Capítulo VIII
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Hasta Mañana, always be mine
Até amanhã, seja sempre meu
Viva forever, I'll be waiting
Ever lasting like the sun
Live forever, for the moment
Ever searching for the one
Viva para sempre, eu estarei esperando
Eternamente, como o sol
Viva para sempre, para o momento
Sempre buscando a sua pessoa
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Entrando pela cabana, Mime sentou-se sobre a cama, enquanto Hanna foi atrás de panos limpos, água e sabão. Ajeitando tudo em uma pequena bacia que encontrou próxima à lareira, a garota voltou-se para o guerreiro.
-Tire essa camisa, eu preciso ver onde está ferido.
-Tirar?
-Ora, não espera que eu consiga limpar seus ferimentos através do tecido, não é?
Sentindo-se envergonhado, o rapaz tirou a camisa e Hanna prendeu a respiração, nunca tinha visto um homem de peito nu, não imaginava que era tão... Tão perturbador. Sem jeito, ela pegou o pano umedecido e começou a limpar os ferimentos, eram pequenos cortes pelas costas e braços, felizmente nada muito profundo. Também sem graça, Mime não dizia nada, apenas sentia as mãos delicadas da garota por seu corpo, tentando se controlar para não transparecer que aquilo o estava deixando louco.
-Pronto, acabei... – comentou Hanna, colocando a bacia em cima da mesa onde estavam os porta-retratos e sorriu diante deles. Pegando aquele onde estava o retrato de um casal, a garota voltou-se para Mime.
-Folken deve estar muito orgulhoso de você... É um grande guerreiro, lutou muito bem hoje...
-Hanna, este retrato é de meus pais biológicos... Folken é o homem do outro retrato - Mime respondeu. Sentiu que ali estava a deixa para contar sua história a ela.
-Então Folken foi seu pai adotivo?
-Sim... Ele resolveu me criar depois da morte de meus pais.
Suspirando alto, o rapaz recostou-se em um travesseiro. Hanna deixou os retratos de lado e sentou-se junto de Mime, esperando que ele continuasse a falar.
-Eles... Eles morreram por causa de uma guerra que aconteceu aqui em Asgard, há muitos anos... Eu era um bebê e sobrevivi, Folken me encontrou e criou-me como um filho, me fazendo acreditar que ele era meu pai verdadeiro... Foi assim até eu me tornar um adolescente, quando...
-Quando?
-Eu descobri entre as coisas de Folken um medalhão onde estava um retrato dos meus pais verdadeiros, me segurando no colo... Eu questionei o que aquilo significava e então ele me contou tudo...
Sentindo seus olhos ficarem marejados, Mime parou de falar. Hanna fez menção de abraçá-lo, mas ele se esquivou. Ainda faltava a pior parte.
-Meus pais morreram pelas mãos do homem mais forte que lutava naquela guerra... E esse homem era Folken. Quando eu o ouvi dizer aquilo, senti meu sangue ferver, a visão ficou escura e um ódio muito grande começou a crescer dentro de mim... Eu não quis saber de mais nada, estava tão transtornado que ataquei Folken com todas as minhas forças...
-E o que aconteceu depois disso?
-Ele morreu, por conta do meu ataque... Eu matei meu pai com minhas próprias mãos, Hanna...
Ao ouvir essas palavras, a garota encarou Mime com seus olhos cheios de surpresa. Não sabia o que dizer ou acreditar, afastou-se dele e ficou de pé, encarando os retratos. Mime engoliu um soluço e continuou a falar.
-Eu carrego essa culpa desde então, não levei em consideração o fato de Folken ter me criado como se fosse mesmo seu filho, com o amor de um verdadeiro pai...
Baixando a cabeça, Mime esperou que Hanna dissesse alguma coisa, mas o silêncio tomou conta de tudo. Sentiu-se o pior homem do mundo, era um monstro e a garota nunca mais iria querer olhar em sua cara. Sofria pensando nessa possibilidade, mas se tivesse que ser assim, não a impediria de ir embora.
-Eu... – Hanna falou, por fim – Eu agora entendo a tristeza que vejo em seus olhos... É por conta da culpa que sente, que carrega dentro de si...
Com lágrimas nos olhos, a garota voltou a se sentar próxima a Mime, encarando-o com seus olhos violeta, tão cheios de ternura e carinho...
-Mas eu tenho certeza de que Folken o amava muito... Tanto que certamente já o perdoou pelo que aconteceu...
