Título: Amor às Cegas
N/A: atendendo a pedidos, aqui está a revanche do Draco! Dedicado à: Clan Vampire, Fabi, Gabi Potter-Malfoy, Hermione Seixas, Watashinomori e Aninha Potter Malfoy. Obrigada pelas reviews e incentivo em fazer essa continuação! Beijos e divirtam-se!
Depois da afobação pré-festa e a euforia durante o baile, agora vinha a ressaca pós-diversão.
Como sempre, os professores eram os que ficavam de mau humor, pois os alunos não prestavam atenção nas aulas. Ficavam dormindo por terem varado a madrugada, ou agarrados à cabeça, com enxaquecas e tinham aqueles muitos, inclusive as garotas, que ficavam contando detalhe por detalhe o que se passou e o que de extraordinário aconteceu.
Draco estava sentado em uma mesa próxima à mesa da Grifinória. Não que quisesse ficar perto dos leões, pois já estava ali quando a turma de palhaços chegaram para ocupar, para seu desprazer, a mesa ao lado, na aula de poções.
Fora que ao regressar ao dormitório, pela manhã, só para ter tempo de se arrumar para enfrentar o dia, passou mais de meia hora tentando se vestir, sem que as marcas do atentado noturno aparecessem e fosse notícia de primeira página do Profeta Diário. Isso também já o tinha irritado bastante.
Havia ficado surpreso ao se olhar no espelho e dar de cara com vários chupões pelo pescoço e a distinta marca de mordida em sua nuca, que ainda estava dolorida. Como sua pele era pálida e sem manchas, elas praticamente estavam escandalosas como se gritassem: 'vejam, fiz sexo selvagem de madrugada!'. E mesmo depois de um feitiço de camuflagem, que não adiantou muito sendo que só sabia um feitiço básico para encobrir manchinhas leves, não camuflou por completo, tendo que se virar em esconder sob a roupa. Pedir ajuda à Madame Pomfrey na enfermaria? Nem pensar!
Severus Snape era um caso à parte. Estava revoltado e tirando pontos de qualquer um, até mesmo de sua Casa, além de ter ferrado na elaboração de uma complexa poção e exigira que terminassem na aula, ou mais pontos iam ser retirados de quem não cumprisse com seu dever.
Enquanto Malfoy picava seus ingredientes, não pôde deixar de captar a conversa da mesa vizinha, onde estavam Harry, Rony, Hermione, Seamus e Neville.
- Vocês não acreditam no que aconteceu! – sussurrou Rony. As cabeças dos que estavam perto dele se ajuntaram mais, doidos para ouvirem a boa nova. – Fred e Jorge me disseram que Harry teve uma noite maravilhosa com Cho Chang.
Malfoy não resistiu e fez uma careta. Nunca foi com a cara daquela chinesa, e por outro lado, detestava o testa-partida. Imaginar os dois juntos e fazendo coisas era um assassinato à sua imaginação. Agora ficaria com essa imagem atormentada na cabeça por um bom tempo. Malditos grifinórios!
Harry por sua vez ficou rubro de vergonha. Tentou aparentar o contrário, mas a menção de ontem à noite, trouxe as sensações e o prazer experimentado com ninguém menos que o sonserino loiro que estava sentado logo à sua frente, na mesa ao lado. Sorte que ele estava de costa, ou descobriria na hora quem era o aproveitador.
- Conte Harry! – pediu Seamus com entusiasmo.
- Não aconteceu nada entre a gente... – se defendeu e realmente falava a verdade. Já com Malfoy, se perguntassem, seria uma mentira escabrosa, pois com ele sim, acontecera tudo e mais um pouco.
Voltou a ficar vermelho e tratou de se distrair com qualquer coisa só para afastar as lembranças de ter aquele loiro em seus braços e gemendo. Gemendo descontroladamente...
- Ouch! – gemeu ao receber um tapa na cabeça.
