Capítulo X

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Back where I belong now,

Was it just a dream?

Feelings untold, they will never be sold

And the secret's safe with me

Voltando para onde pertenço, agora,

Será que foi apenas um sonho?

Sentimentos guardados jamais serão esquecidos

E o segredo está guardado comigo

Hasta Mañana, always be mine

Até amanhã, seja sempre meu

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Parados, encarando uns aos outros. Em termos numéricos, os guerreiros deuses levavam vantagem, eram oito contra apenas quatro. Mas sabiam que isso não significava nada, afinal, Atena tinha apenas cinco cavaleiros de bronze e saíra vitoriosa quando lutaram.

Mais atrás, Thor, Hagen e Mime resguardavam a entrada do palácio, protegendo seus ocupantes. À frente, Fenrir, Bado, Shido e Siegfried, todos prontos para lutarem.

-Por Asgard! – gritou o guerreiro deus de Doube e os cosmos se elevaram dos dois lados, Surt encarou Siegfried com desdém e apeou de seu corcel, desafiando-o para a luta.

Bado encarou Arcã, não tinha ido com a cara dele desde o dia do baile, Shido não gostou da postura de superioridade de Elbereth e Fenrir... Bem, ele não foi muito com a idéia de ter que lutar contra uma mulher, mas Jormungand não parecia nem um pouco incomodada com isso. Tanto que o primeiro ataque partiu da própria.

-Presas Venenosas! – ela gritou e saltou para cima de Fenrir, tentando acertá-lo com socos que se assemelhavam às inúmeras presas lançadas contra seu corpo.

Fenrir saltou para desviar-se do ataque, mas não revidou, ainda hesitava. Poucos passos à sua frente, Bado ajeitou o elmo de sua armadura e posicionou-se frente à Arcã, nem quis esperar.

-Garra do Tigre das Sombras!

As garras de Bado voaram na direção do rapaz, que limitou-se a sorrir. Foi muito rápido, o guerreiro nem conseguiu ver como, mas o fato é que Arcã saltou para o alto e planou no ar, como se possuísse asas.

-Precisa ser mais rápido se quer me atingir, guerreiro deus...

Elevando seu cosmo, Arcã pronunciou algumas palavras em uma língua estranha e asas realmente surgiram em suas costas, seus olhos mudaram de cor e ficaram totalmente brancos. Avançando na direção de Bado, ele abriu os braços e uma luz branca desprendeu-se deles, enquanto o rapaz lançava seu golpe.

-Portal das Trevas!

-Bado! – gritou Shido, ao ver o irmão ser engolido pela luz, até esqueceu-se de Elbereth. Melhor para o soldado de Hel.

-Se quiser acompanhar seu irmão em sua viagem ao inferno, eu posso ajudar...

Foi a vez de Elbereth pronunciar palavras estranhas e seu cosmo crescer, enquanto Siegfried e Surt se encaravam, o guerreiro deus estudando os movimentos de seu oponente...

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Guardando as portas dos salões de entrada do Valhalla, os outros três guerreiros podiam sentir o cosmo dos amigos e de seus adversários, a luta estava equilibrada. Atento a qualquer movimentação, Mime mantinha sua harpa junto ao corpo e o pensamento em um só propósito. "Eu não vou permitir que a levem, Hanna... Eu não vou!".

-E Alberich? – Thor perguntou de repente, fazendo com que Hagen o encarasse e Mime voltasse de seus pensamentos – Por que ele não está aqui com a gente?

-Isso não me parece boa coisa...

Dentro do palácio, Hilda estava ajoelhada diante da estátua de Odin, rezando para que seu deus guiasse so guerreiros em luta e assim Asgard saísse vitoriosa mais uma vez. Porém, sentindo uma outra presença no salão, a princesa abriu os olhos e voltou-se para o pé da escadaria, onde Freya estava.

-O que faz aqui, minha irmã? E Hanna?

-Eu consegui fazê-la dormir, Hilda... Mas foi difícil, ela insistia em saber o que está acontecendo.

-Não podemos deixar que ela saiba, Freya... Pelo menos não enquanto essa luta insana não acabar...

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Deitada de costas para a porta do quarto, Hanna não dormia como pensava Freya, estava preocupada demais para isso. O cosmo que cobria o céu a amedrontava e ela tinha certeza de que estava sentindo o cosmo dos guerreiros deuses em luta. Com o coração apertado, ela decidiu ir atrás de Hilda e pedir a princesa que lhe contasse tudo, precisava saber o que estava acontecendo. E por que Mime não estava ali com ela.

