Saitou olhou para o homem parado ao seu lado, o Dr. Kigushi Numada era o típico japônes que abraçou a cultura ocidental, signitificamente mais baixo que ele, na casa dos 50 anos e uma barriga que indicava uma vida sedentária e financeiramente folgada.

-Sim? Saitou respondeu seriamente O médico o observou por alguns segundos, tentando extrair alguma informação da figura inescrutável a sua frente, e respondeu com um sorrisinho flácido?

- Bem, Eiji levou uma pancada forte na cabeça, entretanto não apresenta outros machucados ou escoriações, é um menino resistente e fora uma violenta dor de cabeça a de ficar bem.

Dr. Numada deu uma risadinha abafada voltando a encarar Saitou, que estava profundamente impaciente e carregava uma espada, o médico deu um pigarro alto e continuou, de forma alguma queria se indispor com o subdelegado.

- Quanto a Tokio-san, os cortes não foram muitos, contudo, ela perdeu bastante sangue e também levou uma pancada na cabeça, mas fora isso ela devera ficar bem, entretanto, eu recomendo bastante repouso e também acredito que seja melhor não preocupa-la com os ultimos acontecimentos.

Ao ouvir essa ultima declaração Saitou ergueu uma das sobrancelhas, tinha certeza de que o homenzinho parado a sua frente conhecia Tokio o suficiente para saber que ela, mesmo que ele não quisesse, iria se estressar afinal de contas vivenciou todos os "últimos acontecimentos" e o filho também era dela. Nesse momento o médico pareceu ler seus pensamentos quando disse:

- Eu entendo Fujita-san, mas o senhor precisa fazer o possível para mantê-la na cama, pelo menos até que o corte no abdômen tenha cicatrizado, rapidamente ele emendou enquanto se curvava e se apressava pra retirar-se .- Bom Fujita-san amanha pela manha eu voltarei para checar os dois.

Saitou apenas concordou com a cabeça, e observou o homenzinho se virar e seguir em direção a escada para logo após começar a desce-la seguido da enfermeira que mais uma vez tinha brotado do ar. Rapidamente ele girou nos calcanhares e entrou no quarto fechando a porta atrás de si. Por um momento observou Eiji, que dormia tranqüilamente, uma dor aguda transpassou-lhe o peito quando olhando para o menino ali deitado lembrou de Tsutomo, onde quer que estivesse deveria estar bem tinha que estar bem, ele lembrou a si próprio, friamente, que de nada adiantava agir precipitadamente, precisava de informações e pistas.

Girando nos calcanhares mais uma vez se virou para Tokio. Ela estava muito pálida, os cabelos estavam soltos e esticados por cima da cabeça e do travesseiro de forma a deixar o pescoço livre, o peito subia e descia com a respiração. Ele sorriu para si próprio, ela sempre parecera a linda aos seus olhos, mesmo que ele não dissesse para ninguém. Sem tirar os olhos dela ele se sentou na poltrona, o único item realmente ocidental do quarto, que ela insistira em comprar quando ficara grávida alegando que era muito confortável, algo que ele era obrigado a concordar. Colocando a espada apoiada no braço da poltrona e colocando a mão sobre ela, apenas por força do hábito, ele ficou observando a esposa dormir.

Havia tantas coisas sobre ela que estavam marcadas mais fundo nele que qualquer cicatriz, e ele tinha muitas delas, o cheiro do perfume de cerejeiras sempre presente, as suas flores favoritas que eram, coincidentemente, as cerejeiras ela também gostava bastante dos lírios, a suavidade de sua pele sob seus dedos cheios de calos devido aos anos de uso da espada, os lábios quentes sobre os seus, os olhos sempre serenos ou brincalhões, seu gosto por doces, a concentração quando praticava o Kyudo (1). Eram tantos pequenos detalhes que ele sabia que jamais esqueceria.

Ele se recostou melhor na poltrona enquanto caia num estado de semi sono ainda com a mão pousada firmemente sobre a espada.