- O que está fazendo senhor Potter? Quer criar uma poção ou fazer um cozido de raízes? – criticou Snape, dando uma olhada ao caldeirão, transbordando ingredientes. – Ou será que alguém andou sacudindo demais os seus miolos, ontem à noite? – ironizou.
Harry corou ainda mais, e não sabia distinguir se era de vergonha ou de raiva.
- Recomece – Snape apenas ordenou.
- Não tem mais ingredientes, professor... – o grifinório disse bem baixo, mantendo os olhos na mesa.
- Não seria porque você jogou tudo dentro de sua poção? Anda, pegue com alguém. – sem mais, o seboso professor deu meia volta, continuando com a vistoria. – Dez pontos a menos do senhor Potter, por falta de interesse na aula.
Harry suspirou resignado. Olhou a todos os colegas de Casa, mas a maioria estava refazendo as poções, não tendo ingredientes de sobra, para ceder-lhe. Ficou preocupado, lançando um olhar para Snape, que o encarava de esguelha, esperando que se mexesse.
- Mais dez pontos por vagabundear em minha aula e se negar a fazer o dever, senhor Potter...
Harry grunhiu encompridando o olhar para a mesa da Sonserina. Ali também, a maioria estava refazendo suas poções, apenas um mantinha uma boa quantidade de ingredientes, sendo que mal começara a preparar a sua poção.
Apertou as mãos na beirada da mesa. Seria muita tortura falar com Malfoy depois do que aconteceu.
- Harry, se você perder mais dez pontos, eu te mato... – ameaçou Hermione, notando que Snape parara de andar e com os braços cruzados, aguardava que o grifinório tomasse alguma atitude.
Sem pensar duas vezes, Potter se levantou e deu a volta na mesa.
Draco terminava de picar o último talo de raiz, quando os demais sonserinos em sua mesa ficaram mudos e mantinham os olhos em um ponto específico a seu lado esquerdo. Seguiu com os olhos, para onde eles tanto encaravam, para se deparar com olhos verdes extremamente brilhantes, o encarando como se quisesse se afundar em suas íris azuis prateadas.
- O que quer... Potter? – arrastou as palavras com desprezo.
Harry queria morrer. Malfoy tinha o cabelo macio que só de olhar, dava vontade de se agarrar a ele, assim como olhar para aqueles olhos gris o fazia recordar do prazer que vira neles. A suavidade e maciez da pele pálida... Seu corpo estremeceu de ansiedade. E ver os lábios rosados e finos se moverem, abrindo e fechando e a pontinha da língua aparecendo molhada por entre os dentes... Era muita tentação... Não conseguia se controlar.
Não queria se controlar...
Harry avançou sobre o sonserino, agarrando-o pelos braços e o puxando com brutalidade para que se levantasse da cadeira, para depois o atirar sobre a mesa, derrubando tudo que tinha em cima.
Malfoy gritou de susto e quis reagir, mas não deixou, foi mais rápido. Abriu-lhe as pernas e se meteu entre elas, colando seus corpos e o forçando ainda mais contra a mesa, agarrando os fios platinados e o puxando com desespero para um beijo.
Um beijo selvagem, de língua e saliva. Chupadas e mordidas pelos lábios suculentos.
- Fui eu Malfoy, seu desgraçado! Fui eu quem te currou naquela sala abandonada, fui eu quem provou sua carne... Seu pecado! Pecamos Malfoy! Você e eu! E adoramos, não é mesmo? – gritou fora de si, dentro da boca rival, ofegante, molhada de sua saliva, inchada pelo beijo forçado.
Não importava o que os outros estavam pensando, em como eles estavam reagindo, a única coisa que importava era voltar a sentir aquele corpo, ouvir os gemidos e ver a entrega do seu loiro, como havia visto outrora.
- Aah! Oooh! – Draco gemeu ao ser pressionado entre as pernas. Suas mãos se agarraram aos braços de Potter. Estava ficando sem fôlego com os beijos que recebia pela boca, queixo e pescoço, em como o grifinório se agarrava em seu cabelo, despenteando-o, puxando-o para ter mais contato.