-Hanna, você... – Mime também a encarou - Você não sente... Sente nojo ou repulsa por conta do que fiz? Não quer fugir, não me ver nunca mais?
-Eu não estou aqui para te julgar, Mime... Você está arrependido do que fez, eu não tenho que ficar te atormentando por causa disso...
Deixando as suas lágrimas rolarem, Hanna puxou Mime para junto de si e o abraçou com intensidade. O guerreiro se deixou largar naquele abraço, estava aliviado por ela o aceitar, mesmo com o que tinha feito no passado...
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-Eu já procurei por ela em toda parte e não a encontro de jeito nenhum!- comentou Hagen com Freya. Ambos procuravam por Hanna, estava na hora do jantar e a garota não tinha descido para comer e nem estava no quarto.
Voltando ao salão de jantar, deram de cara com Bado entrando pelo corredor.
-Não se preocupem com Hanna, ela certamente está em boas mãos...
-Fala como se soubesse de alguma coisa, Bado!
-Bem, eu sei que ela saiu de tarde.
-Saiu? Mas e a tempestade?
-Ora, acham mesmo que uma tempestade de neve é obstáculo para o amor? – falou o guerreiro, pegando os amigos pela mão e levando-os de volta ao salão, Hagen e Freya já imaginando onde a garota estava. E com quem...
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-Está mais calmo? – quis saber Hanna, afastando-se de Mime. O rapaz fez que sim com um aceno e ela o soltou de seu abraço, querendo se levantar da cama, mas ele não deixou.
-O que vai fazer?
-Bom, eu pretendia ver se tem alguma coisa para comer, já é tarde, deve estar com fome.
-Eu não estou com fome, Hanna. Eu só quero... Quero ficar aqui, com você.
O guerreiro a puxou delicadamente para junto de si e a beijou, acariciando seus cabelos, deslizando suas mãos pelas costas da garota, sentindo seu corpo todo reagir ao toque na pele macia e perfumada de Hanna. Abraçada ao rapaz, a garota sentiu o beijo de Mime mais quente e suas pernas e corpo começaram a tremer, um calor foi subindo por sua espinha, uma vontade louca de não se soltar nunca mais dele. Percebendo que Hanna estava correspondendo de maneira diferente à carícia, Mime afastou-se dela, sorrindo.
-O que foi?
-Na-não sei, Mime... De repente eu senti um calor subir pelo meu corpo, as pernas que ficaram trêmulas, um friozinho de arrepiar os pêlos...
-Isto se chama atração, Hanna.
-Atração? Não entendi...
-Sinta isso... – o rapaz pegou a mão de Hanna e colocou-a sobre seu peito, a garota percebeu que o coração dele estava disparado, a respiração acelerada, o calor que também subia pelo corpo dele – Isso é normal entre duas pessoas que se desejam, Hanna...
-Desejam? Como assim, eu não...
-Desejo de sentir o toque de sua pele, o calor de seu corpo... De fazer amor com você...
Quando ouviu Mime dizer aquelas palavras, Hanna arregalou os olhos. Sabia mais ou menos o que era isso, a senhora Osburga tinha tentado explicar uma vez. Claro que não muito bem, mas a garota tinha tirado suas próprias conclusões, sabia que era algo muito íntimo entre um homem e uma mulher. E o guerreiro dizia que queria fazer amor com ela!
-Desculpe, eu não devia ter dito isso... – Mime tentou consertar, vendo como ela estava vermelha e com cara de assustada. Soltou sua mão, deixou-a livre para fazer o que quisesse, até mesmo ir embora. Mas ela nem se moveu do lugar, parecia estar paralisada pela surpresa.
-Mime... O que disse... – ela falou, quase atropelando as próprias palavras – O que disse é verdade? Que quer... Quer...
-É o que mais desejo agora, Hanna... Eu quero ter você para mim, em meus braços...
-Então me mostre como se faz... Como é... – ela pediu, com a voz quase sussurrada, as bochechas coradas de vergonha.
Agora ele surpreso, Mime encarou os olhos violeta de Hanna, que brilhavam intensamente. Então ele a puxou novamente para junto de si e a beijou, de maneira mais sensual e quente, a sua língua explorava ainda mais aquela boca, passava pelo queixo e descia ao pescoço, deixando a garota atordoada e o calor ainda mais forte a subir por seu corpo. Ela o abraçou e começou a fazer o mesmo, só que mordendo de leve, provocando pequenos gemidos no guerreiro. Sem deixar de beijá-la, Mime alcançou com as mãos os botões do vestido e os abriu, afrouxando o tecido, puxando-o para baixo, revelando os seios alvos e perfeitos.