A garota estava calçando seus sapatos quando ouviu o barulho da porta se fechando e a chave sendo girada no trinco.

-Freya, eu preci... Alberich!

O guerreiro deus estava parado junto à porta, encarando Hanna com seu meio sorriso e os olhos verdes brilhando. Um brilho de meter medo em qualquer um.

-Você não precisa sair deste quarto, Hanna... Somente quando a luta tiver um fim.

-Qu-que luta?

-A luta entre os guerreiros deuses e os soldados de Hel, garota... É tão burra que não está sentindo os cosmos se chocarem em batalha?

Alberich falava enquanto avançava pelo quarto, Hanna tentando entender o que ele dizia. E sentiu suas costas queimarem mais uma vez, levou as mãos ao local esboçando caretas de dor.

-Está sentindo seu corpo queimar e não sabe por que, não é? Olhe-se no espelho e descubra...

Mesmo com medo do rapaz, Hanna obedeceu e virou-se para o espelho do quarto e não conteve o grito de espanto ao ver, nitidamente em suas costas, a marca igual à de Fenris.

-O dragão de Lóki... Você é um deles e por isso estão aqui!

Aquilo tudo parecia uma loucura, mas a marca em suas costa era muito real. Trêmula, Hanna sentiu a cabeça latejar, as vozes que a chamavam voltavam com toda força. Então era por isso que aquele homem horrível a tinha atacado há alguns dias? Ela era um deles e precisava ir ao seu encontro? Por Odin, por quê?

-Eles estão atrás de você, Hanna, e não há como fugir... Nem mesmo os guerreiros deuses que estão lutando agora poderão evitar que isso aconteça...

Mime! Então era realmente o cosmo dele e dos outros rapazes que sentia. Confusa, a garota entendeu que lutavam para proteger o Valhalla e Asgard da ameaça de Hel e seus soldados... Mas protegiam a ela também, por quê?

-Hilda sabe que você é importante para Hel e seus propósitos, Hanna, por isso a mantém no palácio... – Alberich falou, como se pudesse ler a mente da garota.

Tão perturbada estava que Hanna não percebeu o qual próximo o rapaz estava de si. Aproveitando-se disso, Alberich a agarrou pelos braços, assustando-a com a violência de seu gesto, a força que punha nele.

-O que pensa que está fazendo?

-Eu vou entregá-la a Hel, minha querida... Mas antes, eu pretendo me divertir um pouco...

Sorrindo, Alberich puxou Hanna para junto de seu corpo e a beijou, sufocando qualquer grito de protesto ou reação por parte dela. Sentindo um nojo muito grande do rapaz, a garota se debatia, mas a força do guerreiro a pressionou contra a parede do quarto, chegou até a bater a cabeça. Ofegante, Alberich deixou a boca de Hanna e tomou conta de seu pescoço, marcando-o com suas mordidas e beijos.

-Me solta! Alguém... Alguém me ajude!

-Ninguém vai ouvir seus gritos, eu garanto... – disse o guerreiro, tomando posse da boca de Hanna novamente, enquanto usava seu próprio corpo para mantê-la presa contra a parede, as mãos ocupadas em rasgar-lhe o vestido na altura dos seios e puxar sua saia para cima.

"Mime... Me ajuda... Mime!", pensava Hanna, com lágrimas nos olhos, tentando de todas maneiras se soltar de Alberich.

Na entrada dos salões, o guerreiro deus de Benetnasch sentiu um aperto no coração e imediatamente a imagem de Hanna veio em sua mente. "Hanna!".

-Ei, aonde você vai? – quis saber Thor, ao ver o amigo dar meia volta e adentrar o Valhalla. Mime nem se dignou a responder, seus passos apertados demonstravam a pressa que se fazia urgente.

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Meninas, por favor não esmurrem o Alberich! Eu sei que ele está um verdadeiro canalha nesta fic, mas mesmo assim eu gosto dele, dêem um desconto ao "pobre" rapaz...

A todas vocês, meus sinceros agradecimentos por lerem esta fic e muito obrigada pelos elogios!

Beijos e vem mais lutas por aí (Dama9, seu pedido será atendido!)!