- Potter! – chamou Snape pela segunda vez.
Draco franziu o cenho, não entendendo nada. Olhando com desconfiança para o queridinho da escola.
Harry piscou confuso. – Poderia me ceder um pouco de ingrediente, Malfoy. – disse baixo, tomado pela vergonha e se cobrindo melhor com a capa, para que ninguém notasse sua excitação.
Odiava ter a imaginação fértil e descarada, apesar de que não seria nada mal fazer isso algum dia desses com Malfoy. Sem platéia, claro, e de preferência no escuro, como da primeira vez. Transarem sobre a mesa da sala de poções...
- Pegue... – Draco desviou os olhos de Potter.
Não entendia o estado psicológico desse grifinório, que certamente não era estável, mas... Ele estava olhando-o estranho...
Andara reparando em todos os rapazes, até os da LufaLufa, mas nunca pensou em reparar no grande Potter, o ridículo e tímido com as garotas. Isso mesmo, com as garotas, e não com os garotos...
Harry Potter nunca foi tímido em encara-lo, enfrenta-lo, retruca-lo e toca-lo, muito pelo contrário... Será que realmente esteve com Cho Chang?
Enquanto Harry tratava de pegar a quantidade que precisava dos ingredientes de Malfoy, este se inclinou para perto de si e aspirou seu perfume, fingindo que pegava um pouco mais de ervas para colocar em seu caldeirão.
Cheiro suave, quase imperceptível, mas que era muito parecido, senão idêntico ao do tarado oculto. Malfoy estreitou os olhos com raiva. Aproveitou quando Potter se afastava, para medir com os olhos a largura de seu peito e ombros, também familiar. Ele possuía os modos brutos, quando nervoso ou tenso, mas sabia ser delicado e cuidadoso quando queria, analisou, vendo-o separar os ingredientes sobre sua mesa. Só precisava saber a voz...
- Vê se não erra agora Potter, ou terá que colher os ingredientes... – provocou com sarcasmo, dando um sorriso afetado, bem como o grifinório não gostava.
- Cala a boca Malfoy – retrucou com raiva.
Não dava pra reconhecer, voz normal, falada e irritada era bem diferente de voz gemente, cheia de prazer e desejo. Pelo timbre, nunca saberia.
- Vem me calar... – voltou a provocar, dessa vez, com a mesma raiva que sempre teve do quatro-olho.
Harry voltou a corar, olhando para a boca de Malfoy e se lembrando de como o calara naquela sala, da mesma forma que queria cala-lo todas as vezes, incluindo agora.
Draco ergueu uma sobrancelha, depois sorriu de lado. Não tinha certeza, mas essa reação era muito suspeita. Voltou sua atenção a sua poção, ignorando por hora, o grifinório.
Não tinha certeza que era ele, mas não custava tentar descobrir... Oh! Não mesmo...
Ficou com isso em mente até o término da aula. Ao sair acompanhado de Crabble e Goyle, Draco teve a sorte de ouvir a conversa de certa garota da Corvinal, que entregava a um garoto mais novo um bilhete e dizia o nome Harry Potter num sussurro.
Que gracinha, Chang vai se encontrar com o cabeçudo... Quis debochar, mas mudou de idéia. Aproveitaria a oportunidade. Seria moleza se livrar da garota antes do maldito grifinório aparecer e ele, Draco Malfoy, daria o bote certeiro...
ooo
No fim do dia, Harry estava em seu dormitório quando recebeu um recado, trazido por Dean. Era um bilhete.
- Um garoto do primeiro ano da Corvinal pediu que lhe entregasse. – Thomas esclareceu.
Abriu-o e leu:
"Harry,
Precisamos conversar urgente, me encontre na Torre do Observatório hoje às vinte e três horas. Se não puder comparecer, me envie um recado.
Com carinho,
Cho".