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Ele conseguia se lembrar com perfeição do dia em que a conhecera. Era um dia de inverno em Kyoto a neve cobria todo o pátio da mansão do feudo de Aizu quando os primeiro e terceiro esquadrões do Shinsengumi, colaboravam para com a segurança do local, por causa de informações de que o Ishin shishi pretendia atacar o Daymio e sua família.

Aquele definitivamente não era um bom dia para Saitou, estava molhado até as canelas por causa da neve, com frio, e ainda por cima teria que passar a noite toda em claro, de fato não tinha por que reclamar. Ele o Okita estavam fazendo a última verificação dos soldados antes que a noite caísse, quando se deu por conta que dois de seus homens não estavam onde deveriam estar, "e agora mais essa" pensou ele "definitivamente hoje não é meu dia".

Rapidamente dispensou o ultimo dos verificados, girou nos calcanhares e foi procurar pelos dois que estavam desaparecidos, iria trazer eles de volta mesmo que, inexplicavelmente, estivessem com sérios problemas intestinais.

- Saitou-kun- disse uma pessoa ao seu lado sem se preocupar em esconder a diversão na voz.

-Hun? ele replicou de má vontade.

- Onde você vai? disse Okita começando a caminhar ao seu lado.

- Ishida e Otsu não estão onde deveriam estar, e eu simplesmente pretendo traze-los de volta e obriga-los a cometer sepukku. A irritação mais do que clara na voz.

- Hahahahahaha, Saitou-kun, que maldade. Okita conseguiu responder em meio aos risos.

Quando estavam entrando no pátio mais interior da mansão a cena que viram não poderia ser mais adorável, se não fosse pela falta de conceito da situação em que se encontravam. Dois jovens soldados conversavam e tomavam chá na companhia de duas belas mocinhas enquanto uma velha senhora vigiava os dois casaizinhos. Ele olhou de relance para Souji que tinha um brilho maldoso no rosto, quando se tratava de diversão Souji era mestre, principalmente se provocasse risadas nele próprio.

- Saitou-kun, ele disse num tom de voz surpreendentemente sério, - negligencia é punida com sepukku, certo?

- Eu diria que sim, Okita-kun. Saitou geralmente não entrava nas brincadeiras de Souji, mas naquele momento os idiotas tinham pedido.

O que se seguiu compensou a noite em claro e a hakama encharcada, os dois soldados congelaram com os copos no ar, e se viraram lentamente as faces brancas como as de um fantasma, as duas mocinhas se viraram para a velha, que tinha uma expressão de satisfação no rosto, para eles e em seguida para uma terceira voz feminina que chegara por trás sem ser notada, a moça chamou as duas, e ralhou com elas em tom baixo, as duas se voltaram para Souji e ele, se curvaram e saíram dali, mais rápido que raios. Os dois soldados caminharam até seu oficial comandante e pararam na frente dele.

Saitou realmente parecia irritado naquele momento, embora estivesse se acabando de rir por dentro, ele estreitara os olhos, e crispara os lábios, sua voz era baixa e acusadora quando disse:

- Sumam da minha frente e voltem para seus postos, depois conversaremos melhor sobre esse...incidente, rápido antes que eu me arrependa.

Ele se virou em direção a terceira jovem acompanhando o movimento de Okita, ele se curvou, aparentemente conhecia a moça.

- Pedimos perdão por esse inconveniente Takagi-sama. Okita disse respeitosamente.

Saitou se surpreendeu, então essa era Tokio Takagi de quem tanto ouvira falar de fato ela fazia jus ao nome que lhe era dado "A flor de Aizu", filha de Kojuurou Takagi Daymio do feudo de Aizu, era bela como diziam as pessoas que já haviam pousado os olhos nela, a pele era clara e sem qualquer traço de maquiagem, algo que ela definitivamente não precisava, os cabelos eram muito negros e estavam presos por uma fita fina em um rabo de cavalo baixo e frouxo deixando solta uma franja um tanto rebelde, usava um quimono azul escuro, simples mas de inverno, e todo bordado com linhas irregulares e muito finas que formavam padrões circulares indefinidos.

- Eu é que devo pedir desculpas, ela disse com a voz calma, pelo transtorno causado por minhas amas, senhores...

- Souji Okita e Hajime Saitou. completou o comandante da primeira divisão explicadoramente.