Quando ele abaixou sua cabeça e beijou-os calorosamente, Hanna arqueou para trás, que sensação maravilhosa era aquela? Um arrepio crescente que explodiu em um gemido, ela chegou a sentir vergonha, mas nem teve tempo de atinar com isso porque Mime não somente beijava seus seios, mas mordiscava de leve os bicos duros, a excitação percorrendo cada veia de seus corpos.
Puxando-a para fora da cama, Mime a colocou de pé e guiou as mãos de Hanna até seu cinto, ela surpreendeu-se ao sentir a pulsação de sua masculinidade. Sem pensar duas vezes, a garota entendeu o que o guerreiro queria e abriu o cinto, o zíper da calça, enquanto seu próprio vestido caía ao chão, as suas curvas todas expostas. Mime a pegou no colo e deitou-a novamente, beijando-lhe os seios, o ventre, o umbigo. Ao repetir as carícias na região das coxas de Hanna, não conteve o sorriso ao vê-la arquear o corpo e gemer, a respiração ofegante, as mãos agarrando-se ao lençol com força. A garota chegou a pensar que perderia o fôlego, mas descobriu rápido que aquilo era só o começo. Afastando a calcinha de Hanna com uma das mãos, o rapaz baixou sua cabeça e moveu sua língua para dentro da feminilidade da garota, brincando com ela, lambendo e depositando pequenos beijos, o que a deixava louca, uma vontade de gritar, os sentidos que se aguçavam a cada toque, o suor que já começava a se formar em gotas no seu rosto e corpo.
Mime deixou a carícia um pouco de lado, tirou a calcinha de Hanna e sua cueca, deitou-se sobre a garota e pegou sua mão, queria que ela sentisse de verdade o desejo que quase o enlouquecia. Ao sentir a pulsação novamente, mas desta vez entre suas mãos, Hanna não conteve sua vontade, abriu-se instintivamente, queria Mime dentro de si.
-Não... Eu não lhe mostrei tudo... – ele disse, beijando os lábios da garota, sua língua e a dela se encontrando e provocando uma a outra. Ágil, o rapaz passou a brincar com seus dedos em Hanna, massageando seu ponto íntimo, fazendo com que ela se contorcesse de prazer, sufocando seus gemidos com o beijo.
Ao perceber que ela estava quase louca de tanto desejo, a sua feminilidade úmida e quente, Mime encaixou seu corpo e a penetrou, com cuidado, de leve para não machucá-la. Hanna sentiu um ardor no início, percebeu o sangue começar a escorrer por suas pernas, mas a sensação era tão incrível que aquilo não importava, queria muito mais. Estreitou seu abraço, arranhando as costas de Mime, beijando seu pescoço, mordendo sua orelha, sua excitação crescendo ao ver que aquelas carícias o faziam gemer.
O ritmo de ambos aumentou, a cama chegava a ranger por conta dos movimentos, cada vez mais acelerados e fortes até que Hanna não segurou mais e gritou o nome de Mime, o rapaz cobriu mais uma vez a sua boca com um beijo, sentindo o corpo dela estremecer sob o seu, ele próprio também não agüentou e atingiu seu clímax, deixando o líquido quente derramar-se dentro de Hanna.
Tirando os fios de cabelo que estavam grudados na testa da garota, o rapaz beijou seu queixo, os belos olhos violeta brilhando de felicidade. Sorrindo, ela o abraçou, Mime ainda dentro dela.
-Os seus olhos... É esse amor que vejo neles agora que sempre sonhei em enxergar, desde o dia que te conheci... – ela disse com a voz suave, encarando os olhos rubi do rapaz.
-Estão assim por que dizem eu te amo, Hanna...
-Eu também te amo, Mime...
Soltando-se do abraço da garota, saindo de cima dela bem devagar, o guerreiro puxou a coberta e envolveu a ambos. Hanna aninhou-se sobre o peito de Mime, e adormeceu, suspirando. Pouco depois, ele também dormia, um sorriso que não o abandonaria tão cedo...
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Essa eu consegui... A cena ficou do jeitinho que eu imaginava, parece até que a Hanna e o Mime criaram vida dentro da minha cabeça e me deram as dicas de como fazer... Espero que tenham gostado, eu achei que ficou bonita, como eu queria que fosse desde que iniciei esta fic...