Harry ficou pensativo por um tempo, vendo o bilhete virar cinzas em sua mão. Havia se esquecido completamente da garota. Certamente ela notou que sumiu durante a festa, ou talvez tenha sido transportada para algum lugar isolado do castelo, junto com alguém, e queria saber o motivo.
Era melhor comparecer e esclarecer a situação, afinal, tinha simpatia por ela.
Enquanto Harry aguardava o horário, longe dali, um certo sonserino loiro coincidentemente fazia ronda nos corredores que levavam à Corvinal.
Mantinha-se camuflado pelas sombras e atento a qualquer ruído. Não deixaria ninguém sair impune por perambular fora do dormitório em horário avançado, somente toleraria uma chinesinha e um moreno insuportável, pois os castigos deles seriam maior. Bem maior, para o grifinório, aliás.
Quando era quinze para às onze da noite, notou uma sombra a passar por ele. Era uma silhueta baixa e esbelta, assim como ouviu o som baixo do salto do sapato. E pelo modo de caminhar, com certeza era mulher.
Afastou-se da parede e a seguiu com cuidado, tentando ver se era realmente Chang. Quando esta passou por uma das poucas claridades do corredor, a dúvida deu espaço para um cínico sorriso de vitória.
Harry olhou as horas, faltavam dez minutos para a hora marcada. Pegou sua capa de invisibilidade, teria de correr.
- Aonde vai? – perguntara-lhe Rony, curioso.
- Falar com Cho... – Harry sussurrou. – Ela havia me mandado um bilhete para encontra-la. Não sei o que ela quer...
Um enorme sorriso se abriu no rosto do ruivo. – Vai fundo garotão! – e deu um soco ao braço do amigo, piscando-lhe um olho. – Não se preocupe, eu limpo sua barra, aproveite.
Harry quis retrucar, mas estava ficando muito atrasado, então deixou por isso e saiu correndo retrato afora. Mal Rony sabia que não queria mais nada com a garota, iria até lá porque não era uma pessoa que ignora os outros. Ademais, Cho não havia lhe feito nada para que a desprezasse ou evitasse. Falaria com ela assim como se fosse qualquer colega que pedisse uma conversa.
Percorreu todo o caminho meio que às pressas, e por sorte não cruzou com Filch ou Madame Norra. Parou apenas a um passo da porta do Observatório, para tomar fôlego, quitou-se da capa e entrou com cuidado.
- Desculpa o atraso... – foi dizendo, mas deteve-se ao notar que a sala estava um breu, impossível de se ver um palmo a frente do nariz.
Não teve tempo de raciocinar. A porta foi lacrada e teve o corpo jogado contra uma superfície macia e os braços e pernas atados por algo metálico e frio.
- Hei! – protestou ao ter a parte de cima das vestes rasgadas com brutalidade, enfurecendo-se ainda mais ao som de sua varinha caindo ao chão em algum lugar que nunca saberia naquela escuridão toda.
Um peso se fez em seu quadril, quando alguém se sentou sobre si e comprovou estar em uma cama, quando esta se balançou com o movimento. Teve os óculos retirados do rosto com delicadeza.
Reteve a respiração, ao voltar a sentir essa pessoa a praticamente se deitar sobre seu corpo e a respiração quente bafejou em seu rosto.
Conhecia esse cheiro e o peso sobre si, não tinha dúvida alguma, era Draco Malfoy. Mas, o que ele estava fazendo? De repente, ficou tenso, tão tenso que o outro sentiu seus músculos retesarem. Ele descobriu! Mas como? Será que havia dado tão na cara assim? Só podia ser... Estava ferrado! Muito ferrado!
- Malfoy... – se pegou dizendo, para próprio desespero.
- Qualquer dúvida que eu tinha, Potter... Você fez dissolver, se delatando... – sussurrou de encontro à boca do grifinório, que pego de surpresa, quase gemeu.
Harry engoliu em seco e tentou pensar em um modo de livrar os braços.