- Oh sim, os comandantes da primeira e terceira divisão do shinsengumi, é uma honra conhece-los. Ela disse num tom interessado.

Okita parecia encantado:

- A honra é toda nossa.

- Muito obrigado senhores, mas eu presumo que tenham trabalho a realizar, e eu não devo impedi-los.- Ela disse sorrindo.

Aquela fora a forma mais educada com que ele fora dispensado de uma companhia, ela parecera educada e soara como se o incomodo fosse todo para eles, mas quem queria se retirar era ela, ele tinha que dar o braço a torcer aquela mulher era finamente educada, estava acostumada a ser obedecida e sabia como manipular os outros. Mas ele também teve a impressão de que ela o observava, mesmo que discretamente, aquilo o deixou desconfortável por um momento.

Os três se curvaram em respeito, a velha deu um aceno com a cabeça. Fazendo o caminho de volta para o pátio principal Okita se mantinha tagarelante sobre a missão, mas Saitou não conseguia tira-la dos pensamentos, algo nela o perturbara.

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Saitou foi retirado de seus pensamentos por um leve gemido vindo de um futton próximo a ele, Tokio estava acordada. Ele se levantou e rapidamente se colocou ajoelhado ao lado dela.

- Hajime?- ela disse com a voz embargada. - O que aconteceu? - Ela olhou para o próprio corpo na cama. - O que eu estou fa...

O resto da pergunta foi morrendo em seus lábios conforme as lembranças dos acontecimentos tomavam conta de seu cérebro, ela tentou se levantar rapidamente, entretanto a tentativa foi frustrada por uma dor aguda na região do abdômen. Saitou pousou as mãos nos ombros dela e fez com que deitasse novamente. Ela estava assustada, ele podia, novamente, contar nos dedos as vezes em que a vira tão frágil.

- Tokio. - Ele disse calmamente pousando uma das mãos nos cabelos dela, mas mantendo a outra próxima da espada. Ela relaxou ao toque, e ele continuou. - Eu preciso saber exatamente o que aconteceu aqui.

Ela respirou fundo e se concentrou por um momento, tentando colocar os pensamentos em ordem, pegou a mão do marido que agora estava sobre seu rosto e a apertou com força.

- Eu estava na cozinha preparando o jantar, as crianças estavam na sala brincando, escutei passos vindos da escada, eram firmes demais para serem dos meninos, eu tinha certeza que não eram teus e também eram muitos 10 talvez 12. Eu mal cheguei na porta quando ouvi um grito, vi Eiji no chão do corredor e Tsutomo... - A voz dela tremeu e ela apertou a mão dele com mais força. - Tsutomo, Hajime eles o levaram.

- Eu sei. - Ele disse com uma voz calma segurando a mão dela. - Mas eu preciso saber o que aconteceu, se tu viu o rosto deles, eu preciso saber por onde começar a procurar.

Ela respirou fundo e continuou:

- Eu lutei contra um deles, tenho certeza de que ele saiu bastante ferido, mas eles eram muitos e um deles me acertou por trás. Eu suponho que eles pretendiam matar todos, mas não esperavam encontrar resistência.

Mais uma vez ela apertou a mão dele e puxou-o para mais perto e lhe plantou um beijo suave nos lábios.

- Hajime...- Ela sussurrou baixinho, não precisava terminar o que iria dizer, tinha certeza que ele ja sabia.

- Eu já falhei alguma vez ? - Foi a vez dele sussurrar baixinho olhando direto nos olhos dela a poucos centímetros de distância.

Ela não precisava responder, apenas sorriu, ele nunca falhara e nunca falharia, sempre estivera ali, mesmo quando estava longe, nunca a trairia, entendia todos seus pensamentos apenas com um olhar, a respeitava e a amava, mesmo que não dissesse ele demonstrava em pequenas ações, afinal de contas ele não era um homem de palavras mas sim de ações e essa era uma das coisas que ela tanto amava nele.

- É melhor que tu voltes a dormir. - ele disse enquanto passava mais uma vez a mão pelos seus cabelos enquanto se levantava e pegava sua espada para sair do quarto. Ela apenas concordou com um aceno de cabeça.