- Pelo jeito você gostou de me possuir... Não é? – perguntou com voz suave.
Harry voltou a se contorcer, ao sentir os dedos do sonserino passar por seu peito, dando voltas em um dos mamilos. Qualquer raciocínio estava indo pro espaço agora.
- E você adorou! – tentou manter o controle, mesmo estando preso.
- Quer experimentar o que eu senti? – foi a última coisa que Malfoy pronunciou.
Harry arregalou os olhos ao ser despido por inteiro. O peso sumira assim como a presença do outro. Tentou ver ao redor, mas era impossível.
- Draco! – gritou em frustração, ao ser pego de surpresa, quando o sonserino enfiou a língua em seu umbigo, banhando de saliva quente.
A língua do loiro se remexia nessa cavidade para depois ser substituída por beijos na pele sensível e voltar a se penetrar. Tentou conter o gemido que queria explodir em sua boca, mordendo o lábio com força. Pôde segurar sua voz, mas não o tremor que esse estímulo causava em todas as fibras de seu corpo.
Soltou a respiração que tinha segurado para se conter, quando não sentiu mais o sonserino. Seu corpo pedia por mais toques e se excitava ainda mais por não saber aonde seria atacado a cada pausa. Poderia vir dor, prazer ou absolutamente nada, coisa que para si, era a pior. Ser abandonado e largado sozinho, pedindo por mais contato.
Malfoy era cruel... Prazerosamente cruel... Podia se esperar de tudo.
- Draco... Por favor... – implorou, começando a se desesperar. Precisava de um sinal do loiro, que ele ainda estava ali, tudo, menos que havia abandonado-o.
Gritou de dor ao ser mordido com força na parte sensível entre a virilha e o começo interno da coxa. A dor se alastrou o fazendo se contorcer ainda mais ao mesmo tempo em que um arrepio de tesão o varou inteiro, quando beijos e lambidas foram retribuídas em seu machucado, assim como fizera ao morder a nuca do sonserino. O lado do rosto de Malfoy quase a tocar-lhe o membro necessitado.
- Isso... Não... É... Justo... Ah! – arfou, tentando mover o quadril, para sentir o toque que tanto ansiava, mas que o loiro se negava a satisfazê-lo.
Draco se afastou novamente, recebendo um grunhido de desespero do grifinório. Ficara intrigado como alguém conseguia enxergar na escuridão total, então passou o tempo do almoço, entre as aulas, pesquisando na biblioteca. Encontrou em um livro velho, o feitiço que permitia apurar a visão de uma pessoa, através de uma substância gelatinosa que se colocava nos olhos. No começo era um pouco incômoda, mas se acostumava rapidamente, até se esquecendo que a usava. Prático e perfeito para a ocasião.
Admirou o moreno, nu, arfante e o procurando. Os olhos verdes mostravam claramente que o desejava. O desejava intimamente...
Isso era bom. Não sabia porque exatamente, mas isso era muito bom. Ser desejado, fazer falta a alguém, assim como sentia falta... Assim como também desejava...
Balançou a cabeça, tentando pôr um pouco de senso em sua mente. Estava ali para se vingar e saciar sua necessidade. Nada além disso.
Como todo Malfoy, pagaria na mesma moeda.
Livrou-se das roupas e com a sutileza de um felino, se postou sobre o outro, que sentindo a cama balançar de leve, ficou tenso em expectativa, mordendo o lábio inferior e aguardando.
Tomou o cuidado para não tocá-lo. Aproximando seus corpos até que sentisse o calor a separar-lhes como uma barreira de excitação. O grifinório logo tentou colar a pele na sua, mas esquivou-se. Aquilo era um jogo, queria que sofresse de frustração e ansiedade o quanto havia sofrido.
Devagar, encostou a cabeça do pênis na perna esquerda do moreno. Este gemeu ao perceber o que era. A pele praticamente vibrou em chamas sob o contato, passando um arrepio pelo seu membro sensível.
Controlando-se, passou a deslizar a glande pela perna de Harry, subindo lentamente e vendo como ele fechava os olhos com prazer, tentando apurar ainda mais os sentidos do tato, já que não tinha como se deliciar com a visão.
Dolorosamente devagar fez seu caminho, deixando um rastro de fogo no corpo sob o seu, até tocar aos testículos inchados que se mostrava abaixo do falo pulsante que despontava rígido, pronto para um orgasmo. O moreno estrangulou um gemido, jogando o corpo para trás, tomado pelo tesão da antecipação.
Com curtos e contidos movimentos de vai e vem com o quadril, o sonserino passou a bater seu membro contra aquela bolsa escrotal altamente sensível, chocando-se devagar e suavemente para constantemente aumentar a velocidade e a força, produzindo uma gostosa pressão ao pênis do grifinório, intocado, porém muito bem estimulado.
Dessa vez, Harry não segurou os gemidos, mostrando que estava adorando esse contato nunca antes sentido. Tanto que para Draco, também era um maravilhoso estímulo.
Potter gemeu mais alto com um pouco de agonia. Necessitava ter o membro tocado por inteiro, necessitava sentir o corpo do loiro, sentir tudo dele e não somente a ponta de seu pênis, mesmo que isso o enlouquecia. Mas Malfoy era cruel... Ia fazê-lo gozar sem um toque mais profundo.
Conforme recebia os golpes impetuosos em seus testículos, que vibrava uma onda choque por todo o seu membro, gotas começaram a ser expelidas e repingavam sobre seu ventre. Tentava a todo custo reter a onda de choque que estava preste a se desencadear. Não queria gozar e mostrar ao arrogante sonserino que o que fazia era perfeito e o bastante para derretê-lo em prazer.
- Não... Vou gozar... Apenas com isso... – grunhiu entre dentes.
Os movimentos não cessaram, e sentiu quando o loiro se inclinou e o beijou aos lábios. Abriu mais a boca, querendo aprofundar o beijo, mas o outro recuou numa risada cristalina, tomada por alguns ofegos.
- Então... Implore... Que te darei mais prazer... – sussurrou com voz entrecortada.
Harry cerrou ainda mais os dentes, Malfoy queria vê-lo e ouvi-lo se humilhar... Fechou as mãos contra a madeira da cabeceira da cama, apertando com força descontrolada. O suor já lhe brotava pela têmpora e pescoço, começando a escorrer.
Não agüentaria mais...
- Por favor, Draco... Me toque! Me machuque! Faça qualquer coisa! Ooh! Mas pare com... Essa tortura... – gritou em desespero, que se danasse o orgulho e a humilhação, só queria o prazer.
Um brilhante e satisfeito sorriso delineou os lábios de Draco, e que certamente Harry acharia lindo, se pudesse ver.
O sonserino deslizou seu pênis pelo do grifinório, voltando a ouvir os gemidos do outro. Com as duas mãos, envolveu ambos os membros, pressionando-os juntos e passou a subir e descer as mãos, conforme movimentava o quadril para friccioná-los um no outro. Testículos batendo contra testículos.
Uma felação selvagem, brusca e dolorosa, mas que dava um prazer imenso. Harry já não gemia, ele murmurava palavras desconexas, sua boca não conseguia conter a saliva que lhe escorria pelo canto dos lábios, pois só sabia gemer e arfar, querendo mais do contato, mais do prazer que esse loiro sabia lhe dar tão bem.
Seu olhar esverdeado vidrado em qualquer coisa além da realidade nublaram e o prazer violento rompeu seu corpo o levando ao clímax. Seu leite jorrou molhando-os, para segundos depois ser o do loiro. Amoleceu-se inteiro, sentindo as ondas de prazer sumir aos poucos, as pernas bambas e o peito descompassado.