Saitou parou por um momento no corredor para acender um cigarro, " Então eu estava realmente certo" ele pensou " um deles realmente foi ferido". Ele sorriu para si mesmo.

Sua casa no andar de baixo era uma profusão de policiais, alguns ja tinham ido verificar a janela no andar de cima que era o lugar por onde os homens haviam entrado. Quando colocou os pés na cozinha, avistou uma cena que o desagradou e muito, Chou estava sentada à mesa aparentemente muito curioso sobre a arquitetura da peça. Ele estava pronto para perguntar o que exatamente ele estava fazendo ali, por que simplesmente não se lembrava de tê-lo chamado, um dos oficiais chamou sua atenção.

- Fujita-san, senhor.

Saitou apenas moveu a cabeça para olhar o homem. - Fala. - ele disse friamente.

- Senhor, disse o rapaz, tenho a informação que o senhor pediu.

A essa declaração Saitou girou o corpo para ficar frente a frente com o policial que deu um passo para trás, surpreso com a reação do subdelegado.

- Aparentemente senhor, - disse ele rapidamente, - Um homem gravemente ferido foi admitido numa clinica próxima daqui senhor, parece que tinha ferimentos a faca senhor.

- Tinha alguém com ele. - Questionou sorrindo para si próprio, o objeto causador dos ferimentos era o mesmo que Tokio dissera que usara para ferir um dos homens, iria arrancar o que queria do idiota nem que tivesse que pendura-lo de cabeça para baixo no teto e pregar velas acesas em seus pés para fazer ele falar (2).

- De acordo com o médico, - continuou o rapaz, - Os homens que o levaram até lá foram embora logo depois dizendo que voltariam para vê-lo.

Primeiramente Saitou se virou para o oficial, - Ordene para que alguém fique à porta do meu quarto até que a empregada, uma mulher idosa chamada Chidori Kino, chegue amanha pela manha, minha esposa e nosso filho adotivo podem precisar de alguma coisa.-

O policial bateu continência ao seu oficial superior e sumiu em direção a sala. Em seguida Saitou se virou para Chou, que apenas observava.

- Fique aqui, não saia dessa casa em hipótese nenhuma. - Embora não expressasse e nem pretendia faze-lo ele sabia que dos homens que estavam ali o senhor vassoura ambulante era o espadachin mais competente, bom não apenas competente, e se acontece algo ele seria útil.

Chou estava pronto a reclamar, de maneira nenhuma queria perder toda a diversão afinal de contas não é todo o dia que se vê o lobo de mibu torturando alguém, mas a expressão na cara do ex-comandante da terceira divisão do Shin sengumi o fez desistir da argumentação. Ele apenas observou enquanto ele desaparecia em direção a saída da casa.

- Os idiotas acabaram de cometer o segundo maior erro essa noite. - Chou murmurou para si mesmo.

Um jovem oficial que entrara ali a pouco e ouvira ele murmurar, olhou bem para o homem de aparência extravagante a sua frente e perguntou com uma expressão de divertimento no rosto:

- Segunda é? E qual seria a primeira?

Chou deu uma risada e perfurou o policial com os olhos quando respondeu?

- A primeira meu caro, foi te atacado a casa e a família daquele homem.

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notas:

1- a arte samurai da prática do arco e flecha 2- alusão a tortura usada por Toshizou Hijikata, vice comandante do Shinsengumi, em Shuntarou Furutaka, um monarquista que se passava por Kiemon Masuya, e que possibilitou a descoberta dos planos dos monarquistas e que acarretou no incidente da hospedaria Ikeda.
3- para os historiadores de plantão, eu sei que o Saitou só foi se casar com Takagi Tokio depois que virou policial, mas pra que a historia ficasse do jeito que eu queria eu lancei mão de uma licença poética.
4- e sim o cara que aparece no inicio é o Sanosuke, mas eu não pretendo fazer com que nenhum outro membro do Kenshingumi apareça na história, aquilo foi única e exclusivamente uma piadinha, particular, sobre coincidências.

5- Obrigado aqueles que cometaram