Com esforço, para manter a mente ainda funcionando após o orgasmo, Draco se afastou quase se rastejando pela cama e se derrubou de atravessado, perto das pernas de Harry, mas sem o contato de seus corpos. Ficou um tempo assim, respirando e tentando recuperar a energia.
Isso não passou despercebido pelo moreno, que reclamou desconexo, seu corpo exigindo o calor do corpo do loiro, mas não foi atendido, para maior frustração, assim como também não foi solto.
Ficou ali, preso, durante uns bons minutos, mais do que queria, pra falar a verdade, e se achou abandonado pelo outro. Ficou com os olhos abertos, preso na escuridão frente a si, sem um ruído ou movimento, até que em choque, sentiu um beijo no pescoço, bem abaixo da orelha, o fazendo soltar um grito de susto e estremecer inteiro.
Draco atacava seu pescoço como um vampiro sedento por sangue, enquanto arranhava seu braço com uma das mãos e com a outra, envolveu o seu pênis adormecido acariciando para que voltasse à ativa.
Não suportaria mais uma avalanche de orgasmo, tendo o corpo preso daquela forma, vetando seus movimentos. Os braços estavam quase dormentes, e os pulsos e os tornozelos machucados e doloridos, mas era inevitável gemer com tanta atenção sendo dispensada ao seu pescoço e membro.
Por um lado, estava dolorido e fadigado, por outro, estava ansiando por prazer e estimulado. Sua mente se dividia em dois. O de descansar e o de aproveitar.
Assim como estava odiando Malfoy por fazê-lo passar por isso, ao mesmo tempo estava perdidamente amando o que ele estava fazendo.
Uma batalha praticamente perdida, pois não cabia a si essa decisão, estava nas mãos de um carrasco que lhe daria as duas coisas ao mesmo tempo. A dor e o prazer... E não poderia ser melhor...
Um beijo selvagem o fez perder a linha dos pensamentos e se concentrar na língua que invadia sua boca, mas que durou pouco, para seu descontento.
- Abra a boca... – Draco pediu, ainda o masturbando.
Obedeceu, tentando respirar conforme seu pênis tomava volume e rigidez. Abriu a boca e esperou. Sentiu o outro encostar a boca na sua, também aberta e com a pontinha da língua, chamar a sua.
Passaram a se gladiarem, as línguas se enroscando, se esfregando e se rodeando travessas. Hora lentamente, hora com furor para ver quem dominava, seus lábios se roçando de vez em quando. Ofegavam e gemiam dentro da boca um do outro, até passarem a acompanhar o ritmo das punhetadas.
Harry gemeu e impulsionou o quadril contra a mão do loiro, mostrando que estava no limite, só mais um pouco para gozar pela segunda vez, quando ao invés, teve o membro estrangulado com força, a ponta apertada dolorosamente que urrou de dor, se jogando bruscamente contra o colchão. O orgasmo sendo refreado, a dor se alojando em seus testículos, na base do falo e pegando parte do ventre.
Lágrimas escorreram de seus olhos, mas essa dor lancinante demorou menos do que imaginava, quando sentiu seu membro ser envolvido por uma cavidade quente e apertada. Arregalou os olhos pela sensação acolhedora que se espalhou por sua intimidade, voltando a dar-lhe o tão conhecido arrepio de excitação.
Draco sentava sobre seu falo e o acomodava inteiro dentro de si. Sentiu a musculatura anal se contrair, reclamando pela invasão e um suspiro de dor escapou pela boca do loiro, mas este se largava sobre seu corpo, deixando a gravidade fazer o trabalho e não mais se importando em ter o corpo todo tocando o corpo do moreno.
Harry puxou os braços com força, desejando tocar nele, abraçar, apertar, sentir, mas podia, assim como queria ver ele se movendo, o prazer em seu rosto, o suor a escorrer pelo seu corpo, o que também não podia.
Amaldiçoou Malfoy por isso.
Apenas umas poucas estocadas violentas e precisas, para o orgasmo retido vir à tona, o sêmen alojado era tanto e a pressa em ser expelido tão forte que lhe doeu o canal do pênis, jorrando em abundância contra a próstata do sonserino. Gritou o nome dele, gemeu e gritou novamente. Certamente sangue e sêmen expelidos, mas por enquanto, o prazer era maior que a dor. Tão maior que golfou sua consciência, largando-o num mundo estranho, nem de escuridão, nem de sonhos ou pesadelos. Um mundo quente e aconchegante... Um mundo perfeito...
Draco gozou apenas em ver a reação de deleite ao rosto e corpo de Harry. Ele ficava lindo gritando de prazer. Ergueu o quadril e sentiu o líquido quente escorrer por suas pernas, aquilo lhe deu uma sensação de poder.
Podia soar estranho, mas fazer Harry Potter gozar até desmaiar lhe dava uma deliciosa sensação de poder e prazer misturado.
Sorriu satisfeito e esgotado, o corpo trêmulo, sem mais um pingo de energia.
Harry acordou com a claridade intensa do sol a perturbar-lhe o sono. Encobriu os olhos com o braço e piscou algumas vezes até conseguir enxergar alguma coisa, mas antes que pudesse ver onde estava, a lembrança foi mais rápida o apunhalando em cheio. Grunhiu e desabou novamente no colchão, tampando o rosto com as mãos.
- Malfoy, seu desgraçado! – não pôde deixar de soltar.
A dor no pênis era irritante, nem tão forte, mas também não poderia ignorar. Só desejava não ficar sentindo dor ali, durante muito tempo. Ao menos podia pedir um remédio para Madame Pomfrey, seria vergonhoso expor sua intimidade louca dessa forma.
Fora que seu pulso e tornozelos estavam bem machucados, assim como algumas marcas pelo pescoço. Levaria uma eternidade para sarar e nem queria imaginar quando tivesse treino de Quadribol e ser obrigado a usar o vestiário coletivo dos jogadores.
Mas que foi maravilhoso, isso foi... Pagaria qualquer coisa para passar mais uma noite dessas com Malfoy, sem sombra de dúvidas.
Quando finalmente apareceu no Grande Salão, para o almoço, não conseguia disfarçar o sorriso no rosto e o cansaço também.
Seus olhos foram para o outro lado do salão, e buscou certo sonserino loiro, que com um discreto olhar em sua direção lhe ergueu a taça como num brinde, sorrindo com prazer e bebendo com sensualidade.
Dessa vez quem passou o almoço inteiro sonhando, enquanto revirava a comida no prato era um grifinório moreno. E quando este se levantou com os amigos, para deixar o Grande Salão, deu mais uma olhada ao sonserino, que passava os dedos pelos cabelos platinados enquanto prestava atenção ao que Parkinson lhe mostrava, os belos olhos azuis a piscar com languidez.
Será que poderia se apaixonar por alguém que você mal conhece? Apesar que com Malfoy era diferente, o conhecia desde o primeiro dia de aula... Apenas confirmou que o desejava, quando pôde senti-lo naquela sala escura, e mais uma vez, quando o sentiu no Observatório.
Foi intenso e marcante... Mesmo com a visão comprometida, talvez tenha sido exatamente isso o mais marcante. Não apenas vê-lo, e sim senti-lo...
Será que seus sentimentos também eram recíprocos? Uma dúvida que talvez nunca esclareceria, a não ser que... Fizessem todo o ritual vendo-se perfeitamente bem.
Harry sorriu. Como seria fazer amor, sem ser no escuro e com os dois enxergando um ao outro? Fora que ainda não descartou a idéia de uma transa louca na mesa da sala de poções...
- Algum problema Harry? Você está meio distante – perguntaram os amigos.
- Estou perfeitamente bem... Maravilhosamente bem... – sorriu abertamente.
Sim... Faria amor com Draco e dessa vez, sem ser às cegas...
Agora sim! Fim!
N/A 2: aí está mais um pouco de lemon! Espero que tenham gostado! Bjus!
